E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 207
Capítulo 207:


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada por acompanharem!!



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— Vem  cá você tá achando que venceu mesmo só porque, levei uma bronca da mamãe e fui proibida de sair de casa. – Sofia entrou resmungando no quarto, se dirigindo a Mariana que estava sentada de frente ao espelho, logo depois de tomar uma broca de Vera devido ao tratamento grosseiro que ela dava para a hóspede.

— Eu realmente não sei do que você está falando Sofia. – A garota retrucou, se quer perdendo tempo de olhar para a loira parada em suas costas de braços cruzados, com cara de pouquíssimos amigos, cuja Mariana só vislumbrava o reflexo ao espelho. – Acho que você podia deixar tua imaginação de lado um pouco. – Mariana virou para ela.

— Você é muito cínica, né garota. – Proferiu Sofia, juntamente com um suspiro profundo, com o objetivo de não perder o resto da calma. – Mais só esqueceram de te avisarem uma coisa, se eu quiser eu posso ser um milhão de vezes mais cínica do que você. – Afirmou ela. – Então acho melhor você se preparar porque bater de frente comigo, pode ser algo bastante perigoso. – Ameaçou a loirinha perdendo as estribeiras por completo.

— Claro. – Mariana sorriu maliciosa. – E tudo isso somente com um propósito, você tem que provar que é melhor do que todo mundo, não é. – Ela quis confirmação. – Só que na verdade por trás disto tudo, é a forma de esconder a negação que você é de verdade, né Sofia. – A garota dissimulou sem se importar com qualquer retaliação por parte da figura de uma Sofia sem nenhum controle em cima de suas ações seguintes, devido à raiva que lhe dominava.

— Escuta aqui uma coisa você. – Sofia respondeu, depois de alguns instantes de silêncio, dando um passe a frente.

— O que. – Retrucou ela não se esquivando das provocações.

— Acho bom você parar por aqui, ou realmente eu vou transformar tua estadia nesta em um eterno inferno. – A loira ameaçou.

— E você acha que eu to com medo de você. – Disse Mariana, irritando-se ainda mais por toda audácia de Sofia.

— Olha isso eu não sei. – Anita intrometeu-se ao chegar ao quarto depois de ouvir parte da conversa das duas quando vinha ao corredor. – Mais as duas não vão querer que eu chame as partes mais interessadas pra presenciar o final da briga, né. – Argumentou ela, parando a porta, as encarando apenas.

— Não se mete Anita. – Sofia bufou, odiando a interrupção.

— Foi a tua irmã que começou Anita, eu juro que eu estava bem quieta no meu canto. – Mariana usou para se defender.

— O que definitivamente não me interessa, eu não perguntei quem começou nada aqui. – Anita falou, um tanto ríspida. – Mais eu estou interessadíssima que vocês parem com isso, porque com certeza se eu decidir me meter, vai ficar muito pior, pras duas. – Ordenou Anita arbitrária e se paciência.

— Bom eu vou procurar minha mãe. – Mariana decidiu retirar-se.

— Já vai fazer fofoca pra mamãezinha, típico. – Sofia rebateu, de cara amarrada.

— Não. – Alegou. – Você tá vendo como tua irmã é, né Anita, bom acho que você já sabe disso. – Mariana afirmou, enquanto Anita apenas a fitava.

— Talvez. – Ponderou Anita, dando de ombros para a afirmação.

— É então você sabe como é difícil conviver com ela, eu diria impossível, quando se trata de alguém que se acha melhor do que todo mundo. – Mariana acrescentou, não se importando se passaria recibo de cínica ou não.

— Do que todo mundo eu não sei, mas mais que você, pode saber. – Sofia não se abalou.

— Cala a boca Sofia, fica quieta. – Anita retrucou, exaurida das vozes das duas já.

— Eu realmente não sei qual a tua parcela de certeza e verdade nas tuas afirmações, mais com certeza eu também não preciso delas pra tirar minhas conclusões, eu penso por minha mesma. – Anita afirmou a garota. – Mais barraco na minha casa, só se for entre a família, então eu acho bom você começar a lembrar que você é visita aqui Mariana, e respeitar este fato, se eu tivesse na tua casa, com certeza eu respeitaria. – Anita alertou.

— Ah e a Sofia pode tudo então. – Mariana estressou-se com a declaração de Anita.

— Não, com a Sofia o papo é outro, só que isso diz respeito a mim e a ela, e você pode ficar tranquila que ela tem absoluta consciência, que às vezes me tirar do meu eixo de calmaria pode ser algo que gere uma grande sucessão de desastres. – Anita disse, encarando a menina já se vendo totalmente impaciente. – Mais se você quer saber, às vezes eu realmente compartilho do sentimento de que a Sofia, faz alguns favores pra humanidade. – Ela foi sarcástica.

— Eu vou ver minha mãe. – Mariana saiu pela porta, ao perceber que não iria convencer Anita a ficar contra a irmã.

— Garota, chata. – Murmurou Anita, ao vê-la, saindo apressada.

— Eu acabo com essa aí Anita. – Sofia disse em tom de ameaça.

— Baixa a tua bola que você não vai fazer nada. – Anita afirmou.

— Então tá vai sonhando. – Sofia desdenhou.

— A mamãe de pôs de castigo por que. – Anita quis entender, ao se sentir perdida a respeito dos últimos acontecimentos da família devido a sua ausência.

— Ah nada, você não estava aqui né, sobrou pra mim ter que aguentar a mamãe, Sofia faz isso, Sofia, serve um suco pra Marta, Sofia põe a mesa pra Mariana, que raiva. – A loira disse odiando toda situação.

— Te disse, ela expulsa uma de nós, mas não admite que a garota aí é um entojo. – Anita relembrou a irmã.

— Acho que esta mais pra purgante não é Anita. – Sofia acrescentou. – E nem vem também tá. – A garota resmungou ainda.

— Tá bom. – Anita desistiu, caminhando até o bidê perto de sua cama, pegando uma sacola e entregando a Sofia, que sentou-se a cama ainda remoendo os últimos acontecimentos. – Bernadete mandou pra você. – Disse ela.

— Ai o que é. – Questionou ela, segurando a sacola e esboçando um sorriso curioso.

— Sei lá, e eu vou ficar violando presente alheio agora. – Anita enquanto colocava a mala em cima da cama para desfazer.

— Ah desculpa, é que e tinha esquecido que você é perfeitinha demais pra fazer isso. – Sofia ironizou abrindo o embrulho. – Ai que lindo é um vestido. – Disse ela lisonjeada. – Depois eu vou agradecer pra ela. – Afirmou a garota.

— Opa será que a previsão pra amanhã é de chuva com granizo. – Anita brincou com a afirmação.

— Ah que engraçada. – Ela fez careta. – Eu posso até discordar em algumas coisas com a Bernadete, mas eu tenho que admitir que ela é uma ótima pessoa, muito melhor que a Zelândia, meu pai fez uma péssima escolha dessa vez. – Sofia comentou.

— É escolheu alguém da altura dele dessa vez, não é, do nível dele, bem abaixo. – Anita disse, demostrando irritação nas palavras.

— E o pior é que eu sinto falta dele Anita. – A loira confidenciou, com olhar triste.

— É, ele é nosso pai, Sofia, mesmo com todos os defeitos é estranho não ter ele por perto. – Anita respondeu, de forma frustrada, deixando algumas roupas dobradas sobre a cama. – Bom eu vou colocar isso aqui na máquina, e depois vou à casa da Julia, caso a mamãe pergunte. – Informou ela, saindo com dois casacos na mão.

— Sim claro, e enquanto isso eu corto os meus pulsos, ai que raiva Anita, eu não acredito que eu vou ter que ficar trancada em casa. – Reclamou a menina. – A mais isso não vai ficar assim. – Garantiu.

— Não, não vai mesmo, vai é ficar pior, pensa nisso. – Anita alertou. – Consulta isso, antes de fazer mais burrada. – Disse ela, saindo e deixando Sofia resmungando consigo mesma.

— Ah mais eu vou dar um jeito nisso. – Pensou a loira, colocando os fones de ouvido com o propósito de ouvir música para passar o tempo.

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— Oi tia tudo bem. – Anita proferiu, simpática ao ver a mãe de Julia abrir a porta após ela bater.

— Tudo ótimo sim. – Afirmou ela, cumprimentando a menina. – E com você, como tá. – Perguntou sorridente.

— Tá tudo certo também. – Anita falou. – A Julia tá. – Indagou Anita.

— Está lá no quarto, entra. – Explicou pedindo.

— Eu posso ir lá falar com ela, se não for incomodar tia Rita. – Anita disse olhando as paredes em volta.

— Vai claro que pode, você sabe onde é, vai lá. – Consentiu a mulher. – Na verdade eu deixei um bolo no forno, é melhor eu ir verificar como está. – Ela justificando com uma risada.

— Ahan, é mais aconselhável mesmo. – Anita respondeu sorrindo. – Bom eu vou falar com Ju, com licença. – Falou Anita.

— Toda. – Pronunciou ela solicita.

— Oi, sumida. – Anita riu, chegando a porta do quarto da amiga que estava aberta.

— E aí. – Julia levantou o olhar do livro que estava lendo ao ouvir a voz de Anita. – Eu sumida, tem certeza que não é você. – Brincou ela sentando a cama, e depositando o livro, na escrivaninha que se encontrava próxima.

— É, mais eu te dei noticias, já você. – Anita retrucou aproximando-se. – Não apareceu hoje no colégio, e eu sei que nem ontem também. – Cobrou ela, sentando-se a ponta da cama.

— Ah eu tava meio resfriada mesmo. – Julia alegou. – E você voltou hoje pra casa. – Perguntou.

— Hum tá. – Anita ficou sem se convencer. – E porque você não foi me ver lá na Barra. – Pressionou ela. – Eu fui direto pra escola hoje pela manhã, aí quando Abelardo quando levou a Bernadete até o Grajaú deixou minhas coisas lá em casa. – Explicou ela.

— Porque eu tava meio desanimada pra sair de casa. – Justificou. – Mais também não precisava mandar o coitado do Ben aqui né. – Julia afirmou com uma risada.

— Ué precisava saber o que estava acontecendo já que você não respondia meus e-mails, não atendia meus telefonemas, o que foi estava tão mal que pegar o telefone pra e ligar não dava não. – Anita ironizou, entre uma risada.

— Quase isso. – Disse ela. – Sério eu não tava muito bem mesmo. – Julia defendeu-se.

— Ah certo, bom mais fica tranquila, que o Ben não notou muita coisa de estranho. - Exclamou. - As percepções dele não sou muito aguçadas. – Disse ela divertida.

— Ah Anita, tadinho. – Julia ralhou, mas não evitando em achar graça. – Penas que isso não aconteça com você né. – Acrescentou.

— É pode vir daí à contradição, ele presta até atenção demais em mim. – Pensou. – Por isso que esconder dele quando eu to esquisita, não rola, o que nem sempre é bom. – Afirmou a menina. – Mais e você como tá. – Perguntou Anita, meio preocupada.

— To bem, a minha mãe foi na farmácia e me comprou um remédio ótimo. – Julia disse.

— Ju, não é bem disso que eu to falando. – Anita corrigiu, a encarando com seriedade.

— Tá o Serguei deve etr te contado, que tá todo mundo sabendo do meu namoro com o Fred. – Julia desabafou.

— Ih como que você está lidando com isso. – Anita pergunto com certo receio.

— Ah Anita, eu acho que nunca passou pela minha cabeça que as pessoas pudessem ser tão monstruosas, e preconceituosas, quer dizer talvez eu nunca tenha visto isso em relação a mim, nem sie. – Disse ela, se vendo um pouco angustiada.

— É, eu sei o que é isso, eu acho. – Rebateu ela, percebendo a aflição presente nos olhares de Julia. – Mais eu também e sei, que não dá pra ficar pensando nisso pra toda o sempre, uma hora a gente tem que focar numa defesa e seguir em frente, acredita nada é tão definitivo assim, infelizmente ou felizmente tudo passa, vai por mim. – Anita aconselhou.

— Quem me dera se eu tivesse com metade de tua coragem nesse momento Anita. – Julia lamentou incrédula.

— Ah mais tem muito mais, eu tenho certeza disso. – Anita disse taxativa. – Julia, vai dar tudo certo, só deixa as coisas se assentarem, olha saber esperar nesse momento pode ser uma ótima forma de driblar a ansiedade. - Deu conselhos. - E depois tem muita gente que gosta de você, e que vai te ajudar, e, portanto para de pensar daqui pra frente o que definitivamente não vale a pena. – Verbalizou Anita, querendo ajuda-la.

— Eu to tentando, mais tá complicando viu, mais como você disse eu fiz uma escolha, e mesmo com tudo, estou ciente dela, então só me resta ter paciência e serenidade pra sucinta o resto. – Julia falou tranquilamente. – Na verdade esse meu mal-estar veio até em boa hora, deu pra deixar as coisas se acalmarem antes de tomar qualquer atitude. –Ponderou, recebendo um abraço apertado de Anita.

— Isso aí. – Anita apoiou a menina.

— Mais me diz, como foi a viagem.- Questionou Julia, querendo desanuviar um pouco os pensamentos.

— Ah foi ótima. – Respondeu Anita.

— Ótima Anita, não né, não dá pra falar com mais adjetivo não. – Alegou Julia. – Me conta como foi, do lugar, também não estou pedindo pra você contar os detalhes sórdidos, claro. – Disse ela gargalhando.

— Ai Julia. – Anita riu encabulada. – Tá bom, o lugar era incrível, a ponto da gente querer permanecer pra sempre. – Disse Anita. – Ih, é então, tá bom eu sou péssima nisso mesmo. – Sentiu ao procurar palavras sem grande sucesso.

— É sim, mais você já foi pior. – Julia foi travessa.

— Ah muito obrigada. – Anita jogou contra ela a almofada que estava ao seu lado. – Sei lá, acho que você sabe mais ou menos como ficou minha cabeça, depois de tudo que houve, na verdade eu me vi com a sensação de que eu jamais teria algum relacionamento com alguém de novo, por pensar que essa situação toda fosse virar algo que eu não me livraria, ou que poderia se repetir, e se a pessoa em questão fosse o Ben então, eu não achava que a gente pudesse voltar a ter mais nada, ainda mais depois que ele e a Sofia, enfim, aí não era nem isso que pesava, mas sim o que eu queria, distância eu não queria ter que ficar remoendo isso a cada segundo. – Confessou. - Mais hoje eu não me vejo com esse pensamento, se desfez de alguma forma, eu amo o Ben, e Julia cada momento que a gente passou juntos, só fez aumentar essa certeza, o carinho, o cuidado, a atenção, e o amor que ele me dedicou nesses dias, não dá nem pra descrever sabe. – Alegou ela radiante. - Só sei que eu acho que eu nunca fui tão feliz, eu acho que eu não achava que eu pudesse ser tão feliz. – Desabafou ela, extasiada. – O que eu faço agora pras pessoas não acharem que eu to muito maluca, por estar sorrindo pro nada, tendo a sensação de que eu to andando sobre u monte de nuvem, quase flutuando. – Falou ela, sorrindo alegre.

— Ai amiga, toma cuidado hein, isso pode ser grave. – Julia se encantou com as afirmações da garota.

— É pois é. – Concordou Anita, com um suspiro calmo, juntamente com um sorriso.

— É o mínimo que você merece depois de tudo. – Afirmou Julia, e ambas caíram na risada.

— Oi meninas, vocês querem um pedaço de bolo. – Rita chegou à porta perguntando. – Tá quentinho. – Disse ela.

— A gente já vai lá mãe, vamos Anita. – Convidou ela, sorridente.

— Ih bolo quente gente, acho que eu não vou comer não, porque a senhora vai se arrepender disso quando o bolo simplesmente não existir mais. – Brincou Anita.

— Bom se for o caso eu faço outro. – Falou ela, achando graça.

— E eu ajudo tá, pra me redimir da gafe. – Anita retrucou, levantando-se.

— Vamos logo, antes que esse bolo esfrie. – Julia afirmou.

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— Oi. – Afirmou Anita, entrando na garagem e encontrando Ben sentado sobre a cama se dividindo entre encarar o livro e o caderno. – Só passei pra te dar um beijo mesmo, eu vi a luz acessa, fui ver se a mamãe tinha tirado da máquina as roupas que eu deixei. – Disse ela, debruçando os braços em volta dele, e lhe beijando no rosto.

— Achei até que iria dormir na casa da Julia. – Alegou Ben a olhando por instante.

— Ah eu até ia, só que eu me lembrei que tenho que imprimir aquele trabalho de Geografia que é pra amanhã, ainda bem que tá pronto já. – Justificou ela.

— Muito aplicada você, só que não. – Implicou ele, sorrindo debochado.

— Tá bom, agora que você já fez a tua gracinha eu vou dormir. – Disse ela rindo. – Boa noite. – Desejou, e o beijou rapidamente.

— Hãm, não, não, pode voltar aqui. – Ben rebateu a segurando pela mão. – Tá achando que é assim é, mas jamais. – Disse a fazendo sentar ao seu lado. – Você volta pra casa, e simplesmente passou quase todo o dia com um dos nossos irmãos grudados em você, aí depois foi pra casa da Julia até agora, e eu, como que eu fico. – Falou com certa carência.

— Hahaha, insuportável serve. – Anita respondeu entre gargalhadas. – Se tá com amnésia né, só pode, esqueceu o que a gente fez em todo o recreio, e em meia aula de educação física, aliás, daqui uns dias o Fábio vai perguntar alguma coisa pra gente. – Afirmou ela debochada.

— Sabe que eu acho que sim. - Falou Ben, a puxando para mais perto e lhe beijando apenas, sem lhe dar ouvidos.

— Ai eu tenho que ir sério, o dia já foiq longo demais hoje. – Anita argumentou.

— Dorme aqui vai, deve tá todo mundo achando que você ficou na Julia mesmo. – Pediu ele.

— Melhor não vai. – Disse a garota recusando. – A gente já aprontou demais, melhor evitar mais confusão, daqui a pouco a consciência vai começar a pesar. – Brincou ela, o roubando um beijo.

— Ah mais também, óh eu prometo que eu nem ralo em você. – Afirmou. – Se você não quiser claro. – Sorriu ele malicioso.

— Não é isso, oh seu bobão. – Anita achou graça. – Sabe o que é, eu to mesmo é com muita, mais muita, saudade da minha cama, faz o que, cinco dias que eu não vejo ela. – Afirmou Anita travessa.

— Ah tá né, e eu pensando que você tava era com saudade de mim. – Emburrou-se ele.

— De você, eu acho bom nem comentar mais né, o juízo mandou lembranças pros dois. – Disse ela. – Você já imaginou o que a mamãe e o Ronaldo iriam pensar se pegassem a gente aqui, assim. – Alfinetou Anita.

— Ai Anita, não assusta vai, eu gosto muito do meu pescoço onde ele tá. – Ben se preocupou-se respirando fundo.

— Tá vendo, semear audácia, mas continuar cultivando medo, não é nada bom. – Ela riu do semblante de susto dele. – Eu vou indo tá, to mesmo bastante cansada, e amanhã eu prometi pra mamãe que iria por a mesa do café pra ela, pra ela pode ir ao salão fazer o cabelo, antes da reunião com a tal mulher que quer fazer um contrato longo com eles. – Explicou. – E dona Vera realmente virou uma mulher de negócios, por mais surpreendente que seja. – Anita comentou com orgulho.

— É né meu pai que se cuide, daqui a pouco a Vera ganha o prêmio de empresária do ano. – Afirmou Ben.

— Ah mas, eu confesso que fico mais aliada em ver que as coisas estão começando a darem certas pra eles, uma coisa a menos pra gente se preocupar né. – Expôs. – Eu vou indo, boa noite. – Disse ela junto com um beijo carinhoso.

— Ah vai logo, some daqui, antes que eu brigue com você por isso. – Respondeu ele parando de beija-la. – Boa noite, sonha comigo pelo menos. – Afirmou seguido de muitos beijos.

— Hum isso sempre. – Garantiu ela. – Tchau. – Anita falou, saindo apressadamente, logo depois.

— Ainda acordada. – Mariana disse, após ver Anita entrando pela porta da cozinha.

— Ai que isso garota, tá parada aí que nem assombração, eu hein. – Respondeu ela, em meio ao susto, depois de ter notado a presença da garota, parada em frente a pia com um copo na mão.

— Que foi, me desculpa, minha intenção não era te assustar não. – Sorriu Mariana. – É que sei lá, estranhei você vagando pela casa a essa hora. – Argumentou intrigada.

— É eu fui, ver se alguém tinha feito o favor de tirar minhas roupas da máquina. – Tomou como desculpa, mesmo sabendo que este foi só seu intuito inicial. – Por que, eu não sabia que você decidia a hora que as pessoas dessa casa se locomoviam dentro dela, eu não posso agora circular dentro da minha própria casa. – Anita respondeu cruzando os braços para fita-la.

— Não jamais eu só estranhei, mas tudo bem. – Se defendeu a garota.

— Você não tinha que estar na cama também. – Cobrou Anita.

— Eu vim tomar água, só isso. – Justificou. – Boa noite. – Ela disse, depositando o copo sobre a pia e saindo.

— Boa noite, eu também já to indo. – Respondeu Anita, andando devagar atrás dela, e parando no pé da escada.


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