– Exame de DNA. – Hernandez questionava boquiaberto, em pé com os braços cruzados a sala do casarão.

– Exato Hernandez, e olha acho que o Ben, tem razão. – Reafirmou Ronaldo.

– O suco gente. – Vera disse, vindo com uma bandeja da cozinha. – Olha eu acho, que seria uma forma até mesmo de você proteger o Antônio. – Apoiou Vera a ideia.

– Hernandez quem garante mesmo, que esse cara tá falando a verdade, que ele não tá usando o Antônio. – Ben colocou pilha, querendo coagi-lo.

– Não sei, e o Tony pode não concordar. – Hernandez relutou.

– Eu acho que. – Ben foi interrompido por alguém que entrou em casa.

– Oi gente, vocês tão falando de que. – Perguntou Anita, mesmo prevendo qual era o assunto.

– É então Anita, o Ben tava aqui me dando a ideia de convencer o Antônio e o pai, a fazer um exame de DNA. – Hernandez explicou.

– Ué, e isso é uma coisa ruim. – Anita afirmou, se sentando ao sofá.

– Quer um suco filha. – Vera apontou para a bandeja em cima da mesinha perto ao sofá.

– Ai eu quero, bati perna o dia todo, e não consegui comprar tudo que eu queria, pra fazer os objetos de decoração. – Falou Anita, pegando a jarra e colocando um pouco de suco.

– Realmente seria uma forma de eu saber se posso confiar no Palhares, e o Tony é meu filho eu o criei. – Repensou Hernandez.

– Também acho, você precisa conhecer esse pai do Antônio, até pra se antecipar, se de repente esse cara não ser quem ele diz que é. – Ben argumentou.

– É né, até porque o Antônio falou desse pai aos quatro ventos por aí, quem garante que não é mentira, imagina se esse cara é alguma pessoa de má índole. – Anita previu, o que ela sabia que era verdade.

– Eu vou falar com meu filho. – Concordou ele, achando melhor. – Muito bom saber que você se preocupa com o Antônio. – Hernandez disse contente, a garota.

– Hernandez eu não me preocupo com o Antônio. – Anita esboçou um sorriso sarcástico. – Eu to nem aí, pra ele, agora eu não posso permitir que ele coloque uma pessoa perigosa, estranha, pra conviver aqui com a gente, e depois de tudo que o Antônio fez, ele tirou a minha capacidade de sentir algum sentimento por ele, por menor que fosse, e o que eu sinto, nenhum deles é digno, não vale a pena ser falado, e se você realmente quer saber. – Anita se calou, a pedido dos olhares de Ben para ela, o garoto sabia o quanto o padrasto idolatrava Antônio. – Deixa pra lá. – Recuou ela.

– Apesar de tudo, eu ainda acho que exista outra explicação. – Hernandez tomou como argumento.

– Mais não existe, até porque também o estrago já foi feito. – Anita falou, soltando o copo sobre a mesa, achando melhor encerrar o assunto.

– Também acho gente. – Vera ponderou.

– Certo, eu vou falar com o Antônio. – Hernandez comunicou.

– É mais não diz que o assunto saiu daqui, não. – Ben sugeriu.

– Claro, não vou falar nada. – Hernandez também achou melhor assim. – Bom eu vou indo. – Disse Hernandez, Ben e Anita olharam-se satisfeitos.

– Tchau, boa noite. – Ben respondeu.

– Boa noite a todos. – Hernandez proferiu saindo.

– Tchau. – Responderam todos.