POV Freddie

Estava terminando de me trocar.

Iríamos ter programa de casal.

Eu, Sam, Carly e Griffin iríamos assistir um filme qualquer no cinema.

Meu celular tocou.

Olhei no visor e era o Brady, atendi.

Brady: Eai meu amigo mais nerd.

Freddie: Olá Brady.

Brady: Qual é o programa para hoje?

Freddie: Vamos no cinema, eu, Sam, Carly e Griffin.

Brady: Ainda, nisso? Até quando vai continuar com esse jogo?

Freddie: No começo era para desmascarar a farsa da Sam, mas agora sinto que algo mudou.

Brady: Pode até ter mudado, mas você acha que ela vai acreditar? Realmente?

Freddie: (dei um suspiro) Sei que não. Mas se ela me ama como diz irá compreender.

Brady: A Sam pode ter mudado, óbvio perdeu a memória, mas não mudou a ponto de aceitar uma coisa dessas. Pra falar a verdade nem eu mesmo se estivesse nessa situação aceitaria e sabe qual é a minha opinião á respeito disso. Ainda acho que deveria de contar tudo á ela.

Freddie: Irei contar, mas não é a hora. Não agora.

Brady: E quando seria a "hora"?

Freddie: Nunca. Não estou preparado para viver sem ela. Ela ser tornou muito mais do que merecia na vida. Agora você entende?

Brady: Sim. Eu sabia que você era idiota, mas não á ponto de ser deixar apaixonar por ela, cara.

Freddie: Não sabia que seria tão difícil. Foi praticamente uma missão impossível. Não tive escolhas.

Brady: Escolhas. Essa é a palavra! Fale sobre tudo, desabafe á ela e principalmente dê a opção da escolha. De saber se ela quer realmente permanecer com você, agora, sem mentiras ou não.

Freddie: Você tem razão! Sempre tem! Mas dê-me mais um tempo. É só o que eu peço.

Brady: Tudo bem. Mas saiba quanto mais tempo nessa mentira, mas doloroso será. Lembre-se disso.

Freddie: Eu sei, eu sei.

Encerrei a ligação, quando ouvi um barulho na casa.

Não tinha ouvido a campainha tocar.

Quem será?

De repente me veio uma luz na minha cabeça, como naqueles desenhos animados.

Abri a porta de romante com tal ideia.

Uma loira a beira das lágrimas.

Não havia o costumeiro sorriso zombeteiro ou alegre.

Seus olhos estavam vermelhos, não sabia se de tanto chorar ou raiva.

Seria mais provável a segunda opção.

POV Sam

Meus ouvidos não acreditavam no que ouviam.

Me sentia uma boba.

Mais que isso.

Vi pequenos flashes da minha vida passar diante dos meus olhos e desmorona-se tudo.

Completamente.

Tão rapidamente.

Era tudo uma farsa.

Mentira atrás de mentira.

No que acreditar ser tudo ao seu redor parece de mentira?

Não queria ouvir nada mais.

Não tinha credibilidade nele.

Meu rosto já estava banhado a lágrimas.

Mas mesmo assim parecia que não havia chorado o suficiente ainda.

Fiz um sinal de não com a cabeça sinalizando que não queria ouvi-lo e saí.

Quando fecha-se o coração é somente uma vez.

Vale assim para quando abre-se.

E poderia ser definitivamente.

Era cruel em pensar nesse plano merabulante que fez.

E que a boba apaixonada aqui tinha caído perfeitamente.

Assim que estava no corredor corri o máximo que pude.

Entrei no elevador ouvindo ainda meu nome.

Gritei colocando as mãos em minha cabeça.

Assim que já estava no térreo, saí do prédio não me importante de não ter nada para me proteger da chuva.

As lágrimas misturavam-se com as gotas de chuva.

Não dizem que tomar um banho de chuva limpava a alma?

Sinceramente esperava que tivesse esse efeito em mim.