Você aquece meu coração escrita por liice


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Fiz uma fic, pessoal. Espero que gostem.



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Fiquei aliviada quando vi as luzes vindas das janelas do Centro Pokémon. Estava andando por minutos que pareciam horas naquela nevasca. Dawn, sua idiota! Eu te disse que seria uma má ideia ir até o CP de Snowpoint a essa hora da noite e com esse tempo inconstante!, pensava comigo mesma durante todo o caminho.

Me forcei a andar mais rápido, o que era difícil com toda aquela neve chegando quase até os joelhos, e ajeitei meus óculos de neve. A nevasca aumentava a cada instante e ficava cada vez mais difícil ver as coisas. O frio entorpecente também não ajudava muito.

Quase lá, eu pensava, me esforçando mais a cada instante. Quanto mais eu andava, mais parecia que o Centro Pokémon era um lugar inalcançável. Tive a sensação de que jamais chegaria lá.

O frio aumentou e comecei a sentir dificuldades em me mexer. A tempestade chegou a uma intensidade tamanha que as luzes desapareceram da minha frente. Tudo que eu via era um fundo branco, os flocos de neve passando em uma velocidade incrível por mim, e resquícios de preto, a cor do céu naquela noite congelante.

Por um segundo, o fundo branco se tornou preto. Demorou para eu perceber que aquilo foi devido às minhas pálpebras que se fecharam por alguns segundos. Tomei conhecimento do perigo que corria. Eu estava perdendo os sentidos. Havia quase desmaiado. Tentei me manter acordada, uma tentativa inútil. Senti minhas pernas cederem ao cansaço, meu corpo quase despencou na neve, mas por pouco consegui recobrar minhas forças.

Dei dois passos e senti minhas pernas congelarem. Não consegui mais movimentá-las apesar de tentar muito. A cãibra tomou conta de todo meu corpo e minhas pálpebras se fecharam de vez. Desmaiei. Fundo preto de novo.

***

Acordei de repente. A primeira coisa que vi foi um teto branco acima de mim. Levantei o tronco, ficando sentada na cama e olhei para os lados. Vi a enfermeira Joy.

– Ah! Você acordou. – ela se aproximou de mim e segurou minha mão. – Ainda está muito fria. Sugiro que descanse um pouco mais. Se quiser, posso pegar alguma bebida para você.

– Chocolate quente, por favor! – fiquei vermelha de vergonha quando percebi que disse aquela frase com um tom de desespero.

A enfermeira Joy não pareceu notar minha afobação. Apenas sorriu e saiu do quarto.

As lembranças voltaram a mim. Lembrei da minha caminhada mortífera naquela nevasca e refleti por um momento se aquilo tudo não havia sido apenas um sonho. Concluí que não. Eu estava na casa de uma amiga antes de sair em direção ao CP. Disse que ficaria tudo bem, que chegaria lá em pouco tempo. Percebi a tolice que fiz. Poderia ter morrido. Foi a partir daí que comecei a me perguntar como eu havia parado aqui nessa cama, sã e salva, depois daquilo. A última coisa de que me lembrava era meu corpo imóvel. Devo ter desmaiado depois disso e não tinha como ninguém no CP saber que tinha alguém lá fora, morrendo congelada. A tempestade estava muito forte e não dava mais para ver as janelas do Centro. Da mesma maneira, ninguém que estivesse aqui dentro poderia me ver lá fora.

Minutos depois ela chegou com meu chocolate quente. Arregalei os olhos quando vi a fumaça saindo da caneca e senti o cheiro maravilhoso do chocolate. Logo no primeiro gole me senti mais calma e o frio desapareceu por um momento. Resisti à vontade de beber tudo de uma vez para perguntar a enfermeira Joy como ela havia me resgatado.

– Como exatamente eu vim para aqui? – perguntei.

– Ah, mas é claro. Eu te devo explicações. – ela começou a dizer. – É um milagre que esteja viva. A tempestade lá fora estava começando a se intensificar muito a cada segundo, mas de repente ela voltou a se abrandar e nesse meio tempo um garoto que estava sentado no sofá se levantou e saiu do CP. Achei que ele estava ficando louco, mas não tive tempo de impedi-lo. Alguns segundos depois a nevasca voltou a se intensificar. Fiquei desesperada e saí correndo em direção à janela, mas não pude ver nada. Mais alguns terríveis segundos e ouvi o barulho da porta se abrindo e em seguida, o barulho de corpos caindo no chão. Era você e o garoto que havia saído. Ele deve ter te visto caída na neve pela janela quando a tempestade se abrandou.

– Ele desmaiou quando chegou aqui? – perguntei. O fato de alguém ter me visto por um segundo lá fora era realmente um milagre.

– Quase. Foi provavelmente por causa da diferença de temperatura. As pernas dele cederam e ele caiu no chão, junto com você. Levantou no mesmo instante e me ajudou a te levar para o quarto. Você estava pálida. Toda coberta de neve. Pensamos que estava morta. Ele te botou na cama e eu liguei o aquecedor. Sua frequência de batimentos cardíacos estava muito baixa, mas felizmente foi voltando ao normal aos poucos.

– Por quanto tempo exatamente eu fiquei desmaiada?

– Quase 3 horas. São uma da manhã agora.

Terminei de beber meu chocolate quente. Não estava com muito sono, mas odiava acordar tarde. Decidi ir direto para o meu quarto.

– Acho melhor eu dormir. Obrigada por tudo, enfermeira Joy. Pode arranjar um quarto para mim? – ao mesmo tempo que dizia aquilo, me lembrei de uma coisa muito importante. – Meus Pokémons! Onde eles estão?

– Uma coisa de cada vez. Pode ficar com o quarto 17. E seus pokémons estão bem. Já botei todas as suas pokébolas em cima da cama lá no quarto.

Suspirei, aliviada e saí da cama. Entreguei a caneca para a enfermeira Joy e disse um rápido ‘obrigada’. Parei de súbito na porta. Havia me lembrado de outra coisa importante.

– E esse garoto que me ajudou? Ele ainda está aqui? Queria agradecê-lo.

– Já deve estar dormindo a uma hora dessas. Não se preocupe, você vai ter a oportunidade de falar com ele amanhã. Ah, quase me esqueci. Ele disse que te conhecia. O nome dele é Paul.

Senti que ia desmaiar de novo. Tentei me lembrar de todos os “Pauls” que eu conhecia, mas só conseguia me lembrar de um. Fiquei bastante tempo naquele loop de tentar lembrar de outro Paul conhecido quando finalmente concedi que só conhecia um. Não fazia sentido.

Pensei na possibilidade de estar sonhando, mas não consegui me convencer disso. Decidi que a melhor coisa a se fazer agora era ir dormir.

Saí do quarto sem nem mesmo dar um “boa noite” para a enfermeira Joy. Não me dei conta disso naquela hora.

Ao passar pela sala reparei na Chansey, ajudante da enfermeira. Não tinha mais ninguém. Olhei pela janela e vi que o tempo estava bem calmo lá fora. Nem um floco de neve caindo do céu. Pude ver as estrelas claramente naquele céu de inverno.

Subi as escadas e entrei no meu quarto. Estava incrivelmente quentinho lá dentro. Reparei em um Piplup alegre subindo pelos móveis e minhas pokébolas espalhadas pelo chão. Ele com certeza havia saído de sua pokébola enquanto eu estava dormindo.

– Piplup! Venha aqui!

Ele correu até mim, agitando as asinhas e piando de felicidade.

– Já passou da hora de dormir. – tentei botá-lo de volta na pokébola, mas ele corria e se desvencilhava da minha mira.

Depois de inúteis tentativas, finalmente desisti.

– Tudo bem – suspirei. – Você pode dormir comigo na cama hoje.

Ele pulou de alegria. Subiu na cama e se enfiou em baixo do edredom.

Guardei minhas pokébolas na mochila e fui deitar. Dormi instantaneamente.

***

Acordei com o Piplup pulando em cima de mim. Isso sempre acontece quando ele dorme fora da pokébola. Decidi acordar de vez e dar alguma coisa para ele comer. Talvez ele sossegasse depois disso e me deixasse em paz por um tempo.

– Piplup. – Disse ainda deitada com uma voz de sono. – Se acalme. Eu já vou pegar alguns poffins pra você.

Ele parou de pular e ficou sentado na cama, esperando. Me levantei com muita dificuldade e dei alguns poffins para ele.

– Comporte-se. Eu vou lá em baixo.

Ele acenou e eu saí. Estava muito frio fora do quarto. Voltei para pegar outro casaco e depois desci para a sala.

Ao chegar lá, vi a enfermeira Joy sentada em uma cadeira atrás do balcão onde atende os treinadores. Ela parecia estar entediada. Não havia movimento nenhum no Centro.

Andei mais um pouco e percebi que tinha alguém no sofá. Virei o rosto e vi... bem, vi o Paul. Isso. Não vou dizer que vi um garoto que me parecia bastante familiar, pois reconheci ele na hora. Ele não me viu. Estava olhando para o nada e parecia estar muito concentrado. Decidi passar na frente dele para ver se ele iria me notar.

Nem precisei fazer isso. No momento que dei meu segundo passo na sala, Paul virou seu rosto em minha direção e se levantou do sofá imediatamente depois. Ficamos nos encarando. Ele parecia querer dizer alguma coisa, mas não conseguia. Quebrei o silêncio.

– Bom dia – sorri, timidamente. – Eu... queria te agradecer, sabe. Por ontem, por ter me salvado. Muito obrigada. Eu poderia ter morrido, eu...

Parei de falar. Ele ficou me encarando por um tempo. Não sabia se eu devia continuar o que estava falando ou esperar ele dizer alguma coisa. Segundos depois ele quebrou o silêncio.

– Era o mínimo que eu podia fazer. – ele me interrompeu. Nos olhamos por alguns segundos até ele desviar o olhar. Pareceu que ele estava pensando em algo a mais para dizer, mas não conseguia encontrar palavras.

Me sentei no sofá, esperando que ele fizesse o mesmo. Ele percebeu e se sentou do meu lado. Pelo menos agora poderíamos conversar mais confortavelmente. Ele ainda estava meio atordoado por ter falado comigo. Nunca tínhamos nos falado antes, não desse jeito. Tentei manter a calma. Ele havia me salvado da morte certa. Tinha muito que agradecê-lo. Para minha surpresa, não precisei pensar em algo para quebrar o silêncio. Paul fez isso por mim.

– Eu não podia te deixar lá fora, morrendo de frio. – olhou para mim de novo quando terminou de falar aquilo, e dessa vez não desviou o olhar.

– Foi um milagre você ter me visto. – consegui dizer.

– Foi. Eu estava sentado aqui olhando para a janela e te vi caída na neve. Achei que estava morta, mas... eu não poderia arriscar, então fui lá fora. Não botei nenhum casaco nem nada, apenas saí. Não dava tempo.

Ele parou por um momento, abaixou o olhar e tentou recapitular o que aconteceu. Devia ter sido uma experiência horrível para ele. Sair em uma nevasca a quase 13 graus negativos, sem proteção, arriscando a vida por uma pessoa que já poderia estar morta.

– Você... – comecei a dizer, e ele levantou o olhar. – Você sabia que era eu?

– Não. – ele respondeu, depois de um pequeno silêncio. – Só te reconheci quando cheguei no CP. Eu tirei os óculos de proteção que você estava usando e reconheci seu rosto.

Sorri involuntariamente quando ele disse isso. Ele percebeu e voltou a olhar para mim. Meu sorriso foi se desmanchando e apenas retribuí o olhar com uma expressão neutra, mas simpática. Jurei que o vi sorrir discretamente por um momento, mas foi tão imperceptível que tive dúvidas se aquilo foi um sorriso ou não.

– Me reconheceu mesmo depois de 5 anos sem me ver? – sorri de novo, não pude evitar. Aquilo me fazia feliz de certa forma.

– Você não mudou muito, só está mais...

Ele interrompeu o que estava falando. Olhei para ele com um olhar inquisitivo. Não demorou muito para ele responder.

– Mais bonita. – ele completou.

Meu coração deu um salto quando ele disse aquilo. Algo me impediu de desviar o olhar, por mais que quisesse fazê-lo. Ele também continuou me encarando. “Ele está mudado”, pensei. Nunca havia visto ele desse jeito. Ou talvez ele sempre tenha sido assim. Nunca saberei. Nunca tive a oportunidade de conhecê-lo. Não pude parar de pensar que talvez eu estivesse tendo uma ótima oportunidade agora.

– Você mudou. – comecei a dizer. – Quero dizer, eu nunca te conheci realmente, mas tenho a impressão que... bem, está sendo gentil comigo. Nem sequer olhava para mim quando eu viajava com o Ash e você tinha aquele cara de mau. – Percebi ele sorrindo quando disse aquilo. Sorri de volta. – Acho que estou maluca. Você nem sabe o meu nome, né?

– Dawn. – ele respondeu.

Não pude evitar abrir um sorriso deslumbrante depois daquilo. Ele fez o mesmo. Vê-lo sorrir era estranho depois de ter se acostumado com aquela expressão sombria que ele tinha. Preferia ele sorrindo. Não pude deixar de notar o quanto ele era lindo. E forte. E alto. E... eu estava nas nuvens.

– Sabe o meu nome, não é? – ele perguntou.

– Claro, Paul.

Sorrisos de novo. Eu não conseguia desviar o meu olhar do dele. Seus olhos brilhavam. Senti vontade de abraçá-lo por algum motivo. Talvez porque parecia ser bem aconchegante estar entre seus braços, ou talvez porque ele estava sendo fofo demais. Ou as duas coisas. Mas no que eu estava pensando? Será que isso era efeito colateral de ter ficado naquele frio horrendo?

Antes que qualquer um de nós pudesse dizer alguma coisa, a enfermeira Joy veio em nossa direção. Ela parecia ter algo muito importante a dizer.

– A prefeitura de Snowpoint acabou de enviar um time para tentar liberar a rota 217, que ficou interditada por causa da neve. A previsão é que tudo volte ao normal no fim da tarde. Sinto muito, mas vão ter que passar o dia aqui.

– O dia todo no Centro Pokémon? – Paul perguntou – Parece entediante.

– Não, não. – Joy sorriu. – A cidade de Snowpoint está liberada. Vocês podem dar uma volta se quiserem. Só não dá para sair da cidade, pois a rota está interditada, né... Bom, eu tenho que cuidar do Centro. Fiquem à vontade. – voltou para o balcão.

– Acho que vou dar uma volta. – eu disse, me levantando do sofá. – Vou lá em cima pegar um casaco.

– Eu também vou – ele se levantou do sofá. – Já que nós dois estamos indo, talvez...

– Pudéssemos ir juntos? – eu completei.

– É... talvez. – ele desviou o rosto, tentando disfarçar o fato de que queria me acompanhar.

– Caro que podemos. – sorri para ele, e ele pareceu se sentir mais relaxado depois daquilo.

– Então eu... vou te esperar aqui.

Acenei com a cabeça e fui em direção à escada. Subi o mais rápido que pude. Mal podia esperar para finalmente sair do Centro e fazer uma caminhada na “Cidade da Neve”.

Abri a porta do quarto e Piplup estava dormindo, com a boca toda suja de poffins. Andei na ponta do pé para não acordá-lo. Era difícil fazer ele ficar quieto depois que acordava. Abri a mala com cuidado e peguei um casaco. Saí do quarto, fechei a porta e desci as escadas.

Quando cheguei lá em baixo, Paul já estava perto da porta. Corri até ele enquanto botava meu casaco.

– Não vai pegar nenhum casaco, Paul?

– Eu não sinto muito frio. – ele abriu a porta.

Saímos do CP. Estava bem frio lá fora, mas ele realmente não pareceu se importar. Havia neve por toda parte. Muita gente estava fora de casa tentando limpar a neve dos telhados e tinha casas com neve até a metade da altura da porta. As ruas estavam limpas. Devem ter limpado de madrugada. Conforme fomos caminhando, me lembrei de perguntar uma coisa ao Paul.

– Posso te perguntar uma coisa?

Ele olhou para mim, um pouco surpreso no começo, mas depois sorriu e acenou afirmativamente com a cabeça.

– Você está diferente de antigamente. Nunca falou com ninguém e chamava todo mundo de patético e hoje foi a primeira vez que te vi sorrindo e eu fiquei confusa, sabe? Também me surpreendi quando falou meu nome. Achei que você não sabia. Lembra daquela vez que estava eu, o Ash, o Brock e você em um ginásio, eu acho, e eu comecei a conversar e você perguntou “Quem é você?” e eu fiquei com muita raiva? E você me salvou ontem. Eu já agradeci? Bom, não importa, obrigada de novo. Eu nunca achei que...

Parei de falar quando senti minha testa ficar quente. Ele havia me beijado. Meu coração acelerou. Tentei me acalmar. “Só foi um simples beijo na testa, se acalme”, pensava comigo mesma.

Ele estava olhando para mim com um leve sorriso no rosto. Sua mão estava em meu queixo e ele acariciava minha bochecha de leve.

– Você fala muito, pequena. – ele disse, sorrindo. – Vou responder suas perguntas. Não estou diferente, você apenas não me conhecia muito bem. Sempre soube seu nome. Não precisa me agradecer por ter te salvado, você faria o mesmo. E eu realmente acho que a maior parte das pessoas são patéticas.

– Estou incluída nisso? – consegui perguntar.

– Em algumas coisas, sim. Você é pateticamente tagarela. – ele sorriu. Estava dizendo aquilo de um jeito carinhoso.

– Eu poderia te beijar também, se você não fosse tão pateticamente alto.

Quase que imediatamente, ele passou um dos braços pelas minhas costas e o outro em baixo do meu joelho, e me pegou no colo. É claro que meu coração começou a bater ainda mais forte com aquilo.

– Espero que você não tenha pretendido me beijar na testa também. Seria um desperdício. – ele sorria.

Beijei-o na bochecha.

– Não era aí que eu queria também, mas...

Eu o interrompi com um selinho, que aos poucos foi ficando mais intenso. Por alguns momentos não senti mais frio, nem nervosismo. Tudo desapareceu naqueles instantes. Depois de algum tempo, paramos de nos beijar.

– Você fala muito, grandão. – sorri para ele e comecei a acariciar seus cabelos.

Ele sorriu de volta e me beijou na testa de novo. Fechei os olhos. Seus lábios desceram até minha bochecha, onde ele me deu vários beijos. Depois foram em direção à minha boca e ele começou a me beijar, devagar e irresistivelmente. Minha outra mão estava em seu pescoço, o qual eu acariciava levemente. Novamente me esqueci de tudo. A cidade estava cheia e com certeza tinha gente olhando aquela cena, mas não me importei. Só existia eu e ele no mundo, e aquela sensação de conforto que apenas um beijo do garoto mais patético do mundo poderia me trazer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, por favor. Essa é minha primeira fic e eu queria saber a opinião de vocês ^^