E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 189
Capítulo 189:


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!! Muito obrigada a todos por acompanharem!!!



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Todos estavam reunidos pela sala e cozinha do casarão, esperando a mesa do café ser colocada, para abrirem os trabalhos do dia.

– Ai Anita, anda bem que você lembrou que não tinha pão, eu confesso que tinha me esquecido de passar na padaria. – Vera agradeceu pela ajuda, enquanto terminava de fazer um suco de laranja para todos.

– É aliás, foi sorte, eu acabei acordando cedo, foi só isso. – Se justificou ela, parada em frente a pia.

– Cedo mesmo, não é Anita, nem te vi levantar hoje. – Giovana pegou um prato com frutas e levou até a mesa. – Caiu da cama isso sim. – Falou a ruiva de volta.

– É pois é, né Gio. – Anita respondeu, desconfortável por confirmar a própria mentira.

– E já eu, ando totalmente enrolada com tantas tarefas. – Vera disse, enquanto se desdobrava preparando o café.

– Mãeee! – Gritou Pedro, vindo até ela apressado. – Cadê meu uniforme, eu não acho. – Pedro questionou.

– Ai meu deus, meu filho. – Disse Vera ao lembra-se de algo. - Eu não lavei, ficou tudo na maquina. – Respondeu Vera aflita.

– Mãe calma, tá no varal, a Giovana tirou as roupas da máquina, ontem e estendeu, deve estar seco já. – Anita interviu, para acabar com o nervoso de Vera. – Pedrinho pega lá vai. – Anita pediu.

– Deixa que eu ajudo. – Giovana se prontificou, saindo atrás do pequeno.

– Ai eu, nunca pensei que fosse tão difícil, cuidar dessa casa e ainda por cima trabalhar, é muita coisa. – Vera disse com a aflição aparente.

– O que tá acontecendo hein, você anda tão nervosa. – Anita indagou, ao perceber o descontrole da mãe. – Você e o Ronaldo andaram brigando. – Ela especulou. – Ou tem alguma coisa a ver com aquela história da escritura da casa, vocês não disseram que era fácil de resolver. – Anita perguntou receosa.

– Não filha, Ronaldo e eu, estamos bem. - Garantiu ela, para tranquilizar a filha. - Como você sabe disso Anita. – Vera questionou confusa, ao ver Anita falar do assunto da casa, e ficou sem entender como ela sabia, já que ela e o marido combinaram de não comentar com ninguém.

– O Ronaldo comentou comigo e com o Ben, outro dia. – Ela se explicou. - Mais como esta isso. – Anita perguntou, sentindo certa preocupação.

– Tá indo filha, mais você sabe como são essas coisas de advogado tudo lenta. – Vera informou.

– Certo, mais qualquer coisa pode contar comigo, viu. – Falou ela, estampando um sorriso pra mãe.

– Obrigada, meu anjo. – Vera agradeceu.

– Ai gente, gente, Anita ajuda aqui, que tá caindo tudo. – Giovana suplicou, ao perceber que não estava dando conta de segurar tantas roupas.

– Ai meu deus! – Me dá um pouco aqui, que eu te ajudo a levar lá pra cima. – Anita disse, ajudando a garota.

– Ai você me salvou Anita. – Respondeu Giovana, saindo com ela.

– Não demorem, vocês tem que tomar café primeiro. – Exclamou Vera, sorridente.

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– Vera viu o Ben. – Ronaldo questionou, sentando para tomar café.

– Gente agora que eu me dei por conta, que não Ronaldo. – Vera disse, pondo um prato com bolo sobre a mesa.

– Tá trabalhando demais Vera. – Ronaldo disse a repreendendo.

– Imagina, eu não podia deixar as crianças sem um bom café. – Falou ela, contendo mesmo com a vida atarefada que estava levando.

– E como eu faço pra achar esse menino agora. – Ronaldo especulou.

– Vocês estão falando do Ben? – Perguntou Anita, ao ouvir a conversa enquanto descia as escadas.

– Sim. – Confirmou ele, fazendo sinal de positivo.

– Ele saiu com a Cícera, parece que ela tinha uma consulta agora cedo, e depois ele iria direito pro colégio. – Anita esclareceu.

– Ai droga Anita então você diz pra ele, passar lá no Embaixada depois da aula. – Ronaldo pediu.

– Eu posso dizer Ronaldo. – Disse Sofia, tomando um pouco de suco.

– Ah e por acaso, a troco de que, você que estuda na sala em direção oposta da dele, vai dar o recado, se a gente estuda junto Sofia. – Anita afirmou, cruzando os braços, e encarando a loira que sorriu altiva.

– Porque não custa. – Sofia disse, sem dar importância. – Eu dou o recado, qual o problema, pergunto eu, eu hein. – Rebateu a garota desdenhando.

– A gente vai fazer prova no primeiro horário, eu dou o recado. – Anita falou, sorrindo debochada.

– Toma café com a gente Anita. – Vera sugeriu. – Vai sair sem comer nada Anita, de novo. – Vera argumentou.

– Vou mãe eu já to atrasada, me enrolei ajudando a Giovana a arrumar o quarto, que não é só meu e dela, né Sofia. – Anita disse impaciente. – Eu quero passar na casa de umas clientes ainda, pra receber, sobre umas peças que elas não me pagaram, antes da aula. – Descreveu Anita, levando a mão a jarra.

– Ah Anita. – Vitor reclamou, também com a ideia de pegar o ultimo copo de suco que estava dando sopa.

– Não deixa Anita, ele já tomou dois copos. – Giovana reprendeu.

– Ah Giovana não se mete, eu tenho um jogo mais tarde. – Respondeu ele.

– Ah vai ganhar como, vomitando nos jogadores adversários, porque desse jeito. – Anita ironizou. – E Vitor foi mal, mais o suco é meu. – Disse ela, colocando o suco no copo que estava em sua mão. – Vocês tem que aprender a respeitar o espaço de cada um, tudo é assim, não pensando no outro nessa casa, eu to passando fome já, porque eu sempre fico por ultimo, porque estou sempre ocupada fazendo outra coisas. – Anita afirmou.

– Ai Anita senta e toma café, você comendo em pé ai, me da agonia. – Ordenou Vera.

– Não da mãe, eu vou me atrasar e muito. – Justificou ela. – Me da esse bolo aí. – E Vera lhe alcançou o prato. - Que eu vou comer um pedaço. – Falou ela soltando o copo, e pegando um pedaço de bolo.

– Coisa doce pela manhã, come um sanduiche pelo menos. – Argumentou Vera.

– E vai engordar também. – Falou Mariana.

– E continua sendo um problema meu, não é. – Anita respondeu, um tanto ríspida. – To indo, mãe, tchau pra todo mundo. – Anita disse, passando pela sala apanhando a bolsa e um caderno e saindo.

– Anita, Anita, eu quero levar um papo com você. – Sofia afirmou, fechando o portão, gritando atrás da irmã.

– Sofia eu to atrasada mesmo, é sério. – Anita explicou, mas parou pra falar com ela.

– Porque o papo lá de dentro, qual o problema que você tinha que eu falasse com o Ben. – Ela questionou, nervosa.

– Ah não. – Anita revirou os olhos sem paciência. – Sofia eu tenho mais o que fazer, você tá querendo me provocar por causa de uma bobagem, quem vai dar um recado do Ronaldo pro Ben, é isso. – Disse Anita incrédula.

– Eu não gostei Anita, que foi, resolveu correr atrás do placar de antes. – Sofia rebateu, mesmo por uma bobagem ela não havia visto com bons olhos o jeito de Anita, que ela julgou audaciosa, e definitivamente a loira não gostava de perder seja o que fosse.

– Então, um a zero pra mim, irmãzinha. – Anita respondeu irônica, já se irritando.

– E quantas vezes eu ganhei antes, eu posso estar ganhando agora, não é. – Sofia afirmou, provocando.

– O que você tá querendo dizer com isso. – Indagou Anita, se irritando. – Sofia você e o Ben, nem namorados mais são, cai fora. – Anita disse de cara fechada.

– Não, namorando não, mais isso não impede da gente, estar tendo uma relação aberta, Anita acorda, não precisa namorar pra beijar, e fazer as coisas que virão em sequência, só você acha isso não é. – A loira disse, cruzando os braços.

– O Ben não te da à mínima garota, ele foge de você dentro dessa casa, mau te dirigi a palavra. – Anita retrucou vendo a tensão lhe dominar. – Você anda muito moderna, pra uma garota mimada que só tem dezesseis anos. – Anita respondeu, perdendo a calma.

– Pensamento teu, Anita, que esperou séculos pra tomar uma atitude na vida, você namorou o Martin e nunca teve nada com ele, a lenta e atrasada aqui é você. – Sofia acusou. – E quando resolveu, deu vexame, pra toda família né, com aquele vídeo ridículo. – Completou ela furiosa.

– Sim, do mesmo jeito, que eu não me dei bem na minha primeira vez, com o vídeo que o Antônio colocou na rede, você quis dizer. – Anita falou, não deixando se intimidar. - Você também não, a noite dos sonhos, se resumiu a um pão com linguiça no dia seguinte. – Anita soltou na cara da loira, Sofia viu suas seguranças desaparecerem de seu rosto. – Bom pelo menos eu, na manha seguinte, fui acordada com muitos beijos e abraços, e fiquei com o Ben dividindo a nossa felicidade pelo que rolou, tudo bem que uma semana depois, veio um pesadelo por conta desse momento, mais quer saber, eu fui feliz, enquanto duro. – Anita disparou não se importando. – Tá vendo. – Proferiu Anita, ao olhar para o rosto cabisbaixo de Sofia.

– Precisa disso Anita. – Disse ela se sentindo abalada.

– Eu só te disse isso Sofia, não foi pra pisar em você. – Anita esclareceu. – Mais foi, pra você sentir na pele, exatamente como eu me sentia, toda vez que você, ou alguém jogava essa história, na minha cara, assim sem reação, e eu sei exatamente o que você tá lembrando agora, da noite com o Sidney e tudo que veio depois, é assim que eu me sentia, mais essa historia ainda me abala bastante, mas não faz estrago, arruma outra cosia pra me jogar pra baixo, essa tá velha, eu não vou pensar mais, vou apenas guardar o que sobrou de bom. – Anita disse taxativa. – Agora toda vez que alguém me vem com isso, eu enfrento, e parto pra cima, até de você, se precisar, por tanto não complica as coisas, eu ainda não esqueci que você é minha irmã, e não quero esquecer. – Afirmou Anita decidida. – Me desculpa, mesmo, mais às vezes parece que você só entende as coisas, quando sente na tua apele. – Exclamou a garota.

– Eu vou pra aula. – Comunicou Sofia, andando pela rua em direção ao colégio, trocando passes perdidos depois das palavras de Anita.

– Parabéns Anita, humilhou bonito a irmã invejosa. – Antônio surgiu atrás da garota.

– Realmente. - Anita balançou a cabeça, esboçando um sorriso irônico no rosto. – Hoje deve ser o dia mesmo de exorcizar os fantasmas, não é, e quem humilha as pessoas aqui é você Antônio, o que eu tenho pra falar eu falo na cara, coisa que você não tem coragem. – Ela disparou, virando-se para encarar o garoto.

– Pelo menos eu te ajudei há crescer um pouco, entender que príncipes não existem. – Disse o menino, encarando Anita, com um olhar de posso.

– Confessando que foi você o autor do vídeo, interessante. – Anita falou mexendo no celular que estava entre suas duas mãos.

– Pode ser, eu sou brilhante quando eu quero. – Antônio disse altivo.

– E sofrimento não faz ninguém crescer, não Antônio, faz a gente ter desprezo, nojo, de pessoas como você, e o meu maior sentimento de justiça, é ver você sozinho, sem nada, e com medo, porque é assim que você vai acabar, numa cadeia sem ninguém, porque nem o Hernandes vai estar do teu lado neste dia, se bem que sozinho você já esta, você não tem ninguém, ninguém de verdade e nem nunca teve. – Anita pronunciou, em um misto de raiva e ojeriza para o garoto.

– Você ainda vai baixar esse teu nariz em pé, e vai aprender a me obedecer Anita, pode escrever. – Ameaçou o garoto, com a ira nos olhos. – E o Hernandez é um otário mesmo, e eu vou continuar levando aquele ali no bico, sempre que eu quiser. – Antônio afirmou, sem medo.

– Pois prefiro morrer, do que ver isso acontecer, você não me teve e nem nunca vai ter, você pode odiar o Ben pro resto da vida, mas essa é a tua realidade, nada que você faça contra a gente vai mudar isso. – Anita não se permitiu intimidar.

– Sua. – Disse ele, se aproximando.

– O que se passa aqui Anita. – Disse Fred, ao cruzar na calçada e se deparar com a cena.

– Nada, o Antônio já estava indo. – Anita respondeu, caminhando até o amigo.

– Você vai pra aula. – Perguntou Fred a Anita, Antônio apenas lançou um olhar furioso aos dois, antes de entrar pelo portão da casa de Maura.

– Eu vou, visitar uma clientes no caminho. – Anita se explicou, tentando espantar os maus pensamentos.

– Então eu te acompanho, você esta sozinha, e o Ben não esta por perto que eu sei, cruzei com ele mais cedo. – Fred afirmou.

– Você vai se atrasar pro teu trabalho, não precisa. – Anita argumentou, mesmo temendo alguma retaliação de Antônio.

– Eu só tenho aula pra dar no segundo horário, e não custa ajudar uma amiga, também percebo, que o que se vê nos olhos desse menino, não é coisa boa Anita. – Fred respondeu prestativo.

– Você sabia que você é um anjo que caiu aqui em casa. – Anita falou, com um sorriso alegre.

– Não, vocês é que foram uns anjos em minha, você e todos dessa casa, vocês me devolveram minha capacidade de sonhar. – Disse ele de volta.

– E você entrou pra família pra sempre, e agora você tá ferrado né, porque você todo tranquilo, tem uma família barulhenta pra caramba. – Falou Anita brincalhona.

– E muito feliz. – Disse ele sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Até mais....



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