Quarteto escrita por Dricka Macedo
Notas iniciais do capítulo
Eitxa, mais um capítulo!!!
Obrigada à todos que acompanham e comentam, valeu!!
Boa leitura!
Depois da aula, Shiryu foi direto para casa, estava eufórico por contar a novidade da natação a seus pais. Mas sua euforia logo deu lugar a uma estranha surpresa.
– Pai, mãe?! Aconteceu alguma coisa? Vocês estão com umas caras estranhas...
– Shiryu, meu filho, temos uma notícia para lhe dar.
– Filho, seu pai foi promovido e vamos morar na Grécia! – Revelou sua mãe sorrindo.
Shiryu manteve-se estático ao que ouvia. A palavra “mudar” ficava ecoando em sua mente enquanto seus pais falavam sobre nova escola, novos amigos, novo idioma.
– Shiryu você está nos ouvindo?
–Hã? Ah... Sim, papai... Claro que sim! E quando partimos?
–Amanhã! Não é formidável? – Sua mãe batia palmas de alegria enquanto falava.
– Ma... Mas já?! Não vou ter tempo de me despedir dos meus amigos!
– Infelizmente não. Iremos amanhã à noite, então, pela manhã você arrumará suas coisas enquanto sua mãe resolve a questão da documentação da escola. Partiremos para Xangai logo depois do almoço.
Shiryu limitou-se apenas em confirmar com a cabeça e foi para o seu quarto. Estava muito triste em partir sem dar adeus aos seus amiguinhos e também não poderia mais nadar perto da cachoeira que tanto amava.
No dia seguinte, na sala de aula, Ohko sentiu a falta de seu amigo. No intervalo, ele ficou sabendo que a mãe de Shiryu esteve na escola.
“Será que ele ficou doente?” – Pensou o garoto.
– Ohko! - Gritou Shunrei ao avistar o coleguinha. – Cadê o Shiryu?
– Ele não veio hoje, Shunrei. Acho que está doente.
– Doente de quê?
– Não sei, mas vou descobrir.
Após a aula, Ohko deixou sua irmã em casa e foi até a casa de Shiryu. Estava tudo fechado, ele chamou, gritou, mas não houve resposta alguma. Um carro preto estacionou em frente e um senhor muito bem vestido falou:
– Não há mais ninguém aqui, garoto. Eles partiram e a casa está à venda. Você pode falar para seus pais, talvez eles se interessem em comprá-la.
Ohko não acreditava no que estava ouvindo, então, quando o corretor adentrou a propriedade para analisar tudo, ele o acompanhou e viu que não restava mais nada além de alguns móveis. Não havia fotos, nem roupas nem cortinas.
– Ele foi embora sem se despedir... Que belo amigo! – Havia uma nuvem de raiva nos olhos de Ohko ao pronunciar essas palavras.
Shunrei ia em silêncio para casa sentada ao lado de seu pai, que dirigia tranquilamente.
– Papai, o Shiryu não foi à aula hoje. Ohko me falou que talvez esteja doente, pois ele nunca faltou um dia sequer.
Dohko lembrou-se que pela manhã, a senhora Suyama foi até a sua quitanda e pagou uma pequena conta que tinha. Ela havia comentado que estavam de partida e despediu-se lamentando que, na Grécia, talvez não encontrasse vegetais tão bons quanto os que ele vendia. Dohko procurava as palavras certas para falar da maneira mais simples para não impressionar a filha, que seu amigo havia partido, talvez para sempre.
– Shunrei, o seu amiguinho não está doente... Ele... Os pais dele tiveram que ir morar em outro lugar e é claro que ele foi junto!
– Ele foi embora, papai? Nem foi dizer adeus ao Ohko e a mim! Os amigos se despedem quando têm que ir embora... Acho, então, que ele não era nosso amigo. - Shunrei cruzou os braços e fez uma cara zangada.
– Shunrei, talvez não tenha dado tempo ou então, ele não gosta de despedidas...
– E agora, quem vai me ensinar a nadar? Fiquei triste.
–Não fique, minha linda. Eu vou ensiná-la a nadar igual um peixinho. Que tal?
– Vai mesmo, papai? Que bom que eu tenho o senhor! - A garota falou pondo-se de joelho no banco do carro e agarrando o pescoço do pai beijou-lhe a bochecha.
A noite chegou rápido, no aeroporto os pais de Shiryu tentavam animá-lo, mas para ele não havia motivos de animação. Já na casa de Dohko, uma visita surpresa alegrou o ambiente.
– Boa noite! – Saudou a doutora.
– Boa noite, Kokoro! Mas que surpresa boa! Entre, ainda vamos jantar, junte-se a nós!
– Aceito, sim.
Após o jantar, Kokoro e Dohko ficaram conversando na sala enquanto as meninas foram brincar no quarto de Shunrei.
– Você subiu a montanha sozinha? É uma longa caminhada!
– Sim. Na verdade era só um passeio, mas é que está uma noite tão iluminada e linda, quando vi, já estava aqui!
– Vamos conversar na varanda, assim poderemos apreciar a beleza noturna que tanto lhe distraiu, só espero que não se distraia demais e me deixe falando sozinho.
– É claro que não! – Kokoro falou dando-lhe um tapinha no ombro
– Acha que as meninas ficarão bem?
– Não se preocupe, Shunrei tem bastante brinquedos e ela adora a Paradox.
O casal conversaram sobre os trabalhos de ambos, depois ficaram em silêncio ouvindo, não de muito longe, o barulho da soberana cachoeira até o piar de uma coruja os tirarem do devaneio. Ambos se olharam e rindo. Dohko chegou mais perto de Kokoro, aproximando o rosto do dela, tomou-lhe os lábios gentilmente num beijo cordial. Após o beijo, Kokoro deitou sua cabeça no peito de Dohko, enquanto ele espaldava-lhe os cabelos.
– Acho melhor irmos ver as meninas. – Disse a doutora deleitando-se no afago.
Dohko concordou com um gesto e foram ver as meninas. Ao abrirem a porta surpreenderam-se com o que viram: Ambas estavam dormindo abraçadinhas na cama.
– Que lindas! – Exclamou Kokoro. – Acho que Paradox se cansou da caminhada!
– Verdade.
– Dohko, será que você nos daria uma carona para casa?
– Por que vocês não dormem aqui?
Kokoro o olhava com um olhar sério. Seria muita ingenuidade da parte dela pedir para dormir no sofá, ou então, num colchonete junto com as meninas, afinal, ela aceitou os beijos e as carícias dele. De qualquer forma, ela não podia atribuir a Dohko, o fato de sua filha está dormindo com a filha dele, pois foi ela quem foi até a sua casa.
– Bem, parece que não tenho alternativa, não é? E também, seria uma maldade acordá-las agora. – Kokoro falou com um meio sorriso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bem, espero que tenham gostado do capítulo!
Kokoro e Dohko, será que rola, hein?
Saberemos no próximo cap. Beijos e até lá!
;)