Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 37
Gelo Vs Fogo. Nossa terceira Guerra!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. Está com pouca luta, na verdade, pouca até demais, mas acho que os textos compensam.



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Exceção. Era a palavra exata para distingui-lo. Decidira estudar um ano na Escola Elemental do Sul, porém, havia sido chamado para defender sua equipe em mais uma Batalha. Sua terceira Batalha. Apesar de que sua primeira Guerra fora interrompida, e perdera a segunda por estar sem magia, esse ano seria diferente. Já tinha treinado ambas as magias, e estudara sozinho sobre manipulação de água, então sentia-se mais do que preparado.

–Os representantes do primeiro ano podem entrar. – O diretor anunciou e os alunos caminharam até seus lugares. – O professor Guilherme será o juiz esse ano, devido ao fato do professor Natan estar com o filho dele. Independente disso, façam uma boa luta. – O diretor bateu com o cajado no chão e desapareceu, reaparecendo em seu assento.

Após fazer um discurso, o professor deu inicio a luta. Matheus ficou surpreso por descobrir que o professor havia tirado férias temporárias, todavia, Guilherme também era um ótimo professor.

Reparou que o aluno de gelo, um menino médio, preto, cabelo de mesma cor, provavelmente quinze anos, devido ao fato de ser a idade que se entrava na escola, parecia nervoso.

Não o culpava, uma vez que lutou contra Lucio no inicio do primeiro ano, nenhuma outra batalha o deixara nervoso, a não ser, a que teve contra Felipe. Sabia sobre a fama do irmão de King, porém, encontrava-se tão curioso em saber o quão forte o tal King era, e testar sua magia de fogo, que não teve tempo para ficar nervoso.

O garoto se defendeu de uma bola de fogo, congelando-a, e aos poucos foi ganhando mais coragem em si. Quando Matheus viu um sorriso singelo abrir no rosto do novato, sorriu também. Quase se esqueceu que ele era um Representante e não devia ser fraco. Imaginara se alguém o observara com tanta atenção assim em sua primeira luta. Descobrira que o nome do garoto era Jonathan ao termino da luta, e sabia que ele tinha futuro como mago.

Por Ice, o que estava pensando? Passar meses no Sul com os primos o havia mudado. Decidiu então voltar a atenção apenas para as lutas. Surpreendeu-se quando viu a luta de Cristiano, pois percebeu que ele ficara muito bom. E então, veio a luta. Lucio e Yuri. Foram os nomes que o professor chamou, e não podia deixar de prestar atenção a essa luta.

–Comecem. – Nenhum dos dois se moveram. Os alunos estranharam o fato, mas ao verem as auras os cercando, ficaram surpresos com tamanho poder.

A aura de Yuri começara a congelar o chão ao redor dela, e a de Lucio queimava o chão dele. As auras foram de encontro a outra, colidindo e anulando-se. A princípio ela levou vantagem, porém, ele quem ganhou a pequena disputa, se era que podia se chamar assim.

Lucio aproveitou que Yuri se apoiara sobre um joelho no chão e correu em sua direção, sendo barrado por estacas de gelo. Ele controlou a lava, formada pelo fato dele ter conseguido queimar o chão do seu lado, e começou a derreter o gelo.

Yuri criara um pequeno espaço, onde subiu e ficou alta o suficiente para atacá-lo. Usou a materialização de forma, atirando-lhe bolas de gelo com espinhos.

Ele apressou-se em se defender, mas a verdade é que fora pego de surpresa, então o fez na pressa.

As surpresas para seu lado não acabaram, pois viu que o tempo começara a se fechar, sinal de que ela o estava fazendo. Sua aura lhe cobriu, contudo, ainda levaria um tempo para a armadura se formar, uma vez que mesmo sendo equilibrado, sua especialidade era a força destrutiva da magia, e não a velocidade de criação da mesma.

Já a loira possuía a inclinação para velocidade, não deixando de ter bastante força destrutiva. E fora de velocidade que usou para lançar gelo na direção do oponente, causando dano e lerdando a criação da armadura. A chuva, enfim, começou a cair e isso ajudava a menina, pois possuía um ótimo controle sobre o elemento. Portanto, usou a água para prendê-lo e, mesmo com a armadura lhe protegendo, acabou desmaiando pela falta de ar.

–A vitória é da aluna de gelo, Yuri. São dois pontos para os valentes de gelo. – A luta mais “limpa” que ela já teve. Não fora atingida por nenhum ataque, porém, usara muita aura, então não era para menos que estivesse cansada.

–Isso aí, Yuri. – o namorado levantou e gritou.

Os alunos do primeiro ao segundo ano, por não o conhecerem direito – o primeiro caso por ele não está presente, e o segundo por ele ter ficado mais tempo na biblioteca e em seu quarto que em outro lugar – estranharam o ato.

A garota sorriu e mandou um beijo para o namorado, liberando a quadra, enquanto as médicas levavam Lucio.

As outras lutas, ao ver dele, foram excitantes. Talvez tenha ficado tanto tempo no Sul, vendo as lutas dos magos de lá, fez com que ele se esquecesse de como eram as lutas dali.

Ficou surpreso ao ver o quanto Parris havia evoluído. Parecia que aquela garota indefesa que ele tinha salvado ano passado havia crescido, e bastante. Logo após as lutas de Bia e Stephani, as lutas do terceiro ano começaram.

Depois de ver seus companheiros ganharem e perderem, sua luta chegou antes da dos amigos. E depois das “boa sortes”, posicionou-se e esperou o inicio da luta. Murmurinhos como: “ele quem é o híbrido?”, “ele que possuí duas magias?”, foram ouvidos pelo mesmo.

Assim que a luta foi iniciada, colocou uma barreira para se proteger, enquanto preparava a armadura. Quando a mesma já estava pronta, com sua cor azul e detalhes em vermelho, foi para cima dele, porém, foi barrado por um pequeno portal que abriu em sua frente.

–O quê? – Já ouvira sobre magia do quarto ano de ar, então sabia dizer o que era aquilo. Um pequeno buraco de minhoca, como eles chamam.

–Matheus? – Ouviu uma voz familiar e estranhou, pois ela deveria estar na Guerra também.

–Francyelle? O que foi? Estou no começo da minha luta.

–É o Edgar. A luta dele começou, mas ele teve uma dor de cabeça repentina, e agora se trancou numa espécie de cúpula de terra.

–Eu pensava que ele não podia usar magia de terra, só controlar as plantas.

–Exato. Isso quer dizer que o outro lado dele está tentando pegar o controle. – Ouviu a voz de Lili.

–E o que querem que eu faça, vá para aí?

–Não daria mesmo que quiséssemos. Não somos boa com o buraco de minhoca, então só pudemos fazer esse pequeno, juntas! Sabe-se lá onde você vai parar se tentar entrar. – A garota explicou.

–Deixa eu falar com ele.

–Vou recriar o portal perto dele, espera.

As garotas desfizeram o portal, e Matheus, assim como toda a escola, esperava para ver o que aconteceria.

Já Edgar estava preso dentro da cúpula, tentando se controlar, mas estava mais difícil. Seu outro lado não queria parar.

–Não! – Repetiu novamente. – Eu quem mando aqui. Não deixarei você sair de novo, para acontecer o mesmo da última vez.

–O quê?

Tinha tanta ironia em sua vez que fez o garoto revirar os olhos.

–Não sei o que está falando! – tentou se convencer disso, todavia, a verdade era que aquilo grudara em sua cabeça.

–Ei, Edgar. – Ouviu a voz do primo, e seu outro lado “rosnou” de raiva. – Não me diga que está perdendo o controle para uma versão fajuta de você!

–Quem está chamando de fajuta? – Sua voz saiu um pouco normal e um pouco mais grossa.

–Não estou falando com você! – Falou. – Quando foi a última vez que ganhou uma Guerra, Edgar? – Enfatizou para deixar claro para o espírito da destruição. O primo pensou um pouco, e a verdade era que nunca havia ganho. – Então daqui a alguns dias, quando a Guerra acabar, quero te ver com uma medalha de primeiro lugar.

–Não se atrase. – Sua voz saiu normal e já conseguia reagir. – Sabe que eu odeio atraso!

–Sei. – sorriu e a magia de Edgar se desfez, então as garotas desfizeram a delas.

No Norte, todos se perguntavam o que Matheus fazia que não lutava. Só sabiam que ele conversava com alguém, mas ele logo voltou a atenção para a luta.

–Onde paramos? – Perguntou.

Mais tarde

–E seu primo, como ele tá? – Davi perguntou.

–Tá bem. Teve alguns problemas, mas já melhorou.

As outras lutas foram melhores do que Matheus imaginara. Davi não teve muitos problemas, mesmo o oponente sendo forte. Sempre que precisava se curava facilmente. Lucas também foi muito bom. Ganhou quase com facilidade, uma vez que parecia que suas habilidades ficaram bem mais fortes.

Agora o híbrido ia para a sala secreta, junto do amigo.

–Alguém nos seguiu? – Matheus olhou para os lados, porém, nada.

–Eh, tenho que dizer algo antes.

–Quando entrarmos você diz. Alguém ainda pode nos ver! – Ao ser o primeiro a entrar, Matheus ouviu uma voz familiar, contudo, que não deveria estar ali. Apressou-se, portanto, para confiar. – O que fazem aqui? – Perguntou e teve a atenção voltada para si.

–Surpresa. – Disse o Richard.

–Estamos conversando. – Cristiano respondeu. Estava sentado próximo a Parris, próximo demais.

–Quero saber como vieram parar aqui!

–Bem, o Lucas queria trazer a Stephani, então o Davi disse que se ele pudesse, ele também traria a Maria, aí a Parris quis trazer o Cristiano, então agora estamos todos reunidos aqui! – Yuri explicou.

–E o Lucio, trouxe a namorada dele também? – Seu tom era de repreensão por terem revelado a sala para outros, mas, no fundo, só estava chateado por não ser mais o único a conhecê-la.

–Sei lá do Lucio. – Yuri fez pouco-caso. – Mas senta aqui. Vamos colocar a conversa em dia.

–Não quero. – Fez birra.

–Não me force ir aí e lhe encher de beijos.

–E se eu quiser que você me encha de beijos? – Sorriu de lado, e Davi se pôs na frente deles quando ela levantou.

–Aqui não é lugar para essas ousadias. – Falou e os outros riram.

Nas Finais

–Você parece nervoso, Lucas.

–Se estou nervoso é porque finalmente vou poder te enfrentar. – Falou. – Não está sem magia dessa vez, não é?

–O que acha? – Criou uma bola de fogo em uma mão e de gelo em outra.

A luta foi iniciada e Matheus entrou em modo de espírito.

–Não vou pegar leve com você por ser meu amigo!

–Eu não queria menos! – Desviou de uma bola de fogo.

Os alunos se perguntavam o que estava acontecendo para Matheus mudar de cor. Marcos, assim como o diretor e os Conselheiros, sabia muito bem o que era. Os dois últimos se perguntavam quem poderia ter ensinado aquilo a ele, enquanto o irmão do mesmo se perguntava o que mais o primo mais novo fizera.

Bolas de fogo e gelo voavam por todo o campo, e ambos os alunos pareciam se divertir bastante, até que o modo de espírito de Matheus se desfez, e sem entender, parou o que ia fazer. Lucas aproveitara e lhe lançou um dragão de fogo, que acertou bem em jeito o híbrido.

–É o fim da Batalha. O vencedor é Lucas, dos gigantes de fogo. – Uma salva de palmas foi ouvida por todo o local. Matheus se levantou com a ajuda do amigo e olhou na direção em que o diretor se encontrava. O mesmo mantinha um sorriso no rosto, e o garoto entendeu o que havia acontecido.

–Boa luta. – Abraçou o vencedor. – Sabe que nós ganhamos, né?

–Obrigado, mas sabe que ainda vão contar todos os pontos, né? – Lucas indagou no mesmo tom.

Um pouco depois

–Os pontos já foram calculados, e chegamos ao resultado de que... – fez uma pausa dramática. – os usuários de gelo venceram!

Os alunos comemoraram como loucos, e o diretor chamou os que chegaram na final para a arena. Os Representantes só participavam das lutas contra Representantes, então Yuri e Cristiano estavam ali. Fora eles, os outros alunos precisavam vencer o outro time, e os que chegavam na final contra seu ano, ganhavam uma medalha.

Lucas ficou com uma de primeiro lugar, já Matheus com uma de segundo. A taça do vencedor foi entregue aos oito, que levantaram para a escola. O diretor bateu com o cajado no chão, mudando os quadros da escola e fazendo o dragão de gelo, que havia no placar, sair e voar por toda a parte, surpreendendo os primeiros anistas.





Próximo capítulo: A Escola está em perigo!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bom, essa dica do próximo capítulo é só para fazê-los pensar :).



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