E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 177
Capítulo 177:


Notas iniciais do capítulo

Benita se metendo em roubada!!



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– Tá fazendo o que. – Anita perguntou, vindo da escada a Ben, que mexia no celular concentrado.

– Nada de mais, tava respondendo uma mensagem do Martin, por que. – Falou ele virando para a garota.

– Não nada, curiosidade somente, se você tá dizendo que tava respondendo uma mensagem do Martin, eu acredito. – Disse Anita com um sorriso intrigado, remexendo a toalha a sua mão.

– Com essa cara. – Ben afirmou, lançando um sorriso debochado para a garota.

– Ah é, e com que cara que eu perguntaria. – Anita respondeu disfarçando.

– Anita anda, o que é que você tá querendo me falar. – Questionou Ben, arredando a cadeira de perto da mesa e levantando, parando a frente dela.

– De novo, nada assim. – Disse ela. – Nada que você não saiba. – Completou ele desdenhando.

– Eu sei, o que eu sei, no momento eu tava mesmo respondendo uma mensagem do Martin. - Reafirmou ele rindo, sem saber do que exatamente Anita falava.

– Que bom que você tava realmente respondendo mensagem do Martin. – Falou Anita. – Porque outro dia assim sem querer, eu vi uma mensagem. – Afirmou Anita séria. - Da Amanda pra você. – Ela confessou, falando com irritação, distorcendo a voz. – “Tipo vamos marcar um cinema”. – Contou Anita o que leu na mensagem, debochada.

– Que mensagem, eu não vi. – Disse Ben, segurando o riso e negando.

– Que mensagem? - Repetiu Anita. – Essa aqui ó. – Disse ela tomando o telefone de cima da mesa.

– Anita olha só, é uh. – Respondeu ele, sorrindo enquanto a garota remexia no telefone.

– Ai que, agora ei não acho. – Anita falou perdida.

– Tá vendo. – Rebateu ele, olhando para a garota, com os olhos fixos no celular.

– Ben seu cretino, você apagou a mensagem. – Disse Anita se lembrando e olhando para ele, que não resistiu em rir da cara que ela fazia.

– Eu não, nem vem você. – Afirmou ele, achando graça.

– Seu desgraçado, cretino, eu te odeio sabia. – Falou ela rindo, empurrando o ombro dele.

– Tá bom para, para Anita, eu confesso eu apaguei mesmo. – Confessou ele segurando as mãos dela. – Mais foi por uma boa causa tá, e depois eu nem li direito. – Justificou ele. – E também eu sabia que se você visse, ia falar até amanhã no meu ouvido, chega vai a gente já brigou demais por esse mês. – Afirmou Ben, encarando Anita que o olhava com seriedade.

– Coisa feia. – Falou ela debochada, largando o celular dele em cima da mesa novamente.

– Vamos combinar que você anda estressada além do normal, beirando a loucura. – Ben afirmou.

– Louca eu! – Olha aqui, louca é a senhora tua. – Se calou ela. – Não, deixa a tua mãe fora disso. – Anita concluiu.

– Eu não fiz por mal é sério, eu não respondi tá, eu só apaguei. – Garantiu ele. – E também que importância tem isso, se é com você que eu estou e quem eu amo. – Ben disse, com um sorriso para ela.

– É né, mais tá puxado, eu vou te falar. – Anita respondeu, sem paciência.

– Se vai tomar banho? - Indagou Ben.

– Ué vou, porque, o que tem de mais nisso. – Anita falou confusa.

– Nada, mas pode ter, isso aqui. – Afirmou o garoto a arrastando pela mão até o banheiro.

– Ben abre essa porta, da última vez que a gente tentou fazer isso, quase que pegaram nós dois. – Disse ela as risadas, ao ver ele fechar a porta e trancar com a chave.

– Não, não, pode esquecer, sem chance. – Ben respondeu vindo para abraça-la.

– Você não tem jeito. – Anita afirmou, com certo receio, mas o que não foi suficiente para evitar, que os dois se rendessem a um beijo.

– A gente anda, andando em círculos com essa situação, você já parou pra pensar que desde que a gente começou nossa história é assim, escondido. – Anita disse pensativa ao se afastar dele por um momento.

– Eu sei, mas também não é por falta da gente querer esclarecer as coisas, sempre foi tudo muito complicado, mais uma hora a gente vira esse jogo vai, o que eu não quero é ficar longe de você. – Afirmou Ben, mas entendendo os motivos dela.

– Eu também não, eu passo desistir de qualquer coisa, até de fazer nossos pais aceitarem nós dois, mas não de você, chega , eu já perdi coisa demais até aqui, eu não vou mais deixar a vida me tirar mais nada. – Garantiu Anita, confiante.

– A gente vai conseguir. – Afirmou Ben otimista.

– Com você do meu lado, eu consigo qualquer coisa. – Anita falou sorridente, e eles uniram-se em beijo apaixonado, encostando-se a parede atrás de Anita, os dois trocaram alguns beijos com vontade até ouvirem alguém mexer a maçaneta da porta.

– Quem será? – Perguntou Anita, se afastando de Ben, apreensiva.

– Não sei o Pedro, meu pai e a Vera saíram quando eu tava na sala. – Ben respondeu. – Daqui a pouco desistem vai, vem cá de novo. – Disse ele puxando ela pelo braço para perto, para um beijo.

– Para, para, ficou maluco de vez. – Ela cochichou o repreendendo.

– Por você, é faz tempo. – Falou Ben a erguendo no ar e voltando a beija-la.

– Dá pra abrir a porta rapidinho, é que eu queria pegar meu celular que eu esqueci aí no banheiro. – Pediu Mariana batendo a porta do banheiro.

– É a Mariana, a patricinha enxerida pegou a gente, agora ferrou. – Anita afirmou se desvencilhando de Ben, perdendo a calma quando ouviu a voz da garota.

– Grande coisa, isso já ficou tão normal que a gente se acostumou. – Respondeu Ben, escorando a parede com os braços cruzados, e dois acabaram caindo na risada.

– Você quer parar, pelo amor de deus. – Anita pediu, com a mão na boca para não rir.

– O que. – Disse ele rindo.

– Fica quieto. – Anita pediu batendo no braço dele.

– Ai caramba, tapa dói sabia. – Resmungou Ben.

– Ai foi mal, bati forte, acho que foi o nervoso. – Anita exclamou. – E agora, eu não acredito. – Anita perguntou, sem saber o que fazer.

– Você pergunta pra mim, se você abrir a porta, não vai ter como ela não me ver aqui. – Ben afirmou, tentando segurar o riso.

– É rápido só vou pegar meu telefone. – Mariana falou novamente.

– Ai não, eu não mereço isso, ou mereço. – Disse Anita revirando os olhos. – Eu vou abrir a porta, e você para de rir, se não ela vai desconfiar. – Anita ordenou a ele.

– Como é que eu faço isso. – Disse ele não se contendo.

– Ben é sério, você me mete em cada uma sabia. – Anita disse nervosa, se encarando ao espelho para ajeitar o cabelo que estava um pouco bagunçado.

– Ah não, não joga a culpa pra cima de mim, qual foi. – Falou ele se defendendo.

– Eu vou abrir, e você fica quieto. – Anita pediu a ele.

– E o que você vai dizer. – Ben se viu sem entender, recebendo um olhar de retaliação de Anita.

– Oi Mariana, entra. – Anita disse ao abrir a porta e vê-la parada, sorrindo para disfarçar.

– Anita desculpa de incomodar mais é que eu. – A garota ficou muda ao ver Ben, que apenas se manteve sério.

– O que vocês dois tão fazendo aqui, eu hein. – Riu ela sem graça. – E trancados.

– Não, trancados não, a porta tava aberta, você é que não entrou. – Anita disse descarada. – Aliás, não entrou por que. – Perguntou ela sem se importar, Ben ficou achando que os dois tinham se encrencado.

– Mais eu. – Mariana ficou confusa, parecia mesmo que a porta estava trancada. – Devia estar emperrada. – Concluiu ela.

– Não, até é bom você se cuidar viu, essa porta aqui é um inferno, eu mesma quantas vezes não fiquei trancada aqui já. – Anita continuou a falar, mas tensa.

– A Gio, ficou trancada, meu pai teve que arrombar a porta pra abrir. – Ben sustentou a mentira de Anita.

– Mais claro, mas o que vocês faziam aqui. – Mariana perguntou de novo, sorrinso sem graça.

– Menina, menina do céu. – Disse Anita com exagero. – Mais uma barata, mais a senhora barata aqui no box do banheiro, quando eu fui tomar banho, que na boa se você não olhasse bem, realmente você achava que era um camundongo, uma baratona, cascuda, enorme, chegava a brilhar. – Anita afirmou, e Ben apenas tentou não olhar para a cara que a garota fazia para convencer Mariana.

– Ai barata, nossa eu tenho maior nojo de barata também. – Mariana disse, angustiada pelas palavras de Anita.

– Tá vendo, horrível, se eu fosse você se cuidava, porque o Ben, tentou achar ela, mais acho que ela se escondeu, não sei. – Anita falou com cinismo.

– É, a barata ainda vive, bom é, eu vou indo, não achei mais a barata, foi embora, ou voou. – Falou Ben sustentando a mentirada de Anita. – Com licença. – Disse ele saindo, respirando de alivio.

– Bom eu vou indo, fica a vontade aí. – Anita também achou melhor retirar-se.

– Que mico, nossa quase tive um ataque do coração com essa. – Falou Anita, chegando à cozinha e vendo Ben com um copo na mão.

– Nem me fala, jurei que ela ia juntar os fatos, com os acontecimentos e iria matar a charada. – Disse ele suspirando. – Será que ela não fez isso Anita. – Colou em duvida ele.

– Não, dessa vez não, ela pode ter desconfiado dos nossos olhares estranhos, que a gente troca nessa casa, mais disso não. – Anita garantiu, tomando o copo com água de Ben. – Ela ficou muito concentrada na barata. – Disse Anita tomando um gole de água e rindo.

– Do jeito que você falava, até parecia que você tem tanto medo de barata assim. – Ben riu.

– Tá vendo, minha convivência com a Sofia me ajudou em alguma coisa. – Anita falou as gargalhadas, lembrando da cara de ojeriza de Mariana ao escutar as palavras dela.

– E eu nunca pensei que eu fosse gostar disso. – Ben respondeu rindo.

– O que vocês tanto riem hein, da pra escutar as risadas lá do quintal. – Cícera questionou os dois entrando pela porta dos fundos.

– Nada, coisa boba. – Anita respondeu sorrindo.

– Vocês dois, eu vou te contar uma coisa. – Cícera afirmou os olhando com desconfiança.

– Mãe qual foi, a gente não tá fazendo nada não, implica com tudo agora. – Ben tentou passar naturalidade.

– Ok, ah Anita me lembrando chegou uma carta pra você mais cedo, eu coloquei ali em cima da geladeira. – Falou ela apontando.

– Ahm, e o que é. – Perguntou Anita, sem imaginar do que se tratava.

– Eu não sei, eu não abri, também acho que não diz do que se trata. – Cícera se explicou.

– Eu vou ver. – Disse Anita indo a geladeira e pegando a carta que estava sobre ela.

– Nossa que estranho, em branco, não tem remetente. – Anita falou intrigada caminhando até Ben.

– Ué. – Proferiu Ben sem entender. – Deixa eu ver. – Falou ele pegando o envelope.

– Heiii, que isso! – Disse ela pegando o papel de volta. – Vai abrir minhas correspondências agora, pode esquecer, deixar de ser curioso. – Anita resmungou.

– Ah entendi, se isso for de quem eu estou pensando, pode esquecer que você não vai me mostrar. – Ben afirmou, pensando em Antônio.

– Ham, pode ser também de um admirador secreto. – Implicou ela, abrindo o envelope.

– Ah entendi, se tem um admirador secreto então, me fala mais tarde quem é. – Ben ironizou, um tanto enciumado, Cícera apenas ria do jeito dos dois.

– Ou do segundo fantasma na minha vida. – Falou ela séria, ao ler algumas palavras da carta e perceber que se tratava de uma cata de Caetano dando noticias.

– Ai Anita como assim, de quem é esse negócio. – Ben perguntou preocupado.

– Gente eu vou recolher o resto das roupas. – Cícera disse retornando ao quintal.

– Olha. – Disse Anita entregando a ele, um pouco aflita.

– Ah to entendendo. – Ben pronunciou ao ver que era de Caetano. – Bom pelo menos ele esta bem, lembrou de falar isso. – Concluiu ele, não querendo que ela se chateasse.

– É, na Itália, meu deus príncipe, será que um dia vai ter concerto a pessoa. – Falou Anita suspirando fundo. - Porque eu, to perdendo as esperanças. - Anita decepcionada.

– Eu sei que é difícil, mais pensa que ele esta bem, eu não vou me meter nisso, e muito menos encher a tua cabeça sobre o que eu penso sobre isso, não é um direito meu, Anita. – Afirmou Ben, compreensivo, acariciando a mão dela.

– Tudo bem, eu entendo, bom eu vou avisar pra Sofia, não é, ele pede pra fazer isso, vou guardar pra mostrar isso aqui pra ela. – Anita disse, entristecida, mas ao mesmo tempo aliviada por saber que o pai estava bem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem!!! Até mais...