E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 261
Capítulo 261:




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– Ai não estudei nada pra essa prova infeliz de matemática. – Drica reclamava impaciente depois de chegar no colégio cheia de sono.

– Ai já eu, to tão feliz que não me preocuparia com mais nada. – Bruna responde encarando sua imagem no espelho com um sorriso de animação. – O Antônio me levou pra jantar ontem, eu nunca tinha jantado em nenhum restaurante, tão chique requintado, ai ele é lindo. – suspirava a garota.

– O que, o Antônio ou o restaurante. – Drica rebateu impaciente para os devaneios da amiga.

– O Antônio claro, to apaixonada. – Bruna reforça sorridente.

– Bom dia. – Anita teve o desprazer de dar de cara com as duas garotas quando saia do banheiro.

– Como eu tava dizendo, o Antônio é o melhor namorado que alguém poderia ter, meu namorado. – continuou Bruna, ignorando a presença de Anita, que enxugava as mãos. – E ninguém vai atrapalhar a gente. – garante ela fitando Anita. – Entendeu Anita. – provocou.

– Oi, é comigo isso mesmo. – Anita proferiu um tanto irônica enquanto amarrava os cabelos em um coque, em frente ao espelho. Quando mal ouvia os devaneios da garota, só prestando atenção em seu nome pronunciado.

– Eu sei que você não superou o recalque de ter perdido ele. – discursa a garota cheia de si. – Mais como você mesma ouviu a gente á muito bem, tivemos uma noite de sonho ontem. – Bruna proferiu sorrindo exibida.

– Jura? – Anita ri por um momento da ingenuidade da garota. – Achei que dormir ao lado do Antônio desse pesadelo, não ao contrário. – afirmou ela sem conseguir partilhar dos pensamentos de Bruna, que apenas bufa irritada devido ao sorriso de pura ironia que vê no rosto de Anita. – E sinceramente Bruna se eu tenho recalque em relação a isso, prefiro continuar sendo recalcada pra sempre, do que perder meu tempo com esse garoto ridículo, se é isso que você pensa, que eu estou recalcada, pois prefiro continuar, porque to muito bem assim, longe do Antônio. – deixa claro Anita a encarando sem se intimidar. – Mais na real, tenho mais o que fazer, muito mais gente importante pra me preocupar, do que com ele, você pode acreditar que eu tenho motivos maiores de felicidade, pra achar que ele me faz falta, até porque eu nem perdi ninguém né, pra começar isso aqui, porque lucida eu não nunca quis nada com ele, faça bom proveito. – Anita alega categórica.

– Tomara mesmo. – Bruna revida, mas influenciada pelos devaneios de Antônio não se convence.

– Mais depois não diga que eu não avisei. – taxou Anita enquanto a outra permanecia sem esboçar qualquer reação.

– Vou pra aula, mais não pensa que e acredito não. – respondeu Bruna desdenhando.

– E nem eu vou perder meu precioso tempo tentando te convencer de nada, como eu disse. – Anita não deu importância. – Se você tem estômago pra chegar perto do Antônio, encher a boca pra chamar ele de teu namorado, problema teu, boa sorte. – ela desejou impaciente. – Eu continuo com o meu, que está ótimo, ao menos eu sei que ele não é nenhum psicopata transtornado, que não respeita ninguém a volta dele. – Anita afirma em tom de desprezo, não desejando mal a Bruna, mas se ela queria tanto ficar com Antônio que ficasse, já que alertá-la não adiantava., a garota fazia sempre questão de não ouvir.

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– Ai, tá fazendo o que aqui garota. – Drica se assustou quando voltou do banheiro e deu de cara com Anita de braços cruzados, escorada a pia.

– Te esperando, a gente precisa ter uma conversinha. – Anita informou com ar dissimulado.

– Não vejo por que. – Drica esnobou, se olhando altiva ao espelho.

– Ah vê sim. – teimou Anita imediatamente

– Foi você que me mandou aquele envelope ontem? – perguntou Anita direta. – Foi você, eu não seria ingênua de achar que não. – ironiza ela com certo deboche.

– Anita você enlouqueceu de vez foi. – a garota não se dobrou e fingiu não saber de nada.

– Vamos dispensar a parte do teatro, somos pessoas diretas, certo. – diz Anita a encarando com tranquilidade até. – Você queria acabar com meu namoro, e como antecedentes de desconfiança entre mim e o Ben não faltam, achou que iria colar fácil. – ela especula.

– Será que eu consegui, eu não sei de nada, mais você chegou sozinha no colégio, eu acho né, quem mandou ser maior tonta, e resolver se apaixonar justo pelo cara que você não tem pique e nem competência pra segurar. – Drica atacou plenamente satisfeita.

– É eu vim sozinha sim, mais a gente não terminou não, ele trocou o turno dele lá no trabalho com um amigo só isso. – ela revelou em total deboche. – Você vai ter que apresentar mais do que meia dúzia de fotinhos mal tiradas pra gente se separar Drica, brigar talvez a gente brigue mesmo, mais se tem uma coisa que nós dois já entendemos é que nem nossos desentendimentos vão durar pra sempre. – provocou ela.

– Aff Anita, não cansa minha beleza não tá. – Drica se sentiu desapontada com o que ouvia.

– Espera, você não sai daqui sem me dizer quem tirou as fotos. – Anita não se convenceu segurando-a pelo braço.

– Eu não tenho que te dar satisfações tá legal. – se irrita a garota, com a empáfia de Anita em ordená-la a alguma coisa.

– Foi o Antônio, foi só um acaso, ou você armou aquilo tudo. – Anita a olhou séria, sem deixar suas dúvidas de lado.

– Eu não tenho porque ser honesta com você. – desdenhou Drica com sarcasmo.

– Você não vai me querer como inimiga. – Anita a olha irritada.

– Faz me rir. – Drica zomba.

– Você ainda não entendeu , que eu não tenho mais nada a perder, e nem tenho medo disso, desembucha agora. – Anita agiu com teimosia.

– Você toda boazinha me ameaçando, isso não é contra toda tua bondade Anita. – debocha Drica quase rindo.

– Pode até ser. – ela não discorda. – Mais acho que eu to numa fase de revisar conceitos, você me zoou, tocou o terror, ficou botando pilha sempre que podia pra ver todo mundo rindo da minha cara, eu te dei uma surra, cai no poço graças a teu leve empurrão, dali em diante foi escada abaixo literalmente. – relembra Anita. – Ai achou o que. – pergunta ela com ironia. – Que podia ficar com o Ben, o que me impede de te dar o troco, ideias é que não me faltam pra isso, pode acreditar. – disse Anita dissimulada.

– Primeiro, que foi o Ben que deu em cima de mim tá, eu não tenho culpa se ele se cansou de você Anita. – zomba ela, tentando espezinhar Anita sem ligar para retaliações.

– Eu sei, não estou dizendo que a única culpada é você, mas a vida já encarregou de se vingar dele por mim. – Anita afirmou, esnobando a falação da garota. – Eu estou mesmo tentando ser cordial com você, sem baixaria, mais se você não facilitar vai ficar difícil. – suspira Anita impaciente.

– Eu dei em cima do Ben naquela noite no restaurante, vi quando você foi embora, e ele ficou sozinho, o que é muito raro não é, você não desgruda dele, deve de morrer de medo de ser traída. – dispara Drica. – Mais não armei nada, e nem fiz negócio algum com o Antônio, ao contrário da Bruna, eu não sou tão maluca assim, foi só um acaso provocado pela Mariana, foi ela que me deu as fotos, eu não sou um mostro, mas não resisti, mandei as fotos pra você, levar um toco por tua causa é dose não Anita, é o fim de carreira pra qualquer garota. – esnoba ela contando o que realmente tinha acontecido.

– Então foi coisa daquele projeto mal acabado de gente. – balbucia Anita já cansada da garota.

– Foi, pelo visto ela te adora não é. – Drica confirma.

– Você vai me ajudar numa coisa, você vai dar um recado pra Mariana, mais sem dizer que eu combinei nada com você. – taxou Anita.

– Tá louca é, porque eu te ajudaria. – Drica não se dispõe e fica impaciente com a audácia da outra garota.

– Não sei, você pode inventar um motivo se você quiser. – Mais vamos combinar que essa briguinha já tá chata né. – afirmou Anita decidida.

– Eu quero uma coisa em troca, também não vou fazer favor de graça pra você, era só o que me faltava. – Drica alegou.

– O que? – Anita se propõe a ouvi-la.

– Ajuda com um trabalho aí de matemática, que o professor passou, preciso gabaritar pra conseguir passar de ano, e não sei nada da matéria, aí eu digo o que você quiser pra Mariana. – explica ela.

– Tá, eu te explico a matéria. – Anita acabou topando o acordo.

– Ok, negócio fechado então. – Drica se rendeu estendendo a mão a Anita.

– Fechado, mais hoje não dá que eu tenho que terminar uns trabalhos, passa amanhã lá em casa. – informou Anita.

– Você acha mesmo que eu vou deixar você esquecer. – Drica devolve.

– Eu não vou, apesar das pessoas acharem que eu não valo mais nada, eu ainda tenho palavra. – Anita respondeu com uma pitada de deboche deixando o banheiro.

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– Sei não Sofia, mais é melhor você não fazer nenhuma burrada, ou a gente não vai conseguir nada. – aconselhou Anita receosa com os impulsos da loirinha. – Entendeu? – insistiu ela querendo que a irmã lhe ouvisse.

– Sei lá Anita, por mim eu já tinha dado um jeito nessa garota de uma vez, fui te ouvir e bancar a pacifica, olha no que deu. – afirmou Sofia cheia de irritação.

– Ah é, e por acaso alguma vez você resolveu alguma com os “teus jeitinhos”. – Anita retruca gesticulando impaciente.

– Ai tá bom Anita, não me estressa. – a patricinha bufa sem concordar.

– Se você não der nenhum passe em falso, ela vai contar tudo, mais vê se não me atropela. – disse Anita insistindo severamente com a loira.

– Ih melhor a gente encerrar o assunto. – Sofia proferiu disfarçadamente quando olhou para o lado e viu Sidney se aproximando acompanhado de Ben.

– Melhor mesmo. – concordou Anita desviando o olhar dos dois.

– Ué gente, ficaram em silêncio por quê? – indagou Sidney ao sentir um clima de estranheza no ar, quando chegou perto das duas.

– Era tão secreto o papo assim. – caçoou Ben, também concordando com as percepções do amigo que eram também suas.

– Porque deu vontade Sidney, ninguém é igual você não, que só fala bobagem o tempo todo, até quando não nos interessa né. – Sofia rebateu com ironia, sem poupar o esculacho, enquanto Ben sentava ao lado de Anita.

– É pois eu te conhecendo, diria mais. – o loirinho não se deixou vencer, tirando com rispidez a bolsa dela que estava acomodada ao seu lado no banco que a patricinha ocupava e lhe entregando nada gentil.

– Você pode sair, por favor. – Sofia ruboriza, insatisfeita com a grosseira dele, sem cerimonias Sidney a ignora se acomodando ao seu lado no banco que ela ocupava, sem ligar para a cara hostil da loira.

– Não, não posso, até porque eu vim conversar com a tua irmã, não com você. – Sidney diz a encarando com um sorriso abusado.

– Ah com a Anita. – a loira ri se irritando. – O que é Sidney, vai querer vingança agora, tentar ficar com a minha irmã também, não né porque aquela Shakira de baixa renda já foi o fim, agora jogar mais baixo do que isso pra alguém que se diz tão amigo do Ben, to achando que você quer mesmo é as namoradas dele. – ela fala com o riso carregado de malicia. Ben e Anita se olham incrédulos com a discussão do casal, e sem vontade de interferirem, apenas se abraçam.

– E eu lá sou igual a você garota. – Sidney debocha na cara dela. - Afinal que eu saiba, quem fez de tudo aqui, pra ficar com o namorado da irmã foi você, não eu, tá falando por experiência própria é Sofia. – alfineta ele a encarando.

A loira somente fecha a cara furiosa pela provocação. – Pior é quando eu perdi meu tempo ficando com você não é Sidney. – ela rebate raivosa.

– Ah é não parecia, você até que gostava, ficava feliz, até me elogiava quando eu te levava pra jantar em algum restaurante bacana, a gente até se divertia junto , mas claro que depois... – Você tinha que me lembrar que eu sou apenas um ogro pé rapado. - devolveu o loirinho a encarando nos olhos.

– Mais que isso você é um idiota. – a patricinha fica impaciente com a provocação.

– Você é que uma mimadinha fútil Sofia, aliás, continua sendo assim, também não me interessa mais. – diz ele ressentido.

– Cala essa boca garoto. – Sofia não gosta do que ouve.

– Gente vocês podem parar com isso, tá ficando chato não é. – tenta argumentar Ben.

– Sofia você não aguenta ouvir a verdade mesmo né, porque isso faz de você exatamente aquilo que você esconde, alguém que é pose, cheia de empáfia, tirando isso você não é nada, é só uma garota comum, fútil e sem nada de legal a ser pra ninguém. – Sidney acusa.

– Como se você fosse alguma coisa né, me poupe né Sidney, vai pro raio que te parta com as tuas opiniões. – deseja a loira rispidamente.

– Chega, será mesmo que vocês não conseguem ficar um minuto respirando o mesmo ar sem brigar, parassem crianças, aliás, pior que isso. - Anita se altera com os dois, que se calam irritados.

– Foi ela que começou. – Sidney alega.

– Foi você que começou. – a loira serra entre os dentes o encarando com ira.

– Vamos pra casa almoçar, eu não vou ficar aqui ouvindo sandices, até porque já me basta as minhas. – Anita convidou Ben.

– Tchau Sidney. – Ben saiu seguindo Anita, não evitando em achar graça do casal, que ficou no mesmo lugar totalmente calados.

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– Anita, você por aqui. – Martin aborda a ex-namorada sorridente, quando a vê chegar e sentar em uma das mesas.

– Ah pois é, tive uns dias terríveis mesmo, mais agora eu to melhor. – Anita concorda com um sorriso, soltando o celular sob a mesa, para encarar o garoto.

– É me falaram, você não cansa de dar susto na gente não garota. – brinca Martin, soltando a bandeja e puxando a cadeira para sentar a mesa.

– Pior que você tá certo, minha vida ultimamente tem andado pior que montanha russa, não é. – concorda ela com certo deboche.

– É, acho que eu sei mais ou menos, o que você tá dizendo, com uma única diferença né, minhas mudanças foram pra melhores, já você enfrentou maior barra. – afirmou Martin entre um sorriso ameno.

– Mais de certa forma, eu aprendi alguma coisa com isso tudo, e já foi também, eu quero olhar pra frente. – respondeu Anita. – E o senhor hein, vai casar mesmo ou vai instaurar um noivado de dez anos. – indaga ela brincalhona.

– To pretendendo, mais no fundo tudo não é tão fácil quanto a gente acha não é Anita, casamento custa caro, e eu não to querendo muito pedir ajuda pro meu pai. – revela Martin.

– É, no fundo tirar um sonho do papel é mais difícil do que parece né. – opina Anita, concordando em parte com ele.

– Mais eu ainda chego lá. – garantiu Martin rindo animado. – Mas agora eu tenho que voltar por batente, meus cinco minutos de recreio já foram. – percebe Martin ao ver mais pessoas chegando ao local. – Vou trazer um suco pra você. – sugeriu ele levantando empolgado.

– Brigada Martin. – Anita agradeceu a gentileza.

– E aí, a gente pode falar. – Anita afirma quando chega perto de Mariana no balcão, depois que Giovana deixa o restaurante apressada.

– Eu não vejo o que. – retruca Mariana não querendo papo com a garota.

– Ah mais eu vejo. – Anita afirma entre um sorriso meio irônico. – Eu tomei uma decisão muito importante. – anunciou ela altiva.

– Jura é, achei que você só fizesse besteiras mesmo. – Mariana alfineta.

– Eu vou contar pra minha mãe tudo que eu sei sobre você, tudo, absolutamente tudo. – revelou Anita.

– Ninguém vai acreditar, você vai só se ferrar Anita. – Mariana respondeu com toda certeza.

– Não, e mesmo se for, como você mesma disse, eu já fiz muitas besteiras, uma a mais, que diferença vai fazer. – dispara Anita. – Já você, não sei, olha eu vou te falar, minha família quando quer atacar, dar contra, pressionar, e tocar o terror, é barra, eu já fiquei na linha de tiro deles algumas vezes, e olha foi puxado. – Anita afirmou, e a garota não pode evitar ficar um tanto aterrorizada.

– Anita, por favor, eu, eu errei mais... – a garota tenta argumentar.

– Não quero saber, você podia ter mudado o rumo das coisas antes e não tentou, agora arca com as consequências. – Anita não se derrete pela cara apreensiva da garota. – Eu vou falar com ela hoje mesmo, só vou esperar o Ben chegar, porque a gente já tinha marcado aqui. – comunica ela.

– O Martin tem duas mesas te chamando há horas, seja mais rápido não é. – Omar grita ao garoto enquanto circula pelo local impaciente com uma bandeja em mãos.

–Já to indo droga, cadê o resto do pessoal que trabalha aqui, sumiram. – Martin diz não dando conta do movimento. – Anita aqui teu suco, foi mal pelo atraso. – ele alega.

– Tudo bem Martin, eu não to com pressa. – não se importou ela.

– Oh Omar. – Martin reclama ao ver o garçom tropeçar em si e faze-lo desiquilibrar com a bandeja.

– Martin sua pessoa abençoada, olha o que você fez. – disse Anita ao se ver totalmente encharcada.

– Desculpa, me desculpa, é que eu ainda não me acostumei muito em carregar bandeja, e ainda vem uma besta tropeça em mim. – ele se explica nervoso.

– Eu não tive culpa hein. – Omar alega, saindo apressado em direção a uma mesa.

– Anita me desculpa. – o rapaz repete, enquanto Anita apenas olha para a blusa branca infestada de suco de uva.

– Eu te desculpo, já minha blusa não sei. – ela diz atônita.

– Melhor você tentar limpar isso, eu te ajudo, ou quer dizer acho que é melhor não né. – o rapaz apanha o guardanapo e solta a bandeja com os copos virados no balcão, não sabendo o que fazer.

– Tudo bem Martin, ajuda o Omar aí, eu dou um jeito, me viro. – ela afirmou indo em direção do banheiro sem saber muito o que faria.

– Ah meu deus, melhor eu tingir a blusa né, só assim pra ela voltar à vida. – Anita resolveu tirar a blusa já que tentar tirar a mancha somente não estava resolvendo. - Aff Martin que trapalhada você me arrumou garoto. – ela diz indignada deixando a peça sob a pia, e indo até a outra sala a procura de algum detergente.

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– Martin a Anita não apareceu por aqui não. – Ben indagou, depois de entrar no restaurante e não encontrar nem sinal da namorada.

– Cara ela tava aqui sim, mais aí eu derrubei uma bandeja cheia de copos de suco em cima dela, ela disse que riria no banheiro tentar concertar, mais tá demorando, já faz uma meia hora isso. – ele esclareceu intrigado com tanta demora. – Celular dela tá ali óh, ela não foi embora não. – Martin disse confuso apontando para a mesa.

– Eu vou lá ver o que aconteceu. – afirmou Ben.

– Ai Anita, você deixou a blusa aqui, ela sumiu, quem iria pegar uma blusa, ainda mais em estado deplorável, ai não to crendo como que eu vou sair daqui agora. – Anita reclama andando impaciente pelo local, há minutos já, depois que não encontrou sua blusa onde ela havia deixado. – Ligar pra Julia é isso. – ela pensou procurando o objeto no bolso da calça. – Você deixou o telefone em cima da mesa, ai e agora como eu saio daqui, pagando sutiã pro universo. – lamenta ela confusa com a situação.

– Anita! – Você tá aí. – ela se assusta ao se tirada de seus pensamentos com alguém batendo a porta.

– Eu to, só que eu to com um problema. – ela responde sem saber como explicar, quando constata que a voz é de Ben.

– Anita, para, o que aconteceu o Martin, abre essa porta. – Ben pediu, achando que podia ter acontecido algo grave.

– Tá aberta. – ela alega.

– O que foi. – ele indaga procurando a garota com o olhar.

– Olha pode ser esquisito, mais roubaram minha blusa. – ela tenta se explicar.

– O que. – Ben não consegue entender.

– É, o Martin virou suco em cima de mim, aí eu tirei a blusa pra lavar, limpar a mancha sei lá, fui ali atrás pra procurar algum sabão alguma coisa, e quando eu voltei ela tinha sumido, ai fiquei aqui sem ter muito o que fazer, além de sair assim na rua. – a garota esclarece o porquê da situação.

– Tá e quem entrou aqui, porque você não trancou a porta. – ele a questiona.

– Sei lá Ben, banheiro feminino não achei que nenhuma maluca iria entrar aqui e sumir com a minha blusa, agora não sei o que eu faço, sair assim na rua, pra fechar com chave de ouro minha saga de escândalos, vou ser acusada de atento ao pudor também. – Anita bufa enraivada.

– Ai Anita... – Ben acaba rindo da situação da namorada.

– Ah achou engraçado, porque não foi você né. – Anita reclama emburrada.

– Tá bom mais agora calma né, fica aqui que eu vou lá no quartinho do Omar buscar uma camiseta pra você, pelo menos pra isso serviu eu não ter me mudado de lá ainda né. – argumenta ele ainda rindo.

– Até parece que eu vou a lugar alguém assim. – se frustra ela sentando no banco que havia no local.

– Tem alguma coisa muito estranha nessa história, agora tem um doido que rouba blusa por aí. – dizia ela ao garoto não convencida do que havia acontecido, ficando pensativa a respeito do assunto. – Palhaçada isso. – resmungou ela, vestindo a camiseta que Ben havia trazido.

– Ok foi estranho, mais quem teria interesse em te sacanear. – perguntou Ben confuso .

– Peraí, claro que foi ela, eu falei que eu iria falar com a mamãe. – Anita pronunciou se recordando em pensamentos. – Ah mais eu vou falar assim mesmo. – garantiu Anita, determinada a ir até a empresa falar tudo a mãe.

– Falar o que Anita, me espera. – ordenou ele sem entender.

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– Cadê minha mãe Bernadete. – Anita indagou ao chegar no local.

– Ué tá na cozinha. – a mulher afirmou. – Que foi porque você tá assim nervosa. – Bernadete percebe o estado agitado de Anita.

– Ai olha eu to com uma raiva, mais chega disso Bernadete. – taxou ela indo apressada em direção da cozinha.

– Anita. – Bernadete tentou chamá-la, mas foi apenas ignorada, quando também via Ben entrar apressado. – Mais o que tá havendo hein. – ele questiona a ele.

– Nem eu sei direito. – revelou Ben.

– Cadê minha blusa, sua maluca. – perguntou Anita indo apressada em direção de Mariana.

– Hãm oi. – ela tenta fugir do assunto.

– Filha o que você veio fazer aqui. - Vera indagou para a garota quando a viu.

– Meu negócio é com ela mãe, o que você tá pretendendo hein enlouquecer todo mundo, porque eu já não tenho mais paciência pra você garota. – taxou Anita.

– Anita do que você está falando, nem eu estou entendendo. – Vera pergunta, confusa com o jeito que a filha acusava a outra garota.

– Pois eu explico, essa louca aí, se aproveitou que o Martin me deu um banho de suco, e roubou minha blusa, ela pretendia o que? – despeja Anita gesticulando. – Que eu saísse de sutiã no meio da rua, agora não sei exatamente pra que né. – criticou ela.

– Você só pode tá brincando, tem certeza que você não perdeu a blusa fazendo outra coisa não... – a garota riu. – Aliás, qual o problema, você não põe biquíni quando vai na praia não. – ela finge naturalidade.

– Você não se mete na minha vida sua ridícula. – ordenou Anita exasperada. – E nem testa minha paciência garota. – Anita ruborizou nervosa.

– Você só fez isso pra mim não vir aqui não é, falar com a mamãe, porque eu te disse que eu viria, dizer a ela, que foi você que espionou a conversa do Sidney com a Sofia e que resolveu espelhar ela por aí, sem fala na história que você inventou que eu tinha te batido, sendo que eu nem encostei em você não é, qual a tua hein. – se desesperou Anita nervosamente.

– Isso é verdade Mariana. – Marta indaga olhando severa para a filha.

– Anita filha você está se precipitando. – Vera fica atônita com as acusações que a filha fez, não pode deixar de ouvi-las atenta.

– Hãm eu... – Olha aqui quem se precipita aqui é chuva, eu sei muito bem o que e to falando. – afirmou Anita atrapalhada.

– Melhor nós conversarmos isso mais tarde, aqui não é lugar Anita a gente tá trabalhando. – Vera alegou querendo ponderar.

– Ah você tá me expulsando é isso, eu vou provar pra você o que eu to falando eu só não sei como. – afirmou Anita.

– Pensei que nós tínhamos dito que não queríamos mais confusões Anita. - aconselhou ela.

– E eu não quero, agora deixa essa aí sair por cima também não vou, o que ela fez com a Sofia foi muito grave, ela não tinha o direto de se meter na vida dos dois. – opinou ela, se dispondo a encerrar o assunto por hora. - Eu vou embora, mais isso aqui ainda não acabou. – garantiu Anita.

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– Gente eu to passada. – Bernadete conversava com Anita, sem conseguir absorver a sensação de surpresa com o que a garota contava.

– Nem me fala, a Mariana não é o pior, eu tenho outra coisa pra te falar, não sei se é muito grave mais, eu preciso te falar, quando você tiver um tempo passa lá no casarão pra gente conversar. – pediu Anita, constatando que tinha o dever de contar sobre a volta de Caetano antes que a mulher soubesse de outra forma.

– Tá mais, ai o que foi agora. – Bernadete ficou receosa.

– Não se preocupa, só me procura quando você tiver um tempo. – afirmou Anita. – Vamos pra casa. – convidou ela com a voz manhosa a Ben.

– O que cansou é, achei que tivesse ótima. – implica ele rindo.

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– O que você queria com o Sidney hein. – Sofia indaga quando entra no quarto de sua mãe e encontra Mariana, se arrumando em frente ao espelho.

– Ué a gente tava conversando não pode. – a menina responde sem dar importância.

– Não, não pode, e vai fazer o que. – Sofia desafiou irritada, já não aguentava mais olhar para a cara da garota ali todos os dias, que se dane o bom senso que todos esperavam dela, e todo resto do mundo, ela não estava mais disposta a fingir que não se importava.

– Eu repito, nós só estávamos conversando. – Mariana afirmou. – Mais porque, tá com ciúmes. – ela usa de veneno.

– De você. – Sofia riu audaciosa e sem se dobrar. – Se olha no espelho, e olha pra mim, e depois o Sidney, é tosco, vive dizendo que vive sem mim, mais ele sempre volta a comer na palma da minha mão. – alegou a loira altivamente.

– Ok, pode ser. – Mariana ergue-se sem demostrar qualquer reação.

– Você aprontou pra cima da Anita hoje não foi, juro que eu não sei por que ela não quebra tua cara. – Sofia ruborizou.

– Talvez porque ela saiba que não iria conseguir, agora me deixa em paz Sofia. – devolveu a garota com desdém e nem um pouco afim de escutar os comentários decadentes da patricinha.

– Ah é, só que você não conhece a Anita, aquela cara de santa dela é só fachada. – Sofia rebate não disposta a deixar a outra ir embora tão facilmente. – Mais já que ela não tá afim de se mexer, eu faço o serviço sozinha. – garantiu a loirinha, voando de imediato com as duas mãos nos cabelos da outra garota, que mal conseguiu reagir.

– Ainda tem outro. – inspecionava Pedro.

– Aff, virou meu enfermeiro agora, a Pedrinho, tá puxado. – Anita reclamava de ter que tomar os remédios, com o pequeno que pedido de Vera lhe vigiava.

– Não, mais a mamãe me mata se descobrir que deixei você esquecer de tomar. – ele riu.

– Ok, mini soldado. – implica ela. – Só de tomar esse montão de remédio, me dar enjoo, não aguento mais. – ela diz se vendo meio zonza.

– Você ouviu. – a caçula indaga ao prestar atenção em um grito que parecia vir do andar de cima.

– Não, o que, eu, tava distraída. – Anita respondeu não compreendendo o que ele queria explicar.

– Isso. – ele alega escutando mais um grito.

– Ai agora eu ouvi. – Anita disse preocupada, indo até a escada sendo seguido pelo garoto.

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– Ai que agora ferrou. – Pedro alerta diante da confusão formada e das duas garotas brigando quando chega com Anita no quarto.

– O que vocês duas estão fazendo hein... – Sofia eu to falando com você. – Anita percebe que nem gritando a irmã mais nova e Mariana paravam com a troca de puxões de cabelos e empurrões.

– Me esquece Anita, eu vou acabar com essa maluca. – afirma Sofia sôfrega, enquanto tenta empurrar a outra contra a parede.

– Parem as duas, vocês tão achando oque... – Anita tenta conter as duas mais não tem muito sucesso. – Ai vocês tão me irritando sabia, já disse pra parar. – gritou ela sem a menor paciência ordenando, enquanto puxava Sofia para longe da outra garota.

– Eu não vou mais aguentar desaforos dessa maluca Anita, ela me paga. – Sofia afirma desaprovando a interferência da irmã.

– Você é louca isso sim Sofia. – Mariana grita de volta.

– Ah mais vou te mostrar quem é louca. – Sofia ameaça, saindo do quarto correndo atrás da garota.

– Pedro, chama a mamãe, chama a mamãe, por favor... – Anita saiu atrás das duas pedindo que o caçula interferisse.

– Você é só uma chata Sofia, nem tua irmã te atura. – achincalhou Mariana tentando se livrar da loira.

– Hei não me mete no meio disso não. – Anita confronta. – E parem com isso que já tá estressando, idiotice. – Anita alega querendo acabar com a discussão. – Ai dá pra parar de puxar meu cabelo droga. – ela reclama com as duas. – Chega, eu já não disse. – ela separa as duas drasticamente.

– Ai você me deu um tapa. – Mariana reclama ao ser empurrada para longe pela garota.

– Desculpa, mais vocês também hein. – Anita justifica impaciente.

– Posso saber que confusão é essa aqui. – Vera surge à porta acompanhada de Marta.

CONTINUA...


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