Guerra Elemental escrita por Ed Henrique


Capítulo 19
Finalmente autorizados


Notas iniciais do capítulo

Primeira parte.



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–Matheus. - Chamou baixo. - ACORDA. - Gritou, se abaixando em seguida. O Híbrido levantou assustado.

–O que foi, ataque inimigo?

–Não. Hoje é o dia em que mais alunos virão! - Explicou. Temos que guiá-los e blá, blá, blá. - Foi a última coisa que Matheus ouviu antes de se jogar na cama.

–Não queroooo! - Fiz birra.

1h depois

–Quando minha vida vai ser tranquila? - Matheus se perguntou. Já estava em cima do muro observando os alunos chegarem.

Davi, junto de seu irmão, já havia aumentado os quartos. Agora conduzia os novatos pelo colégio.

–Se uma menina aparecer precisando de ajuda, pode deixar comigo, híbrido?

–Com certeza. Já basta as confusões da última vez, Tom. - O dito riu.

–Boatos que você luta hoje, é verdade?

–É meio que por uma causa.

–Então, boa sorte. - Estendeu a mão.

–Obrigado. Talvez precise. - Aceitou a mão.

A manhã foi tranquila, quero dizer que nenhuma garota apareceu precisando de ajuda.

A batalha foi anunciada e explicada como uma abertura para os alunos novos. Óbvio que não era nada disso, mas não poderia ser dito que um diretor desafiara um aluno.

–Isso é sua culpa, Jin. Se houvesse disciplinado seus alunos direito, o diretor não precisaria se incomodar.

–Devo lembrá-lo que também havia um aluno seu, Juan? O irmão alfinetou.

–Conselheiros, Conselheiros, não briguem. Vocês são irmãos! - Pensou no que disse. - Tá, não sou a melhor pessoa para dizer isso.

A EE seguia a ordem de Representante e Conselheiro, por um motivo simples: se um aluno causasse um problema, o Representante resolveria, caso não conseguisse resolver, era levado para o Conselheiro e, se tornasse a acontecer, ao diretor.

–Desculpa, diretor, porém seria melhor se soubéssemos o que está havendo.

–Faz tempo que não uso meus poderes, então vou brincar um pouco. - Falou. - Em meia-hora teremos uma reunião na minha sala, e explicarei tudo.

–Sim, senhor. - Disseram juntos.

–Como sabe o Natan está com um professor de gelo no Brasil, então gostaria que fosse o juiz.

–Tudo bem. - Jin respondeu.

–Então vamos.

Os três saíram da ala de fogo e Juan foi para a arquibancada, Jin assumiu a posição de juiz e Felipe a dele.

–Demitiram o professor Natan? - Matheus perguntou brincando.

–Está ajudando um professor no Brasil por causa da seca. - Jin explicou. - Prontos?

–Sim.

–Aham. - Marcos foi até onde todos pudessem vê-lo.

–Segundo ano, prestem atenção, pois farei perguntas amanhã. - Um murmuro foi ouvido, entretanto não durou muito, por causa do olhar de Marcos. - Vale ponto. - Imediatamente se concentraram. - Ouviu, né?

–Não me use, irmão.

–Que isso, você ganga dois pontos.

–Meu Deus.

–Comecem. - Jin deu dois passos para liberar espaço. Puxou seu livro, pôs uma barreira de cristal para se proteger e sentou no chão, começando a ler.

Matheus logo atirou uma bola de cada elemento, contou até cinco e repetiu o ato.

–Acertei?

–Bem esperto em prever que eu poria uma barreira, mas todo mundo se previne uma vez na vida. - Esticou a mão e chama saiu de cada dedo. - Estranhou? Não é para menos, visto que você não tem aulas do elemento.

–Por quê? É tão difícil assim? - Olhou na direção do irmão.

–E então? - Lucas também perguntou.

–Criar fogo é fácil, pois usamos nossa aura ou o ar quente, porém criar chamas é mais difícil, porque são puras, então tem todo um processo. - Marcos e Felipe deram a mesma explicação como se fosse algo já decorado. O primeiro ainda acrescentou: - Até mesmo eu tenho dificuldades para manter por muito tempo! Entendo que o pai dele era o diretor, mas para brincar com as chamas, ele possui um controle surreal.

–Se queria me ensinar tudo isso, por que não em uma sala de aula? - Disse atacando-o.

–Você só aprende na prática. - Se defendeu.

–Tá, eu concorde.

A medida que a batalha ia correndo ficava mais interessante. Até mesmo Jin parou de ler para prestar atenção. Matheus só usava magia do segundo ano, pois a do primeiro mal surtia efeito nas chamas.

Está sendo encurralado. - A mente de Matheus o "avisou".

–Tô começando a delirar, isso sim. - Pôs uma barreira e pulou para trás, começando a criar sua armadura. Ela ainda não fora moldada, então era igual a toda outra armadura. Cobria o rosto e o corpo.

O relógio de pulso de Felipe disparou e ele olhou para o mesmo.

–Tenho uma reunião daqui a dez minutos. Desculpa, mas acaba aqui. - Levou a mão ao pescoço.

–Jin. - Marcos pediu.

–Estou fazendo. - A barreira que o protegia passou a proteger os alunos também. O Richard mais velho soltou um grito tão alto que Matheus se desconcentrou e a armadura se desfez.

–Me-meu ouvido. - Levou a mão ao mesmo e Felipe parou. - Isso foi trapaça! - Caiu no chão.

–Que menino para desmaiar. - Comentou Davi.

–Ele vai ficar bem? - Perguntou Parris.

–Uhum. Matheus não morre fácil! - Yuri respondeu.

–Te espero na minha sala para contar tudo que sabe. Esteja lá em cinco minutos. - Sorriu.

Após ser totalmente curado e obrigado a contar tudo para Felipe, Jin, Juan e Marcos, os quatro agora conversavam sobre a situação.

–Não acho que seja uma má idéia, mas como o senhor disse: Não podemos deixar isso com as crianças. - Opinou Jin.

–O problema é que não podemos deixar a escola. - Disse Juan.

–E é aí que eu entre.

–Exato.

Matheus on

Entrei no lugar onde eu sou menos querido, o dormitório dos Gigantes de fogo. A amiga colorida do Davi me disse o quarto que eu queria saber e me dirigi até ele.

–Por que você não apareceu? - Perguntei após encostar na porta.

–Tenho meus problemas. - Se virou para mim. - E não lembro de ter deixado você entrar.

–Que isso, meu amigo também dorme aqui. - Ele procurou. - Háháhá. Você fez uma promessa.

–Eu vou cumprir, mas só depois de você entender o significado de: Las gente tiene sientimientos.

–Não falo espanhol e não sabia que você falava.

–Eu sou espanhol, só que sei falar inglês.

–Não sabia, né. Não somos exatamente amigos, - arqueou a sobrancelha - tá, não somos amigos, então não sei da sua vida.

–Verdade.

–Pode traduzir? - Pedi.

–Claro. "As pessoas têm sentimentos.".

–E…?

–Dios mío (Meu Deus). - Bateu com a mão na cara e me empurrou para fora. - Adíos (Adeus).

–Good bye (Adeus). - Gritei no corredor.


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