E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 246
Capítulo 246:


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, muito obrigada por acompanharem!!



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– Epa quem é vivo sempre aparece. – Martin falou em tom de diversão quando viu Ben chegar.

– É eu digo o mesmo, o que você faz aí. – Ben respondeu sorridente.

– Adivinha? – Esperando Micaela, mais eu já estou a meia hora esperando e nada, é impressionante, acho que ela esqueceu que disse que era pra mim esperar aqui. – o garoto afirmou impaciente com a demora da amada.

– Elas sempre esquecem, a gente é que prefere achar que não. – brincou Ben de volta se apoiando ao muro para fazer companhia ao garoto.

– Pior não é isso, é que quando é a gente, aja falação no nosso ouvido. – riu ele.

– É por aí. – Ben concordou, e os dois continuaram a conversa.

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Anita andava frenética de um lado para o outro, pensando em todas as palavras proferidas pela mãe e pelo padrasto, com um misto de raiva e decepção lhe rondando, enquanto ela pensava no que faria dali em diante. Se sentindo sufocada, sem espaço para tomar decisões que realmente lhe satisfizessem, ela parecia se ver em uma encruzilhada, em que ambos os caminhos eram incertos e duvidosos, seu medo a partir dali, foi nunca mais encontrar leveza em sua vida, paz de espirito para ela guiar suas convicções com a certeza de que estava fazendo o melhor para si, assim como para todos a sua volta, Vera podia até não enxergar, mas Anita nunca se sentiu confortável em se apaixonar pelo filho do padrasto, sua percepção inicial ao descobrir que o “príncipe sapo” e o filho de Ronaldo eram a mesma pessoa foi recuar, recuar pela família, em prol da união de todos, a felicidade dos “pais” como em muitos momentos ela já tinha feito até ali, sabia que Vera e Ronaldo mereciam serem felizes, que Pedro o caçula, tinha o direito de morar com o pai e a mãe do lado, como já não acontecia desde pequeno com ela e com Sofia e consequentemente com Vitor e Giovana e Ben que se quer podia ter lembranças do que era ter a mãe e o pai por perto, por ser um bebê ainda quando Cícera e Ronaldo resolveram dar um basta no relacionamento. Mas, Anita também descobriu que aprisionar a alma e controlar o corpo não significavam esfriar o coração, e seu coração desejava Ben cada dia mais e mais, cortar o sentimentos que ela nutria pelo garoto, foi se tornando cada vez mais impossível e nem mesmo cogitar por um momento que Sofia era a verdadeira paixão de Ben, a fez arrancar tal amor de seu peito, ao contrário ele foi crescendo e se espalhando como erva daninha em uma plantação, da forma mais avassaladora e desenfreada possível. Mais entender para Vera que filha e enteado foram tremendamente vítimas de um destino brincalhão e que hoje sentiam um sentimento mais forte e sincero que poderia unir duas pessoas, parecia não entrar por completo na cabeça da mulher e talvez nem que não era justo eles abdicarem de tal amor. Anita parou de andar quando constatou-se zonza com o caminhar ininterrupto, encarou sua cama por longos segundos para tão logo sentar-se aos pés da mesma, parecendo sucumbir a confusão que sua mente se encontrava, ela apoiou os cotovelos sob os joelhos abaixou a cabeça e permitiu que a angustia que lhe dominava se fizesse lágrimas. Talvez fosse a hora de crescer, de parar de achar que dava para continuar a beira da mãe por mais alguns anos, aquele projeto de vida ali, um dia acabaria, ela teria que caminhar sozinha, como qualquer adulto que um dia ela seria, teria que fazer escolhas individuais e a casa da família viraria o local dos passeios de domingo. Como qualquer adolescente de 18 anos que levou trancos da vida nos últimos tempos, Anita se deu por conta de que um dia aquilo acabaria, as mudanças viriam, elas faziam parte de viver e talvez não fosse o caso de prolongar sua presença ali, fosse o momento de começar sua caminhada individual por mais que ela achasse que não estava pronta para tal passe, mais parecia que todos queriam dificultar as coisas, Vera já pensava em afastá-la e pior por conta de Ben, talvez fosse melhor recolher-se ao seu próprio individualismo, antes que ela e a mãe se magoassem ainda mais.

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– Anita o que você tá fazendo? – perguntou Giovana entrando no quarto e indo até a irmã postiça, a observando com uma mala sob a cama onde depositava dentro, algumas roupas que tirava do guarda roupa.

– Minha mala. – informou Anita tentando se manter serena, mesmo que tivesse difícil.

– Ué você vai viajar? – indagou a ruiva confusamente, diante do que Anita fazia.

– Não Gio, eu vou pra casa da Bernadete, eu vou passar uns dias com ela. – ela afirmou engolindo em seco parte da tensão.

– Mais por quê? – a roqueira questionou não se convencendo.

– Porque sim, to com saudades da Barra. – mentiu Anita a primeira coisa que veio em sua mente.

– E o Ben, você vai ficar longe dele, vocês brigaram. – imaginou Giovana, só algo assim podia mover Anita a tomar tal atitude de uma forma inesperada.

– Não, jamais. – negou a menina finalizando a mala e a fechando, sua vida parecia se resumir a isso nos últimos tempos, fazer a desfazer malas pensou por segundo. – A gente vai continuar se vendo, se tem uma coisa que eu jamais faria é deixar teu irmão. – declarou tranquila.

– E porque tá deixando a gente. – ruivinha cruzou os braços ao perguntar, fitando Anita como se deixasse claro que não estava gostando.

– Hei, eu não abandonei ninguém, vou vir aqui sempre, juro pra você, eu não vou pra tão longe assim. – Anita deixou sua arrumação de lado para abraçar a irmã.

– Será, toda vez que você foi pra Barra, sumiu daqui. – Giovana dizia referindo-se aos episódios que o pai e Vera a afastaram, e os de depois que Anita e Ben acabaram.

– Eu não vou me afastar, não de você, eu prometo. – Anita se viu emocionada. – Isso não vai acontecer, fica tranquila. – garantiu ela emotiva.

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– Gente oi. – Giovana interrompeu a falação de todos á sala.

– O que foi agora Giovana. – Ronaldo respondeu parecendo pressentir que a filha seria portadora de uma notícia desagradável.

– O que aconteceu com a Anita, porque ela tá indo embora, pai o que vocês fizeram pra ela e pro Ben dessa vez. – a garota emendou uma informação a outra, junto a um semblante nervoso.

– Como? – A Anita embora. – Vera ficou boquiaberta diante da novidade trazida pela enteada.

– É isso que vocês ouviram, ela está fazendo as malas. – repetiu a ruivinha emburrada.

– Eu vou falar com ela. – a mulher já saiu em direção das escadas com pressa.

– Espera Vera, vou com você. – Ronaldo ponderou indo atrás.

– Filha como assim? – Você indo embora. – Vera indagou, entrando no quarto e vislumbrando que Giovana tinha razão, Anita de fato fazia as malas.

– O Ronaldo não te falou, ele tinha me pedido pra passar uns dias na Bernadete. – Anita tomou como desculpa se quer encarando a mãe nos solhos.

– É ele disse, mas achei que vocês não tinham concordado com isso, você e o Ben. – a mulher opinou, constatando que havia algo de muito errado com a filha, seu olhar arisco demostrava isso e por mais que Vera não entendesse o jeito e as atitudes de Anita nos últimos tempos, a mãe conhecia bem aquele olhar fujão da menina, era esse mesmo olhar que ela a lançava quando criança ao se machucar, ou quando estava triste ou mesmo magoada por levar uma bronca.

– Nós ficamos de pensar, isso que nós combinamos. – alegou a garota, enchendo a bolsa com sua escova de cabelo e o livro que lia, além do estojo de maquiagem, não era seu item de primeira necessidade, mas também ela precisasse para disfarçar o semblante abatido que já devia estar se manifestando.

– Anita quem sabe você repense isto. – Ronaldo viu seu coração se angustiar diante da partida da enteada, sempre a amou com um filha, e fazê-la sofrer não estava em seus planos. Além do mais seria o caminho mais fácil para obter a indiferença de seu primogênito, hoje por mais que fosse complicado conseguia acreditar o quanto Benjamim a amava.

– Ronaldo não se preocupa, vai ser melhor pra todo mundo. – sustentou Anita. – Eu vou pegar umas coisas no banheiro. – disse ela deixando o quarto.

– O que tá havendo com ela Ronaldo, você viu a frieza que ela me tratou. – Vera questionou ao marido não entendendo absolutamente nada, mas imaginava que algo muito conflitante movia Anita.

– Eu não sei, mais quais as chances dela ter escutado teus devaneios de mais cedo. – o homem acusou, não podia ser isso, suplicava ele a seu inconsciente.

– Será? - Eu não vi quando ela chegou hoje. – Meu deus, eu vou falar com ela. – afirmou ela medrosa e em pleno impulso.

– Não, deixei-a. – Ronaldo pediu disperso.

– Mais Ronaldo... – Vera o cortou, se vendo contrariada, mas não sabendo como justificar-se preferiu o ouvir. – O que você vai fazer, ligar pra quem? – perguntou ela, apenas vendo o marido mexendo ao telefone.

– Pra única pessoa que ainda pode impedir isso. – Ronaldo exclamou tenso, procurando o número do celular de Ben. – Agora eu só espero que ele realmente consiga fazer alguma coisa, porque se não Vera você deu o primeiro passe pra perder o respeito da tua filha, se ela ouviu tudo, realmente como eu imagino que tenha acontecido. – taxou ele sem poupar a mulher, que se viu nervosa apenas.

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– Anita. – Chamou Ben entrando ao quarto apressado, depois que ouviu do pai o que se passava o casarão. – Por favor, o que você pensa que tá fazendo. – Perguntou ele, atordoado.

– Minhas malas, não tá dando pra entender. – Respondeu ela. – Não tá dando pra ver, não é uma coisa óbvia não. – A garota retrucou irônica.

– Tá. – Ben proferiu. – Mais eu juro, que eu quero achar que estou vendo demais. – Justificou ele, tenso, caminhando até a beirada da cama, onde ela estava - Nesse momento, pelo menos. – Suspirou procurando uma forma de fazer a namorada mudar de ideia.

– Foi mal, mais você vai se decepcionar. – Anita expôs, dobrando algumas peças de roupa, no intuito de coloca-las na segunda mala que ajeitava. – Porque eu to sim, arrumando minhas coisas pra ir embora dessa casa. – Comunicou.

– Pelo amor de deus Anita, você enlouqueceu. – Ben disse, em um misto de surpresa e confusão, parando ao lado dela sem saber como agir.

– Não, pelo contrário, pode-se dizer que eu acabei de recuperar minha sensatez, já que eu passei dias ouvindo poucas e boas nessa casa, achando que eu podia ignorar. – Anita rebateu, não pensando em mudar de ideia. – Só que como qualquer pessoa normal, um dia, eu cansei, e esse dia chegou Ben. – Alegou ela, parando o que fazia para encarar o garoto a sua frente.

– Você esta de cabeça quente, ok eu até concordo, ainda mais devido em como as coisas aconteceram nos últimos dias tem se dado, mas por favor isso não é algo que você possa decidir assim em um impulso, envolve muito coisa Anita. – Ben quis argumentar.

– Eu to muito certa do que eu estou fazendo, quanto a isso você pode ficar tranquilo, eu realmente preciso me afastar antes que as coisas piorem Ben. – Afirmou ela perturbada.

– Eu não to acreditando nisso, o que aconteceu de novo pra você fazer isso assim, de repente, me fala. – Ben esfregou os olhos se vendo perdido, cobrando uma explicação que fosse aceitável, a garota parecia cansada e nervosa ao extremo. – Anita você não pode simplesmente decidir que você vai sair de casa e ponto, as coisas não são assim, a Vera, meu pai você acha mesmo que eles vão deixar você fazer uma coisa dessas. – Falou Ben, querendo que ela voltasse atrás em sua decisão.

– Ben. – Ponderou ela. – Sinceramente, eu acho que eles vão agradecer, bom pelo menos minha mãe vai. – Disse Anita ignorando o que ouvia de Ben.

– Senta aqui um segundo, vem cá. – Pediu ele, a puxando pela mão até a cadeira do outro lado.

– Mais eu já vou te avisando, nada vai me convencer a voltar atrás. – Anita garantiu, mas acatando o pedido dele.

– Eu sei que as coisas não estão fáceis, tá todo mundo olhando torto pra gente nessa casa, no fundo tudo se tornou mais complicado do que a gente imaginava, ou queria que fosse, mais você não pode simplesmente dizer que vai embora. – Afirmou ele.

– Ben eu não aguento mais. – Anita confessou aflita, mesmo que não quisesse preocupá-lo.

– Eu sei, na verdade nem eu, mas se o problema, se você acha que o problema é a gente morando aqui, debaixo do mesmo teto, eu saio, eu posso falar com o Omar e voltar pro quartinho, pra falar a verdade talvez eu tenha me precipitado em voltar pra cá mesmo, só que tudo começou a acontecer tão rápido, e depois eu fui deixando tudo como estava, mais você não precisa ir embora eu saio numa boa. - Ben sugeriu, numa tentativa de tirar a ideia de se afastar da cabeça da menina.

– Ben será que você não entende, será que você não se deu por conta ainda. – Disse ela levantando em um rompante. – Eu cansei disso aqui, esgotei qualquer capacidade de absorver isso tudo, pelo menos por agora. – Pronunciou ela gesticulando, enquanto ele lhe encarava atônito. – O problema não é você, ficar ou não nessa casa, você pode até sair daqui pra facilitar as coisas pra eles, pro Ronaldo e pra mamãe, principalmente ela, pararem de olhar a gente como se estivessem monitorando cada passe de nós dois aqui dentro, como se quisessem imaginar o que a gente tá fazendo quando eles não estão perto, só que talvez a questão nem seja essa, você saindo ou não, eles vão continuar desaprovando o nosso namoro, e eu não aguento mais principalmente a minha mãe, não dá mais, não aguento ela me olhando toda hora como se eu fosse a criminosa que destruiu o sonho de família perfeita e inabalável dela, eu não consigo mais ficar levando pedrada, por todos os motivos até quando eu não mereço, eu errei sim na forma como eu conduzi as coisas com você, talvez desde o inicio. – Disse ela sendo interrompida.

– A gente errou você quis dizer, você não fez nada sozinha. – Corrigiu ele. – O que aconteceu pra fazer querer sair assim, mais cedo você me disse que queria lidar com calma com isso, justamente pra não fazer nada por impulso, porque sair agora. – Ben a confrontou novamente.

– Nada de novo. – negou ela a contar o que houve na ausência do garoto. - Ok, só que esse é o problema minha mãe acha que tenho que aguentar tudo, me submeter a ela, hoje e sempre, ser sempre a correta, deixar tudo aquilo que eu quero, que eu almejo, em prol de não trazer problemas a ela, de fazer nada que soe torto pra ela e pros outros, errar é uma coisa que segundo ela eu não posso fazer, jamais, enfrentar ela então, porque ela não concorda que eu fique com você então, nem se fala, e tudo que aconteceu não significa nada pra ela é isso, se ela tiver bem dane-se o que eu penso e o que eu sinto. – Anita afirmou desapontada. - Porque no fundo foi isso que ela fez não é, preferiu deixar a Sofia que conduzisse como ela queria o namoro de vocês dois, lavou as mãos alegando que quando foi comigo ela foi muito radical e tudo de errado, então com a Sofia ela iria fazer diferente, Ben eu tirei forças não sei de onde, do nada pra estar aqui hoje, na forma como eu estou, a verdade é que se dependesse da minha mãe, do esforço dela, eu ainda estava jogada no sofá daqui de casa ou do apartamento da Bernadete, pensando em uma forma de como me reduzir a um nada cada vez mais, alguma vez você acha que ela me procurou quando eu sai daqui, por tua causa e por causa da Sofia, tudo bem ela não sabia, mais e depois que vocês falaram pra ela, você acha que ela me perguntou, me perguntou se eu estava bem, se eu precisava de ajuda, não, no início ela quis sim me ajudar, só que pra ela o que aconteceu era algo que eu deveria esquecer em uma semana, só que eu não consegui, os dias foram passando, as semanas, os meses, e eu me via parada cultivando a mesma coisa, e na única vez que ela me procurou pra falar disso tudo, foi pra me dizer que eu tinha que aceitar as coisas como elas eram, e que não tinha nada que eu pudesse fazer quanto ao namoro da Sofia com você a não ser aceitar. – ela despejou para fora os devaneios e angustias do passado assim como do presente. - Na realidade, eu me vi, sendo deixada por todos aqueles que um dia me disseram que eu era alguma coisa pra eles, um por um, aqueles que eu sempre fiz de tudo. – disse ela segurando as lágrimas.

– Ai Anita o que eu faço, meu pai me ligou apavorado. – Ben sentiu que não podia impedir a amada, mas também não sabia se poderia a deixar tomar tal decisão e apenas a abraçou.

– E não é raiva, é indignação, eu não tenho raiva dela, eu entendo, mais eu não consigo aceitar esse é o problema, principalmente que ela venha agora jogar na minha cara que eu não pensei em ninguém da nossa família quando eu voltei com você e escondi isso de todo mundo, ninguém não se deu por conta de que a gente simplesmente, não tinha mais como lidar com mais problemas, que a gente precisava de paz, de calmaria pra tentar esquecer e superar tudo que houve, a verdade é também aquela que você não quer ver, as pessoas dessa casa passaram uma vida achando que a gente foi feito pra segurar barras e apagar incêndios e somente, e nunc apensar em desaponta-los, como nós fizemos, era mais fácil pra eles achar que a gente não iria viver um relacionamento por saber que isso traria problemas pra eles, e jamais pensar em resgatar algo que já tinha sido soterrado por tantos problemas. – Anita afirmou assustada.

– Eu vou embora, mais isso não significa que eu estou virando as costas pra ninguém, é só que eu to saindo agora, pras coisas não piorarem ainda mais, porque se eu ficar ouvindo todos os dias os apelos de todo mundo em relação a isso, da próxima vez que eu resolver sair talvez eu não volte, eu quero preservar a minha relação com eles, eu quero poder saber administrar isso tudo, mais não é ficando aqui dentro que eu vou conseguir fazer isso. – Alegou.

– E pra onde você vai. – Indagou Ben perturbado.

– Eu vou pra Bernadete, depois eu penso em outra coisa sei lá. – disse ela confusa.

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– Ai gente pra que essas caras, eu vou pra Barra, e não pra uma guerra, por favor, não é. – Anita desceu as escadas puxando uma das malas enquanto Ben lhe ajudava com a outra.

– Anita filha, repense isso, dorme aqui hoje já está tarde mesmo, quem sabe amanhã. – Vera falava ainda imaginando que a garota podia recuar.

– Mãe eu já me decidi, vai ser melhor assim, você vai ver. – Anita respondeu com a voz calma, mesmo com toda mágoa, desenterrada por ela mais cedo, Anita sabia que recolher as “armas” do que “atacar” impiedosa, ela tinha consciência, era implacável quando queria, o que só serviria para atingir a mãe do mesmo jeito que ela tentou a atingir. – Tchau gente, e olha eu não vou me despedir de ninguém, porque nem precisa né, eu vou estar sempre por aqui. – Anita afirmou sorrindo serena, queria desmanchar a apreensão que via no rostinho dos irmãos e do namorado sem falar do mãe e Ronaldo que pareciam os mais apavorados.

– Eu te levo até lá fora. – comunicou Ben ainda não sabendo que reação tomar.

– Ahan tchau pra todo mundo, fiquem bem. – despediu-se ela.

– Anita é... – chamou Sofia.

– Eu sei, eu não esqueci a gente vai resolver aquele assunto e juntas, não mudou nada. Garantiu Anita discreta, quando parecia entender o olhar acuado e confuso da loira.

– É tá bom, mais eu queria que você soubesse que seja lá o que te moveu a fazer isso, eu te desejo sorte, mesmo de verdade. – disse a patricinha prevendo que havia algo grave atormentando os pensamentos da irmã para ela chegar a tal extremo.

– Valeu, fica firme. – sussurrou ela com um sorriso de agradecimento.

– Você tem mesmo certeza que não quer que eu vá com você. – Ben insistia com Anita no momento que ela já se preparava para entrar no táxi.

– Não precisa, daqui eu desço na porta do prédio. – afirmou ela. – Ben olha pra mim. – pediu Anita segurando o rosto dele com leveza. – Não muda nada, não com a gente. – falou ela taxativa.

– Meio difícil não é, você não explica o que tá acontecendo, falou, falou e não me convenceu. – alegou o garoto tencionado com a atitude dela que ele realmente não esperava.

– Eu vou te explicar, prometo. – respondeu Anita sorridente. – Agora com a gente nada mudou, vamos continuar do jeito que está, ou seja, pra ser mais clara numa ótima. – disse ela, finalmente arrancando um sorriso dele. Eu te amo! – declarou Anita junto a um forte abraço.

– Eu também. – afirmou ele a encarando, ainda meio zonzo com os últimos acontecimentos.

– Agora eu tenho que ir nós vemos no colégio amanhã. – anunciou ela recebendo um beijo de despedidas.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo....



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