E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 179
Capítulo 179:




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– Um milhão pelos teus pensamentos nesse momento vai. – Afirmou Ben, recostando seu queixo no ombro dela, enquanto os dois curtiam o silêncio no bosque, escorados numa árvore qualquer, de relance ele percebia o olhar perdido de Anita, que estava mergulhada em seus pensamentos.

– Será que vale tanto assim, saber o que eu penso. – Disse ela, se virando sua cabeça para encará-lo, e despertando de seus anseios.

– Não sei, me diz você. – Respondeu ele sorrindo.

– Topo, vai adivinha, no que eu to pensando. – Brincou Anita com um beijo.

– Hum, duas opções, nas ameaças do Antônio, ou nas nossas ultimas ações. – Ben respondeu, com ela escorada nele.

– Ainda bem que você é péssimo de adivinhação, se não tava ferrado né, porque você estaria com uma bela divida comigo. – Anita riu, por incrível que parece nem as brigas dos dois por magoas antigas, e nem as ameaças de Antônio ocupavam seus pensamentos naquele momento, em Antônio a garota até evitava pensar, era até uma forma de ela lhe deixar distante de sua vida, acreditar que ficar colocando o garoto em sua vida o tempo todo, lembrando dele lhe traria para perto, ocupava as ideias dela, como se isso pudesse ter algumas força, por isso, ela deixava ele o mais longe possível, Antônio não merecia que Anita pensasse nele, nem ao mesmo que fosse para escorraçá-lo por suas loucuras.

– Mais tem algumas coisa te preocupando, isso eu tenho certeza. – Ben insistiu com ela.

– Tem, mas no momento, eu tava pensando na minha mãe, e na nossa briga. – Anita explicou sua desatenção.

– Ah entendi. – Ele disse. – Mais se eu tivesse acertado, assim, só pra saber o pagamento poderia ser em beijo. – Falou ele, travesso, com o olhar fixo nela.

– É, pensando bem, até que uma ideia interessante, no mínimo tentadora. – Respondeu Anita, aos sorrisos.

– É pensa bem. – Riu Ben, com os dois trocando um beijo.

– Ai sei lá, eu briguei com a mamãe, e a gente acabou discutindo quase junto, eu e você, eu meio que esqueci disso sabe. – Anita proferiu com angustia.

– Foi tão feia assim, a discussão. – Perguntou ele, querendo que ela desabafasse.

– Muita, ai e agora, eu to me sentindo meio péssima, eu acho que, eu despejei umas coisas em cima dela que, ah Ben eu não consigo discutir com ninguém, ainda mais com a minha mãe, eu sou uma idiota não é, eu não perdi esse costume, nem mesmo depois de tudo que houve, eu não consigo brigar com uma pessoa que eu gosto, mesmo que sabendo que eu possa estar certa em algumas coisas, por mais que a forma que eu coloquei estivesse errada. – Confessou Anita, com o coração um pouco apertado.

– Porque que vocês brigaram afinal. – Indagou ele, querendo entender.

– Bom o motivo foi meio estupido, mais deixa pra lá. – Disse Anita.

– Não, não, pronto, começou, o que foi dessa vez, que você não quer me contar. – Ben falou sem muita paciência, a mania que Anita tinha de querer lhe poupar das coisas, o deixava um pouco desapontado, ele não podia negar.

– Vem cá ,você não acha que vive querendo saber demais não, não demais isso, aff. – Anita alegou. - Quer o que, a senha da minha conta no banco, do meu e-mail, acesso as mensagens do telefone, legações, sei lá melhor, eu compro um caderninho e anoto minha tarefas diárias, aí todo dia você confere. – Anita ironizou.

– Anita, não é isso, mais você vai começar de novo a me esconder as coisas. – Riu ele, se defendendo em seguida.

– Eu não estou te escondendo, eu só to falando, por que não é nada de mais. – Anita esclareceu, com intenção que ele não ficasse em duvida. – Tá, lá vai. – Disse ela vendo que não teria jeito. - Eu escutei, ai você vai arrancar meu coro do mesmo jeito, contando ou não. – Previu ela. – Eu peguei a mamãe e a Marta, falando de um possível interesse da Mariana por você, e a mamãe achou normal. – Anita soltou.

– Se tem certeza disso. – Questionou ele, sem acreditar.

– Tenho, eu não to surda, ouço muito bem, ela inclusive me confirmou isso. – Anita confirmou.

– E o que veio depois. – Ben quis entender.

– Eu briguei feio com minha mãe, não por isso exatamente. – Anita disse.

– Ah , e foi feio quanto. – Perguntou Ben, curioso.

– Feio tipo, jogar na cara dela que talvez se ala não tivesse sido tão irredutível com nosso namoro, nada do que aconteceu tinha se concretizado, a gente não iria ter fugido. – Falou ela, contando, desapontada com o que ela pensava.

– Ok, até ai, da pra pensar assim. – Disse ele a compreendendo.

– É, só que ai a mamãe disse que não tinha culpa, se eu tinha resolvido ter a minha primeira vez com você e não disse pra ela. – Anita contrapôs, expondo os pensamentos de Vera. - E eu joguei na cara dela, que ela teve culpa, porque me impediu de ficar você, alias se eu tivesse falado ela tinha pirado, acho que me exportava pra bem longe de você. – Anita terminou de explicar.

– Ai princesa, é horrível isso, da a entender que a gente tá querendo tirar a culpa dos nossos ombros, mas desculpa, eu não posso te dizer que depois da chantagem do Antônio, quando o meu pai veio me recriminar por terminar cm você, eu senti sim, uma ponta de raiva por todas as barreiras que eles colocaram no nosso caminho. – Ben também confidenciou.

– É, só que a gente não pode deixar essas coisas nos minarem. – Anita aconselhou, querendo que ela conseguisse cultivar aquilo também.

– Eu sei, mais é muito complicado. – Disse ele, pensativo.

– Muito, mas também não tem nada a ver, a gente enfiar mais minhoca e grilo dentro da nossa cabeça, já tem coisa demais, eu vou tentar me entender com a mamãe, por mais que isso seja uma tarefa no mínimo, trabalhosa. – Anita justificou.

– É né, minhoca e grilo, e mais o zoológico inteiro, no teu caso. – Alfinetou Ben, tentando não rir.

– Ai que engraçado, falou o bem resolvido. – Implicou ela, dando uma risada. – Bobão. – Resmungou Anita, se fazendo de brava.

– Boba, é você, você que é muita boba. – Falou ele, a enchendo de beijos.

– Eu não, você é que é. – Garantiu ela as gargalhadas. – Você já parou pra pensar que faltam pouco tempo pro vestibular. – Disse ela, fazendo um balanço em sua mente do tempo.

– É tarefa dura essa, mais inevitável. – Concordou Ben, com um pouco de nervosismo, o objetivo que ela veio perseguir quando decidiu voltar para o Brasil estava mais próximo do que nunca.

– Tomara que tudo certo, frio na barriga. – Anita confessou, se vendo muito próxima de realizar algo que ela queria muito.

– Férias antes não seriam má ideia. – Ben afirmou.

– Um dia que fosse longe de tanto confusão, seria um sonho. – Ela concordou também querendo um pouco de tranquilidade.

– Um pouco de paz cairia bem, sabe eu quero muito passar nesse vestibular, mas eu não sei se eu estou muito confiante. – Disse ele, remexendo numa mecha do cabelo dela.

– Tá aí, só se a gente desse uma escapada em um final de semana qualquer. – Sugeriu Anita, o olhando de uma forma como se quisesse convence-lo.

– Seria um sonho, meu amor. - Disse ele, gostando um pouco da ideia. - É só que você só esqueceu de uma coisa, quando a gente fez isso lá atrás, eles sabiam da gente, e a gente teve que deixar um bilhete avisando, e agora como a gente vai fazer pra nos ausentarmos nós dois, sem eles desconfiarem. – Ben a alertou.

– Ah sei lá, a gente pensa em um jeito, é só a gente ver com calma, ah vai, a gente vive dando um jeito mesmo. – Falou Anita persuasiva, encarando o garoto sorridente.

– Será Anita, sei não, isso pode acabar em encrenca, e eu não posso negar que depois do que houve eu ando escaldado com isso. – Ben afirmou com receio de que as coisas não saíssem como eles desejavam.

– Encrenca Ben? – Que encrenca, é só a gente fazer as coisas em sigilo, tomar cuidado pra ninguém ficar sabendo. – Justificou Anita. - E depois você tá com, oh, uh. – Relutou ela. – Ah você sabe, com o Antônio, se o resto do pessoal descobrir to nem aí. – Disse Anita, percebendo o que se passava na cabeça dele.

– Estou não é Anita, a gente passou do paraíso pro inferno em questão de horas. – Ele acabou admitindo. – Mais eu também não posso negar que passar uns dias só com você do lado, não seja tentador, por mais riscos que isso implique. – Ben afirmou, se deixando levar por ela.

– Então, a gente tá precisando de um momento só nosso, até pra gente passar uma borracha de uma vez por todas, lá no que aquele infeliz fez, que eu não vou nem falar o nome. – Disse ela. – A gente vê com calma, e também não precisa fazer as malar pra amanhã já, não é, vamos ver um lugar primeiro, depois como nós vamos fazer pra despistar todo mundo, com calma. – Esclareceu Anita argumentando.

– Tá vamos ver primeiro, depois a gente pensa melhor. – Concordou ele, aceitando o que Anita propôs.

– Ótimo, mais agora vamos aproveitar o tempo que nos resta, porque daqui a pouco a gente vai ter que voltar pra prisão. – Brincou Anita, estressada com a confusão que sempre habitava o casarão.

– Melhor mesmo, não é. – Concordou ele com um sorriso, aproximando seu rosto do dela, e eles apenas se uniram em um beijo com ternura.


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