E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 213
Capítulo 213:




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482657/chapter/213

Anita saiu da Barra, e foi direto para o Grajaú, perdida em decidir se iria pra casa ou não, resolveu passar no trabalho de Ben, e espera-lo na saída.

– Olha mais o que devo a honra. – Ben pronunciou simpático, ao ver a namorada parada, escorada ao muro, na rua, próxima a saída do cursinho de inglês.

– Por quê? - Não pode. – Anita implicou sorrindo. – Eu te mandei uma mensagem, achei que não tinha problema. – Alegou a respeito da mensagem que havia enviado para ele ainda do ônibus.

– Eu sei, eu vi, eu não respondi por que não deu mesmo, me desculpa. – Afirmou Ben se explicando, depois de ter visto a mensagem da garota em meio à aula.

– E sim, você acertou, eu to com a cabeça em frangalhos e não tava querendo voltar pra casa sozinha. – Anita confessou, entre uma risada, se sentindo um pouco exausta.

– Hum entendi né. – Rebateu ele, sorrindo irônico para ela. – Então só veio pelo interesse, né dona Anita. – Gargalhou o garoto. – De companhia. – Acrescentou.

– Na verdade eu vim porque, a Sofia só vai voltar mais tarde pra casa, então acho que dá pra gente aproveitar até lá. – Falou ela sugerindo.

– Ah agora eu apreciei. – Afirmou Ben, sorridente. – Bosque. – Ele opinou.

– Pra onde você quiser, qualquer lugar, eu só quero no mínimo meia hora de paz. – Disse a menina concordando. - Depois do dia de hoje. – Apelou Anita, olhando para o horizonte.

_____________________________________________________________________________

– Na verdade eu acho. – Anita respondia algo a Ben, quando os dois chegavam em casa.

– Ai, até que enfim. – Luciana disse aliviada quando viu Anita entrar pela porta. – Eu já estava aqui quase caindo dura, tendo o treco do ano. – Afirmou em pleno nervosismo, depois de voltar para casa depois que Vera ficou sabendo do que havia acontecido.

– Que foi tia. – Anita questionou dispersa.

– Oi mãe. – Ben cumprimentou a mãe com um beijo.

–Como que foi, lá a treta da tua irmã, com o doidinho aí do lado. – Luciana explicou-se, afoita com a calma da sobrinha.

– Ah eu já sei, eu já conversei com a Sofia, ela esta aparentemente bem né, na medida do possível. – Anita alertou-se justificando. – E eu vou conversar com a mamãe, espero que ela. – Anita foi interrompida pela falação ligeira de Luciana.

– Aí é que tá, do enrosco, a mana já sabe. – Luciana soltou, não sabendo dizer de outra forma, definitivamente ela sabia que não tinha sido feita para dar notícia ruim a ninguém.

– Como assim sabe. – Anita retrucou atônita. – Eu pedi pra Bernadete, até eu... – A menina pronunciou engasgada pelo susto. – Quem contou pra ela. – Era só isso que Anita queria saber naquele momento.

– Anita fica calma. – Pediu Ben, levantando do sofá e caminhando até a garota, que parecia impaciente.

– Na verdade, foi... – Mariana veio do quintal explicando-se, com Marta atrás.

– Você, foi você que falou. – Anita disparou contra a garota, se aproximando mais dela, no instante seguinte, não conseguindo se conter. – Eu não acredito que você fez isso garota. – Esbravejou ela, com um dos braços para trás.

– Não. – Garantiu Mariana se assustando com o jeito que Anita lhe olhava.

– Então quem foi, alguém vai dizer, alguém vai dizer, ou eu vou ter que gritar mais alto pra vocês me dizerem. – Rebateu ela, percebendo Ben parado atrás dela, com o braço estendido com o intuito de segura-la.

– Fui eu, Anita. – Marta se manifestou, de forma envergonhada. – Mas realmente eu não tive a intenção, Mariana estava mexendo na internet, e eu perto, acabei vendo o vídeo sem querer. – Disse a mulher sendo sincera. – Mas, também eu acredito que tua mãe tinha que saber, ela tinha o direito, se fosse comigo, como mãe eu iria querer saber. – Alegou.

– É só que isso não era você que decidia, eu só queria que a Sofia pudesse contar a ela, era um direito dela, vocês não acham. – Afirmou Anita, não escondendo que estava bastante irritada. – E você não me segura também. – Pediu ela seca, a Ben.

– Relaxa tá eu só estou querendo ajudar. – Respondeu ele, não muito contente.

– Me desculpa gente. – Falou a garota. – Só que realmente eu estou com os miolos fervendo. – Justificou, ao perceber que ela podia ter se excedido.

– Também isso não importa mais né, a questão é que a mana quase caiu para trás. – Lucina contou. – Se eu fosse você iria lá falar com ela, Anita. – Pensou.

– É uma situação bem difícil , se fosse comigo eu não sei o que faria, minha filha no meio disso, meus deus. – Disse Marta sensibilizada.

– Ela esta sendo enfim. – Luciana não entrou em detalhes, por conta de Pedro que estava na sala, sentado ao lado de Giovana no sofá.

– É foi demais até pra mala da Sofia. – Afirmou Giovana se sensibilizando.

– Ah claro, a Sofia sendo taxada, sendo comparada. – Anita foi irônica devido aos comentários. – Vocês estão falando de um jeito como se fosse errado uma garota... – Esclareceu ela, vendo a tia lhe interromper.

– Devagar aí mina. – Luciana interviu, antes que ela dissesse demais. – É que tem menor na área. – Alegou.

– Ah realmente são menores pra assumir, mais são sempre bem adultos pra fazer. – Retrucou Anita com certe ira, pensando que se não fosse assim, talvez Antônio não teria saído da instituição de menores, e não estaria a solta para infernizar sua vida a hora que quisesse. – Eu vou tomar um banho, minha cabeça tá fervendo. – Afirmou, com alguns pensamentos lhe rondando. – Mais isso não vai ficar assim, não vai mesmo, vai ter volta. – Disse ela, em um tom ameaçador, subindo as escadas.

– Xiii gente, mais o que deu na Anita, o que ela quis dizer com isso. - Giovana questionou, a todos estranhando.

– Isso aí é a personalidade do defunto do Caetano, que de vez em quando se faz presente, sangue ruim sabe como é, dá defeito até nas melhores pessoas. – Luciana disse. – Que deus o tenha, claro. – Afirmou Luciana dramática, quando percebeu que estava achincalhando aquele que ela julgava, estar morto.

– Se eu bem conheço, é melhor deixar ela, a Anita não é de ficar brava, mais quando fica. – Pedro afirmou, um pouco confuso, já que não entendia o que Sofia podia ter aprontado, para todos estarem tão fervorosos, só via falar que tinha algo a ver com Sidney.

Um pouco mais tarde...

Anita enquanto terminava de se trocar no quarto, estando um pouco pensativa, tirava as coisas que trouxe do apartamento de Bernadete da bolsa, pegou a agenda, foleou para certificar-se de que não tinha nenhuma encomenda próxima e a colocou em cima da mesa de cabeceira, logo depois foi até o guarda- roupa, para procurar uma blusa com o propósito de vesti-la por cima do top preto, em contraste com o short jeans branco, enquanto pensava em como explicar para Sofia que Vera já sabia de toda a história, ou talvez fosse melhor não antecipar nada mesmo, já que mais tardar ela saberia a noite, quando voltasse para casa.

– Oi, desculpa eu não devia ter entrado sem bater. – Falou Ben, ao entrar, fechando a porta com calma em seguida. – É que a Giovana, estava lá em baixo, e eu vi que você, ficou meio tensa com o que a Luciana contou. – Justificou.

– Tudo certo, eu já tava terminando mesmo. – Respondeu Anita, pegando uma blusa de cor verde-escura do armário, a retirando do cabide e vestindo. – Eu vou lá na empresa, procurar falar com a mamãe. – Contou ela, ao garoto, sentado à cama lhe encarando.

– Se tem certeza, que vai interceder. – Indagou Ben.

– Olha Ben eu sei que você deve estar estranhando, eu me meter nisso, até eu estou, pra ser sincera. – Afirmou ela, tendo consciência de que estava, quebrando as próprias promessas que fez, a respeito de não tentar resolver mais nenhum problema da irmã, depois de tanta guerra, entre as duas. - Mais eu não posso fingir que não esta acontecendo nada, não adianta eu querer bancar a mesquinha, não esta em mim, eu não consigo ficar vendo as coisas acontecer e me fingir de morta. – Anita desabafou, com a sensação de que se ela ficasse parada, olhando as coisas acontecerem, ia conseguir somente cultivar o nervosismo.

– Pra quem dizia lá atrás que tinha mudado tanto, depois do que houve, você tá se contradizendo né. – Ben alfinetou.

– To, eu não sei até que ponto eu mudei, depois do que houve, mesmo, mais eu também sei, que não é bancando a indiferente, que eu vou me tornar alguém melhor, talvez eu tenha tirado alguma coisa boa disso tudo, alguma forma de precaução, sei lá, não dava pra dizer que ficou tudo igual, como antes, mais eu não quero me transformar numa pessoa dura, nunca desejei isso, eu gostava de mim do jeito que eu era, pelo menos eu nunca fiz nada que me deixasse com peso na consciência até aqui. – Declarou ela. – Ok subtraindo, as minhas desconfianças com você, as coisas que eu te disse. – Anita acrescentou. – E se isso é ser idiota, sim, acho que eu ainda sou. – Sorriu.

– Eu sempre soube, que você não ia conseguir mudar tanto assim. – Disse ele, sentindo um enorme orgulhos da garota.

– Sabia nada, se nem eu sabia. – Anita deu risada desdenhando.

– Obrigada. – Ironizou Ben. – Pela consideração. – Afirmou ele a fitando, parada com as mãos na cintura.

– E depois a Sofia é minha irmã, não posso ver a garota se ferrar, e simplesmente assistir, não fazer nada, Ben no fundo eu sei que a Sofia não é igual ao Antônio, e eu nem quero ver ela se transformando em um, a gente faz parte da mesma família, a minha mãe não iria aguentar ver nós de mal pro resto da vida, apesar das falhas da dona Vera, e às vezes eu ficar meio boquiaberta com a o jeito que ela age e passa a mão na cabeça da Sofia, eu não quero ver minha família, partida ao meio desse jeito, por mais que eu me irrite com algumas coisas, eu amo eles e eu gosto de ver eles felizes. – Ponderou a menina. - E depois a gente tá numa boa, não vou ficar guardando rancor igual santo de procissão, por mais que seja chato imaginar você e a Sofia se esfregando, a gente tá tão bem, e também eu não vou passar o resto da vida revirando essa história. – Justificou ela seus motivos. - Até porque toda vez que a gente faz isso, surge um fato novo né, impressionante. – Riu Anita ao constatar, que todo caminho separado que os dois trilharam separados, sempre continha e reservava uma nova surpresa, assim como, um novo argumento para se trazer as intrigas e irritações à tona.

– Você escutou o que você disse. – Retrucou Ben, a encarando com encantamento.

– É escutei... – Assentiu afirmando. - Mais não anota não, pra ficar me cobrando depois. – Anita foi sarcástica. – Mais também. – Rebateu ela, com uma cara séria, enquanto Ben apenas sorria. - Não da pra ficar imaginando você e a Sofia, sem bem que é estranho né, porque eu já saí perdendo antes, de tudo chegar até aqui, porque a Sofia afirma com todas as letras que foi você que agarrou ela lá, no começo de tudo, quem era você que corria atrás. – Jogou Anita contra ele, com certo descontentamento.

– É mais também. – Falou Ben, se movendo de onde estava até ela. - Foi a primeira e única vez, depois disso, eu não tinha tido mais nada com a tua irmã, talvez se eu tivesse tido, nem teria rolado em segundo envolvimento entre a gente, eu já teria me desiludido por completo, se é que da pra chamar o que a gente teve inicialmente de envolvimento né Anita. – Esclareceu o garoto, enquanto Anita parecia fazer forçar para não processar as palavras com clareza.

– Ah não dava. – Anita ironizou, distorcendo os cabelos, e desmanchando o coque que havia feito, antes de entrar no banho. - Bacana, é porque se é assim, eu estava errada né, porque eu costumava dar esse nome, pro beijo que você me roubou e pro que eu te roubei, lá no início. – Retrucou.

– Era diferente, a gente já tinha um laço, que com certeza eu tinha com a tua irmã, a gente se entendia o que nunca foi possível com a Sofia. – Ben quis justificar.

– Sabe o que eu acho? - Atreveu-se ela. - A única explicação plausível, você caiu daquele andaime, quase rachou a cabeça, pra não dizer que sim, ai deu defeito, por isso que você se viu aproximado por mim, esse foi um empecilho no caminho da Sofia, entendeu. – Brincou Anita, entre risadas.

– Ah sério. – Ben não se controlou em não rir da colocação dela. - Não, aquele acidente, só serviu pra eu acordar pra realidade, pra aquilo que eu era incapaz e ver, eu acho que aquele ditado bater com a cabeça, pra ver se concerta, nunca foi tão acertado. – Garantiu, com algumas lembranças daquele dia vindo em sue mente. – E você né, deduziu isso, aí passou a ser um fantasma nessa casa, era só eu pensar em me aproximar. – Ben a cobrou. - Que pronto cadê a Anita?

– Ué nunca te falaram. – Anita esboçou um sorriso desconcertado. - Que as desajeitadas, desastrosas, sem brilho, também exigem exclusividade. – Anita gargalhou. – E depois eu já tinha corrido atrás demais, mais que aquilo só se eu andasse com uma plaquinha pendurada, alguma coisa escrita na testa não sei, tava chegando a tua vez. – Concluiu ela.

– Só você mesmo. – Respondeu Ben debochado. – Eu acho que não sei se justifica, mais também eu tinha passado tempo demais com a Meg, já tinha saído de órbita no quesito perceber alguma coisa, sei lá. – Ele pensou, por um momento. – E antes que você me venha com uma pergunta retorica, eu não nunca traí ela, não tá... – Garantiu o garoto, encarando a garota que parecia deposta a dizer algo, para interrompe-lo, mas se calou no instante seguinte.

– Acho bom, até porque se for assim, eu como uma pessoa, com conhecimento de causa no assunto, teria que levar um papo com ela né, já que o Martin não deve concordar com você, porque enquanto me namorava ele ainda tinha lábia pro bairro inteiro. – Anita rebateu, recordando das trapalhadas do tempo e namoro com o garoto. - Eu não acredito que eu to rindo disso, cara que cretino. – Afirmou ela, nem ao mesmo se reconhecendo.

– Bom veja pelo lado bom, depois ele se redimiu. – Alegou Ben.

– Será, ele e a Micaela, sei não, não tenho certeza disso, até porque se eu fosse me levar em consideração, à gente ficou o que, umas três vezes, antes deu acabar tudo com ele, vou reclamar de que agora. – Especulou ela. – Bom pelo menos, os dois ficaram numa boa um com o outro. – Anita argumentou realmente contente pelos dois. – E você né, pra quem se dizia tão diferente do Martin, encontrou coisas em comum, bem rápido depois. – Anita alfinetou, lembrando Ben que os dois viviam as turras, lhe dando um beijo logo depois.

– Ok, eu seu sei disso, e realmente eu estava em parte equivocado. – Concordou Ben.

– Bom né, eu vou lá, enfrentar a dona Vera. – Disse Anita ao lembrar-se do que era urgente. – Por mais que eu ache, que a essa altura a mamãe já ensaiou o discurso dela, e só esta esperando pra colocar em pratica. – Afirmou Anita, ainda querendo estar enganada.

– Você sabe que isso tudo prova. – Ben exclamou, a impedindo de se mover. – Que mesmo depois de tudo que houve, e que você teve que enfrentar, nada foi o suficiente a ponto de você se desfazer da pessoa incrível que você sempre foi, você não se esqueceu do que realmente era importante. – Declarou ele de forma orgulhosa.

– Não, de nada mesmo. – Ela concordou. – Nem da coisa mais importante, você. – Pronunciou ela, com a voz falha, devido a uma emoção que lhe dominava, que a garota parecia não saber de onde vinha. – Desculpa pelo fora lá na sala, é que sei lá, eu vi as coisas girarem uma segunda vez, em um dia só, meio que surtei. – Aproveitou ela.

– Não tem importância, nenhuma palavra que sai da tua boca, vai ser mais importante, do que o que eu vejo no teu olho, quando a gente se encara, e nem do amor que eu vejo no teu sorriso sempre. – Afirmou Ben entrelaçando as mãos dele, junto com as dela, e se aproximando para um beijo.

– Da licença gente, mais eu to entrando. – Giovana falou abrindo a porta devagar e entrando com Mariana, com o notebook em mãos, fazendo o casal recuar.

– Maninha você já ouviu falar nessa coisa chamada porta. – Ruborizou Bem, apontando para a mesma. – Não serve só pra gente passar de um cômodo pra outro, mas também pra gente bater né, pra você se pode entrar. – Disse ele, meio impaciente com a interrupção.

– Foi mau gente, mais quarto também é meu. – A ruiva se desculpou.

– É Ben quarto também é dela, tem razão. – Anita admitiu mesmo contrariada.

– E também vocês falavam do que afinal. – Cobrou ela.

– Nada, dessa história que rolou com a Sofia, e de outra antiga que enfim, não vem ao caso. – Disse Ben contornando.

– Ah bom. – Giovana comprou a ideia.

– Bom gente, eu vou nessa, vou falar com a mamãe, antes que ela de as caras aqui, ela deve estar muito nervosa também. – Afirmou Anita, indo até o outro lado da cama e apanhando a bolsa de cima da cadeira.

– Vai. – Ele concordou. – Depois a gente termina a conversa. – Garantiu Ben.

– Ahan, tchau gente. – Anita se despediu saindo pela porta.

– Tchau. – As duas meninas responderam, já Ben apenas observou a garota saindo.

– Chato isso tudo né. – Comentou, Mariana olhando para Giovana.

– Horrível, aí deus que me perdoe, por pensar nisso, mais eu espero que essa maré negra, não atinja meus shows no Embaixada, e não faça meu pai mudar de ideia. – Giovana afirmou tensa. – Minha santa Rita Lee, dê- me proteção. – Disse em suplica.

– Eu não acho não, chato mesmo, é a gente perder o ônibus, enfrentar fila no caixa do supermercado, isso tudo foi cruel, pra não dizer desumano. – Retrucou Ben, pegando o celular que havia caído de seu bolso, quando ele estava sentado à cama de Anita.

– Ben fica, eu justamente queria te mostrar um arranjo de um música, queria que você me ajudasse a terminar. – Argumentou Giovana.

– Foi mal maninha, mais eu não estou com cabeça pra tirar arranjo com o violão agora. – Ben alegou. – Fora que eu tenho um monte de aula do trabalho pra preparar, da semana que vem toda, pra ser mais exato, tem trabalho da escola pra entregar também, melhor eu ir adiantando isso. - Justificou Ben. – Despois a gente vê isso, prometo, pode cobrar. – Afirmou ele, dando um beijo na irmã, que sentava nos pés da cama de Sofia.

– Ai que chato, porque você tem que bancar o responsável. – Giovana lamentou.

– Não tenho, mais simplesmente, não tem como ser diferente Gio, se eu não trabalhar como meu pai e a Vera, vão se virar, tem mais quantas bocas mesmo, pra eles darem casa, comigo, roupa, escola, e por ai vai. – Afirmou ele.

– Até a Anita entrou nessa agora, quando não está estudando, to enfiada lá no quintal, fazendo alguma peça, algum projeto pra alguém. – Poxa eu quero meus irmãos de volta né, com todo respeito vocês eram ais legais antes. – A ruiva esbravejou.

– Não to acreditando nisso Giovana, só você, olha não reclama não tá, porque por enquanto, tanto eu como a Anita estamos por perto, depois eu já não sei. – Ben achou graça da cara fechada da menina.

– Mais é, poxa você passou anos morando, sei lá onde, não sei do outro lado mundo, e agora ainda tá sempre ocupado. – Ela quis se justificar.

– Giovana, é Miami, Florida, não é um lugar desconectado do mundo não, por sinal é um cidade incrível, eu só não posso dizer que eu fui plenamente feliz lá, porque não tinha vocês por perto. – Alegou ele.

– Eu sei que não tá, a Anita me mostrou viárias fotos que ela tirou lá, quando esteve com o Caetano no início do ano. – Giovana pronunciou empolgada, enquanto o irmão apenas percorria seu pensamento, para o momento que avistou Anita pela primeira vez, e de como a brasileira, que era somente uma estanha para ele, cujo deu o apelido de princesa, passou a ocupar um espaço tão importante em sua vida, que ele jamais imaginou que alguém ocuparia um dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E se um reencontro o destino preparasse..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.