E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 265
Capítulo 265:




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CONTINUAÇÃO

— Mais isso só pode me soar como uma brincadeira de mau gosto. – sem paciência Ronaldo foi logo ruborizando, enquanto se erguia da mesa desistindo de tomar seu café.

— Pois não. – Caetano respondeu em plena calma. – Você não quer, que eu assuma minhas jogadas, que esse país ignorante não entende que foram apenas negócios. – o homem fala gesticulando. – Seu eu não tiver um teto, vou acabar preso de vez, e aí neste caso quem vai cuidar do meu filho, você é que não é, afinal com a capacidade de educar mal esses pivetes que você cria junto com a Vera. – argumenta Caetano se acomodando no sofá de forma espaçosa, mal se preocupando com as patadas que distribuía.

— Ben, hãm hãm... – Eu acho que eu, eu estou tendo uma alucinação – Anita escutou a conversa perplexa, parecendo anestesiar-se.

— Ah é, então somos dois, ou eu realmente estou completamente maluco não é. – Ben a fita, sem saber o que pensar, só podendo sentir muito pelo pai, que teria que aturar aquilo.

— Pois eu não vou comprar uma ideia louca dessas nem por um decreto. – Ronaldo continuava com o discurso desconte. – E você hein Vera como combina uma coisa dessas sem me consultar. – cobra o homem, encarando a esposa com ira.

— Eu ia te falar Ronaldo, na verdade não sei o que o Caetano está fazendo aqui. - ela alega nervosamente.

— Mais ele pelo visto sabe muito bem. – Ronaldo olha para o ex-marido da mulher enraivado, Caetano por sua vez finge não ligar.

— Gente olha só, vamos combinar uma coisa aqui. – Anita foi até a sala intempestiva. – Pai não tem o menor cabimento você se enfiar aqui em casa, pensa comigo se fosse ao contrário, você ia aceitar dar abrigo pro Ronaldo, isso é completamente absurdo, ninguém vai concordar com isso. – a garota tentou apelar para um pouco de bom senso.

— Engano teu Anita, eu apoiei a mamãe nessa decisão, nosso pai não pode ficar na rua. – Sofia se arrumava no quarto quando escutou a discussão e logo correu para sala.

— Sofia sua traidora. – Anita olhou para a irmã irada, pelo apoio dela a tal loucura. – Então é isso, isso aqui é uma comédia então né. – a morena perdeu a resto de sua paciência.

— Realmente é melhor você desistir Anita, exigir o mínimo se quer de bom senso nisso tudo já é demais. – Ronaldo pediu que a enteada desistisse.

— Filha, olha... – Vera se aproximou dela falando docemente.

— Não né mãe, eu devo ser mesmo a única louca aqui, e que acha isso ridículo. – Anita ordenou que ela nem continuasse.

— E pelo visto não vai dar certo nunca não é, só quero ver. – Ben foi obrigado a expor.

— Ai Anita, vamos combinar que você está preocupada é com outra coisa não é, o que a presença do papai pode embarreirar pra você, aposto que você não contou a novidade pra ele, admite que você só está preocupada com você, por isso tá defendendo tanto o Ronaldo. – a loira se intrometeu.

— Sofia fica quietinha, ou juro que eu arranco tua língua depois. – Anita fitou a irmã severa, enquanto todos continuavam com o bate boca. - Vamos embora daqui antes que sobre também alguma coisa pra gente. – ela aproveitou a distração de todos para convidar o namorado a se retirar. Não estava disposta a esperar as coisas complicarem para o seu lado.

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— Ai amor semaninha boa né, só que não. – Anita dizia entre suspiros de lamento, sentada com Ben em um dos bancos do pátio do colégio, jogando a cabeça contra o ombro do namorado.

Ele dá um leve sorriso beijando sua testa. – Olha tecnicamente ainda pode ficar um pouco...

— Bom dia gente, vocês chegaram cedo hoje hein. – Julia os abordou sorridente.

— Oi Ju bom dia, olha pior é que você não está errada. – Anita ri lhe dando razão.

— Caímos da cama literalmente. – Ben também concordou.

— Rolou maior confusão lá em casa Julia, só te conto, mais depois... – Anita afirmou, mal querendo lembrar do fato.

— Anita aqui óh, as tuas roupas, que você tinha mandado pra mamãe concertar, ela praticamente me obrigou a te trazer. – Julia informou rindo as ordens que levou da mãe.

— Ai eu é que esqueci de buscar, mais obrigada, depois eu acerto com ela. – Anita respondeu pegando a sacola da mão da amiga.

— Olha eu acho que seria melhor mesmo, você voltar a comer direito, assim podia parar também de ter que ficar pedindo pra mãe da Julia apartar tuas roupas. – Ben diz já estressado com os descuidos dela, que só aumentavam.

— O dia que eu poder voltar a comer de verdade, que nem gente, porque do jeito que tá não dá mesmo. – Anita resmunga por conta de sua situação. - Para de exagero Ben, foi só uma calça e dois shorts, ninguém vai morrer aqui, não tá. – Anita o repreendeu pela dura, não entendendo todo excesso de zelo.

— Assim espero não é, mais se você não fosse tão teimosa. – ele não se rende, suspirando contrariado. – E além do mais, eu não quero que minha namorada suma não é, se continuar assim é isso que vai acontecer. - o garoto afirma a olhando sério.

— Ah meu deus, você é muito dramático sabia. – sorriu ela procurando amenizar suas percepções, apenas jogando os braços em volta de seu pescoço e o abraçando.

— Sou não. – tentou se retratar Ben.

— E aí pessoas, dia lindo, como vocês estão. – Serguei chegou questionando todo animado.

— Nossa alguém acordou de bom humor gente. – Julia riu do amigo para contraria-lo.

— Ótimo não é. – Anita também achou graça.

— Deve ser obra e milagre da Flaviana isso. – Ben brinca com a lembrança.

— Hahahaha, já disse que eu tenho os melhores amigos, que no caso, olha são vocês... – Serguei falou fingindo mágoa. – Aí gatona, preciso ter um particular contigo, assunto urgentíssimo. – ele disse apontando para Anita.

— Aquele, a sim certamente. – respondeu Anita esboçando um sorriso de mistério.

— Então vamos. – Serguei afirmou estendendo a mão direita a ela. – E Ben, pode ficar tranquilo que eu devolvo do jeito que eu levei. – Serguei zombou.

— Fica esperto você tá, ou vai levar uma bifa e vai ser minha mesmo. – Anita o alertou entre gargalhadas.

— É que ele está poético hoje, é isso. – Ben achou graça apenas.

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— Então não quis falar perto da Ju, e pra ela não desconfiar de nada, achei melhor também não falar perto do Ben, aí só assim ela acha que era bem particular mesmo. – Serguei começou o assunto ainda no corredor. – Eu já falei com a mãe dela, que ficou de convidar a família da Julia, os convites já estão prontos, a gente manda pra todo mundo por e-mail, um dia antes da festa, a produção também é por minha conta claro. – contava ele.

— Tá tá, e o local, o Sidney conseguiu com a mãe a sala de festas, então a Julia não vai desconfiar de nada, se fosse lá no casarão ia ficar mais complicado, falei com a Gio a respeito do repertório, o bolo e os salgadinhos vou conseguir com minha mãe óbvio, que ontem meu pai atrapalhou deu falar, mais eu vou ajeitar hoje. – afirmou Anita.

— Cara a Julia vai surtar. – disse Serguei rindo em plena animação.

— E matar a gente talvez não é Serguei. – Anita ficou um pouco insegura se realmente a grande amiga iria gostar.

— Não acho que ela vai gostar, mais pra dar certo, vai ser aquele esquema, nos vamos fingir que nada tá acontecendo, que não vai rolar nem presente, nem parabéns de aniversário, que simplesmente ela falou tanto que não queria nada, que até a gente esqueceu mesmo do dia. – revelou Serguei sorridente.

— Tá bom combinado, o salão de festas eu vou decorar na manhã mesmo pra não chamar muita atenção, o Sidney e a Meg ficaram de ajudar a mim e ao Ben. – contou Anita sua parte.

— E eu cuido da aniversariante, produção impecável. – garantiu o ruivo.

— Mais olha só, aquilo que a gente combinou, eu já combinei tudo com o Frédéric, você não vai esquecer e dizer que você lembrou do aniversário dela, você se empolga ai já viu né. – alertou Anita que ele cumprisse tudo sem falhas.

— Não, não pode deixar, tudo armado. – Serguei sorriu empolgado tocando a mão da amiga já tentando imaginar a reação de Julia.

— Literalmente. – Anita da risada de toda conspiração.

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— Então você acha que podia ser. - Anita argumentava com a mãe, na grande cozinha onde ela preparava os quitutes da empresa.

— Posso tentar, mas não sei filha tem muita encomenda essa semana. - justifica Vera o pedido feito.

— Eu sei disso, mais faz uma força, é pra Julia e ela merece vai. - Anita sorri astuta para coagir a mãe.

— Claro filha, eu me comprometo. - Vera cedeu aos pedidos.

— O engraçado é que você quer fazer média com a amiga, e a mamãe é que tem que ralar né Anita. -Sofia se intromete no papo. - E de graça né, você nunca cansa de ser a toda caridosa mesmo Anita. - acrescentou à loirinha.

— Ah sim, a Julia é minha amiga Sofia, ela esteve do meu lado nos bons e piores momentos, e quando a maioria das pessoas me virou as costas ela continuou do meu lado, sendo minha amiga e não se importando com o que os outros poderiam falar dela por estar comigo. - afirmou Anita taxativa. - E também não seja por isso, eu pago todos os gastos e venho ajudar com o preparativo do bolo. - disse a menina.

— Que isso Anita, não precisa. - Vera afirma.

— Eu faço questão, numa coisa a Sofia tem razão não é justo você trabalhar de graça. - falou Anita. - O que me lembra outra coisa Sofia, a gente precisa conversar. - informou Anita olhando a irmã não muito amigável.

— Sobre o que, eu hein. - Sofia só ficou desconfiada.

— Vamos lá no banheiro que a gente fala. - insistiu ela em tom de mistério.

— Que é Anita, quer dar na minha cara e não quer que ninguém veja. - Sofia fica receosa e provoca.

— Hum se fosse mesmo isso nem iria te avisar, era só sair batendo. - Anita não liga.

— Saco, to indo então. - a patricinha andou em direção ao corredor aos bufos.

— Por favor, as duas não vão brigar, não quero discussão. - Vera as lembra, quando vê Anita sair atrás da mais nova.

— Fala Anita. - Sofia pede se olhando no espelho que havia no banheiro.

— Que maluquice foi essa de dar força pra nossa mãe dar abrigo pro papai. - indagou Anita direta.

— Ué Anita simples não quero ver meu pai na rua e alguém tinha que ajudar né, já que ninguém iria ficar do lado dele naquela casa. - a loira se explica.

— Ah claro e o próximo passo é o que. - Anita cruza os braços meio irônica. - Nosso pai querer a mamãe de volta, Sofia você não vai entrar na onda dele. - cobra ela descontente.

— Anita olha, diferente de você eu nunca achei um máximo essa família que a mamãe criou com o Ronaldo, sempre quis a nossa família de volta, certinha com pai, mãe, irmã, não essa confusão familiar, então não ia achar ruim não, não vou ser cínica tá legal. - Sofia é muito sincera.

— Ok só não esquece de uma coisa, a felicidade da nossa mãe, e ela ainda está com o Ronaldo, é ele que ela ama, então antes de cair na onda do Caetano, pensa na hecatombe que você pode causar se deixar ele te usar. - Anita afirma deixando o local enquanto Sofia continua imóvel.

— Já entendi chatice. - a loirinha gritou segundos depois.

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— Quer dizer que você mal se entendeu com o Abelardo. - Anita conversava com Bernadete.

— É né menina ficou, ficou e não ficou. - confirmou ela. - Teu pai hein que hora pra esse homem ressuscitar meu deus. - Bernadete ralha, enfurecida com o ex.

— É nem me fala, pior é que ele nem liga se está trazendo problemas pros outros. - Anita também fica revoltada com o pai. - Agora só falta mesmo o último relacionamento dessa pirâmide aí, que é afetado pelo meu pai, subir no telhado, o meu com o Ben, porque o do Ronaldo com minha mãe já foi também por esse mesmo caminho. - ela se frustrou,com a confusão.

— Ai Anita mais vê se não deixa não amor, porque né vocês já passaram por tantas coisas pra agora teu pai chegar e achar que pode botar alguma moral, e que ele nem tem. - Bernadete não se preocupa com o concelho ousado que destina a garota.

— Filha já vai. - Vera vem andando com Marta e Mariana atrás.

— Ahan tenho um dever pra terminar por que. - Anita proferiu checando o telefone pra ver se não tinha recado algum de Ben.

— Então Anita eu quero te pedir uma coisa. - se manifesta Marta.

— Tá e o que seria. - Anita ainda não compreende.

— Bom depois que minha filha aprontou, eu decidi dar uma lição a ela, mais também compreendi que minhas formas anteriores não foram as melhores ou caso ela não teria sido tão mimada e feito o que fez. - a mulher foi expondo o que pensava. - Então eu conversei com tua mãe e decidi que como nós moramos lá em casa e não contribuímos com nada, nada mais certo que a Mariana aprenda o valor das coisas, e já que ela resolveu aprontar com as pessoas que a ajudaram, nada mais justo que pra aprender ela te ajude com a limpeza e organização da casa. - diz Marta.

— Que? - Que foi gente onde que tá a piada, porque eu não consegui entender. - Anita falou confusa e boquiaberta.

— Em lugar nenhum, estou sendo sincera, minha filha está precisando aprender que os tempos mudaram e que e principalmente que ela precisa respeitar a todos. - respondeu ela. - E como você cuida de tudo no casarão...

— E vocês não acham que eu tenho mesmo vocação pra Madre Teresa né. - Anita não vê como aquilo daria certo.- Gente eu não sei se vocês lembram mais eu sou o mau exemplo, a maluca que namora o irmão postiço. - diz a menina. - Recordaram... - argumentou  ela dissimulada e com um sorrisinho irônico. 

— Mãe sem chances né, ela não iria topar. - Mariana tenta que a mãe desista.

— Filha não custa né Anita. - Vera lhe pediu.

— Que remédio né. - Anita no final acaba cedendo.

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— Bom o que eu tenho que fazer. – Mariana perguntou com um sorrisinho esperto quando entrou em casa com Anita.

— Você tem certeza que isso é uma boa ideia, olha não vou conseguir aturar você chorando depois porque quebrou a unha. – Anita continuava sem entender como aquilo daria certo.

— Olha eu sei que você não vai com a minha cara tá, mais eu decidi que eu não vou mais decepcionar minha mãe. – alegou Mariana seus motivos.

— Nossa eu juro que eu não esperava tanto bom senso de você. – Anita até se surpreende mesmo.

— Eu não sou tão mau caráter quando você pensa. – justifica a garota.

— Bom pra você não é. – Anita joga a bolsa sobre a mesa sendo irônica.

— Anita olha, te pedir desculpas de joelhos eu também não vou, mais... – aproximou-se ela.

— Que bom, porque eu nem quero, pode não parecer mais eu também não sou tão melodramática assim. – Anita respondeu.

— Então você vai me ajudar ou não. – Mariana pergunta meio que rindo.

— Você não tem a menor cara de que lavou uma louça na vida. – não escondeu Anita o que pensava.

— É, eu nunca precisei, mais contrariar minha mãe nessa caso é o pior mesmo. – Mariana não mente.

— Bom é, ai meu deus eu vou me arrepender disso. – Anita maneia a cabeça não crendo que iria topar aquilo. – Tem a cozinha pra ajeitar, e provavelmente alguma roupa pra por no varal. – comunicou.

— Tá te ajudo, é isso que elas querem não é. – Mariana se rendeu sem se opor.

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— Olha eu juro que não baguncei o armário, quando eu fui por as roupas caiu tudo. – Mariana explicava quando viu Anita entrar no quarto das meninas com outra pilha de roupas em mãos.

— Não eu sei, isso aí é obra das meninas mesmo e até minha se bobear. – Anita afirma risonha, soltando as roupas sobre sua cama.

— Teu celular tava tocando, acho que era teu namorado. – ela comenta o que viu sem querer.

— E você continua nada curiosa não é garota. – Anita apanha o objeto da bidê, constatando mesmo que era o garoto.

— Não tá, vi sem querer mesmo, porque eu tava perto, mais não mexi. – Mariana se defende.

— Ok. – Anita não insistiu, mais atenta a responder os recados do namorado.

Mensagem Ben...

— Acho que vou me atrasar aqui, quase final de aula e ninguém entrega a prova, deveria ter pego mais leve acho....

— Hum quem mandou o professor ser muito exigente, você que perdeu. - Anita o enviou implicando.

— Já falei que eu ia adorar que você fosse minha aluna, ou menos agora eu poderia estar te observando, abrandando um pouco da minha saudade.

— Já falei que isso não daria certo.... Você iria ser muito mal interpretado... Hahaha.

— É de repente não mesmo te observar, ia me induzir a querer te beijar também.

— Doido, vou te esperar tá, aqui em casa, vê se não demora, ou eu vou aí hein.

— Tá bom, mais eu vou continuar contando segundo por segundo. Beijo, te amoo!!

— Beijooo. Eu também....

— Você gosta mesmo do Ben, não é. – indaga Mariana, a vendo sorrir soltando o celular no mesmo lugar de antes.

— Vai me dizer o quanto isso soa absurdo. – Anita questiona com uma risada de ironia.

— Não, não dá pra negar que vocês são corajosos não é. – respondeu ela sem mais intenções.

— E esse menino aí, que você falou que tua mãe te proibiu de ver, ele valia mesmo a pena. – Anita acabou perguntando, já que foi ela que começou com os questionamentos.

— Acho que sim, mais agora já foi também, ele não vai querer me ver, não depois do escândalo que minha aprontou na casa dele com a mãe dele, maior mico. – Mariana desabafou sincera.

— Olha eu acho que não sou a pessoa certa pra te dizer se isso é verídico, de tanto ver barraco aqui em casa, acho que me acostumei. – brincou Anita como forma de amenizar a insatisfação da garota. – Mais se ele gostar de você, ele tem que saber que você não é tua mãe né, e que também a mãe dele não tinha o direito de estragar a relação dos teus pais. – opina Anita mesmo sem querer.

— Nem me fala, muito estranho isso. – diz a menina ainda sem lidar direito com a ideia. – Mais você tá querendo me dizer o que, pra eu tentar falar com ele, não sei se eu tenho coragem, fora que ele nem deve de lembrar de mim. – chateou-se Mariana.

— Olha eu acho que tua mãe não gostaria de ouvir isso mais, não é você ficando longe, que não vai dar mais certo, não se for de verdade, ela não vai impedir por muito tempo. – afirma Anita.

— Até que você não é tão insuportável assim. – pondera Mariana.

— Até que você não é tão convencida. – devolve Anita, e as duas acabam rindo. – Eu não tive momentos fáceis nos últimos tempos, e alguma parte de mim, também desaprendeu a ter total paciência com tudo, e a Sofia não é melhor pessoa do mundo, ela é minha irmã, e por mais irônico, ninguém conhece a Sofia melhor do que eu. – tenta explicar Anita. – E quando você fez o que fez, uma parte de mim, viu minha irmã, vivendo o que eu vivi, não na mesma intensidade lógico, e talvez você não tenha pensado muito e nem tido as mesmas intenções da pessoa que aprontou pra cima de mim... – Mais eu a vi sendo julgada e da mesma forma que eu fui, o mundo é uma roda de interesses, raramente a gente para pra pensar que muitas vezes a pose do outro, o que a gente vê no outro, pode não ser aquilo, todo mundo tem sentimentos, ou maioria das pessoas tem sentimentos, tem tristezas, mágoas, medos, inseguranças, igual a mim a você, a todo mundo. – ela fala sentando em sua cama.

— Tá saquei, você tá dizendo que eu sou sem sentimento. – Mariana questiona serena se aproximando dela.

— Não, não to, se eu tivesse eu nem estaria aqui conversando com você. – Anita justifica rapidamente. – Mais eu sei de gente que não tem, algum se quer, que só inveja o que pensa que o outro tem, sente raiva, ódio, te deseja todo mal, e o pior é que você não fez nada pra merecer isso, ao contrário, você até tentou ajudar a pessoa, até confiou em algum momento, e ela te deu em troca só o pior, só porque todo amor que você sente por alguém não é pra ele, é e desde muito antes foi pra outra pessoa... – exclama ela. – Só que mesmo achando que ele é mais merecedor, do que essa outra pessoa, e dizendo que te ama muito mais, ele tentou te destruir junto, te fazer sofrer foi a única forma dele te ter um pouco, e quase que você desistiu de tudo, dos sonhos, dos sentimentos bons, da confiança, do amor, da própria vida, foi isso que eu fiz um tempo da minha vida. – revela verdadeira. – E talvez isso ainda me estresse muito, me dê muita revolta, porque eu sabia que eu podia ter feito mais por mim mesma sabe, não ter deixado as pessoas me jogar nesse buraco, não pessoas que nunca mereceram uma lágrima minha, e que no final eu também só magoei quem me amava de verdade, que não merecia minha raiva. – finalizou Anita meio emotiva.

— As vezes, nada é como nós queremos, e isso faz muito mal, principalmente quando ninguém está nem aí pra você. - entende a garota de algum modo.


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