E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 210
Capítulo 210:


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por acompanharem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482657/chapter/210

– O que você faz aqui. – Perguntou Vitor, indagando se seus olhos haviam se confundido ou não, acerca do que tinha visto, já que quando abriu a porta do quarto e achou que tinha avistado a figura de mais alguém ali dentro, mas se tratou de um segundo apenas, e ele realmente se via confuso com tal situação, ainda mais que agora ele via somente a figura do irmão mais velho, sentando a cama de Pedro, lhe olhando com um olhar aparentemente sereno e inquestionável a respeito de qualquer suspeita.

– Bom eu. – Ben quis evitar olhar para o chão, do outro lado da cama onde Anita permaneceu abaixada, pois temeu, ao sentir que a situação só podia piorar. – Vim procurar minha prova de matemática que o Pedrinho pegou, curioso em achar que poderia aprender os cálculos. – Justificou, sua presença baseada na curiosidade do caçula, que já era interpretado por todos da família como o geniuzinho sem tirar e nem por, há dias atrás o pequeno lhe pegou concentrado em cima do livro de história, no sofá da sala, e ao folhar um caderno encontrou a prova ao meio, a garantiu com toda certeza o mundo que o conteúdo da mesma, só era um pouco mais complexo do que quarta série, que ele cursava. – Vê se pode. – Sorriu para disfarçar toda tensão que percorria em seu corpo naquele momento.

– O pentelhinho tem cada ideia mesmo. – Vitor disse, ainda fitando minuciosamente cada reação do semblante do irmão sentado a sua frente.

– É tem mesmo. – Ben respondeu, pedindo em sua mente que o garoto se retirasse dali, antes que tudo piorasse.

– Bom eu não vi tua prova, mas se ver te falo depois. – Vitor se prontificou. – Mais pra que você precisa dela, vai fazer recuperação de matemática, logo você. – Desconfiou um pouco, ao lembrar de que Pedro não era o único para as matérias que envolviam alguma ciência exata.

– Não, não é pra isso, é só que eu preciso estudar pro vestibular né, mais fácil começar por aquelas matérias que eu domino mais, pra não ficar tão pesado. – Ben falou a primeira coisa que veio a sua cabeça.

– É uma boa técnica mesmo. – Rebateu Vitor. – To indo, só vim pegar esse CD, que a Clara tinha me emprestado, vou devolver pra ela. – O menino afirmou, saindo em seguida, deixando no ambiente apenas o som da porta se chocando ao fechar.

– Depois disso, eu tenho certeza de que nunca mais vou morrer. – Ben suspirou fundo, após ver Vitor sair com o objeto que veio pegar ali em mãos, se perguntando se Vitor havia dito menos do que havia desconfiado quando entrou.

– Já eu não sei se pensou assim não. – Anita falou, se erguendo ainda sentada ao chão, os dois se encaram e caíram em gargalhadas apenas.

– Eu vou sair daqui, antes que ele volte. – Anita alertou, se debatendo como forma de tirar alguma poeira que tivesse em sua roupa.

– Tá bom. – Ben concordou com o argumento dela.

– Tchau. – Anita deu um beijo no garoto e saiu em disparada para fora, passando rapidamente pelo corredor, mal sabendo que Vitor ainda pode ver parte de sua figura, quando parava em frente a porta que dava para o quarto de Giovana, com a menina e Sofia, mas não deu muita importância já que a casa estava com bastante gente naquele momento.

_____________________________________________________________________

– Flaviana você tem que me ajudar a dar uma lição naquela sem noção. – Sofia entrou com Flaviana em casa aos berros praticamente, irritada com a renúncia da amiga em ajuda-la.

– Sofia acredita, eu só to evitando que você se meta em mais encrenca. – A morena argumentou. – Tua mãe já não te pôs de castigo, olha que na próxima ela te expulsa de casa. – Afirmou Flaviana.

– Por isso mesmo que eu me recuso a deixar essa situação assim. – Disse ela, não conformando em deixar nada do jeito que estava.

– Tua irmã é louca, você sabe disso, não é Anita. – Comentou a patricinha, ao ver Anita sentada ao sofá.

– É, eu desconfio disso já faz um tempo. – Anita admitiu, enquanto fazia as unhas, sentada ao sofá. – Sofia. – Ela fechou o vidro de esmalte e continuou o segurando na mão enquanto falava. - Qual parte que eu te expliquei de que a mamãe não vai ficar do teu lado e contra a Mariana, você ainda não entendeu, tá querendo se ferrar por tempo indefinido é. – A menina ralhou bastante irritada.

– Droga. – Esbravejou a loira. – Ninguém quer me ajudar mesmo né, até você vai agora bancar a santa e fingir que engole essa daí. – Ela disse irada, se dividindo em lançar olhares irritados a irmã e Flaviana.

– Não, eu não simpatizo muito com ela, não vou mentir. – Anita confidenciou sendo sincera. – Mais você quer que eu faça o que Sofia, ataque a garota com um alicate de unha talvez. – Falou Anita, com uma em mãos.

– Sabe que eu não estou descartando essa hipótese. – Sofia retrucou, jogando a bolsa em cima da mesa e indo até o banheiro. – E eu vou expulsar essa garota daqui de casa, ou não me chamo Sofia. – Foi taxativa, batendo a porta com força, descontando toda sua raiva.

– Eita, quebra a porta não, que ela não tem culpa de nada. – Gritou Anita, não escondendo a antipatia que sentia em relação, ao jeito como a loirinha sempre encarava as coisas, nunca deixando o jeito mimado e leviano de fora. – Flaviana, não ajuda ela, por favor, a Sofia vai acabar comprando uma briga feia com a mamãe, se continuar batendo de frente com essa garota. – Ela falou a morena, que cruzou os braços e ficou parada no mesmo local de antes. – Sério, não estou te falando isso pra iniciar nenhum discurso moralista, longe disso, mais eu já saquei que a mamãe gosta muito da Marta, e do entojo aí que veio junto no pacote, aliás sempre gostou, não é. – Afirmou ela explicando seus motivos.

– Eu já disse isso pra ela, Anita, mas você sabe como é a Sofia, Anita quando ela enfia uma coisa na cabeça quem tira. – Flaviana expôs, sem esconder que não estava aprovando os últimos delírios da amiga, mesmo a apoiando sempre.

– Ninguém, realmente, eu já a vi discutindo mais de uma vez com essa menina aqui dentro. – Anita confessou.

– É porque você não sabe o que ela fez hoje cedo. – Flaviana deixou escapar, em um impulso de compartilhar aquilo com alguém.

– O que? – Perguntou Anita, parando de pintar as unhas de novo, dessa vez para ouvir Flaviana.

– Colocou, as roupas que Mariana deixou pra Vera lavar todas mergulhadas na máquina junto com as roupas que levavam alvejante. – Pronunciou ela aos gestos.

– É muita criancice. – Disse Anita, boquiaberta, mas não se surpreendendo muito.

– Também você queria o que, no show que teve no domingo, é você não estava, a Mariana jogou um copo de suco inteiro em cima da Sofia, e justo no vestido que ela mais adorava, só pra implicar. – Flaviana ainda quis arrumar justificativa para as atitudes de Sofia.

– Ué mais eu ouvi um boato de que foi a Sofia que tacou suco nela, outro dia aqui em casa. – Anita procurou entender, mas não obteve sucesso.

– Isso foi depois. – Disse Flaviana justificando.

– Meu deus do céu. – Anita falou assustada.

– Pois é. – Flaviana disse apenas, remexendo nos cabelos.

____________________________________________________________________________

– Vocês vão tocar no Embaixada, Gio, mais e o Ronaldo deixou isso. – Giovana contava a novidade para Anita, bastante empolgada, depois de acertar os últimos detalhes para o primeiro show, à tarde juntamente com Guilherme, Zureta, Junior e também que Clara que veio ajuda.

– Deixou, mais o Ben vai ter que me ajudar. – A ruiva explicou, colocando os copos sobre a mesa, um a um, nos lugares de costume de cada um, que estava sendo arrumada para que todos pudessem jantar.

– Que moral hein. – Anita disse, ao menino que estava parado a sua frente, sorrindo com travessura enquanto olhava para ele.

– É eu só espero que eu não arrependa de ter comprado mais essa para mim. – Ben contrapôs. – Ouviu dona Giovana. – Ele avisou, querendo que ela se lembrasse do que havia sido combinado.

– Ah tá, fica frio que eu já inclusive, escrevi o discurso do papai, no capa do meu caderno só pra lembrar toda vez que eu abrir pra estudar. – A menina disse, já sabendo decor. – Eu vou manter tudo sob controle, pode ficar tranquilo. – Disse ela, entre um sorriso iluminado de satisfação, por ter convencido Ronaldo.

– Assim é mais aconselhável mesmo Gio, ou se não a cabeça do Ben, vai rolar junta com a tua. – Anita riu.

– Estou calmíssimo, agora inclusive. – Ben foi irônico com ela.

– Gente vocês ainda vão precisar de mim. – Giovana perguntou, com a voz impaciente.

– Pode ir assistir televisão, eu termino aqui. – Anita a liberou, após constatar a vontade dela.

– Obrigada Anita, te amando para sempre, depois dessa. – Giovana declarou sorridente, correndo para a sala.

– É né, e depois você acusa a Vera de mimar eles. – Ben disparou, não perdendo a oportunidade de implicar.

– Eu nada, mimo ninguém não. – Ela desmentiu. - Só quem merece. – Anita sorriu, convencida.

– Hum entendi, quem merece. – Ben trocou olhares com ela. – Eu vou guardar muito bem essa informação, posso precisar dela, afinal. – Afirmou Ben, sorrindo abobalhado para a garota.

– Ainda, tá complicada a coisa pro teu lado hein. – Anita retrucou debochada.

– Vitor, Vitor. – Giovana desandou a chamar a atenção do menino que estava sentando na ponta do sofá, de braços cruzados, com a cabeça totalmente longe.

– Que é garota. – Ele falou rispidamente.

– Você tá bem. – A ruiva quis entender. – Porque eu estou muito louca, ou você esta muito sem noção, porque eu acho que você tá olhando pra bunda da Anita. – Disse ela, intrigada

– Porque não pode. – Desafiou ele. - Só ele que pode. – Vitor devolveu enraivado, observando Ben e Anita conversando perto a mesa.

– Ele quem garoto. – Ele respondeu, não compreendendo. – Você ficou louco, tomou uma bolada na cabeça foi. – A menina o repreendeu pela atitude.

– Não to olhando pra bunda de ninguém não Giovana, tava olhando pra calça da Anita, só isso. – Justificou, se referindo à calça jeans azul clara, que Anita usava em contraste com a regata estampada. – É que eu tive a impressão que eu vi uma pessoa com uma calça igual, a cor da dela, saindo de um cômodo daqui de casa hoje, só que aparentemente não tinha mais ninguém lá. – Explicou-se o garoto.

– Credo, tu pirou mesmo, só pode. – Giovana retrucou, procurando entender as palavras dele sem sucesso.

– Você é que não sabe de nada. – Vitor afirmou transparecendo irritação.

– Não sei do que, me conta então. – Ela questionou o pressionando.

– Eu não vou te falar nada, mas se o que eu penso for real, existe duas pessoa muito falsas e traíras, aqui dentro dessa casa, que não valem uma nota de três reais. – Vitor declarou enigmático apenas, deixando Giovana ainda mais confusa.

– Eu hein. – Proferiu a ruivinha atônita em relação às declarações dele, pegando o controle e mudando de canal para ver o programa que ela queria.

____________________________________________________________________________

Dia seguinte...

– Eu tive um sonho muito louco essa noite sabia. – Anita confidenciava a Ben, enquanto os dois saiam pelo portão, para irem ao colégio. – Eu tava em um lugar que eu seu nem sei onde era, procurava alguém lá de casa, chamava até sentir que minha voz iria sumir, mais ninguém á, aparecia, parece que eu andava em círculos, sei lá, depois eu acordei também e não me lembro de muita coisa. – Contou a garota, perdida em seus pensamentos.

– Ei, você acredita nessas coisas. – Perguntou ele.

– No que, em avisos, não sei príncipe. – Afirmou ela, tentando expulsar a sensação estranha que pairava em seu peito. – Mais eu não gosto de sonhar coisa ruim principalmente quando envolve alguém próximo a mim. – Ponderou ela. – Sei lá, também eu acho que à coisas muito além do que somente a gente percebe, não acredito que o mundo só seja uma bola onde um monte de seres racionais, fantasiam ilusões pra transformá-lo em algum mais ilusório, já me aconteceu de sonhar uma coisa e acontecer alguém coisa ruim, não ligada exatamente a aquilo, mais acontecer algo inusitado. – Ela comentou

– É então eu vou torcer pra sonhar com você todas as noites, pra garantir que você fique pra sempre do meu lado. – Declarou ele querendo lhe tranquilizar. – Mesmo achando que a tua cisma aí, vem do fato de você ter exagerado um pouco no jantar ontem a noite. – Brincou rindo, enquanto os dois atravessavam a rua.

– Bobo, só você mesmo pra me fazer rir. – Riu ela, querendo manter a calma. - Eu to, ah Ben, eu to mexida sei lá, não estou em um bom dia. – Desabafou ela, se sentindo angustiada com algo que nem ela mesmo sabia o que era.

– Seja lá o que isso signifique, eu vou estar do teu lado, sempre, sempre e sempre. – Garantiu Ben que iria apoiá-la.

– Obrigada. – Ela sorriu sensibilizada, pela atitude do namorado.

– A Bernadete me disse uma vez que você, tinha pesadelos com aquela história do vídeo, foi com isso que você sonhou. - Perguntou ele.

– Não, posso muito longe, eu tinha uns sonhos bizarros em relação essa loucura toda mesmo, ela não te mentiu. – Anita confirmou, um tanto dispersa. - Espera quando ela te disse isso, Bernadete e sua boca. – Ralhou a garota, não gostando muito da revelação que a mulher havia feito.

– Já faz tempo, foi na época em que a tua mãe, mandou a Sofia pra casa dela, pra mim poder voltar pro casarão, eu fui lá buscar a Sofia, e pedido da própria, e deu nisso eu levando uma bronca gigantesca da Bernadete. – Ben se justificou lembrando.

– Eu não tive mais esses sonhos não, aliás, nem lembro qual foi a última vez que eu sonhei com essas besteiras, sei lá, era meio que um trauma do meu subconsciente, não sei. – Falou Anita, não sabendo realmente qual era a justificativa exata para os pesadelos – Ela não devia ter dito isso, não foi certo. – Alegou ela, preocupada com os pensamentos de Ben a respeito. – Afinal não era jogando meus problemas na tua cara, que eu iria resolver alguma coisa. – Afirmou a garota, expondo o que ela pensava.

– Você escondeu teu sofrimento, se enfiando numa casca Anita, porque você não me pediu socorro, não disse nada. Cobrou Ben, lamentando ter se afastado dela. - Preferiu deixar eu me afundar também, na verdade eu me afundei sozinho mesmo, baseado na angustia em que eu sentia toda vez que sentia o tamanho da distância que havia entre nós, a gente podia ter se ajudado muito sabia, talvez isso pudesse ter evitado, tanta coisa. – Ele usou como justificativa.

– É claro que teria sido mais fácil, pra nós dois. – Concordou ela, mesmo arisca com a constatação. – Mais também falar disso agora, não muda muita coisa. – Previu Anita, parando de andar para encara-lo, próximo a sombra de uma árvore na calçada. - E eu iria ter querer ao meu lado assim, por mera obrigação de me ajudar, você não tinha. – Garantiu. – Aliás, nem você iria, a gente não viveu tudo que vivemos pra depois ter que contatar com compaixão, pena, definitivamente isso não combina em nada com a gente. – Ela argumentou.

– Não, o fato de você desconfiar de mim que te levou a contatar isso, mais não fundo eu tinha, mais do que qualquer pessoa, em te ajudar. – Respondeu Ben, com o olhar baixo, encarando a calçada a seus pés.

– Ai Ben, não né. – Revirou os olhos ela. – Eu já acordei do avesso hoje, e a gente ainda vai ficar falando, mexendo, nessa tsunami que pegou a gente completamente desapercebido. – Disse Anita questionando. – É sério. – Insistiu a garota, enquanto Ben olhava para a rua, parecendo não concordar muito. – Ben. – Chamou sua atenção, balançando a mão em frente ao seu rosto.

– Me promete uma coisa. – Se pronunciou ele, olhando para ela dessa vez.

– O que você quiser. – Afirmou ela. – Fala. – Pediu com um beijo.

– Não faz mais isso, nunca mais, mesmo que tudo complique um dia, na proporção de antes e for, ou ate pior, mas promete que você não vai tentar resolver tudo sozinha, você não pose querer carregar o mundo nas costas como você quis Anita. – Justificou Ben, fitando os traços sérios que Anita esboçava em seu rosto.

– Só se você, também me prometer que não vai nunca mais me esconder nada, mesmo que você saiba que saber da verdade pode fazer muito mal. – A menina devolveu. – Aí eu prometo. – Disse ela, com um sorriso brincalhão.

– Isso é chantagem. – Afirmou o garoto relutante, esboçando um sorriso de leve, e lhe beijando com ternura. – Mais eu sei que eu quero enfrentar qualquer coisa do teu lado. – Ele garantiu alegre.

– E já que você falou em se afundar. – Anita disse divertida. – Eu acho que você se afundou muito bem acompanhado. – Alfinetou ela descontraindo.

– Ah e você não. – Ele quis passar naturalidade. - Martin foi o que. – Disparou ele, escondendo o ciúmes que estavam por trás das palavras.

– Não, o Martin veio depois, eu já tava melhor. – Rebateu ela, fingindo desdém.

– Ah então, tava consciente quando ficou com ele. – Indagou, em busca de confirmação.

– Ahn. – Anita respondeu, lhe dando um abraço.

– Que feio. – Disse Ben, esboçando espanto. - Depois o errado só eu. – Cobrou o garoto com, junto com uma risada abafada.

– Sem tirar e nem por. – Anita confirmou rindo.

– Ai melhor a gente ir pra aula né. – Ele argumentou, ao perceber que eles já estavam bem atrasados.

– É melhor. – Anita consentiu. – Mais você pode me raptar depois, aí a gente pode almoçar juntos, antes de você ir trabalhar. – Ela sugeriu animada.

– Não sei por que mais eu adorei essa ideia. – Disse Ben, estampando um sorriso largo no rosto.

_____________________________________________________________________________

Anita e Ben conversavam, enquanto adentravam os corredores do colégio.

– Não sei sabe, acho que eu vou estudar as matérias que eu tenho mais dificuldade primeiro. – Dizia Anita a respeito do vestibular. – Se bem que, isso é um ótimo jeito de se empacar, e não se estudar nada porque as mais difíceis vão consumir mais tempo. – Pensou ela. – Ai, o que será que é mais difícil passar no vestibular, ou contar pros nossos pais que a gente tá namorando. – Anita se perguntou, fazendo graça.

– Ai princesa, não sei. – Ben riu da alegação dela. – Mas, eu tenho que confessar que já me batendo um nervosismo insuportável, quando o quesito é vestibular. – Confidenciou.

– É mais também nós já enfrentamos coisas mais graves que isso, acho que é questão de concentração, muito estudo e confiança também. – Afirmou ela. – Tranquilidade acho que também ajuda. – Lembrou-se sorridente.

– É você tem razão. – Ben retribuiu com outro sorriso.

– Nossa! – Que muvuca nesse corredor. – Anita percebeu, quando entrou no corredor que dava para as salas de aula e estranhou a agitação dos alunos.

– Quinta-feira, todo já pensando no final de semana, e não muito afim de aula mesmo. – Ben deu como explicação.

– Fato. – Ela concordou rindo.

– E aí Anita, gostou do papo da tua irmã em rede nacional, ou será mundial também. – Um aluno que estava parado, escorado a parede, puxou assunto com ela quando a avistou, passando.

– Do que você tá falando o seu imbecil. – Anita parou para responder ríspida, não entendendo absolutamente nada.

– Ah você não sabe não. – Proferiu ele de volta. – Tua irmã hein, vocês duas, aliás, quem diria, Sofia com aquele narizinho em pé. – O garoto falou debochado, a ela.

– Escuta aqui você, não fala mal da irmã não, até porque ninguém te pediu opinião nenhuma. – Anita respondeu, perdendo a calma, e jogando a bolsa contra ele.

– Ei calma, eu não falei nenhuma mentira não. – Disse o menino se esquivando.

– Anita, calma. – Ben a conteve, segurando seu braço. – Deve ter uma explicação lógica pra isso, algum engano, não sei. – Afirmou ele, também bastante confuso.

– O que tá acontecendo aqui hein, do que vocês tão falando seu bando de desocupados. – Anita indagou já raivosa, percebendo um burburinho que era coletivo entro o grupo de pessoas que se encontrava ali.

– Mentira que você ainda não viu Anita. – Luana rebateu, com um sorriso de deboche.

– Vi o que, seus imbecis. – A garota gritou quase fora de si.

– Anita, Ben. – Julia correu na direção deles ao vê-los.

– Vocês já estão sabendo do que tá rolando. – Serguei que veio logo atrás também perguntou.

– O que gente, o que tá acontecendo. – Anita questionou aflita vendo a cara assustada dos amigos.

– Isso o que Anita. – Serguei entregou seu celular a ela e Ben.

– Eu não acredito nisso. – Anita respondeu, pasma e extasiada ao ver no celular de Serguei, um vídeo de Sofia e Sidney discutindo a respeito da noite que haviam passado juntos.

– Caramba, quem gravou isso. – Se perguntou Ben, quase não acreditando.

– Eu não sei, tá postado no dois ponto zero. – Julia comunicou de forma apavorada também.

– Tira esse vídeo daqui agora, Serguei apaga isso já. – Ordenou Anita, vendo um desespero instalar-se em si.

– Como Anita, o vídeo tá postado, só quem postou que pode tirar. – Serguei argumentou com ela, preocupado.

– Caramba hein Anita! – Vocês duas não são fracas não, primeiro foi você, protagonizando uma cena bem mais contundente, tudo bem, mais agora tua irmã, vocês gostam de uma badalação hein. – Um menino provocou debochado. – Tá em rede pra todo mundo ver, Sofia a nariz em pé, cuspida e escarrada pelo Sidney, logo o Sidney, pensei que tua irmã gostasse de coisa melhor. – Completou ele.

– Olha aqui, se você falar mais uma vez isso pra ela, eu arrebento a tua cara, seu mané. – Ben perdeu a paciência, partindo para cima do garoto.

– Ben para, vamos sair daqui. – Serguei interviu, ao perceber a falta de atenção que Anita se encontrava.

– É gente vamos sair daqui. – Julia reforçou, nervosa com a situação.

– Bando de otário mesmo. – Ben afirmou seco. – Vem Anita, é melhor a gente conversar em outro lugar. – Disse ele a amparando.

– É tá. – Anita respondeu não sabendo como processar tudo aquilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até mais!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "E se um reencontro o destino preparasse..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.