E se um reencontro o destino preparasse... escrita por Eubha


Capítulo 144
Capítulo 144:


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capitulo!!
Espero que gostem!!



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– Nossa você tá com uma cara de velório. – Sofia disse quando entrou no quarto e viu Anita sentada, com uma almofada no colo, com uma cara desolada.

– Minha cara, eu não tenho outra. – Anita respondeu seca.

– Que foi, tá de mau-humor, qual foi a desilusão agora, hein Anita. – Indagou a loira intrigada.

– Nada Sofia. – Anita afirmou, não querendo prolongar o assunto.

– Eita, foi sério, ó Anita fica assim não, um dia passa. – Ela zombou, não se contendo.

– Mais na boa, quanto mais eu vivo, mais eu tenho certeza de que uma de nós duas, foi trocada na maternidade, e eu prefiro ainda acreditar que foi eu, porque eu tenho até medo de descobrir de onde você veio realmente. – Anita retrucou sarcástica, com a paciência esgotada depois de tudo.

– Tá feia, a coisa hein. – Sofia falou, sentando-se de frente para o espelho, pegando uma escova para arrumar os cabelos.

– Droga, essas malas ai, que invadiram a nossa casa, nossa vida, vai dizer que você tá contente com isso. – Proferiu ela irritada.

– Não, concordo totalmente com você, todo mundo aqui fala que eu sou irritante, mas essa garota Anita, ela não me desce, não, você viu ontem ela falando das viagens internacionais dela, falando do iate do pai dela, vem cá nunca ninguém disse pra ela, que quem fica ostentando aquilo que faz e tem, é pobre, que pra rico isso é normal. – Sofia esbravejou, nada animada com a situação também.

– Detesto concordar com você, mais ela consegue ser mais chata que você, e pior se eu me irritar com ela, nem uns cascudos eu posso dar nela como eu já fiz em você. – Anita esbravejou.

– Ah mais eu é que não vou, respeitar essa politica da mamãe, trate bem as visitas, essa garota que tente se criar pro meu lado que ela vai ver só. – Ameaçou a loira. – Não, ela usou todos os meus cremes que tavam no banheiro, até as minhas maquiagens, que raiva, e eu não pude dizer nada porque a mamãe não me deixou. – Sofia afirmou, terminando de ajeitar os cabelos.

– E lavou o cabelo com meu xampu, você acredita, gastou quase tudo, aquela patricinha. – Disse Anita, estressada.

– Na boa, a Marta é outra também, tal mãe tal filha. – Sofia retrucou.

– Ai, vamos desce pra tomar café vai, se não a gente ainda vai se atrasar pra aula. – Comunicou Anita.

– É vamos, to precisando respirar um ar mesmo. – Sofia concordou, pegando a bolsa.

Quando as duas chegaram até a sala para sentarem-se a mesa para tomar café, encontraram a mesma confusão de sempre, só que dessa vez com dois personagens a mais.

– Bom dia. – Anita falou, sem vontade, Sofia continuou muda, cruzando os braços, parando ao lado de Anita.

– Bom dia. – Ronaldo disse, assim como os outros.

– E aí, meninas vocês vão pra aula agora. – Mariana perguntou as duas.

– É, vamos. – Anita viu-se obrigada a responder, já que Sofia apenas olhou para o chão, fingindo não ouvir.

– De tarde a gente podia fazer alguma coisa, não é, tá também não sei muito bem o que, aqui nesse bairro diferente. – Falou ela.

– O mãe, eu quero tomar café, manda umas delas saírem do meu lugar na mesa. – Sofia resmungou para Vera indo até a cozinha.

– Filha toma, aqui na mesinha da cozinha mesmo, a mesa tá lotada, infelizmente. – Vera tentou argumentar.

– Bairro diferente, pra você que não mora aqui, não é, pra mim tudo a mesma coisa, barulho, transito, prédio, poluição, ar puro de vez em quando, como qualquer outra cidade. – Anita rebateu, quase que bufando.

– É pode ser. – Respondeu Mariana de volta.

– Olha aqui, eu quero tomar café na mesa da minha casa, isso não é justo, que raiva dessas duas mãe, duas sínicas você é muito burra. – Sofia esbravejou.

– Filha. – Vera tentou repreendê-la, que apenas deu as costas pegou a bolsa e saiu.

– Você vai onde. – Anita perguntou, quando a viu passar.

– Vou tomar café com a Flaviana, de repente o pão dormido do salão, ficou mais interessante. – Sofia bufou para Anita, saindo em seguida.

– Anita, meu anjo, melhor tomar café logo, não é filha. – Vera tentou impedir, que agora Anita armasse uma situação embaraçosa.

– É senta aqui, se você quiser, eu to saindo. – Ben disse, vendo a cara amarrada dela, e afastando-se um pouco.

– Eu vou pra aula, não to afim, não sei to me sentindo meio enjoada hoje. – Anita afirmou encarando Vera.

– Sair sem comer, pode fazer mais mal Anita. – Marta tentou ser simpática.

– Eu to acostumada, obrigada pela preocupação. – Anita tentou se conter, pegando um pão e saindo em seguida, deixando Vera sem saber como agir.

– Ei, ei, ei, que pressa é essa, vai salvar alguém da morte é. – Ben a puxou pelo braço na rua, que parou de andar apressada por um instante.

– Não, mais quer saber não enche a minha paciência, você também. – Anita afirmou, irritada.

– Você tá bem, que foi, eu não te fiz nada que eu saiba. – Questionou ele.

– Ai, desculpa, você tem razão. – Anita disse em meio a um suspiro, como forma de aliviar o nervosismo que a perseguia. – Passou, passou, tá bom, acho que eu to por um fio, é muita coisa pra uma pessoa só. – Afirmou ela.

– Quer saber, não adianta você ficar assim. – Ele argumentou.

– Eu sei, vamos pra aula vai. – Entendeu ela com um abraço, e um sorriso.

Chegando ao colégio, os dois se dirigiram a cantina, onde encontraram Julia e Serguei.

– E ai gente. – Anita falou, puxando uma cadeira para se sentar.

– Bom dia. – Disse Ben, sentando ao lado dela.

– Vocês demoraram gente, eu confessou que eu estava aqui, me roendo de curiosidade pra saber o que aconteceu, e aí devidamente assumidos. – Serguei indagou, com curiosidade.

– A casa caiu né gente, pela cara de vocês. – Julia afirmou.

– Caiu, mais não foi por isso, a gente não contou nada, vocês lembram daquela prima da mamãe, a Marta, chegou lá em casa ontem. – Anita explicou.

– Espera aquela que reclamou horrores da chuva de esgoto, que rolou no casamento. – Serguei tentou entender.

– Essa mesma. – Confirmou ela.

– Ai gente, eu to tão frustrada, que eu to me sentindo a cara do recalque, depois dessa, eu acho que nem quando eu descobri que o Ben tava pegando a Sofia, foi tão pior. – Anita afirmou.

– Ei, eu ainda to aqui. – Ben rebateu, a fuzilando com o olhar.

– Mero detalhe. – Disse ela impaciente, e Julia e Serguei riram.

– Mais a troco de que isso. – Julia indagou confusa.

– Não sei, mais eu acho que o argumento da mamãe vai ter que ser ótimo. – Anita afirmou, querendo arrancar uma justificativa de Vera.

– Caramba, quanta sorte a de vocês. – Serguei lamentou pelo os dois.

– É, e agora a gente continua na mesma. – Ben respondeu impaciente.

– Ai gente, eu nem quero mais falar disso, eu vou procurar o Fred pra entregar o trabalho de matemática, tem uma questão que eu não sei se fiz certo, vou ter que pedir uma ajuda pra ele. – Anita afirmou. – Ju, vamos comigo. – Anita pediu.

– Ai, vão vocês, eu vou ficar por aqui. – Disse ela, não gostando da ideia.

– Ah eu vou também, e depois vou procurar minha maluquinha, ela tá atrasada hoje. – Falou Serguei.

– Ué o que custa você ir comigo, aquela mesma que você disse que no conseguiu fazer. – Anita ficou confusa, diante do jeito dela.

– É, nada Anita, só não estou afim de sair daqui. – Julia disfarçou.

– É Anita, é melhor a gente ir logo, tá quase dando o sinal, e o Fred ia aplicar prova no segundo ano. – Ben sugeriu.

– É vai, vão vocês, você pergunta pra ele por mim tá, eu vou ficar por aqui também. – Anita pediu entregando o seu trabalho a ele.

– Tá, eu falo com ele. – Respondeu Ben, pegando o trabalho que ela lhe alcançava.

– Vamos então. – Serguei disse, e os dois levantaram-se e saíram.

– E você, anda, fala, o que tá havendo, você tá com algum problema, você não me engana. – Anita perguntou taxativa.

– Nada Anita, já disse. – Julia negou.

– Julia a gente é amiga, pelo menos eu acho, que a gente é, você vai me esconder as coisas agora, é isso. – Anita ponderou.

– Não, ai Anita, eu to perdida. – Falou ela tensa.

– O que houve, aconteceu o que. – Anita indagou ficando preocupada.

– Você nem imagina, o que aconteceu. – Julia afirmou.

– Não, mais si você me contar. – Ela rebateu meio confusa.

– Você jura, que não vai contar pra ninguém, certo. – Disse ela.

– E precisa, claro que não. – Anita tranquilizou.

– Tá, tudo bem, ontem eu, fiquei aqui no colégio não é, vendo aquela história lá do Virgílio e da Bárbara, e o Fred também. – Julia fez uma pausa, encarando Anita atenta. – E a gente se beijou. – Julia soltou.

– Você e o Fred, se tá falando sério. – Anita questionou sorrindo.

– Tá vendo, se você ficou assim, imagina o resto do mundo. – Julia afirmou, perturbada.

– Não é isso, não é por isso, e Julia eu sou última pessoa no mundo que poderia te julgar, mas o que aconteceu depois, vocês conversaram pelo menos. – Anita falou, com curiosidade.

– Não, a gente se despediu e eu fui embora, mais agora, eu não sei o que fazer, Anita como que eu vou encarar o Fred, ele é meu professor Anita. – Julia disse, meio apavorada.

– Por alguéns meses, e depois não vai ser mais, sei lá, acho que vocês deveriam conversar, fugir não vai resolver o problema, acredita eu sei do que eu to falando, e na boa pensa em você. – Anita afirmou.

– Ai Anita eu não sei. – Julia suspirou.

– Julia, vai ser feliz, bom acho, que a tia Rita não vai dar contra, e eu né eu tenho uma família inteira contra. – Anita riu.

– Ai, eu não sei. – Afirmou Julia confusa.

– Eu acho que também não vai adiantar, sofrer por antecipação, não é. – Anita aconselhou.

– Eu sei, se tem razão. – Disse ela, mais aliviada.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leem.. Comentem!!!



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