Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 24
Liberto da prisão. O diretor retorna!


Notas iniciais do capítulo

Não se preocupem, respostas virão com o tempo :). E o capítulo ficou grandinho, mas é porque eu já dividi o último com esse, então não deu para dividir de novo.



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Último capítulo

–Por que assim posso usar o fogo como distração. – Ao terminar de falar, uma estacada grande de pedra perfurou seu estômago.

–MATHEUS. – Marcos gritou.

Mais vinham em sua direção, mas ele se colocou na frente do irmão e criou uma barreira. Tão grande e tão poderosa, que o que tocasse nela seria queimado instantaneamente. Infelizmente, não foi o que houve. Não sabia o motivo, mas seu poder começou a enfraquecer e só conseguiu segurar a barreira por mais tempo graças ao irmão.

–Matheus. – Correu até o mesmo.

–Está bem, que bom. – Fechou os olhos. Marcos sentiu uma dor insuportável e caiu ao lado do irmão.

–Consegui! – Light disse, ofegante. – Agora é só dar o golpe final e... – Desviou, por pouco, de uma bola de fogo que veio de surpresa. – Quem é?

–Se esqueceu de mim, Light?

Agora Com Yuri

Ela continuava lutando contra os usuários que apareciam, mas uma dor forte em seu coração a fez cair de joelhos.

–O que é isso?

Nesse tempo, foi cercada, e se não fosse por seu raciocínio rápido em usar a mudança de forma do gelo, teria sido atingida.

Caverna

–Você? – Perguntou. – Pensei ter lhe dado um fim naquele dia.

–Pensou errado. – Fez um movimento com a varinha e liberou mais bolas de fogo. – Permita-me me apresentar de novo. Meu nome é Parris Jordão Williams, a última maga sobrevivente de Salém!

–As magas de Salém. – Revirou os olhos, e começou a se curar com magia de terra. – Três magas fizeram um contrato para poder continuar usando feitiços, porém tiveram que usar varinhas, para não terem que dar algo grande em troca.

–Que bom que aprecia História da magia. – Parris programou a varinha e começou a caminhar na direção dos meninos. – E com isso, tentou me impedir para que eu não fizesse o que estou prestes a fazer. – Tocou o chão com a varinha e dela saiu uma pessoa. – Desculpa, mas não tenho tempo para explicar. Pode curá-las? Eu me encarrego dela!

–Sim! – Respondeu e se abaixou perto de ambos. Parris pôs uma proteção em volta deles só para garantir e programou a varinha novamente.

–Eu devia ter me certificado de destroçar você! – Falou com ódio na voz.

–É, deveria! – Começou a atirar bolas de gelo. Light contra atacava usando o vento, pois seria mais rápido. Porém, depois de usar tanto poder já estava ficando cansada. – O que foi Light? Só é boa em ataques surpresas? – Provocou. – Antes de acabar com você de vez, vou pegá-lo de volta. – Reprogramou sua varinha para fogo, apontou para Light e se concentrou. Em pouco tempo, Cauã que havia sido absorvido por ela saiu.

–O-o que houve?

–Saí daí. – Parris falou e Cauã desapareceu, a obedecendo. – Light, por tentar me matar, eu a condeno agora ao limbo eterno.

–Quem você pensa que é?

–Parris Jordão Willians. – Um brilho diferente saiu de sua varinha, e uma caixa se abriu atrás de Light. A mesma tentou fugir, inutilmente. – Caixa de Pandora. – Ela falou e a caixa pegou Light, se fechando em seguida, para então sumir. Parris caiu sentada no chão, recuperando o fôlego.

–Parris. – Uma voz triste a chamou. Olhou para cima e viu Cauã, ou pelo menos ela achava, porque estava mais velho do que era.

–Desculpa demorar. – Ele balançou a cabeça negativamente.

–Obrigado. Mas já é hora de eu ir.

–Para? – Não queria perguntar, mas sentia a necessidade de fazê-lo. Ele não respondeu e começou a brilhar vermelho.

–Adeus. – Fechou os olhos, entretanto, diferente do que esperava, começou a voltar ao normal.

–Acho que ainda não chegou sua hora. – Parris começou a puxar sua varinha para baixo, com isso trazendo Cauã junto. A varinha brilhou e sumiu, e Cauã se estabilizou.

–O que você fez?

–O certo! – Respondeu com um sorriso.

–Matheus. – Yuri gritou da entrada da caverna. Estava acompanhada de Lucas e Lucio, mas os largou para trás para poder ir até o namorado. – Matheus, o que houve?

–Yu-ri. – Falou fraco.

–Quem fez isso com você?

–Um usuário de terra. – Respondeu e tossiu.

–Não fale. – Davi falou. Marcos entendeu aonde Matheus queria chegar, mas a verdade é que o deixou em uma enrascada. Não era bom em mentir e teria que fazê-lo para não chatear Yuri.

–Consegue curá-lo? – Yuri perguntou.

–Consigo, mas preciso de ajuda! – Afirmou. – Lucas e Lucio, queimem essa estaca para destruí-la, fazendo o favor. Sabe usar magia de cura de gelo, Yuri?

–O básico.

–Serve. No momento em que eles terminarem de destruir a estacada, você precisa parar o sangramento que se formará. Tenho água aqui. – Mexeu a cintura para Yuri pegar a água.

–E eu? – Marcos perguntou.

–Você descansa que já usou muito poder. Você também, Parris! – A cura de Davi mudou de cor para a branca. – Prontos? Agora. – Matheus gemeu de dor, porém, nessa hora, precisaria ser forte.

Com Matheus

–Outra vez nesse lugar. – Falou.

–Dessa vez comigo. – Ouviu a voz de Terim e se virou para vê-la. – Muito obrigada, jovem Híbrido.

–Não tem de quê. – Sorriu fraco, mas abaixou a cabeça em seguida. – É verdade mesmo, não é?

–Hm? Ah. Você ouviu da boca dos meus dois irmãos. – Falou. – Bom, o que você acha? – A pergunta não havia sido feita em um tom irônico. Terim gostaria de ouvir a resposta do próprio Matheus.

–Eu não sei o que achar! – Foi sincero. – Eu vou morrer? – Mudou de pergunta.

–Não, acho que não! Você tem um bom amigo.

–Davi.

–Quando acordar, lhes dê um recado, por favor. Diga que o espírito da terra, Terim, agradece por tê-la salvo. – Desapareceu, deixando-o cheio de dúvidas. Ao em vez de voltar para a realidade, continuou naquele espaço preto.

–Psiu. – Virou e viu um garoto, que parecia ter dezoito anos, pelo tamanho. Não conseguia enxergá-lo direito, mas viu quando o mesmo fez menção de dizer algo, mas não o fez. – Lhe espero na EE do Sul. – Sorriu de olhos fechados.

Com os outros

Droga. – Davi pensou.

–O que foi? – Yuri perguntou, beirando o desespero.

–O que foi, o quê? – Tentou disfarçar.

–Sua expressão acabou de mudar. Aconteceu algo?

–Não. – Mentiu. – Yuri, – seu tom de voz saiu sério – pode parar de curá-lo agora. Eu me encarrego de fazê-lo.

–Tem certeza? – Davi olhou para ela e sorriu.

–Tenho!

Marcos não era especialista em magia de cura com o elemento, só fez o curso para casos de emergência, mas a verdade é que magia de cura de fogo era quase inútil para curar diretamente. Imaginou o que Davi tentava fazer e tinha que impedir. Porém, suas pernas não se mexiam. Imaginou que era pela sua fraqueza de não querer perder o irmão, mas também não podia deixar que Davi fizesse o que estava prestes a fazer. E novamente suas pernas não saíam do lugar. Talvez a vontade de querer que seu irmão sobreviva era maior do que o que era certo, e o certo era, era não deixar Davi se sacrificar.

Porém estava enganado. Não era apenas sua vontade de salvar o irmão que faziam suas pernas travarem, e sim seu pai, Ignos.

Poder de cura, por favor. – Seu poder brilhou mais.

Uma voz falou em sua cabeça. Quando Davi se deu por si, estava em um lugar todo branco.

–Onde estou? – Fez a pergunta que Matheus já havia se cansado de fazer. Suas mãos continuavam uma sobre a outra, como se mesmo dali, ainda estivesse curando seu amigo.

–E um espaço branco qualquer. – Olhou para frente e viu o dono da voz: um garoto pretinho que lhe olhava. O mesmo que aparecera para Matheus.

–Por que me trouxe aqui? Quem é você?

–A roupa não lhe diz nada? – Deu uma voltinha, amostrando melhor a roupa com um dragão marrom estampado na blusa.

–Um usuário de terra. Pensei que todos haviam sido controlados!

–E fomos, mas essa é uma história meio longa. – Caminhou até ele. – Você sabia, que quando as curas de terra e de gelo se unem, é possível voltar no tempo?

–Viagens temporais são impossíveis!

–E são, mas enquanto a cura temporal? – Perguntou se ajoelhando perto dele.

–“Cura temporal”? Eu nunca ouvi falar disso!

–Se fosse fácil, todos usariam. – Pôs suas mãos sobre a de Davi. – Se ambas as curas podem fazer isso, imagina o que a de terra e o seu poder podem fazer.

–Então...

–Não o deixe morrer. Aquele Híbrido ainda tem que me visitar no Sul! – Liberou sua aura verde, que se misturou com a de Davi. O mesmo começou a voltar a realidade.

–Qual é o seu nome?

–É...

Davi não conseguiu ouvir. Até conseguiu ver os lábios dele se mexerem, mas não era tão bom em lê-los.

–Davi.

–Hein?

–O que houve? – Lucas perguntou.

–Ele vai ficar bem. – O ferimento na barriga de Matheus se fechou e o mesmo respirou, aliviando os presentes.

–Quando todos se recuperarem, voltaremos. – Marcos avisou. Todos se jogaram para trás e deitaram no chão, com exceção de Yuri que segurou a mão do namorado, quando o mesmo abriu os olhos.

–Castanhos escuros.

–Falou a dos castanhos claros. – Se referiam aos olhos e riram, porém Matheus ainda sentiu um pouco de dor.

–Você me preocupou! – O beijou.

–Desculpa. Não vou fazer de novo! – Disse após se afastarem, em seguida Matheus fechou os olhos para um descanso.

Em outro plano

Existem vários planos: Espiritual; dos Espíritos – e há uma grande diferença –; humano, entre outros ainda desconhecidos. Um deles era a Caixa de Pandora. Uma técnica criada pelas descendentes de Parris. A “teoria” é de que lá não existe nada e quem entra, é condenado a viver eternamente vagando por aquele espaço.

–Tsc. Aquela maldita garota. – Light falou, ainda vagando. – Se pensa que me prendeu aqui, está enganada!

–Dark, Dark, ou devo dizer... Light. – Uma voz grave, com certeza de um menino, se fez presente no meio daquele vazio espaço negro.

–V-você? – Sua voz saiu preocupada.

–Tsc, tsc, tsc, tsc, tsc, até que foi legal tudo aquilo, – falou – mas, eu não gosto de ser usado! – Ela conseguiu achá-lo, pois o mesmo abriu os olhos, que até então estavam fechados.

–Castanhos claros.

–Suma. – Criou uma foice e, com um golpe, a matou. Fechou os olhos novamente, deixando aquele espaço negro novamente.

De onde estava Yuri sentiu outro aperto no coração, porém não na mesma intensidade da anterior.

Matheus on

Meu corpo estava doendo. Estou deitado em algo macio, isso eu sei, mas tá doendo meu corpo, principalmente as costas. Abri meus olhos e, por causa da forte luz, fechei rapidamente.

–Ele acordou. – Ouviu uma voz familiar. A do Davi. Tentei mexer minha mão, mas ambas estavam sendo seguradas por outras. Virei minha cabeça para o lado esquerdo, vendo Davi e para o direito, vendo Yuri. – Ei, Yuri. Ele acordou. – A mesma levantou um pouco sonolenta.

–Matheus. – Me abraçou e Davi soltou minha mão. – Você disse que não ia me preocupar de novo!

–Eu só estava dormindo.

–Acontece que você dormiu por uma semana! – Davi explicou.

–Que dia é hoje? – Perguntei surpreso.

–Estamos na terceira semana de Outubro, hoje é Sábado 16. – Yuri explicou. – Todos os alunos foram para suas casas para se preparar para a Batalha.

–Mas como é possível, se saímos para a “expedição” na última semana de Setembro? Não ficamos tanto tempo assim lá!

–Aconteceu algo complicado de explicar, depois damos mais detalhes.

Marcos on

–Não quis perturbá-lo, mas preciso saber como foi. – Felipe falou. Eu estava sentado na sua frente na diretoria.

–Além da Light não ter morrido da última vez, Matheus ter descoberto a verdade e não conseguirmos o escudo foi tudo normal. – Disse.

–E você? Conseguimos sentir seu poder daqui, e provavelmente foi a mesma coisa no Sul.

–Depende de como ele ficar! Prometi para ela protegê-lo, porém não acho que serei capaz de protegê-lo mais!

–E ele?

–Ainda dormindo. – Falei. – Se tivesse acordado durante esses dias, teria sentido!

–O Matheus acordou! – Jin falou, após entrar na sala, depois de bater, é claro.

–Você não disse que ele estava dormindo? – Felipe perguntou.

–E estava. Eu não senti nada!

Autor on

Depois de ouvir que Matheus havia acordado, Lucio saiu andando, rumo ao seu dormitório.

–Que bom que acordou. – Lucas entrou na sala, e se sentou na cadeira onde Yuri estava sentada. A mesma sentou direito na cama. – Eu queria poder estar aqui quando você acordasse, mas a tia da enfermaria não deixou. Ela disse: “Aqui não é a casa da mãe Joana!” – Matheus riu. – Então tivemos que revessar, entre o Davi dormir um dia, a Yuri outro e eu vim visitar de tarde.

–Ver todos bem já é o bastante. – Falou.

–E a cicatriz, como está?

–Cicatriz? – Estranhou e Lucas indicou que era para ele pôr a mão na barriga, que só agora reparou estar sem blusa. – Isso. – A cicatriz pegava um pouco mais da metade de sua barriga.

–Desculpa. Não consegui fazê-la sumir. – Davi falou com a cabeça baixa.

–Você me salvou, já é o bastante! – Bagunçou o cabelo dele, o que deixava Davi super zangado.

–Que bom que pensa assim, porque os quarto anistas acham que cicatrizes representam a coragem deles! – Matheus olhou para o irmão, ou agora deveria dizer meio-irmão. – Como você está?

–Bem. – Desviou o olhar. – E o diretor? – Perguntou afobado e os presentes não reagiram muito bem a pergunta.

–Ainda preso. – Davi falou. – Aonde pensa que vai? – Perguntou ao ver Matheus levantar.

–Eu sei o que tem que ser feito para libertá-lo. – Começou a caminhar, porém quase caiu no meio do caminho.

–Eu te ajudo. – Yuri, que o segurou, passou o braço pelo ombro dele e o levou até a sala do diretor, acompanhados dos outros.

–Podiam pôr um elevador aqui. – Lucas falou.

–Sua opinião será anotada. – Felipe o assustou por aparecer de repente. – O que precisam?

–Viemos libertar o diretor! – Davi falou.

–Então conseguiram o Escudo de Terim?

–Isso é com o Matheus. – Yuri falou.

–E então? – Lucio, que estava presente, pois conversava com o diretor, perguntou. – Não vimos escudo nenhum. – Matheus andou até a frente do diretor, onde pediu para que Yuri o soltasse.

–Ainda não entendi como te trouxeram para cá. – Falou. Fechou os olhos e pensou em Terim. – Escudo de Terim. – O Escudo apareceu em sua frente e começou a brilhar. Quando o brilho cessou, podiam ver o diretor se mover aos poucos.

–Que cochilo demorado. – Se espreguiçou. – Então, o que houve na minha ausência?





Continua...


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Notas finais do capítulo

Como eu disse lá em cima, respostas virão daqui a dois capítulos. Depois disso, bem, depois disso é história. Feliz Natal :).



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