E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 216
Capítulo 216:


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por acompanharem!!



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– Mamãe acabou de chegar. – Disse Anita, a Sofia, entrando no quarto.

– Você sabe que ela vai me descascar né Anita. – Afirmou Sofia em pleno nervosismo.

– Não, não pensa assim Sofia, tua mãe é uma das melhores pessoas que eu já conheci nessa vida. – Bernadete quis intervir nos pensamentos da garota. – Né Anita. – Falou ela, querendo uma confirmação, como forma de acalmar a menina.

– É, mais não sofre por antecipação não né. – Pronunciou Anita, dispersa com seus pensamentos.

– Gente oi. – Vera disse adentrando o local, com um nervosismo que era evidente. – Oh filha, eu queria ter vindo antes, mas não consegui estava atolada de trabalho. – Disse ela, indo em direção da garota, e lhe dando um abraço forte.

– Ai mãe. – Sofia proferiu, com uma voz engasgada, contendo uma mistura de medo e tristeza, se aconchegando nos braços da mãe.

– Bernadete, você pode me ajudar com umas coisas que eu deixei lá em baixo pra colocar na geladeira, por favor. – Pediu Vera, querendo ficar a sós com a filha.

– Claro. – Concordou Bernadete com um sorriso sereno.

– Anita vai também, eu quero conversar em particular com tua irmã. – Acrescentou ela, a filha que se encontrava parada próximo a sua cama.

– Tá bom. – Mesmo não muito convencida Anita acabou acatando o pedido da mãe.

– Você tá com uma carinha tão abatida também. – Bernadete questionou Anita reparando, enquanto as duas vinham pelo corredor.

– É ah, to meio cansada só isso. – Afirmou Anita, esboçando um sorriso.

– Vai ficar tudo bem, você vai ver. – Garantiu Bernadete. – Confia, a não ser que não seja só isso. – Disse ela intrigada com o jeito da menina.

– Não é sim, eu só estou e ocupando com muita coisa ao mesmo tempo, e mais essa, to derrubada. – Anita afirmou, puxando a cadeira e sentando a mesa, enquanto Bernadete pegava as coisas que Vera havia deixa sobre a mesa, para arrumar.

– Ai gente eu to cheia de fome. – Giovana falou empolgada vindo do quintal, juntamente com Clara, Guilherme, Meg, Mariana, Paulino e Vitor.

– Eu tenho que confessar que eu também. – Disse Clara.

– Ah e eu tenho que dizer que minha especialidade na cozinha é mesmo angu. – Brincou Bernadete.

– Que é o melhor do mundo né Bernadete. – Anita elogiou, achando graça das confissões dela.

– Você podia fazer alguma coisa pra gente né Anita, tipo aquele bolo da Vera que só você acerta. – Pediu Giovana travessa.

– Hum entendi o truque. – Riu Anita.

– Ah que foi mais é verdade. – A menina sustentou.

– Tá bom vai eu vejo se tem ingredientes suficientes na geladeira, e se tiver eu faço o bolo. – Anita se convenceu, levantando de onde estava e indo em direção da geladeira.

– Ah obrigado Anita, fico te devendo essa. – Respondeu a ruivinha feliz.

– É só que de repente ela faz isso por um motivo, né Anita. – Soltou Vitor, que estava parado perto da pia, ainda tentando dirigir as palavras de Ben, mais cedo, mais não conseguindo, quanto mais ele pensava mais sua raiva e indignação cresciam, deixando todos os demais sem compreender nada, inclusive Anita. – Culpa talvez. – Completou ele, com um semblante irônico.

– Você bateu com a cabeça, ou tá louco mesmo. – Anita perguntou ríspida, soltando o que havia pego na geladeira sobre a mesa, guardando seus olhares todos para Vitor.

– É Vitor qual foi. – Giovana indagou confusa, o irmão não era acostumado mesmo a ser um poço de educação, mas normalmente as farpas maiores sempre sobravam para ela, e não para a irmã mais velha.

– A Anita deve ter entendido. – Ele rebateu misterioso.

– Não, não entendi, mas eu não vou nem me dar o trabalho de tentar entender. – Anita afirmou, continuando confusa, mas preferiu evitar mais problemas, sua cabeça já estava sendo dominada por tantas coisas, para ela se apegar a mais uma, por isso preferiu eixar pra lá.

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– Cícera desculpa perguntar mais, você sabe do Ben. – Alegou Anita chegando à cozinha. – Eu já procurei pela casa toda já e nem sinal. – Questionou ela.

– Bom ele saiu, mais cedo Anita, mas pra onde eu não sei. – Explicou a mulher. – Tenta ligar no celular dele quem sabe. – Sugeriu – Cícera.

– Eu já tentei né, mais só da fora de área. – Anita justificou, se perguntando onde o garoto podia ter ido.

– Eu realmente não sei onde ele se encontra. – Garantiu ela. – Eu só o vi sair, um pouco nervoso, achei até que vocês pudessem ter discutido. – Disse, fazendo confidencias a garota.

– Ué que estranho. Anita se viu não entendendo mais nada a partir do instante seguinte as palavras dela. – Não a gente não brigou, quer dizer não sei, porque o Ben às vezes tem a mania de torcer a cara e não falar o motivo. – Afirmou desconfiada.

– Bom seja olá o que for, nervoso daquele jeito deve ter ido se jogar no parkour. – Previu Cícera.

– Saco, odeio quando ele faz isso, me dá vontade de ir atrás e trazer pela orelha de volta. – Anita resmungou desapontada.

– Bom se você conseguir, parabéns, eu tentei algumas vezes, quando ele era mais novo, e não obtive muito sucesso, isso quando eu o achava, não é. – Falou ela, sabendo das teimosias do menino, que já tinham sido motivos de algumas discussões entre os dois.

– Verdade. – Anita se viu obrigada a concordar.

– E aí amiga, tudo bem. – Disse Julia adentrando a cozinha, depois de passar pela sala e não encontrar ninguém.

– É tudo indo, o clima aqui em casa pesou, sobrou pra todo mundo. – Anita respondeu sorrindo de leve. – Que dia. – Desabafou ele entre longos suspiros.

– Eu imagino. – Julia disse, percebendo certo abatimento no rosto da amiga.

– Olá. – Fred falou vindo do quintal.

– E aí, se anima pegar um cinema com a gente, tá passando um filme ótimo. – Julia lhe convidou. – Convida alguém também. – Sugeriu.

– Ah alguém, só que esse alguém sumiu, simplesmente despareceu, sem deixar vestígios, perdi literalmente. – Anita afirmou um pouco impaciente.

– Sério, mais como isso. – Julia quis entender.

– Ben e suas saídas estratégicas, né Julia, se eu não o conhecesse eu poderia até estranhar. – Esclareceu Anita de braços cruzados.

– Mais fique tranquila, daqui a pouco ele aparece por aí. – Fred aconselhou.

– Bom eu vou estender umas roupas, que deixei lavando. – Cícera informou. – Com licença. – - Disse ela retirando-se até o quintal.

– Sabe no fundo Julia, você é que tem sorte né, de ter um namorado calmo, centrado do teu lado, já eu tenho é mais uma panela de pressão, prestes a explodir. – Pronunciou Anita, se preocupando com o paradeiro de Ben.

– Ai amiga morta. – Julia respondeu rindo assim como Frédéric.

– É sério gente, não entendo como uma pessoa pode oscilar tanto em absoluta calma, e de repente ser tremendamente explosivo, impulsivo, como o Ben é, eu só espero que não tenha acontecido mais alguma coisa pra ele ter saído sem avisar, e que eu não tenha que passar a noite no hospital, aí completa meu completo desastre. – Pediu a si mesma ela.

– E eu acho que você também tá bastante agitada. – Julia alertou percebendo.

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– Ué tá aí ainda. – Ben indagou, ao abrir a porta de casa e dar de cara com Anita no sofá.

– To né, não tava conseguindo dormir. - Argumentou. - E outra você sumiu, fiquei preocupada. – Alegou ela levantando e caminhando em direção dele.

– É eu fui dar uma volta e perdi a noção do tempo mesmo. – Justificou Ben, com um sorriso a ela.

– Onde você foi, eu te liguei e nada. – Anita perguntou, percebendo certa tensão contida nos rosto do garoto.

– Foi mal, mais eu devo ter soltado meu celular em algum canto da casa, cujo eu desconheço nesse momento, amanhã eu procuro. – Afirmou ele ao constatar. – E tá tudo bem, eu só fui andar um pouco, pensar. – Disse Ben, evitando preocupa-la.

– Ah pensar, sei. – Anita o encarou com um olhar descrente. – No que hein. – Questionou a menina, estranhando um pouco o jeito namorado.

– Nada de mais, é sério. – Ben respondeu, achando melhor não tocar na discussão com Vitor naquele momento. – Sério. – Repetiu o rapaz, vendo o olhar intrigado dela a ele.

– Tá né. – Proferiu ela com certo desdém, Ben foi se aproximando para lhe dar um beijo.

–Ai Anita. – Reclamou Ben, sentindo a mão da menina, pousada em suas costas, e um certo desconforto se fazer maior.

– O que foi. – Perguntou ela, se afastando dele com o olhar confuso.

– Nada, acho que eu caí algum tombo, e derrapei de mau jeito. – Justificou. – E só vi agora mesmo. – Explicou ele, levando a mão às costas para verificar. – É e foi. – Confirmou ele, avistando alguns arranhões.

– E você continua querendo morrer. – Ela foi irônica, detestava os impulsos do garoto, ainda mais por pensar que uma vez todos da família já haviam ido parar numa sala de espera de um hospital totalmente aflitos.

– Quem disse, dessa vez passou muito longe disso. – Afirmou Ben, se divertindo em parte com a cara emburrada dela. – Eu só escorreguei é sério, as vezes acontece. – Garantiu.

– Mais não tem graça Ben. – Disse Anita, nada satisfeita.

– Ok, tá bom vai, depois você me convence melhor, mais eu vou tomar banho primeiro tá, não dá pra dormir assim, parecendo que eu rolei na terra. - Alegou Ben, sorrindo para ela.

– Só que no teu caso, não só parece né. – A garota, não o poupou. – Eu vou te esperar lá na garagem, se vai me explicar direitinho essa história, e eu é que não vou ficar aqui, pra correr o risco do senhor der sorte, e alguém me correr pra cama antes.

– Já entendi. – Disse ele, impaciente com a insistência dela, ainda juntando em sua mente o que ou não contaria a garota, sobre as descobertas do irmão, sobre o namoro as escondidas dos dois.

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– Anita. – Ben procurava argumentar. – Anita! – Vem cá deixa eu te falar um coisa, se era pra você terminar o que eu comecei, é sério eu poderia ter ido pra um hospital, lá pelo menos podia se pensar em anestesia. – Resmungou ele.

– Jura, e já não te falaram também que há maneiras mais fáceis de tentar arrancar um rim, do que pular de costas numa pedra, num barranco, ou sei lá o que você fez. – Devolveu Anita, preocupada com as escoriações dele, enquanto tentava lhe fazer um curativo.

– Meu deus cara, como você é exagerada. – Debochou ele das preocupações da garota.

– Sou é então não reclama. – Anita rebateu.

– Claro que é, é só você se arredar de mim com esse vidro com álcool, que eu vou ficar ótimo. – Alegou ele, junto com uma risada.

– Da próxima vez, não se esfola inteiro. – Respondeu Anita. – Tá acabei, não precisa mais reclamar. – Riu ela.

– Mais falando sério. – Falou Ben virando-se para ela. – Até fica meio difícil de saber, assim de saber se você herdou esse teu lado dramático da Vera ou do teu pai né. – Implicou ele, enquanto Anita fingia desdém.

– Muito engraçado você. – Retocou Anita, soltando a caixa com alagadão e o vidro com álcool sobre ao bidê. – Eu acho que você nunca viu minha mãe fora de si sabia, acho que a única vez que eu me assustei com o nervosismo dela mesmo. – Pronunciou a menina viajando em seus pensamentos. - Não sei acho que é foi até porque, eu também era bem pequena, foi muito antes dela e do meu pai se separarem e ela me deixou jantando na mesa de jantar, e foi pro banheiro dar banho na Sofia, eu tinha sei lá, uns três, quatro anos, não mais que isso, e eu né nada inquieta que sou. – Riu.- Como ela me disse que não era pra mim levantar da cadeira, eu devo ter empurrado a cadeira pra trás, a cadeira foi e eu bati com a cabeça no portal que dava pro corredor do apartamento, acho que eu desmaiei não sei, a única coisa que eu lembro, da mamãe despejando toda a água da jarra, que tava em cima da mesa em mim, e me sacodindo que nem louca. –Contou ela, lembrando-se do episodio. – Incrível né como eu e a Sofia sempre tivemos visões diferentes das coisas, enquanto ela acusa a mamãe de me preferir, só que sempre minha mãe cuidou mais dela, por exemplo, a mamãe não pensou em esperar eu comer pra da banho nela, não que ela tivesse culpa de algo, mas sei lá a Sofia era um bebê praticamente, tá na cara que era eu que iria aprontar e dar o suto. – Anita se divertiu com a situação.

– Ih senti uma ponta de carência aí. – Afirmou Bem, querendo implicar.

– Não é isso, é que e tudo tão estranho sabe, essa configuração de meu pai, Sofia, eu e minha mãe, parece que não foi nessa vida, ou realmente durou muito pouco, esse modelo de família, e que sempre foi ao contrário Ben, na teoria são os filhos mais velhos que acusam os pais de preferir os mais novos, só que a Sofia, sempre disseminou o contrário, realmente não sei se isso existe, mais acho que a mamãe se acostumou a proteger a Sofia, até porque ela é mais nova mesmo, porque no fundo a Sofia era mais pequena que eu quando os dois se separaram aquele blábláblá todo. – Ponderou Anita.

– É você já era desastrada desde pequena. – Alfinetou ele, querendo tirar os olhares ressentidos da garota, que parecia perdida em lembranças.

– Era quase uma suicida né. – Anita riu, pensando em como tudo tinha caminho de formas diferentes até ali.

– Você discutiu com a Vera né, e pelo visto foi sério. – Perguntou Ben com o intuito de entender, o olha melancólico que permanecia no fundo dos olhares da garota, desde que ela voltou da conversa com a mão.

– Não sei se discussão é a palavra, acho que eu preferi me retirar antes sabe, pra não ficar pior. – Confessou Anita, não sabendo como explicar o ocorrido. - Eu sei que não é também soltando cobras e lagartos em cima dela, que eu vou obter compreendimento da parte dela, eu aprontei né Ben, sai por aí falando meias verdades pra todo mundo, me estrepei no colégio, quase fui expulsa, coloquei uma maníaco colado do meu lado, não da pra pedir pra ela entender isso, e seguir tudo normal, mais também as vezes é difícil entender minha mãe. – Ela acabou desabafando. – Talvez se eu tivesse ficado em casa numa cama olhando pro teto desde o início, imóvel, não que eu não tenha feito isso, teria sido mais fácil pra ela entender ou sei lá. – Argumentou Anita em parte não tirando a razão da mãe.

– Anita eu não devia de te dizer isso mais. – Ben ficou arredio se falava ou não, o que passava por sua cabeça. – Mais tua mãe, não te condena por causa do Antônio, eu vi mais de uma vez ela dando força pra essa aproximação de vocês, ela apoiava quando o Antônio pedia pra sair com você, ela incentivava isso, só que no fundo, o que ela não percebia era que você estaria muito melhor jogada no sofá da sala, como você ficava, antes do Antônio sair daquele lugar, ela não impediu não fez nada pra impedir o fato de você ir ver o Antônio, porque fui naquelas visitas que as coisas começaram a desandar. – Ele expôs verdadeiro.

– Só que ela também não fez por mal né Ben, ela devia estar pensado, que pelo menos o Antônio tava tentando me ajudar, me tirando de casa, falando comigo, ou sei lá. – Anita alegou em defesa de Vera.

– Impossível alguém em sã consciência pensar isso, mesmo que ela não soubesse de nada, que eu achava no início que era o Antônio o causador do vídeo, olha Anita se me desculpa, mais se fosse o Martin, ou qualquer outra cara, eu até entenderia da Vera ficar e boa com isso e aceitar, mais o cara em questão, era um cara que foi preso completamente desiquilibrado. – Ben acrescentou. - Depois de ter tentado explodir uma praça, cheia de gente inocente, e ela sabia que você não tava legal, que teu emocional estava péssimo, e ela não fez nada pra evitar que você se aproximasse do Antônio, muito pelo contrário, aliás, ninguém fez, foi mal estar te dizendo isso, mais eu não acho que você deva se sentir culpada por ter acredito no Antônio, não em relação com tua mãe. – Afirmou ele, encarando uma Anita, processar tudo com cautela, antes de tudo. - Porque entre mim e você a gente já resolveu, mis não fica culpada, achando que ela te condena, ou te diz que não digeri nada do que houve, com você se baseando, no fato das coisas que você fez, porque aquele louco ficou colocando coisa na tua cabeça, porque eu sei que se ele não tivesse enfiado tudo que ele enfiou na tua cabeça, te manipulado da forma que ele fez, eu sei que você não teria feito muita coisa, e a Vera apoiou isso sim, agora ela não pode vir te falar que você é culpada pro ter se deixado levar pelo Antônio, ou pelo o que ele fez. – Encerrou Ben.

– Você não pode afirmar isso com tanta certeza, no fundo eu errei quando aprontei tudo que eu aprontei, e eu não nego isso. – Anita retrucou, com um semblante desapontado em si próprio.

– Entendi, então porque que depois que você resolveu se afastar do Antônio, que você percebeu que tinha alguma coisa de errado, porque você melhorou, mais fez isso sozinha, então você pode se considerar uma pessoa muito esperta, o Antônio Anita, sabe muito bem conseguir tudo que ele quer, ele é esperto, persuasivo, inteligente, e isso eu na posso negar. – Afirmou o garoto. - Agora não deixa a Vera ficar minando a tua cabeça com bobagem não vai, isso não vai te fazer bem, não é só porque você parou de pensar, que você esqueceu, na verdade não da pro esquecer, não a esse ponto de fingir que não houve, eu não quero te ver caindo num oceano te tristeza de novo, por causa que a Vera resolveu soltar todos os problemas do mundo em cima de você, por mais que eu respeite muito ela. – Quase suplicou Ben.

– Você me salvou. – Sorriu ela, sentando mais perto de Ben, e pendurando os braços em volta dele.

– Não, se eu tivesse feito isso mesmo, você não teria penado tanto pra se reerguer diante daquela situação, e de verdade eu me arrependo muito disso, eu sei que ei podia ter feito mais do que eu fiz. – Justificou Ben, esboçando um sorriso que parecia desconfortável.

– Não, não podia, acho que o limite disso tudo, foi quando rolou a história das provas, ali realmente, eu me vi bem mais que perdida, e você estava lá, e me ajudou. – Garantiu ela insistente.

– É mais não foi o suficiente, e tem gente que tem razão de me jogar isso na cara. – Ben afirmou, junto a um suspiro fundo, que parecia lhe tirar um pouco da tensão que lhe assombrava.

– Quem, se tá bem esquisito hoje hein. – Anita questionou percebendo, uma olhar de preocupação por parte dele.

– Amanhã a gente fala disso, eu não quero preocupar você, por uma coisa que já foi. – Respondeu ele apenas.

– Ah então tem alguma coisa, ai Ben, o que foi hein. – Anita desandou a perguntar ficando impaciente.

– Amanhã a gente conversa com calma, já tá tarde hoje pra isso. – Garantiu Ben sorrindo.

– Ahan tá, eu não vou conseguir dormir não hein, e a culpa vai ser tua. – Ela quis persuadi-lo a falar.

– Ai tadinha de você namorada, eu tenho um remédio pra isso sabia. – Provocou ele, lhe dando muitos beijos. – Deixa de ser curiosa. – Disse o garoto entre uma risada.

– Eu não sou curiosa, mais você fala que tem uma coisa pra me contar, mais que hoje é melhor não, isso só me leva a crer que é muito sério né. – Afirmou Anita, com palavras abafadas pelos beijos dele.

– Relaxa, até porque eu sei que você não vai gostar mesmo de ouvir então. – Ben alegou brincalhão.

– O que você aprontou hein, olha só você já esfolou um lado das costas, não vai querer ficar com o outro também não. – Ironizou ela desconfiada.

– Absolutamente nada, de grave pelo menos. – Respondeu Ben, a beijando, a fazendo se escorar para trás.

– Tá bom né, até porque to meio louca ultimamente, brigo com a mamãe, choro que nem maluca, meu humor não anda legal.– Anita retrucou. – E depois os problemas me procuram mesmo, já é corriqueiro isso. - Disse Anita se convencendo. – E ainda por cima to bem no lugar errado né, se me pegam aqui assim, perco meu pescoço somente, razão mandou lembranças também. – Afirmou Anita, dando-se por conta que estava deitada a cama de Ben com ele por cima.

– A gente ainda vai casar, com tudo direito, como a que a gente merece, e vamos formar uma família piegas, daquelas toda certinha, com pai que da bronca, mãe que afaga e vice versa. – Declarou Ben. – Aí ninguém vai poder dizer mais nada, nós vamos calar a boca de todo mundo que disse que nosso relacionamento era só uma brincadeira que não daria em nada, só peitar nossos pais. – Afirmou.

– Tá mais. – Ela pausou sua fala para um beijo. – Mais porque isso agora, eu já te disse que eu não preciso de um papel pra ser tua mulher e nem pra dividir uma cama com você, sinceramente isso não é o mais importante. – Anita disse sorridente. – E sim você tá bem esquisito, além do normal eu diria. – Ela descreveu.

– Eu te disse que eu não vou deixar nada ficar no meio da gente e eu vou cumprir. – Garantiu ele. – Agora não fica fazendo pouco do meu amor não, que isso é muito feio e nada legal. – Provocou.

– Ai, príncipe, você não existe, ai não. – Anita respondeu, quase se contorcendo de tanto rir da cara descontente que o garoto esboçava.

– Ah se é assim então, minha cara princesa. – Disse ele a beijando. – Você tá deitada numa cama, namorando um fantasma. – Falou ele entre gargalhadas.

– É eu sempre fui meio descompensada mesmo, era de se esperar. – Continuou Anita.

– Era e é né, afinal fugiu com um estranho pelas ruas de Miami. – Ben cobrou ao lembrar do episódio, que reservou grandes surpresas para ambos.

– Não fugi não, você me puxou junto tá, e eu fiquei sem saber o que fazer, não é. – Anita falou seguido de uma gargalhada, em sua defesa.

– Você tinha o dinheiro pra pagar o que você quebrou não né, sem querer eu também de salvei de uma tremenda encrenca. – Ele retrucou.

– Claro depois que você fugiu, e mais eu não quebrei nada sozinha, você esbarrou em mim – Afirmou a garota. - Serio, eu não perdi o senso de raciocínio depois que comecei a namorar você, como garantiu o Ronaldo e minha mãe, foi antes, muito antes, quando eu resolvei sair correndo pelas ruas de Miami, com um estanho, meu deus parando pra pensar, imagina se fosse o Antônio. – Anita só conseguia rir de si mesma.

– Ah é assim, ele iria te sequestrado, de raptado pra todo o sempre. – Ben deu risada concordando.

– Para Ben, eu não aguento mais, a essa altura, deve estar todo mundo ouvindo, minhas risadas. – Disse Anita em suplica, já sentindo sua voz falha.

– É mais pensando assim, eu poderia ter te raptado se você tivesse ido ao nosso encontro, quem sabe. – Afirmou ele.

– Não ia não, você estaria mais preocupado com a brasileira do lobby do hotel. – Falou Anita o alfinetando.

– Mais tu é chata hein. – Ben devolveu incomodado pela lembrança da garota.

– Eu não sou chata, você é que caiu de amores pela Sofia, quer o que agora, não tenho amnésia não. – Exclamou Anita, achando graça. – Agora para, que eu não tenho que ir embora, me deixa sair vai. – Pediu a garota, vendo que já tinha ficado tempo demais longe e seu quarto.

– Não, vai ficar aqui pra deixar de ser chata. – Ben não se deixou levar.

– É só que eu não posso. – Anita ria, enquanto ele distribuía beijos no pescoço dela. – Para Ben, eu tenho que ir dormir. – Alegou. – Olha aqui deixa eu te falar uma coisa, se me pegarem aqui, eu vou dizer que eu não sei de nada, que somente você é o culpado. – Anita afirmou travessa.

– Ah vai, vai todo mundo acreditar em você com certeza. – Desdenhou ele se erguendo.

– Claro que vão. – Anita afirmou levantando.

– Pior é que eu to morrendo de fome sabia. – Comentou o garoto.

– Ótimo agora você tem uma desculpa pra me levar até a cozinha. – Disse ela sorrindo.

– É gostei. – Mais deixa pra daqui uns dois minutos. – Retrucou Ben, a puxando para um último beijo.

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– Tia Lu. – Anita falou em um tom brincalhão, ao encontrar a tia com Omar na sala, com olhares suspeitos.

– Não é nada disso que vocês tá pensando mina. – Luciana garantiu caminhando mais para parto da garota com a voz ansiosa. – Vocês, os dois. – Ela disse ainda apontando par Ben, que tentava conter o sorriso debochado.

– Eu não to pensando nada, aliás, pensar é algo que eu quase não faço. – Anita riu, da cara e susto que Luciana tentava disfarçar sem sucesso.

– Claro, por exemplo, você só esta aqui Omar, porque devia de ter uma coisa muito importante pra falar com meu pai, não é, só que ele já foi dormir eu acho. – Respondeu Ben, querendo parecer sério.

– É, é, é. – Omar concordou envergonhado. – Não, na verdade eu só vim acompanhar essa louca aqui, que ficou até tarde no restaurante, pregando peça nas clientes dizendo que sabe ler a sorte, correndo o risco ainda de ser assaltada por aí. – Contou ele.

– E eu lá preciso e guarda-costas, mano, eu me mando e eu mesma do umas porradas se for preciso no otário que pensar em me passar a perna. - Luciana falou impaciente absorvendo as palavras de Omar como se fossem uma ofensa. – E tua mãe. – Perguntou ela para Anita.

– Tá bem, tomou um chá de camomila e foi pra cama, deve estar no sétimo sono já. – Anita explicou.

– Ué dormir, pensei que ela fosse esfolar tua irmã antes, e o doidinho lá do Sidney. – Alegou ela, confusa.

– Segundo a Sofia, ela preferiu deixar a conversa mais séria pra amanhã, hoje só deu colo de mãe. – Anita rebateu, pensando que alguma coisa tinha dado certo, pelo menos pra irmã.

– Ah sei, e tu aproveitou pra vagar um pouco pela casa né, só pra não perder habito, tu vai virar sonâmbula, eu já te disse isso. – Luciana provocou abusada.

– Eu não estava vagando em lugar nenhum tá tia, e não atira pedra não meu telhado, porque o teu também é bem de vidro. – Anita afirmou, entre uma risada

– O meu já quebrou, tá quem casa de pobre, que a enxurrada quase levou, até aquelas lona que põe pra forrar depois já se foi. - Luciana retrucou, gesticulando.

– Você não tem mais o que fazer mesmo né Luciana, olha só to indo viu, porque eu que perco meu tempo ainda. – Omar resmungou sério.

– Porque tu gosta, disfarça mais gosta. – Luciana provocou, arrancando olhares travessos e risadas escancaradas de Ben e Anita.

– Olha o Ben e a Anita aí, oh sua louca. – Omar reprendeu desconcertado.

– Eu nada eu nem to aqui, aliás, eu também não vi nada, não sei de nada. – Anita respondeu debochando.

– E eu vou indo, pra mim já deu. – Omar proferiu. – Tchau gente boa noite. – Disse ele, saindo logo em seguida.

– Boa noite Omar. – Respondeu Ben rindo.

– Ai... Aí tá vendo, um ladrão desgraçado já roubou minha almofada daqui, logo a que eu colocava pra tapar esse buraco, a predileta. – Luciana disse com irritação.

– Eu pego um travesseiro pra você lá no quarto. – Anita afirmou sensibilizada com as reclamações da tia.

– É duro viu, voltei a ser rebaixada, tava toa bom sendo das elites, com minha caminha lá em cima ais chego aquelas duas e a mana me despejou. – Luciana comentou.

– É pois é tia, só espero que isso um dia acabe né, porque eu também já estou saturada com isso. – Anita também lamentou.

– Você podia me dar tua cama né Ben, nem que fosse hoje, esse sofá aqui tá acabando comigo, pra mim dar uma descansada nos osso, que agora parece que até falam comigo, me xingando claro. – Luciana tentou.

– Eu, foi mal Luciana mais aí você já esta pedindo demais. – Ben alegou.

– Mais eu podia pensar em desembaçar o esquema pros dois sabe, desenrolar a ideia. – Opinou ela.

– O tia, não pira né, melhor não dar palpite, até porque você tentando fazer isso, aí é que eu fico mais do que embaçada. – Anita afirmou rindo.

– Ué eu hein, só tava querendo dá uma mão, afinal a treta é grande aí né. – Luciana disse.

– Mesmo assim, não precisa né. – Anita respondeu. - Bom eu vou pegar os travesseiros pra você, e depois vou dormir também né, que o dia de hoje já foi pesado demais. – Afirmou Anita.

– Eu vou com tu. – Luciana falou. – Que é pra garantir que tu vai pegar aqueles mais confortáveis. – Justificou ela.

– Ah tá bom. – Gargalhou a garota. – Boa noite pra você. – Disse Anita passando por Ben, para subir a escada, e lhe jogando um beijo.

– Boa noite. – Assentiu ele com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

Até mais...



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