Time To Let Go escrita por ChaniMoon


Capítulo 5
Por Que Eles Nos Magoam Tanto?


Notas iniciais do capítulo

Yaaay povo!!! Pra comemorar o sucesso da fic, eu fiz um trailer :D Não é aquilo tuuudo, é só porque eu fiquei inspirada mesmo. Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YWCe4NPAZPc

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482537/chapter/5

No outro dia, para variar, Lin levantou antes de Han. Ela saiu do quarto já vestida com uma calça jeans e uma blusinha cinza, com o cabelo preso em uma trança embutida. Lin estranhou o fato de Han ainda não estar acordado. Geralmente ele acordava antes dela, ou os dois acordavam quase na mesma hora.

Ela pensou em acordá-lo, mas se conteve, porque também pensou que seria falta de educação, já que Han nunca a tinha acordado. E ela também nunca tinha visto o quarto de Han. Sabia onde era, mas nunca havia entrado. A curiosidade falou mais alto e Lin caminhou até o quarto dele, abrindo a porta lentamente, sem barulho.

Assim que abriu a porta, ela corou intensamente com a visão que teve. Han dormia sem camisa, jogado na cama, de barriga para cima. O tórax definido dele estava totalmente à mostra.

Droga, por que fico com tanta vergonha perto dele? Lin pensou. Realmente, a ideia de uma mulher adulta corando perto de um homem era estranha. Ainda mais Lin, dona de uma personalidade forte que, geralmente, intimida os homens. Ela já havia perdido a conta de quanto tempo tinha ficado ali, observando Han dormir, que nem se deu conta de que ele estava abrindo os olhos levemente. Rapidamente fechou a porta, tentando fazer o mínimo de barulho possível, e saiu de fininho.

Alguns minutos depois, Han sai do quarto e encontra Lin mexendo desesperadamente nos armários da cozinha. Ele dá um sorrisinho irônico e se aproxima dela.

–Ohayo, Lin. – Disse Han, em um tom irônico, fazendo a garota dar um leve pulo para trás.

–Que susto, droga! – Reclamou Lin, ainda mexendo nos armários da cozinha.

–O que você tanto procura nos armários? – Perguntou Han, cruzando os braços e se apoiando em uma parede.

–Frutas ou barras de cereal. – Respondeu Lin, tentando evitar cruzar olhares com Han, por conta do recente rubor em seu rosto.

–Você? Tomando café da manhã? Isso é novidade. – Ironizou Han.

–É que eu vi uma coisa que me abriu o apetite... – Disse Lin, no momento em que achou uma barra de cereal no fundo do armário. – Ah, até que enfim.

Naquela hora, o telefone de Han tocou e ele foi até o quarto atender.

–Alô? – Disse Han.

–Vai ter uma reunião hoje pra discutir as próximas encomendas de carros... e outras coisas. – A voz de DK saia do telefone. – Esteja aqui às 19 horas.

–Ok, D. Mas antes eu preciso dar uma lição em um certo garoto que destruiu meu carro ontem à noite. Se você me dissesse onde eu posso encontrá-lo, seria bom. – Respondeu Han.

–A Neela disse que ele estuda com ela na Wadakura. Mas esse Gaijin não é grande coisa pra se preocupar. – Disse DK, acrescentando um tom maligno. – Esteja aqui para a reunião.

DK desligou o telefone antes que Han pudesse responder. Essa conversa apenas pressionou Han a achar um jeito de contar para Lin sobre a parte da sua vida que não envolviam carros, corridas e mulheres. Ele não queria, mas se estivesse mesmo interessado naquela garota, uma hora ele teria que contar.

Voltando à cozinha, ele avistou Lin jogando o papel que continha a barra de cereal no lixo e limpando as mãos na calça.

–Quem era? – Perguntou Lin, esperando não estar se metendo demais.

–Só o DK. Tenho que passar no depósito dele hoje à noite pra pegar os novos pedidos de carros. – Respondeu Han, sentando em uma das cadeiras.

–E quanto ao americano que destruiu seu carro? Você não ia atrás dele? – Perguntou Lin.

–E vou. Já tenho informações o suficiente para achá-lo. Só que só vou achá-lo lá por perto das 17 horas, na escola Wadakura. – Respondeu Han.

–Então eu acertei? Ele é menor de idade mesmo? Deve ser, já que é estudante. – Disse Lin, dando um sorrisinho de vitória. – Homens são tão previsíveis.

Lá vem ela com as frases feitas da Gisele, de novo. Pensou Han. Nos últimos dias ele não teve problemas em diferenciar as duas. Mas agora que Lin soltou essa frase totalmente “estilo Gisele”, Han começou a ver a falecida namorada em Lin, novamente. Quanto tempo ele iria levar para aceitar que era Lin quem estava ali, e não Gisele?

–Tá tudo bem aí? – Perguntou Lin, franzindo as sobrancelhas. Ela provavelmente percebeu que Han estava longe em seus pensamentos.

–Tá tudo bem, sim. – Respondeu Han, voltando à realidade. – Então... temos até as 17 horas pra matar tempo.

–Por que não me ensina a consertar carros? – Sugeriu Lin. – Eu me sinto mal perto de tanta gente que sabe consertar carros, sendo que eu não sei.

Han segurou uma risada.

–Isso não é algo que se aprende em um dia. – Disse Han. – Mas acho que dá pra começar a aprender em um dia.

Han se levantou e desceu as escadas até um carro qualquer que estava na garagem.

–Você vem? – Ele a chamou.

Lin assentiu e desceu as escadas em direção ao carro onde Han estava. Assim que ele pegou a caixa de ferramentas, os dois começaram a sessão de horas de diversão, consertando carros. Han mostrou a ela as maneiras corretas de consertar um motor e regular sua potência. Ele também disse que o motor deveria ser regulado a partir da maneira que o motorista dirige, para ficar mais fácil nas corridas e passeios. E é claro, tiveram os famosos “acidentes” em que a mão dele fica sobre a dela, enquanto manuseiam a chave inglesa. Han se surpreendeu ao ver como Lin entendia tudo facilmente. Não iria demorar tanto para ensiná-la a consertar carros como ele imaginou.

Perto das 15:30 os dois se cansaram e resolveram parar para descansar um pouco. Como ambos estavam sujos de graxa e óleo, tiveram que tomar um banho. Primeiro foi Lin, saindo do banheiro com outra jeans e uma blusinha rosa, dessa vez, prendendo o cabelo em um rabo alto. Depois, Han saiu do banheiro vestindo uma calça marrom, uma blusa quase da mesma cor e uma jaqueta preta. Ele encontrou Lin sentada no sofá, apoiada no braço, assistindo televisão. Ele se aproximou dela levemente e se sentou ao lado dela.

–Eu tô morrendo de fome. – Disse Lin.

–De novo? Nós comemos não tem nem três horas. – Retrucou Han.

–É que hoje eu estou com um apetite gigante... – E a culpa é sua! Lin quis completar.

–Tudo bem. Vamos, eu conheço um lugar que faz o melhor lámen de Tokyo. – Han se levantou e pegou as chaves de um Mazda preto e laranja. Lin se levantou e foi atrás dele.

Após vários minutos rodando pelas ruas de Tokyo, Han e Lin chegam em um restaurante pelo Drive Thru e fazem os pedidos. Um tempinho depois, os pedidos ficaram prontos e os dois foram buscá-los na janelinha mais à frente. Lin não esperava que a pessoa a entregar os pedidos fosse uma garota que usava o uniforme muito mais curto do que deveria ser, com um decote extremamente exagerado e maquiagem muito pesada para usar de dia. Parecia uma das modelos que frequentavam a garagem de Han num uniforme de garçonete.

A atendente flertou imediatamente com Han, assim que o viu, causando um pequeno ataque de ciúmes interno em Lin. Essa vaca tá pedindo pra morrer! Lin gritava em seu pensamento. O pior foi ver Han flertando de volta. Tudo bem que ela tinha que aguentar uma ou duas marias-gasolina mais atiradas, mas ela nunca havia visto Han dar trela quando ela estava por perto. Lin sabia que ele tinha seus momentos com aquelas garotas vulgares, mas mesmo assim era doloroso pra ela.

Após alguns flertes completamente indiscretos da parte de Han e da atendente, ela pegou uma caneta e escreveu algo na parte de trás da nota que vinha com a comida. Han e Lin pegaram as sacolas e foram embora. No meio da estrada, Lin arriscou a perguntar.

–O que ela escreveu aí? – Lin perguntou, metendo a mão na sacola e retirando a nota.

Estava escrito “Me liga” em japonês, seguido por um número de telefone e um coração.

–Faça bom proveito. – Lin disse, colocando a nota de volta na sacola. Por dentro, ela estava se roendo.

Lin não era de demonstrar ciúmes em público. Principalmente na frente do suposto alvo. Por mais que ela quisesse socar a cara dos dois, ela não tinha motivos suficientes para fazer isso. Han não a pertencia.

Ela ainda estava com fome, então tirou um lámen da sacola e começou a comer ali mesmo, no carro. Han não disse nada no caminho de volta. Ele apenas ficou observando Lin de canto, e percebeu que o entusiasmo no seu olhar mais cedo não estava mais ali. Era como se ela estivesse triste, prestes a chorar. Mas Lin não se atreveria a chorar. Não na frente de Han.

Assim que os dois chegaram na garagem, Lin saiu do carro primeiro e subiu as escadas correndo, sem dizer nada, apenas jogando a lata que continha o lámen no lixo. Ela ficou de costas para o corrimão, esperando Han subir. Quando ele subiu e viu que ela ainda mantinha aquela expressão frustrada, chegou perto dela, quase aproximando os rostos.

–Não se preocupe, eu não me interessei por ela. – Disse Han.

–Não foi isso que pareceu... – Respondeu Lin, com um olhar de desaprovação. – Mas tanto faz, não é da minha conta mesmo.

Na verdade, até que é. Pensou Han. Mas ele não iria se declarar ali, desse jeito, com a possível chance de uma rejeição imediata. Ainda mais Han, que não era do tipo que se apaixonava. Só aconteceu uma vez, com Gisele. E possivelmente com Lin, mas só o tempo diria se era real.

Han olhou no relógio e viu que já eram 16:30, e a escola onde o garoto americano estudava ficava um pouco longe. Ele teria que ir agora para dar tempo de pegar o garoto na hora da saída.

–Eu tenho que ir agora. Vou atrás do garoto de ontem. – Disse Han. – Twinkie, Earl e Reiko vão chegar daqui a pouco.

–Hoje não vai ter corrida? – Perguntou Lin.

–Não, hoje não. Só a festa. Mas até eu chegar aqui, vai demorar um pouco. – Respondeu Han.

–Só vê se volta inteiro da casinha de cachorro do DK. – Brincou Lin, fazendo Han rir.

Antes de sair, Han tomou coragem, se inclinou e beijou a bochecha de Lin. Por mais que ela estivesse de mau humor antes, isso a fez ficar nas nuvens. Por fora, ela apenas sorriu para ele antes que ele saísse. Por dentro, ela estava saltitando e gargalhando.

*~*

Han esperava o garoto americano sair da escola, com o Mazda estacionado bem em frente. Após alguns minutos, ele avistou o garoto vindo em direção a ele.

–Entre. – Ordenou Han.

–Eu vou pagar o seu carro. – Disse o garoto.

–Por que fala como se tivesse opção? – Perguntou Han.

Os dois já rodavam as ruas por um tempinho enquanto Han coletava a ficha do garoto. Se chamava Sean Boswell, tinha dezessete anos e era um americano do Texas. Para Han, já era o suficiente por enquanto.

Chegaram em uma casa de banhos, onde Han mandou Sean entrar e cobrar dinheiro de um homem com uma garra. Sean voltou apenas 5 minutos depois, sendo jogado pela porta. O tal homem pagou a dívida que tinha com Han e voltou para dentro.

Já havia anoitecido quando Han e Sean pegavam a estrada para o depósito de DK. Dessa vez, Han havia deixado Sean dirigir. Han iria dar alguns trabalhos leves da outra parte de sua vida para Sean, para ver se ele era mesmo de confiança.

–Agora você está no serviço de coleta e entrega. – Explicou Han. – Posso chamar uma vez por semana, uma vez por hora, não estou nem aí se estiver doente feito um cão ou na cama com a Beyoncé. Quando eu chamar, você vem.

–Só se você me ensinar Drift. – Respondeu Sean.

–Não é uma negociação. – Retrucou Han.

–Eu não estava negociando. – Rebateu Sean.

Os dois continuaram rodando até chegarem no depósito de DK, que ficava atrás de uma espécie de “fliperama”, mas ao invés de videogames, tinham máquinas de Pachinko. Passaram por uma série de corredores até chegarem no “escritório” de DK, onde ele jogava com alguns subordinados. Obviamente, DK não gostou muito da presença de Sean ali. Para quem não representava ameaça, até que DK se sentiu bem desconfortável quando viu Sean.

–Esse cara tá aqui por quê? – Perguntou DK.

DK não imaginava que dizendo a Han onde Sean estudava, que iria trazê-lo até a reunião.

–Está me pagando por aquela lata amassada na minha garagem. – Respondeu Han.

Após algumas apostas e diálogos que insultavam Sean, o americano foi mandado embora, para que Han e DK pudessem tratar de seus negócios ilegais. DK estava irritado com Han por causa do atraso do carregamento dos produtos contrabandeados.

–Seu carregamento atrasou. – Disse DK.

–Desde quando se preocupa tanto com detalhes? – Perguntou Han.

DK não respondeu, apenas encarou Han de forma desafiadora.

–Quando chega o carregamento, Han? – Perguntou DK.

–Aguarde e deixe eu cuidar disso, tá? – Respondeu Han.

Eles continuaram a jogar e discutir o assunto dos carros por mais um tempinho, até DK puxar outro assunto.

–Suas companhias estão ficando desagradáveis. – Disse DK. – Primeiro aquela garota irritante que gosta de se meter onde não é chamada, e agora esse Gaijin que com certeza vai ser um pé no saco.

–Não foi você que disse que ele não era grande coisa para se preocupar? – Retrucou Han. – E quanto à Lin... é um assunto meu.

–Tudo bem. Desde que você ponha uma coleira nela. – Disse DK, fazendo Morimoto imitar um som de cachorro latindo.

A reunião terminou e Han saiu do fliperama de Pachinko, passando por Neela, que tinha uma expressão magoada no rosto. A mesma expressão de Lin, mais cedo. Ele avistou Sean, que estava perto de um orelhão, se aproximando do carro. Os dois voltaram a rodar as ruas de Tokyo, em direção à garagem de Han, mas por outra entrada.

–Vai ficar tudo bem por aqui? – Perguntou Sean.

–Eu sei lidar com o DK. – Respondeu Han.

–Pensei que ele fosse Yakuza. – Disse Sean.

–O tio dele é Yakuza. – Respondeu Han, com um sorriso irônico. – Ele só está brincando de gangster em seu depósito. Eu preciso dele. Ele evita que o tio Kamata faça perguntas demais.

–Me explique isso aí. – Pediu Sean.

–O tio recebe uma parte dos lucros de todo mundo na área. E estamos na área dele. 50 por cento de alguma coisa é melhor do que 100 por cento de nada. – Explicou Han.

–Você já correu com DK? – Perguntou Sean. Han apenas negou com a cabeça. – Por que não? Ele é tão bom assim?

–Pra quê uma corrida? – Perguntou Han.

–Pra ver se você é melhor do que o outro cara. – Respondeu Sean.

–Só prova que você é mais veloz. Se eu fosse correr, teria que ser por algo importante. Se não, por que eu faria? – Disse Han.

–É que a garota que estava com você ontem me disse que eu não fui o único que perdeu para o DK. – Respondeu Sean. – Imaginei que você tinha corrido com ele.

–Eu não. Mas ela correu. Perdeu e saiu com a testa machucada. – Disse Han. – Correr com DK não é uma ideia muito boa.

–Então por que me deixou correr? – Perguntou Sean.

–Porque você é a Kryptonita do DK. – Respondeu Han, com um sorriso. – E me deve um carro.

Após “correrem” contra um carro que passava na estrada e correrem o risco de serem parados pela polícia (o que era meio impossível, pois a polícia japonesa não dá multas por alta velocidade), finalmente chegaram na garagem de Han, pela outra entrada. Primeiro passaram por uma sala onde uma música japonesa tocava e homens e mulheres dançavam alegremente. Depois, Han guiou Sean por um corredor que levava até a sala que ficava ao lado da garagem.

Assim que entraram, duas modelos já foram se agarrando em Han, com uma o beijando nos lábios. Lin, que dançava perto de Twinkie num canto afastado viu a cena e rapidamente parou de dançar, abrindo caminho pela multidão de modelos e voltando para a garagem. Ela havia se divertido com Twinkie, Earl e Reiko durante as últimas horas, mas continuava com a cabeça em Han. E assim que ele volta, a primeira coisa que faz é agarrar uma maria-gasolina qualquer na frente de Lin, mesmo que ele não a tivesse visto naquele meio de garotas.

Que estúpida! Por que pensei que ele algum dia iria sequer olhar pra mim? Pensava Lin, enquanto subia as escadas da garagem, já indo direto na mesa das bebidas e se juntando ao grupo que fazia um jogo de “shots”.

Na outra sala, Sean viu a cena de Han com as modelos e pensou: Aquela garota de ontem não é namorada dele? Por um tempo, Sean estranhou, mas avistou Twinkie no meio das garotas, vindo em direção a ele e afastando duas garotas que já se agarravam nele.

–Ah, meninas, meninas! – Twinkie colocou um braço ao redor de Sean, o puxando para o meio da sala. – Disneylândia pra adultos, hein?

Sean e Twinkie ficaram conversando sobre as garotas e as técnicas de Twinkie para conseguir ficar com elas.

–Pois é, mas nem todas essas garotas estão disponíveis, né? – Perguntou Sean.

–Como assim, cara? – Perguntou Twinkie.

–O Han tem uma namorada, não tem? Aquela garota que veio falar comigo ontem, depois que eu perdi a corrida. – Perguntou Sean.

–A Lin? Ah, cara. – Twinkie deu uma risada. – Todo mundo acha que eles estão juntos. Mas não. Ela não é namorada dele. Falando nisso, ela estava aqui... pra onde ela foi?

–Sean! – Han o chamou, da porta que levava à garagem.

Sean o seguiu e os dois adentraram a garagem. Han subiu as escadas, ainda agarrado nas modelos, enquanto Sean olhava para a garagem do mesmo jeito que Lin a olhou na primeira vez que esteve ali. Han serviu bebida para as garotas e as dispensou, logo em seguida.

–O Evo vermelho é seu. – Disse Han.

–Que papo é esse? – Perguntou Sean.

–Você me representa agora. O que acha? Que eu vou te deixar dirigir um Hyundai? – Retrucou Han.

Lin se levantou da mesa, um pouquinho bêbada, por causa dos “shots”. Ela viu Sean olhando para o Evo vermelho e desceu as escadas, sem nem olhar para Han quando passou por ele. Mas é claro, Han olhou para ela. Estava muito linda e sexy, num vestido vermelho e sandálias de salto. O cabelo estava solto, liso na raiz e ondulado nas pontas.

–Hey, você é o corajoso de ontem. – Ela disse, se aproximando dele. – Cara, você cometeu a loucura de correr com DK, sem saber Drift, mas eu gostei. Eu sou Lin.

Ela estendeu a mão e sorriu amigavelmente.

–Sean. – Ele apertou a mão dela. – Então você é a famosa Lin? A única outra por aqui que correu contra o DK? O Han me falou de você.

O sorriso no rosto de Lin desapareceu. Ela nem tinha percebido que Han dispensou as modelos, mas ainda estava magoada com ele.

–É, eu imagino. – Ela colocou o cabelo atrás da orelha e disfarçou outro sorriso. – Você realmente precisa de umas aulas de Drift. Amanhã nós começamos.

–Mas o Han já disse que ia me ensinar... – Sean respondeu.

–Ah, por favor. Não há nada que ele possa ensinar que eu não saiba ensinar melhor! – Lin retrucou e voltou para cima.

A festa continuou até tarde. Han ficou sem entender o porquê de Lin estar lhe dando um gelo, pois todas as vezes que ele se aproximava dela, ela saia de perto. Sean, que estava levemente interessado em Neela, estava se sentindo um idiota por tê-la julgado daquele jeito mais cedo e a feito ficar magoada. Mas os dias seguintes reservavam surpresas para eles.


Continua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, povo? Gostaram do trailer e desse cap gigantesco? Se não, não me matem, please! Agora as coisas vão melhorar pro Han e pra Lin, eu prometo! O tão esperado "momento" deles está bem próximo hehee. O cap 6 já está pronto :) Quanto mais gente escrever reviews, mais cedo eu posto :)

Kisses :3