– Ai caramba. – Anita reclamou quando tropeçou, entrando no quarto de Omar abraçada a Ben.

– Espera ai deixa eu fechar a porta. – Ben respondeu se desvencilhando dela por um momento.

– Eu não tava mais aguentando de saudade de você sabia. – Ben afirmou sorrindo e correndo para beija-la.

– Eu também não, isso parece um sonho doido sabia. – Anita confessou se sentindo leve como nunca.

– Nem eu, pelo menos pra alguma coisa o Antônio serviu, pra você não ter pra onde fugir de mim. – Ben disse a erguendo no ar, e os dois se escorando sobre a porta, o que foi seguido de um beijo acalorado.

– Não vamos falar no Antônio, eu não quero falar de nada, não hoje. – Anita afirmou voltando a beija-lo.

– Tem razão pelo menos por hoje a gente merece, esquecer tudo. – Ben concordou, seguido de um beijo acalorado, e cheio de saudades, os dois sentiam uma felicidade que jamais eles saberiam explicar com palavras de tão enorme que chegava a ser.

– Ben espera tem certeza mesmo que o Omar, não vai aparecer, ele não vai gostar da gente aqui. – Anita indagou com receio.

– Não, eu passei aqui mais cedo, ele me disse que ia pra um aniversario de uma prima em outra cidade, pro casarão é que a gente não podia ir lá sempre tem alguém nos vigiando de perto. – Ben justificou.

– Tá, aliás, falando em casarão eles já devem ter dado por falta de nós, será que não é melhor a gente voltar, apesar de eu não estar com a mínima vontade. – Anita rebateu o encarando.

– Não, não, não, depois a gente vê isso, se eles já viram que a gente não tá, também não adiantar a gente correr. – Ele falou entre um beijo e outro.

– Eu amo você, eu nunca duvidei disso, nunca, nem nos piores momentos dessa história eu juro. – Ben confidenciou ofegante.

– Nem eu, eu sei que eu te magoei de mais, mais eu jamais duvidei do que eu sentia por você, eu nunca deixei de te querer do meu lado, por mais surreal que fosse. – Anita afirmou com a emoção lhe guiando.

– Acabou ninguém vai separar a gente, nunca mais. – Ben falou e os dois selaram seus lábios com mais um beijo cheio de paixão.

– Ben espera, a gente tem algumas coisas pra resolver ainda, calma não é. – Anita tentou contê-lo quando os dois se jogaram sobre a cama.

– Calma, se antes a minha calma já era pouca agora, depois de todo esse tempo separado eu não sei se eu consigo, é sério. – Ele respondeu sorrindo, seguido de um beijo.

– Ei é sério a gente não vai morrer amanhã. – Anita afirmou sorrindo.

– Será, do jeito que nós temos sorte, vai saber. – Ele brincou.

– Não, acho que não, pelo menos eu não pretendo morrer tão cedo. – Ele falou, escorada sobre ele.

– Tudo bem, até porque a gente ainda tem muita coisa pra fazer até lá. – Ben disse a beijando com felicidade.

– Muita, muita, demais. – Anita concordou, com seu coração pulando no peito.

– E o pessoal lá em casa Anita, como é que vai ser hein. – Ben falou, antevendo as confusões.

– Bom, é melhor nós nos preparamos pra ver o pior acontecer. – Anita contrapôs.

– É, eles não vão aceitar, pelo menos não de primeira. – Ben concordou.

– A questão é se a gente conta agora, ou não. – Anita colocou em dúvida.

– E ainda tem o Antônio, ele vai surtar quando souber que mesmo depois de tudo que ele fez, nós estamos juntos de novo. – Ben afirmou.

– É, mais se a gente contar pra eles o Antônio vai ficar sabendo. – Anita pesou.

– A gente vai ter que ficar na nossa Anita, pelo menos até nós resolvemos um jeito de fazer com que eles aceitem. – Ben propôs.

– Pelos menos por enquanto é o melhor que nós temos a fazer. – Ela concordou o beijando.

– É eu acho que a gente já tá craque nisso. – Ben disse rindo.

– É, só que dessa vez, vai ser um pouco difícil de esconder, então a gente vai ter que ser paciente. – Anita explicou.

– Tá certo, mais quer saber se eles descobrirem, também paciência. – Ben afirmou não se importando.

– Eu enfrento qualquer coisa se você tiver do meu lado, eu nunca tive dúvidas disso. – Anita respondeu sem medo.

– Eu também. – Ele confessou.

– Hum, mais tem a Sofia, ela vai surtar. – Anita lembrou rindo, escorada no braço de Ben.

– Até parece que você tem medo da Sofia, Anita. – Ben disse sem se importar.

– Não tenho, mais você não espera uma briga educada porque isso tá longe de acontecer, e tem mais sei lá bem ou ruim a gente, ainda é irmã. – Anita ponderou.

– Eu sei, mais ela vai ter que aceitar, quando você descobriu que eu podia estar tendo alguma coisa com ela, você não ficou infernizando a nossa vida, ficou. – Ben afirmou taxativo.

– É mais, eu acho que você pode ter percebido muitos defeitos na Sofia, mais o pior é que ela é assim, quando é com ela, ela julga que as pessoas não podem fazer tal coisa, porque é erado, é recalque, não que eu estivesse me afastado por pensar que a Sofia iria pensar isso, me afastei porque era o que eu queria, e talvez se eu tivesse conseguido até aqui, evitaria muita confusão pra nós dois, só que quando é com as outras pessoas, a ética dela simplesmente desaparece, os princípios tortos valem pra ela, e jamais pros outros. – Anita expos seus pensamentos sobre a loira.

– Ela que faça o que ela quiser, vai ser inútil mesmo. – Ben respondeu calmo.

– Eu não tenho dúvidas disso. – Anita disse, seguido de um beijo.

Os dois trocaram alguns beijos apaixonados e carinhos, até que adormeceram um nos braços do outro.

– Ben, acorda. – Anita falou o empurrando para que ele despertasse, quando se despertou com a claridade da janela.

– Ai que foi. – Ele disse ouvindo a garota lhe chamando.

– A gente dormiu aqui, já é dia sabia. – Anita afirmou se levantando.

– Droga, agora ferrou. – Ben respondeu quando se deu por conta da situação.

– É melhor nós voltarmos pra casa e rápido. – Anita exclamou, enquanto arrumava os cabelos.

–O que a gente vai dizer pra eles, a gente era pra ter voltado ontem pra lá, acho que eu peguei no sono não sei. – Ben se justificou.

– É, mais agora não adianta, o jeito é encarar, a gente não vai poder dizer que viemos parar aqui é melhor contar a outra parte somente. – Anita afirmou se levantando.

– Quer saber por mais que a gente ganhe uma bronca federal, valeu a pena. – Ele disse vindo até ela, e a beijando.

– Sim, mais vamos vai, antes que aconteça algo mais grave. – Anita respondeu rindo, saindo com ele pela porta.