Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 40
Redenção 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda. Olha, admito que quando escrevi esse capítulo estava com preguiça, mas acho, sinceramente, que ele ficou como eu queria!



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Antes do Edgar chegar

–Me solta. – Francyelle tentou se soltar, inutilmente.

–Por que está fazendo isso, Edgar? – Matheus perguntou.

–Ele está sendo controlado! – Disse a Filha. – Magia de vento pode ser usada para criar ilusões ou controlar pessoas, porém, ele deveria ser imune as duas. – Explicou. – E você, não pode congelar essa areia movediça?

–A luta contra o golem sugou metade da minha magia!

–Adeus.

Agora

–Edgar? – Marcos perguntou confuso. – Então quem é aquele?

–Um simples golem humano. – Plantas saíram da parede atrás da usuária de vento. A mesma conseguiu escapar, mas seu golem foi destruído. – Vocês podiam ter sido mais perceptivos. Eu ando descalço na floresta, e eu não deixaria nada de ruim acontecer com vocês. – Pegou uma semente verde de seu saquinho e jogou na direção de Marcos, fazendo com que, magicamente, ela entrasse no mesmo. – Assim posso curar os três.

–Tsc. – a usuária de vento, Bonnie, usou o passo de vento para sair da caverna.

–Vão atrás dela.

–E você? – Francyelle perguntou.

–O usuário de terra ainda não foi derrotado, lembra? – perguntou retórico. – Encontro vocês lá em cima.

–Se cuida. – Marcos foi o primeiro a sair, seguido por Matheus e Francyelle.

–Ah, antes que eu esqueça. – Jogou um papel para a prima. – Presente do Hugo.

–Se já terminou de se esconder, pode sair. Prefiro poupar minha aura do que caçar! – o Filho falou.

–Você foi bem rápido. – Um homem mediano, branco, cabelo castanho e olhos castanhos escuros, saiu da parede. – Meu nome é Bunny.

–Se camuflou. Esperto. – Elogiou, entrando em posição. – Acho que já sabe quem eu sou, então pulemos as cortesias e vamos ao que interessa: você me atacou, e não foi nada legal! – Plantas foram na direção do inimigo, porém, foram paradas por outras plantas. – Como pensei, não vai ser fácil contra um aluno formado. – Sem perder mais tempo, Edgar correu sobre as plantas, passando aura para a perna direita, preparado para acertar o inimigo. Infelizmente, uma pedra o acertou, jogando-o de volta.

Com um pouco de dificuldade, tentou se levantar, mas foi impedido pelas palavras do inimigo:

–Eu não faria isso se fosse você! – Algo era pressionado sobre sua cabeça, e não arriscaria virar para ver o quê.

–Que vergonha, um mago de terra usando uma arma de fogo. – Falou.

–Não pedi sua opinião, e farei de tudo para alcançar meus objetivos! – Pressionou mais ainda a arma.

–Sabe, os canos das armas costumam ser frios. – Tentou se virar para atacar, contudo, o chão abaixo de si o jogou de encontro ao teto e, se não fosse por sua aura, teria quebrado algo. Caiu com o corpo para cima, mas, mesmo deitado, usou sua aura para atacar o adulto, jogando contra a parede. – Você só não me disse por que está nos atacando? – Levantou-se.

–Não estou atacado vocês, estou atacando você. Atacar eles foi só uma distração.

–Você atacou minha escola, feriu meus amigos e companheiros, e, acima de tudo, tentou se livrar dos meus primos. Não importa o que tenha contra mim, eu não vou morrer aqui. Ainda tenho muita coisa para fazer! – Jogou uma semente vermelha no chão e sentou-se em seguida, liberando aura em forma de círculo ao seu redor. Quatro plantas levantaram do chão, e havia uma mão no lugar da ponta, cujo qual, a primeira segurava uma adaga de terra, a segunda uma espada, a terceira uma shuriken gigante e a quarta uma foice. – Quatro caminhos. – Disse o nome da técnica, por fim. – Nossa, minha frase pareceu estilo anime. – Pensou.

Com os outros

–Onde ela está? – Matheus perguntou ao sair.

–Por aqui! – Francyelle foi na direção da vila, parando bem no meio dela. – Se escondeu.

–Como vamos achá-la? – Perguntou.

–Não vamos. – Apontou para um grupo de golens humanos. – Eu cuido dela e vocês dos golens.

–Não seria melhor eu ir? Possuo a vantagem elemental.

–Nem tudo se baseia na vantagem de elemento, irmãozinho. – Marcos caminhou na direção dos golens, ativando seu Beseker.

–Ouve seu irmão. – A garota levantou voo.

–Por que esses primos do Sul são tão cabeça oca? – Estalou os dedos e andou na direção dos oponentes, também ativando sua habilidade, Awakening (Despertar).

Francyelle sobrevoava toda a aldeia, todavia, nada de sua inimiga. Talvez a mesma tivesse fugido para longe, o que ela duvidava, mas não deixava de ser uma opção. Também podia estar se escondendo em uma casa, o que daria muito mais trabalho. Não entraria de casa em casa, levaria tempo demais, contudo, não podia criar um tornado, destruiria tudo.

Optou pela opção um pouco mais demorada, que era parar em frente a entrada e criar uma ventania. As casas não voariam e, se sua oponente estivesse escondida em uma, o vento a diria.

–Bingo. – Usou o ar da casa onde Bonnie se escondia para jogá-la para fora, vendo-a cair na rua. – Dama. – As marcas em seu rosto apareceram e o vento se juntou ao seu redor. – Você me enganou, então não pegarei leve!

–Não vai pegar leve? – Ela riu. – Por acaso você é burra?

–Perguntou a loira.

–Você está usando uma habilidade de vento contra uma usuária de vento formada. – Com um esticar de mão, Bonnie fez com que o ar da habilidade da ruiva fosse modificado, deixando a técnica inútil. – Aposto que nunca lutou contra uma usuária de vento antes, não é?

–Não. – Respondeu séria, pegando suas adagas e jogando na ventania recém-criada. – Dança das adagas. – Disse o nome da técnica. – E você? Aposto que nunca lutou contra uma Filha de Espírita.

Com Edgar

Sua técnica possuía um ótimo ataque e uma defesa melhor ainda, por esse motivo, estava intacto desde que a usara. Já seu adversário, conseguia desviar e se curar, mas se continuasse, perderia o ritmo.

E perdeu, quando foi desviar e caiu próximo a parede, sem opção para fuga. As plantas de Edgar foram na direção dele, porém, não o finalizaram, devido a uma frase:

–Vai me matar, assim como matou meu filho? – Perguntou. A shuriken estava próximo o suficiente dele para que um golpe o matasse, mas a arma recuou uns centímetros.

–Então... – A técnica de Edgar foi desfeita e, aproveitando a oportunidade, Bunny jogou uma pedra no garoto o derrubando.

De olhos fechados, o Filho da espírita da terra não possuía mais vontade de lutar.

–Não acredito que me matou para morrer aqui! – Falou.

–Me deixa! – Edgar olhava para um ponto qualquer no horizonte. – Por que se importa? Deveria querer que eu morresse também.

–Não sou uma pessoa tão ruim assim.

–Não é o que o meu “eu” daquela época acha. – Disse. – E você não deveria estar morto?

–As pessoas mudam quando morrem! E estou, mas vim aqui só para falar com você!

–Isso é impossível. – Falou, ainda jogado no chão.

–Me ousa. – Rodrigo segurou Edgar pela gola da blusa e lhe deu um soco. – Você tirou minha vida, e como punição, terá que realizar meu último pedido. E quero que você sobreviva! – Edgar arregalou os olhos. – E não se esqueça das minhas últimas palavras.

–Mas...

–Sem “mas”! Você não pode negar o último pedido de alguém! – Edgar tirou as mãos do garoto de sua gola.

–Vou tentar! – Virou-se de costas, olhando para o branco que era todo o lugar. – Nossa, conversar com os mortos é estranho! – Admitiu.

–Você também é... – Começou a desaparecer. – Ou era.

No “mundo real”, sem aviso, uma planta jogou o adulto para a parede, e o garoto refez, rapidamente, a técnica.

–Então você é o pai do Rodrigo?

–Sim. Rodrigo, o garoto que você assassinou na primeira vez que fez o segundo ano! – Sua voz emanava ódio, e aquilo só deixava Edgar pior do que ele já estava. – E pensar que eu não reclamei com o diretor quando você machucou meu filho, pois sabia o tipo de garoto que ele era. E pensar que eu não fui descontar em você, uma vez que a escola não tomou providências. – As revelações chocavam o Quarto Filho enquanto a caverna começava a tremer. – E pensar que eu salvei o tal Matheus e Marcos quando os mesmos lutaram contra Light. – Uma pedra foi na direção do Filho, mas as plantas o protegeram. A shuriken parou novamente próxima a Bunny, que parou de se mover.

–Você não sabe o que aconteceu!

–Sei. Você o matou porque ele implicava com você! – Tentou se mover, mas a arma o seguiu.

–Errado! – Afirmou. – Eu mesmo me forcei a esquecer aquilo que houve, mas, naquele dia, eu não o matei por vingança. Matei por proteção! – Os olhos de Bunny se arregalaram, contudo, o mesmo ainda não acreditava que seu filho pudesse ter tentado matar algo. – É a verdade. Seu fez um insulto que não deveria, então meu outro lado acabou despertando e, como último recurso, ele tentou me enforcar. Eu me defendi, é claro. Usei as plantas para fazer o mesmo com ele e, vendo que ele não ia ceder e eu iria morrer, eu o matei primeiro. – Contou. – Não acho que minhas ações possam ser explicadas por esse motivo, mas eu paguei sendo preso por um ano. E, se para você, isso não for o bastante, – a arma voltou de vagar, parando próxima ao Filho – não contestarei sua próxima ação! Mas antes, as últimas palavras dele foram: “Diga a meu pai, que eu sinto muito!”.

Bunny arregalou os olhos e olhou nos do garoto e viu que ele falara a verdade. Estava determinado a sofrer as consequências pela mão do pai do garoto que havia matado, e não existe nada mais corajoso que isso. Levantou-se, portanto, e caminhou na direção do garoto. Ao estar perto o suficiente, jogou seu corpo em uma das armas, ato que fez Edgar arregalar os olhos.

–O que fez? – Desfez a técnica, indo socorrer o inimigo. – Você está louco!

–Por minha culpa... muitos se feriram.

–E você vai pagar sendo preso. – Começou a curá-lo. Bunny levou o dedo indicador até a testa de Edgar, liberando um pouco de aura verde pela mesma.

–Vai precisar! – Seus olhos, lentamente, começaram a se fechar. – Estou indo, filho. – Pensou.

–Ei. EI!

–Pode me fazer um favor? – Edgar abriu um sorriso fraco.

–Sua família e o hábito de pedir favores. – O adulto sorriu.

Com Francyelle

Francyelle começou lançando lâminas de ar, que foram desviadas e contra atacada do mesmo modo. A ruiva não fez questão de desviar. A Dança das adagas cortava o ar ao seu redor, então podia usar isso para destruir os ataques.

Voou na direção da inimiga, que criou uma ventania, atrasando os movimentos dela e aproveitando para usar o ar para bater na mesma, jogando-a de encontra a uma casa.

Mais lâminas foram na direção da garota, mas dessas ela desviou, e as mesmas destruíram ainda mais a casa, piorando o estado delas. Quando encontrasse com seu diretor pediria a ele que concertasse tudo depois.

A luta prosseguiu quase igual, com desvantagem para a Terceira Filha. Lutar contra uma adulta não era tão fácil quanto ela pensava.

–Se continuar, morrerá! – Falou séria.

–E quem que vai me matar? – Zombou. Pôs a mão dominante, direita, para trás e retirou o papel de Hugo do bolso. Olhou para o papel, sorriu e virou para a oponente.

–O desenho de um tornado e duas adagas vai lutar por você? – Arqueou a sobrancelha e cruzou os braços.

–Na verdade, sim. – Tocou no desenho e o tornado foi o primeiro a sair, levando Bonnie. – Créditos para o Aluno Amaldiçoado. – As adagas saíram logo em seguida, se juntando ao tornado, e causando danos a mulher.

O tornado não ficou tanto tempo assim, porém, o suficiente para deixar a mulher machucada a ponto de não ter mais forças para lutar.

Arfando, ela se pôs de joelho, na tentativa de fugir ou fazer algo.

–Pra terminar. – Francyelle jogou uma de suas adagas na direção dela, que não possuía mais forças para esquivar.

–Espera. – Gritou e a adaga foi parada a poucos centímetros de Bonnie. A mulher não fizera nada, Francyelle não fizera, muito menos Edgar que gritara. A arma, simplesmente, parou.

Bonnie olhou na direção da voz, mas o que vira a surpreendeu de todas as formas. Vira o corpo do marido sendo carregado pelo filho. Seus olhos se encheram de lágrimas e tomou a atitude mais impensável de sua vida. Jogou seu corpo para frente, em direção a adaga, mas uma mão a afastou. Olhou para o alto e novamente viu seu filho. O mesmo balançou a cabeça em negativa para a mãe, que olhou na direção do corpo do marido, dessa vez, vendo o Quarto Filho.

Com os irmãos

Para o azar dos irmãos, diferente dos golens que eles haviam enfrentado há alguns minutos, esses não absorviam magia, contudo, não desapareciam. Era cansativo para ambos atacar, destruir o golem e o mesmo se refazer em pouco tempo.

Mas, em um momento, um ataque destruiu um dos golens e o mesmo não se refez.

–Está pensando o mesmo do que eu? – Marcos perguntou.

–Sim. O Edgar conseguiu! – Pelos dois estarem cobertos por suas devidas auras, um chute de Matheus destruiu um golem. – Que tal unirmos nossa magia? – Perguntou, pondo-se de costas para o irmão.

–Dragões?

–Na verdade, tenho uma ideia melhor! – Sussurrou o plano para ele.

De costas um para o outro, criaram uma bola de seus elementos, dando forma para a mesma. O primeiro a usar a magia foi Matheus, que lançou o ataque com a forma de Ice pelo campo, congelando a todos os golens, para logo em seguida Marcos lançar o ataque em forma de Ignos, que queimou a todos.

–Conseguimos. – Matheus comemorou.

–Tinha dúvidas, irmãozinho. – Marcos riu da cara que o irmão fez.

Com Edgar

O mesmo encontrava-se em uma parte mais afastada da floresta junto de Bonnie. O mesmo estava, mais especificamente, atrás de uma árvore, enquanto aguardava a usuária terminar. Já cumprira o último pedido de Bunny, fizera um túmulo para ele e o filho e escrevera o nome de ambos usando aura, agora era esperar a antiga inimiga terminar sua homenagem para poder cobrir aquela área com algumas plantas, só para não ser destruído.

Com Francyelle

–Ei. – Matheus e Marcos iam na direção da Filha. A mesma encontrava-se encostada em uma casa devido aos ferimentos. – Está bem? – O Filho híbrido se abaixou ao lado dela.

–Vou viver. Quando o Edgar voltar eu peço para ele me curar!

–Eu te curo. – Olhou ao redor, mas não encontrou água próxima. – Só preciso achar água.

Francyelle fechou os olhos e se concentrou.

–Ali. – Apontou em uma direção. – O vento está trazendo um cheiro de água de rio.

Foi a vez de Matheus fechar os olhos e se concentrar. Esticou o braço na direção indicada e, em pouco tempo, uma grande quantidade de água vinha na direção deles. Se abaixou para ficar na altura dela, mas foi interrompido antes de começar:

–Se me machucar eu te mato! – A prima ameaçou. – Matheus deu inicio ao tratamento, curando-a.

–E agora? – Perguntou.

–Agora, voltamos para casa! – Fechou os olhos.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Bom, o último capítulo da temporada é semana que vem, então aguardem ansiosos para descobrirem novos segredos sobre o mundo dos Quatro Filhos de Espíritos.
Obs: Bom, eu tinha uma quarta temporada programada para qdn essa terminasse, contudo, o fato de eu ter mais 4 fanfics na cabeça para fazer, e de não receber nem 1 comentário sequer, me desanimou, porque, assim como tds que leem, também tenho vida fora das fanfics, então é aquilo, eu perco uma parte do meu tempo escrevendo e, apesar de eu gostar, parece que é para nada, embora eu tenha aprendido muito escrevendo, então, quarta temporada está fora de cogitação. Se alguém quiser me acompanhar em alguma outra fanfic, começarei na próxima semana ou na outra, então é só ir no meu perfil e se informar. Para os curiosos, deixarei a sinopse da “próxima temporada” abaixo.
Sinopse: 4° Temporada: Mais uma profecia havia sido escrita. Essa, quem sabe, talvez a última. Diferente de outras que falavam sobre o nascimento de um jovem híbrido, seu encontro com a última maga de Salém, a morte e ressurreição do mesmo, e o encontro dos Quatro Filhos, essa virá com muito sofrimento. E uma perda, tão significativa, que abalará ambas as Escolas. A alteração de uma coisa sequer pode mudar todo o destino, não só dos magos, porém de todo o mundo.
Quem ousou dizer que a morte era o fim, não o conhecia!



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