Faz de Conta escrita por SussuVS


Capítulo 4
Capitulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Vocês pediram e eu estou continuando com ela, mas quero que saiba que essa historia depende só de vcs para continuar, por isso não esqueçam de deixar a sua opinião.
Espero que gostem.
bjinhosss



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Cheguei em casa já era tarde e em breve Rick estaria aqui, fui para o meu quarto com a intenção de tomar um banho, mas antes tinha que pegar um novo jogo de toalhas, já que, de novo eu as esqueci jogadas no chão do banheiro. Ao puxa-las caiu uma caixa antiga esparramando todo o seu conteúdo, me abaixei para recolhe-los e uma foto que eu não via a anos me trouxe de volta aquele sentimento de vazio insuportável, aquela era a foto da nossa pequena família feliz como a Lissa costumava nos chamar, a lembrança daquele momento ainda está vivo em meu inconsciente.

"Hey turma é hora da foto!" Liss berrou nos meus ouvidos, não sei como ainda não fiquei surda com os gritos dessa garota.

Todos olharam para ela e voltaram a conversar como se ela não estivesse falado coisa nenhuma, ela me olhou com carinha de cachorro que caiu de mudança e fez beicinho, eu odeio quando ela faz isso.

"Vocês são surdos ou o que é hora da foto!" eu me manifestei a favor dela, o pessoal começou a se juntar enquanto ela pegava a câmera.

"Deixa que eu tiro princesa." Dimitri sempre educado se ofereceu, mas é claro que eu não ia deixar, porque essa seria a nossa primeira foto juntos, era uma boa oportunidade para eu ter uma foto dele sem as pessoas acharem estranho.

"Que isso Camarada, é para isso que serve o disparo automático." Intervi antes que ele recebesse uma resposta.

Por fim acabou que todo mundo ficou animado com a ideia de tirar foto, a Lissa ficou no meio do seu lado esquerdo ficou o Chris, sua tia, Eddie e Mason e do seu lado direito ficou eu e o Dimitri, todos abraçados e sorrindo.

Naquela época eu nunca iria imaginar que tinha pouco tempo com eles, ao olhar aquela imagem, a menina alegre e sorridente não sou eu, não consigo me reconhecer mais como Rose, não sei se isso é o que mais me machuca saber que um dia eu fui alguém que não tinha medo de demostrar o que sente, alegre, divertida e muitas vezes intensa, hoje sou até intitulada de princesa de gelo pelos meu colegas de trabalho, dói saber que tinha vários amigos e hoje a única pessoa que tenho é o Rick e mesmo assim ele não me conhece.

Guardei as coisas na caixa e a deixei em cima da cama, fui para o banho havia uns cinco minutos que tinha aberto o chuveiro a campainha toca, me envolvi no roupão e sai xingando todos os palavras que eu conhecia.

Antes de abrir a porta olhei no olho magico e vi um Rick sorridente segurando uma garrafa de vinho, o deixei entrar.

"Fique a vontade doutor, você já conhece tudo e sabe o lugar das coisas, em vinte minutos saio do banho." o informei.

"Em trinta minutos o jantar está na mesa anjo então pode demorar mas um pouquinho." Ele gritou da cozinha.

Demorei vinte minutos no banho e mais dez me vestindo, não que eu tenha gasto todo esse tempo me arrumando, só vestir um camisão e um shorts, o que deu trabalho foi o meu cabelo que mesmo estando curto, estava parecendo um ninho que não se desembaraçava por nada, em fim abandonei e sai descalça mesmo seguindo o delicioso aroma de comida caseira, nem tinha me tocado com quanta fome estava até o momento.

"Doutor se o sabor estiver tão bom quanto o aroma eu te dou um presente."

Ele olhou para mim e deu um sorriso lindo, colocou o vinho na mesa e puxou uma cadeira para eu sentar.

"Meu anjo, você sabe que eu só brinco na cozinha e um simples macarrão não é para tanto." Ele respondeu enquanto me servia.

"Para com isso Rick eu sei me servir." Ele soltou uma gargalhada estrondosa ao me ouvir.

"Meu anjo se eu deixar você se servi você coloca todo o conteúdo da panela em seu prato."

O jantar estava muito bom, comemos em silencio, apenas apreciando a refeição, coisa que era difícil de fazer com a nossa profissão já que estamos sempre correndo pelos corredores do pronto socorro e quanto estamos em casa comemos rápido só para apreciar o máximo possível uma noite de sono.

Terminamos de comer e fomos para a sala, era o momento de eu falar do passado. Mas quando ia começar a falar o meu celular começou a tocar, era do pronto socorro. Quase ignorei, estava exausta fisicamente e psicologicamente, eu precisava me abrir falar o que estava me machucando, os anos passaram mas nunca parou de doer eu tinha esperança de arrancar isso de mim, entretanto, tive que atender eu tenho um compromisso com a minha profissão e no momento tem alguém precisando de mim.

"Pronto."

"Doutora Hanya, temos um caso grave e o estamos com todos os médicos ocupados no momento tem como você nos dar apoio neste momento." A voz do meu chefe de departamento era neutra, mas notável em sua voz o cansaço.

"Sim Doutor Jones, em quinze minutos estou ai." Desliguei meu celular e fui me explicar para meu amigo, mas ele me cortou.

"Não se esqueça linda que tenho o mesmo emprego que você conheço a situação vai lá ajude quem precisa e quando você voltar estarei esparramado pelo seu sofá vendo um bom filme e você me contará o motivo desta angustia toda."

Quando cheguei no departamento infantil e vi o caos que estava, logo me encaminharam para a avaliar um garoto de dez anos que tinha sido atropelado, o estado dele era grava, tinha que entrar o mais rápido possível na sala de cirurgia com ele, pois ele tinha uma costela quebrada que perfurou o seu pulmão.

Mas antes tive que encontrar o seus pais para explicar o procedimento e obter a autorização para começar o meu trabalho, porém quando eu li os seus dados na sua ficha, travei, não conseguia acreditar que em tantos países no mundo, tantos hospitais o filho dele tinha que parar justo em minhas mãos.


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