E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 277
Capítulo 277:


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, eu sei que estou sumida a meses por isso peço inúmeras desculpas por isso, porém tive motivos sérios para isso, estou passando por alguns problemas de saúde, então um pouco de bloqueio pra escrever, mais pretendo continuar com meu objetivo de terminar as fanfics. Peço desculpas mais uma vez. Vamos ao capítulo!!!!!



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— Peguei você. – Ben murmurou no meio de uma risada astuta, jogando os braços pela cintura de Anita, no segundo que chegou no quintal com passes largos e sorrateiramente.

— Ah Benjamim. – Anita rebateu com reclamação, sentindo seu coração dar certos pulos dentro do peito ao ser completamente pega no susto por ele, enquanto trabalhava na escrivaninha que havia recebido como encomenda naquela tarde.

— Foi sem querer eu juro. – Ben afirmou em seu ouvido com um sorriso nos lábios, apertando ela contra si.

— Ahan sempre é sem querer. – Anita disse rindo em ironia, soltando a lixa de sua mão. – Você não tá atrasado pra trabalhar não, tá fazendo o que aqui me assustando. – ela sorriu perguntando ao virar-se contra ele.

— É quase mesmo, mais eu não podia ir, pra ficar toda tarde longe, sem antes dar ao menos um misero beijo na minha linda namorada. – o rapaz alegou abrindo um sorriso largo e deixando um selinho demorado no pescoço dela.

— Assim até vou te perdoar pelo susto. – disse Anita sorridente, abraçando a cintura dele, que a beijou com pura intensidade por longos segundos. - Eu adoro quando você faz isso sabia. – pronuncia Anita com um sorriso radiante estampado no rosto.

— O que, te assusto. – Ben brinca ao sussurrar ainda contra a boca dela.

— Não, seu idiota, eu to falando do beijo. – Anita se emburra empurrando com agilidade o ombro dele, que apenas ri alto do soco que recebe.

— A gente pode continuar a noite se você quiser. – falou ele sorrindo com alegria, e baixinho só para que ela ouvisse.

— O que tinha no almoço da minha mãe hoje. – Anita provocou e achou pura graça do jeito atirado do namorado, apesar de já o reconhecer facilmente.

— Não tenho ideia. – Ben alega desentendido. – Mais eu tenho que ir mesmo, antes que eu seja demitido por puro atraso. – ele percebeu o papo dos dois se prolongando demais, por mais que adorasse a companhia de Anita. – Vem cá você tá podendo fazer tuas peças já, e essa mão hein. – ele questionou relembrando a mão cortada de Anita a menos de dois dias atrás.

— To milagrosamente ótima, e depois essa aqui pagava bem, não quis recusar. – Anita explicou-se, o olhando cheia de sorrisos.

— Se você precisar de ajuda é só pedir. – Ben ofereceu ajeitando uma mecha do cabelo dela que havia se soltando do coque desgrenhado.

— Pode deixar. – Anita sorri iniciando um beijo carinhoso antes que ele se fosse.

— Infelizmente tenho que ir andando. – Ben bufou contra o ombro dele um pouco desanimado. – Você quer alguma coisa da rua. – ele indagou atencioso.

— Hum então me trás  um pacote daqueles biscoitos quadradinhos, receados de chocolate que fazem lá na padaria. – Anita pediu com um sorriso animado, talvez fosse estresse e ansiedade dos últimos dias, mas com certeza estava ingerindo açúcar além do normal.

— Tá bom minha barrigudinha. – ele balbuciou brincalhão entre o beijo rápido que roubou dela.

— Tua mãe garoto. – Anita proferiu entre os dentes, meio raivosa quando ele a soltava.

— Tua sogra moça. – Ben disse já meio de longe, saindo a gargalhar da cara de desapontamento que com certeza ela havia ficado.

— Te mato Ben. – Anita riu sem humor, percebendo a confusão cometida, apenas maneando a cabeça descontente ao vê-lo ir embora as risadas. Era melhor esquecer e voltar toda sua concentração perdida anteriormente em seu trabalho.

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— Vem cá minha filha, Anita, não me diga que você está grávida. – Caetano saiu andando cheio de pressa indo até o quintal onde a filha estava, caminhando pesado e descontente.

— Hein quem tá grávida. – Anita parou olhando para o pai meio atordoada, esticando o olhar até ele de onde estava, no chão abrindo uma lata de tinta.

— Não se faça de boba. – Caetano cruzou os braços para a ela com um olhar imponente.

— Não to me fazendo de nada, de onde você tira essas loucuras. – Anita soltou no chão com raiva a tampa da lata de tinta, enquanto a mesma fazia um som estalado pelo ambiente, em meio a toda silêncio pesado que ficava enquanto os dois só se olhavam.

— Daquele moleque te chamando de barriguda, eu ouvi o papinho ridículo de vocês. – Caetano esclarece melhor fazendo Anita revirar os olhos de desgosto.

— Não te interessa. – Anita rebateu zangada, se erguendo do chão e caminhando até uma pequena mesinha improvisada ali por ela, olhando diretamente para dentro de sua caixa de pinceis. Não iria definitivamente explicar nada a ele, já bastava a conversa humilhante de outro dia, agora mais essa, estava pelas tantas com o homem não podia negar.

— Porque não. – ele exasperou indignado. – Agora não me basta dormir com o pobretão tem que ser boba a ponto de deixar ele te engravidar, você é burra minha filha. – ele disse gesticulando impaciente, não aguentava mais não saber como separar Anita de vez de Ben. Aquilo agora era mais que um desafio, era questão de defender sua honra e espertasa.

— Vai ver eu sou mais burra do que eu imagino não é pai, porque você vive me humilhando, me tratando sem respeito nenhum, ofendendo meu namorado que nunca te fez nada, e eu ainda insisto em ser educada e te respeitar porque você é meu pai. – Anita falou virando-se para ele, sentindo seu olho arder, por consequências de estancar as lágrimas que prendeu arduamente em seu olho, não iria chorar de novo por Caetano.

— Horas não seja melancólica, você também não colabora, me afrontando, insistindo que vai namorar esse garoto arrogante. – ele disse mal ligando.

— Não é o Ben que é arrogante não, você é que não ama ninguém, nem a mim mesma que sou tua filha, demorei muito pra ver isso. – ela fala esfregando a nuca com certa exaustão por tudo. – Eu não to grávida não pai, mais se eu ficar não vou fazer questão nenhuma de te dizer, o Ben com certeza seria um pai muito melhor do que você foi pra essa criança, agora vai arrumar outra otária pra incomodar e me deixa trabalhar em paz. – Anita praticamente implorou meio ríspida, exigindo que Caetano se retirasse e a deixasse em paz. Pensando em retrucar e meio desapontado o homem virou as costas rumando à mesma porta que havia vindo, antes resmungou algo que Anita nem fez questão de entender.

— Droga que pesadelo. – Anita falou frustrada, suspirando agoniada jogando os pinceis de sua mão contra a mesa meio impaciente, sentindo que precisava se acalmar novamente ou não teria cabeça para mais nada.

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— Aí Tuninho tudo bem,  me vê um pacote daquele biscoito com recheio de chocolate faz favor. – Ben pediu alegremente assim que botou o pé pra dentro da padaria avistando o outro rapaz.

— Tudo certo, deu muita sorte em Ben é o último de hoje. – ele disse chegando perto do balcão. – Tá vendendo muito. – o rapaz justifica com contentamento.

— E eu não sei, só a Anita deve ter comprado uma dúzia só essa semana, mais não fala pra ela que eu te disse se não ela me esgana literalmente. – Ben afirmou brincalhão fazendo o outro rapaz rir.

— Ben filho tudo bem. – Hernandez adentrou o estabelecimento segurando a mãozinha de Tita que logo correu para abraçar Ben.

— E eu quero um sorvete. – a menininha exigiu olhando diretamente para o hondurenho que assentiu harmonioso.

— Pode sentar que eu já te levo. -  o rapaz de cabelos morenos que ajudava Tuninho logo  se prontificou com um sorriso simpático, Tita comemorou sorridente indo procurar uma mesa.

— Aqui Ben, e pode dizer pra Anita ficar tranquila que amanhã tem outra fornada viu. – Tuninho alegou com simpaticidade depositando a sacola sob o balcão.

— Querendo agradar a namorada filho. – Hernandez afirmou.

— Não, até porque pelo que eu me lembre eu sempre tratei a Anita como ela merece, da melhor maneira possível. – Ben falou meio vagamente puxando a carteira do bolso abrindo a mesma em busca de um cartão meio desinteressado do assunto.

— Tem certeza Ben. – Hernandez questionou fazendo Ben receber as palavras dele com certa tensão.

— Aqui Tuninho. -   Ben pronunciou entregando seu cartão pro rapaz atrás do balcão. – O que você tá querendo insinuar Hernandez eu não to te entendo, alias há um bom tempo. – Ben parou para encara-lo meio questionador. Não era de hoje que via o padrasto parecendo confronta-lo sempre que possível, ele só queria entender com exatidão o porque daquilo.

— Não filho, eu só estou dizendo que quando um rapaz quer agradar a namorada é que pode ter algum motivo, algum erro dele talvez. – Hernandez fala em meio a um sorriso amenizador de suas palavras.

— Por um único motivo, a única coisa que eu quero ter pra sempre na minha vida é o sorriso iluminado da pessoa que eu mais amo nessa vida. – Ben disse sorrindo despreocupado.

— Soube que a Anita se machucou. – questionou Hernandez querendo noticias da moça.

— É foi sim. – Ben confirmou meio aéreo.

— Como isso. – ele quis entender o que lhe foi contado.

—  É onde você queria chegar, então foi por isso esse rodeio todo, saber a forma como a Anita cortou a mão. – Ben quase que riu daquilo tudo.  – Pra você saber eu nem tava em casa, ela estava sozinha fazendo o almoço, quando eu cheguei só deu tempo de levar ela na emergência, o que você tá pensando, hein Hernandez que eu tenho alguma coisa a ver com isso. – o rapaz indagou o olhando firmemente.

— Eu não disse isso. – o homem fechou o semblante parecendo não acreditar.

— Mais insinuou, assim como outro dia lá em casa você insinuou descaradamente que eu tinha alguma coisa a ver com o roxo que você viu no braço dela, quem anda te dizendo essas coisas, o  Antônio, é ele que anda fazendo tua cabeça contra mim. – Ben perguntou extremamente direto, pelo menos espera que Hernandez assumisse o que pensava, e não ficasse só nas entrelinhas como agora.

— Porque o Tony faria isso.  – Hernandez se sentia atingido pelas acusações de Ben, que segundo sua intuição não passavam de devaneios do garoto.

— Só pelo fato dele ser um invejoso, desgraçado e manipulador,  que cismou com a Anita desde que por os pés no Grajau, e pior ainda quando soube que ela me ama. – Ben não aguentaria mais nada calado, algo dentro de si o impedia impiedosamente disto. - Que ao invés dele ela quis mesmo foi ficar comigo, mesmo depois de tudo de ruim que ele fez, e disse contra mim. – jogou ele.

— E o Tony tem culpa dos teus erros como você mesmo diz, com tua namorada. – Hernandez não conteve a resposta atravessada e defendeu seu caçula.

— Alguns ele tem sim, do pior deles ele que teve mais culpa, e diferente dele eu não to me fazendo de injustiçado eu assumo o que eu faço, não me escondo atrás de você como um moleque que ele é.  – Ben disse aos gestos de irritação.

— Eu não gosto disso meu filho. – Hernandez afirma meio impactado.

— Eu também não gosto, não gosto de você jogando a Anita pra cima do Antônio como se ela pudesse transformar o garoto que só foi injustiçado e nunca foi feliz porque os outros o rejeitam, a Anita não é obra de caridade não Hernandez. – alega Benjamim farto e deixando todo estresse lhe dominar. – Antônio tá sozinho porque ele quer, ele escolheu, sendo o que ele é. – garantiu sem medo algum de errar, Antônio afastava todos de si, sempre sendo ardiloso e desleal, não era de hoje que Ben sabia disso. – E tem outra coisa, que eu não gosto, você fazendo joguinho pra criar situações ridículas pra juntar de alguma maneira a minha namorada com ele, como se isso fosse normal,   e quer saber, engole e aceita que mesmo depois de tudo ele ainda preferiu ficar comigo. – Ben acrescenta sem estribeiras.

— Eu nunca fiz isso filho, você esta tão equivocado, não nego que eu gostaria que os dois tivessem se acertado, mais eu não escolhi ninguém. – o hondurenho quis garantir, apesar de estar um pouco dividido com sua certeza.

— Nota-se que não, e faz sim, fez isso outro dia lá no restaurante mesmo, e na minha frente, pedindo pra Anita sentar com vocês na mesma mesa que ele. – Ben maneou a cabeça negativamente demostrando um sorriso irônico nos lábios.

— Porque eu gosto de conversar com Anita,  ele sempre se mostrou tão simpática comigo desde que cheguei aqui. – Hernandez justificou usando de um tom cordial, apesar de estar se sentindo um pouco atingido pelo jeito rude usado pelo enteado.

— E ela é, pena que vocês não mereciam isso, se eu soubesse que trazer o Antônio pra cá, ia desgraçar uma parte da vida dela, eu nunca tinha feito isso. – Ben agiu sem mais paciência. – Agora é melhor você parar com isso, porque eu já cansei dessa palhaçada, eu não vou aceitar que você fique tentando jogar as pessoas contra mim, sendo influenciado pelo Antônio, principalmente a Anita, mesmo que eu confiei o suficiente nela pra saber que não vai funcionar, desisti disso. – o rapaz cansou das indiretas e abusou até demais de sua sinceridade.

— Mais. – a explicação ofendida de Hernandez foi interrompida abruptamente. Talvez tivesse sido até bom, ele teria um pouco de tempo de se acalmar, não estava entendendo o porque de tantas ofensas partidas de Ben.

— É Ben debito ou credito. – Tuninho questionou do caixa com toda simpatia habitual, mal percebendo o clima ruim que havia se instaurado no meu da conversa entre padrasto e enteado.

— É  debito eu acho. – Ben respondeu completamente aéreo a pergunta feita ao longe em sua direção.

— Ah e tem mais uma coisa, já que você tá tão entrosado  e amigo  do teu querido filho, a ponto dos dois estarem trocando confidências, e você prometendo que vai ajudar ele com a Anita, e entendendo o quanto ele esta apaixonado por ela, da um recadinho pra ele, eu não quero ele perto dela sob hipótese alguma,  se eu ver ele forçando situação, importunando seguindo a Anita , eu não vou hesitar em desder o braço nele outra vez. – Ben falou enraivado não esperando resposta alguma do padrasto, caminhando com a sacola até o caixa do outro lado do local, pagando sua compra com pressa, e acenando um “tchau” discreto a Tuninho saindo sem olhar para trás com destreza.

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 - Que foi que houve, você entrou e passou batido lá pela bagunça da sala e veio pra cá praticamente calado. – Anita entrou atrás dele, estranhando todo o jeito calado de Ben, que apenas a cumprimentou ligeiramente indo se refugiar em seu quarto logo em seguida.

— É eu tava afim de um pouco de silêncio mesmo. -  esclareceu Ben olhando de relance em direção dela.

— Posso saber pra que. – Anita indagou atenciosa sentando ao lado dele.

— Pensar um pouco. – o garoto respondeu suspirando pesado.

— Porque, aconteceu alguma coisa ruim lá no cursinho. – Anita olhou para ele meio preocupada. Ele parecia seriamente angustiado.

— Não. – Ben sorriu fraco negando também com a cabeça.

— Então o que exatamente aconteceu. – Anita continuou querendo saber, acariciando de leve os cabelos dele. Podia garantir que havia algo incomodando profundamente o rapaz, a ponto dele estar tão angustiado daquele jeito.

— Uma coisa que eu vim pensando. – Ben respondeu de cabeça baixa esfregando os cabelos, e olhando contra o chão, querendo fugir um pouco da confusão mental que rolava dentro de si.

— E  o que seria exatamente. – ela indagou atenciosa entre um sorriso para confrontá-lo.

— Porque é tão difícil as pessoas olharem pra gente como um casal normal. – afirma ele lançando a moça um olhar angustiado, quem sabe não fosse nada com que ele se preocupar, podia ser tão somente sua conversa com Hernandez gerando um certo peso na consciência.

— Talvez porque no fundo a gente não seja. – Anita sorriu de lado, tirando os chinelos e jogando os pés pra cima da cama e sentando com as pernas cruzadas, encarando ele.

— Por conta dessa babaquice de considerarem nós como irmãos, a gente não pediu isso também né Anita. – retrucou Ben impaciente, tudo mesmo parecia girar e girar, e consequentemente retomar ao ponto inicial outra vez.

— Tecnicamente sim. – Anita concordou mesmo a contra gosto. – Ninguém nunca leva em conta o fato de nós não termos sidos criados juntos, nem mesmo termos nos conhecido em outra situação, mas também nem adianta muito entrar nesse assunto, resolveu alguma vez. – ela ponderou querendo ser ao menos um pouco racional.

— É e com isso a gente vira, animal de zoológico raríssimo em exposição, pra todo mundo ficar se metendo no que a gente faz, em como fazemos, e por aí vai... – ele gesticulou não muito convencido.

Anita riu um pouco, apesar de ver que realmente a irritação do namorado, era séria com relação ao que os dois viviam, quase que sempre. – Príncipe, você tá cansado de saber disso, porque tocar nesse assunto justo agora. – ela perguntou meio que estranhando. Havia algo mais intenso no semblante de preocupação de Ben, podia ter certeza disso.

— Ahh, eu discuti com o Hernandez, e parece que dessa vez, ele não vai olhar na minha cara tão cedo. – confessa Ben levando a mão na nuca, rodeado de tensão.

— Por minha causa. – Anita questionou por mais que a indagação fosse extremamente idiota.

— Não exatamente, você não tem culpa se ele resolveu acreditar em todos os venenos do Antônio. – falou ele, não querendo jamais jogar  a culpa pra cima dela. – Eu é que também ando cansado de ter que estar sempre me explicando pra todo mundo, como seu eu tivesse obrigação disso sabe.  – adicionou exasperado.

— Eu me sinto mal do mesmo jeito, parece que eu to sempre fazendo você brigar com alguém por minha causa, até com o Ronaldo você já brigou e agora... – Anita disse repleta de culpa e frustração.

— Não, nada  a ver, para com isso o Hernandez também é que fica se metendo nessa história, e o pior é que, eu sinto que ele preferia que nós não tivéssemos reatado. – Ben a interrompeu taxativo. Não tinha porque ela se senti  responsável por algo que definitivamente, Anita não era.

— É parece que a gente sempre  tá naquele joguinho, onde de repente tá tudo lindo, aí se tira a carta, volte dez casas. – Anita riu sem humor. Os dois tinham sempre o mesmo azar já era de se esperar que isso não mudasse tão cedo...

— Ai amor. – ele  esboçou um sorriso mais despreocupado, deitando com o rosto apoiado no colo dela. Só querendo amenizar um pouco suas aflições.

— O mais importante disso tudo, tudo mesmo, é que nós estamos juntos e felizes. – Anita desabou também sob efeito de suas preocupações do momento. – E que eu te amo muito. – ela disse o beijando com imenso carinho.

—  Anita. – Giovana foi entrando como um furacão e sem aviso prévio algum, apenas deixando os dois em sobressalto.

— Meu deus credo. – Ben tomou um leve susto com o gritinho histérico da irmã chamando pela namorada.

— Pelo amor de deus digo eu, vem comigo. – a ruivinha falava em um semblante todo dramático estampado no rosto.

— Quem morreu Giovana. – Ben questionou entediado pela interrupção. Porque era sempre assim...

— Oh gente é pra hoje ainda. – Vitor apareceu logo atrás com um pano de prato em mãos.

— Ok, falem logo. – Anita anunciou sem vontade.

— É que eu não sei o que eu faço com o molho, é pra por mais água, porque tá ficando uma pedra. – Giovana sacudiu os braços quase em pânico.

— Era isso. – Ben ironizou com descrença.

— Fala assim porque não é você que tá morrendo de fome, e não tem nada naquela cozinha pronto. – Vitor rebateu mau humorado por toda fome.

— Ué gente bota água né que dificuldade. – Anita afirmou cheia de preguiça dos irmãos.

— Por favor, vai lá terminar. – Giovana pediu de mãos postas, quase implorando. Sua barriga já se apertava de tanta fome.

— Mais não sabem cozinhar um tomate, esse dois, vem cá deixa eu só saber uma coisa,  e quando vocês saírem de casa vão fazer o que, levar a Vera sempre junto, porque a Anita eu já vou avisando que eu não vou permitir não hein. – Ben reclamou incrédulo contra os dois.

— Oh Ben perguntei alguma coisa, nosso papo aqui é com a Anita. – disse Vitor com uma expressão totalmente fechada para ele.

— Deixa eu ir lá vai, eles não vão deixar a gente em paz mesmo. – ela pediu que Ben saísse para se levantar, já que no fundo sabia que Giovana e Vitor não parariam tão cedo atormentar.

— Não, não vai não. – Ben sorria sem vontade com as mãos grudadas em volta da cintura dela.

— Que solta ela, o criança carente. – Giovana rosnou segurando  a meia irmã pelo braço.

— Pelo menos não sou eu que não sei fazer nada sozinho. – Ben dispara em tom sarcástico.

—  Ih Ben não vem achando não, e dá pra andar logo que eu to com fome. – Vitor ordena carrancudo, deixando sua fome guiar todo seu mau humor.

— E eu com isso. – Ben respondeu ainda se negando permanentemente a ouvi-los, apenas continuando grudado na namorada.

— Querem parar de brigar, vou lá terminar esse macarrão a já volto tá.  – Anita somente achou graça dos três. Abaixando para beijar Ben rapidamente e explicando.

— Isso agora solta, porque você é voto vencido. – Giovana pediu entre risadas de zombaria do irmão, segurando o braço de Anita com insistência.

— Depois eu é que sou o estraga prazeres. – Ben criticou levantando-se mesmo contra seu desejo,  implicando sem cerimonia contra Giovana e Vitor.

 - Mais tá sendo do jantar dos outros. – Vitor alega cruzando os braços em protesto.

— E eu é que tenho culpa, se vocês praticamente morrem de fome se não tem alguém por perto. – Ben acaba é rindo da desculpa sem nexo algum do garoto, que com a ajuda de Giovana apenas vai levando Anita pata fora. Só restando a ele sentar pensativo a respeito dos últimos acontecimentos.

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— Zico, oi, Ben tá aí ou já foi. – Anita questionou  chegando ao restaurante, depois de voltar da Barra da Tijuca, logo após terminar suas entregas, a todas as clientes que deveria visitar naquele dia. A saudade do rapaz se fez mais forte, do que o cansaço que ela poderia estar sentindo por ter andado quase toda tarde, naquele sábado ensolarado.

— Olha Anita, ele deve ter  entrado lá pra dentro, deve ter ido tomar outro banho, só que dessa vez não de suco. – Zico afirmou distraidamente, enquanto limpava o balcão com certo esmero.

— Mais como assim. – Anita riu sem compreender, soltando sua bolsa em cima de uma mesa que estava vaga ali perto.

— Ah a menina, que jogou o copo pra cima dele, até disse que foi sem querer, mais eu confesso que não sei não se foi. – o homem continuou a contar a história, não tendo preocupação com o alvoroço que ela poderia causar para Ben, se Anita não entendesse de maneira correta o que havia acontecido.

— Ah menina. – proferiu ela, cruzando os braços, como sinal de impaciência, tentando entender em sua mente o que poderia ter mesmo acontecido. – Sei. – ironiza Anita nada satisfeita.

— Nada de tão grave Anita. – Martin saiu de trás da porta da cozinha, carregando uma bandeja cheia de copos. – A Carol , é que uma completa  descompensada, culpa não foi do Ben não, ele não fez nada pra merecer uma bronca agora. – o rapaz defendeu com brios o amigo.

— E porque será, não é Martin, nem o Ben e muito menos, nunca fizeram nada, pra merecer essa histeria toda né.  – Anita agiu com sarcasmo pra cima do garoto.

— Não, quer dizer, ah... – Martin percebeu estar se complicando. – Só não vai brigar com ele. – ele foi suplicante.

— Como vocês se defendem. – Anita alegou, maneando a cabeça certa descrença, deixando Martin a olhando com imenso receio.

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Anita parou na porta observando o namorado,  de costas para ela, remexendo na prateleira do guarda roupa, sem muita paciência, resmungou algo, sem que ela compreendesse e  distraidamente, sem notar a presença dela, continuou sua procura. A menina sorriu, caminhando na ponta dos pés até ele.

 E Ben avesso ao que acontecia ao seu redor, mais preocupado, em remoer a irritação que passou mais cedo, não notou em nenhum segundo estar sendo observado, tão de repente, quase levou um pequeno susto, ao ver uma mão miúda enlaçar seu abdômen sem avisos, por um centésimo de segundo, imaginou se tratar, de mais uma das artimanhas sem graças das duas garotas, com quem quase ele discutiu, enquanto servia as mesas no restaurante do pai mais cedo, porém seu semblante tenso, relaxou com um largo sorriso, quando reconheceu sem mais dificuldades, de quem se tratava a dona da mão traquina que lhe abraçava. - Será que eu devia brigar com o senhor, por estar fora do trabalho em meio ao expediente, ou por algum outro motivo. – Anita afirmou, não muito alto contra o ouvido dele e a sorrir descarada, apertando as mãos em volta da cintura dele.

— Aham entendi, você já ficou sabendo que além de escravo, eu fui taxado de o terror do bairro. – Ben respondeu, não muito animado, quando virou para olha-la, receando ter uma discussão infundada com Anita sobre aquilo naquele instante.

— Também quem mandou, ficar dando confiança pra oferecida. – Anita alegou meio irônica, fazendo um bico com uma certa pontinha de ciúmes, apesar de não ter vindo ali exatamente disposta a brigar com Ben, mesmo depois de Zico e Martin terem lhe contado a confusão que ele havia se envolvido. – Foi lá, se ofereceu numa bandeja pra elas, agora elas querem tratamento completo. – ela proferiu entre um sorriso de brincadeira, enlaçando os braços no pescoço dele, visualizando que Ben não continha um olhar muito animado, diante de suas palavras.

— Ei eu sou um cara fiel tá, sair por aí te traindo, não está e nem nunca esteve em meus planos pra nós dois. – Ben alegou verdadeiramente, um pouco impaciente com as ironias dela. – Mesmo, apesar de que, o nosso último término desmente isso um pouco. – Ben afirma, tentando fugir de toda provocação dela, que beijava seu pescoço o deixando brevemente desconcertado.

— Hum e é melhor mesmo que você esteja falando a verdade Benjamim. – Anita disse taxativa parando o que fazia, tentando manter seu olhar sério enquanto olhava fixamente pera ele.

— É que apesar da minha amada namorada, ser meio destrambelhada, eu amo muito ela, de todo meu coração, corpo e alma. – Ben respondeu, constatando que se Anita, veio até ali disposta a ouvir e exigir uma explicação de sua parte, algo havia dado errado em seu plano, ela estava solar demais, para querer iniciar uma discussão, e sem perder a oportunidade ele iniciou um beijo lento, a provocando ao máximo, enquanto a puxava pela cintura para ainda mais perto de si. Não era só a confusão de mais cedo, que ele não queria discutir com ela, era tudo, tudo que nos últimos tempos estava afligindo e abalando a paz dos dois, era um beijo dado em forma de ser capaz, de apagar qualquer sombra que poderia estar atormentando o coração de ambos.

— Você não acha que esta trabalhando demais não Ben, isso não é justo, meu pai ganhando pra trabalhar, e você é que ajuda o Ronaldo no lugar dele, como você vai aguentar uma rotina dessas, hoje é sábado, e ao invés de você tirar o dia pra descansar um pouco, tá enfiado aqui, ontem então foi pior ainda. – Anita encerrou o beijo, tocando no assunto inicial que o trouxe até ali, pelas contas dela, já fazia algumas horas, que ele havia excedido o horário do expediente de um dia de trabalho. Já que desde que o dia raiou, Ben se encontrava por ali.

— Ah Anita, teu pai trabalha uma hora, duas, depois some, briga com os clientes, e meu pai tá sem o Omar aí, com a mãe dele doente, e então não tem como dar conta de tudo. – Ben quis explicar, que estava querendo ajudar Ronaldo e nada, além disso.

— Mas mesmo assim, você vai acabar ficando esgotado, isso não é justo, e pior é que pelo o que a Bernadete me disse Omar não volta tão cedo, a Soraia ligou e  não tem data, pra mãe deles sair lá do hospital. – ela garantiu ainda preocupada, sensibilizada também com a situação da mãe de Soraia e do garçom.

— Pra você ver, e ai como se não bastasse tudo, uma  louca me deu um banho de suco, ainda bem que eu deixei umas roupas perdidas aqui, se não estava ferrado. -  Ben justificou apontando para a camiseta sob a poltrona, que ele havia retirado que estava totalmente encharcada com suco.

— Hum nesse caso  bem feito, quem mandou pegar aquela ruiva, que parece que tingiu o cabelo no sol, aquilo ali não é de verdade não meu amor, nem em sonho. – Anita rebateu com pura ironia.

— E quem te falou que eu tive algo com ela. – Ben indagou movido por pleno impulso, não pensando muito, que poderia estar dando chance para que ele se complicasse ainda mais.

— Eu sou atrapalhada, não burra viu. – Anita diz, mordendo o lábio com certa indignação, pela atitude do namorado, espalmando a mão pelo ombro dele com certa força, parecendo tentar evitar que o gesto virasse quase um leve tapa, diante da pitada de ciúmes que circulava por sua mente.

— E eu amo, esse teu narizinho em pé, mas sabe o que eu gosto mais ainda. – Ben não entrou na onda de irritação de Anita, a erguendo pela cintura com agilidade.

— Ben. – Anita protestou, em relação a relevar, o fato que o levou a vir direto para o chuveiro naquele dia, apenas cravando um sorriso irônico no rosto, ao se ver sem conseguir fugir dele, quando se quer conseguia voltar a ter seus pés fincados no chão.

— Eu não vou brigar, a gente não vai brigar, diz que sim. – rebate ele, à pondo sentada, sob o balcão que havia não muito longe dali.

— Às vezes, eu te odeio sabia. – Anita disse o abraçando, e num gesto irritadiço, fincou as unhas na pele das costas dele,  já que Ben parecia mais disposto a beijar seu queixo, em total provocação, para que ela mudasse de ideia e esquecesse o assunto de uma vez.

— Nota-se. – Ben alegou, entre um riso abafado, indo de encontro à boca dela e partindo para um beijo, que só fazia os dois se perderem de tudo e todos. E era o que mais Anita e Ben desejavam, esquecer o mundo, e quando estavam juntos entre beijos e declarações, isso não era nada difícil, nada existia, nada os abalava, havia só amor, paixão e um desejo latente, que os unia sem avisos, nada e nem ninguém importava, só a vontade de se entregaram ao sentimento que os ligava um ao outro, onde tudo seria esquecido, onde a tempestade sempre se revelaria, uma leve e fraca chuva de verão. Onde até o maior frio de inverno, não teria importância, já que ambos se aqueceriam no calor dos corpos um do outro.

Anita tão somente conseguia sorrir, nos segundos que os dois paravam com o beijo, porque o ar para respirar, já era mais que uma necessidade, era questão de sobreviver. Nenhuma resistência duraria por muito tempo, não quando ela estivesse sobre os feitos dos beijos do cara que a amava, e o qual ela nutria um sentimento que queimava em seu peito, com a mesma intensidade, perto dele, nenhum problema a abalaria por muito tempo, os beijos de Ben seriam a cura, era algo irracional, inconsciente, não era controlável, apenas Anita sentia, sem que houvesse explicações, ao lado dele, ela seria leve, livre, ela mesma, despida de rótulos, máscaras, meias verdades... Ao lado dele, ela seria somente amada e amaria do mesmo jeito, sem que houvesse qualquer pudor ou medo.

— O mundo poderia perfeitamente parar nesse instante, eu não iria ligar. – Ben balbuciou contra o ouvido dela, ofegante, tendo sua mente invadida, por um lapso de todo caos, que os dois sempre enfrentavam, ainda mais agora que Caetano também infernizava suas vidas sem nenhuma cerimonia.

— A gente pode providenciar isso, você não acha. – Anita desmanchou, qualquer tensão, que ele pudesse estar sentindo, por meio de seu sorriso, enquanto acariciava as costas dele.

Ele não pensou, não respondeu, apenas reagiu, a beijando com a mesma intensidade anterior, ou talvez tão mais intenso, enquanto puxava Anita mais para si, sem rodeios. Se o mundo havia parado ou não, Anita, se quer saberia de fato, mais para ela não existia mais nada que fosse importante, só os carinhos e beijos calorosos trocados pelos dois.

— Hum Ben, como eu faço, pra parar de te amar cada vez mais hein. – murmurou ela, com a voz embargada, anestesiada por uma atração que parecia sem limites.

— Eu sempre vou te amar, cada vez mais, mais olha que talvez, não seja exatamente isso, que nesse momento esta te tirando o rumo. – Ben agiu provocativo, enquanto beijava lentamente o pescoço dela, fazendo com que Anita sorrisse ainda mais, e involuntariamente apertasse ainda mais, as unhas de suas mãos contra a pele das costas dele.

— Eu sei exatamente qual é meu rumo tá, amor simples. – Anita riu de leve, dando nele um selinho rápido, fingindo qualquer desentendimento do assunto dito antes.

— Isso, além de todas minhas forças, mais você sabe que não era exatamente disso, que eu estou falando, começa com, “De” e termina “jo”, confessa vai, vai te fazer muito bem alias. – ele provocou ainda mais, entre um sorriso travesso escancarado no rosto.

— Ham e o que, desejo, e o que há de surpreende nisso, Anita tentou contrariar, qualquer certeza dele, depositando o peso de seu corpo sob o dele, e o beijando no pescoço com ternura.

— Nada mesmo, o que torna tudo surpreendente, e incrível, é justo ser você. – afirmou ele a encarando com carinho. – A  estar tão perto assim. – ele não era nada  inexperiente, para compreender, que era exatamente Anita, a culpada por tornar tudo tão especial, era tão somente Anita o motivo de sua perdição, de toda sua loucura, de um amor que ele jamais imaginou existir, que o fazia desejar estar sempre com ela, sem que ele resistisse, ou pudesse parar de a querer, o que os dois tinham, era único inexplicável, incalculável, imensurável, impossível, de alguém conseguir dizer exatamente, qual o era o grau de dependência que ambos tinham um com o outro, o forte sentimento que os puxava cada vez mais para perto, um do outro, quando estavam juntos, quase os tornando um só.

O silêncio de alguns segundos, foi quebrado por ela o beijando novamente,  como alguém que não tinha argumentos para dizer que ele estava errado.  Para que mais uma vez, a noção de tempo dos dois fosse totalmente esquecida, perante os beijos apaixonados que ficaram por minutos trocando.

— E é melhor a gente parar, enquanto ainda é tempo. – um fio de sanidade, soprou na mente de Ben, dando se de conta que a brincadeira de provocações e longos beijos, já estava  ficando mais que perigosa, e o controle já estava sendo mínimo de ambas as partes. Pois ao dar-se de conta, com um lampejo de realidade, que suas mãos envolviam a pele da cintura de Anita, por debaixo da blusa que ela usava.

— E se eu não quiser parar, se a gente não quiser. – Anita, começou a rir das palavras ditas pelo rapaz, enquanto ele respirava engasgado. Ben ficou a fitando com certo receio, mas sem se mover, fazendo um carinho nas costas da garota, que sorria ainda mais.

— Entendi, a senhorita veio aqui, já cheias de ideias ruins nessa cabeça, não é. – Ben acabou rindo junto com ela, retirando de vez as mãos da cintura dela.

—  Eu não sei nem do que você tá falando. – ela soltou os braços dele, quando o viu se afastar até a porta.

— Jamais saberia mesmo. – Ben ironizou, e voltou até ela entre passes hábeis. E ambos sorriam, perdidos um no outro, lhe tirou de onde estava sentada e a puxou para seu colo, no segundo que também um beijo apaixonado foi iniciado.

— Ai seu maluco.  – Anita contrariou entre risadas vendo seu corpo se chocar,  contra o colchão com surpresa, ao seu dar de conta que estava totalmente perdida no beijo dos dois, que mau reparou quando Ben caminhou com ela suspensa em seu colo.

— Por você, devo ser e loucamente mesmo. – Ben garante com um olhar apaixonado,  ficando por  cima dela.

— Te amo. – balbuciou ela sorridente, acariciando o rosto dele com enorme carinho.


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