I will save the world for us escrita por Himeka chan


Capítulo 11
O choro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482442/chapter/11

Mei POV.

A Lucy já saiu da guilda e pouco tempo depois a Alexia seguiu seu exemplo. Pedi licença as pessoas presentes e subi ao segundo andar da guilda,me dirigindo a enfermaria logo em seguida. Abri a porta,sem causar ruídos,me deparando com a Yukkino-san dormindo e me sentei ao seu lado em uma cadeira. Mesmo dormindo sua expressão se mantinha controlada e séria,parecia até que ela estava ouvindo um plano de guerra e precisava coordenar os soldados. Sorri com esse pensamento,ela sempre é muito séria e sempre politicamente correta,mas ao ser assim ele literalmente guarda todas sua emoções para ela. Tenho uma certa pena dela.

Afaguei sua cabeça e me virei para a janela do quarto. O sol estava mais baixo,deveria ser umas 4 horas.”O tempo voa né?”,pensei comigo mesma. Sai da enfermaria e fui para a biblioteca da guilda,e uma menina com cabelos azuis,Levy eu acho,me ajudou mostrando o caminho. Passei meus olhos pelos títulos dos livros e peguei um sobre a flora mágica,e outro sobre árvores presentes em mitos. O por que? Intuição. Sempre tive intuição sobre o que fazer ou que caminho escolher.

–Você nem sempre poderá se apoiar em sua intuição...-um sussurro ou algo do tipo entranhou em minha mente,causando uma onda de choque pelo meu corpo. Observei o meu arredor cautelosamente.

–Star hunt...-falei baixinho e minha magia começou a vasculhar a biblioteca em busca de pessoas,ou qualquer ser com alma. A busca deu negativa e me concentrei no trabalho a minha frente. Se me lembro bem,a profecia falava sobre ter plantado uma semente então minha intuição estava mesmo certa...mas mesmo assim está faltando algo...é como se estivesse errado... Isso não vem ao caso!

–Portão do cão menor eu te abro,Plue!- logo aquela coisa estranha apareceu se tremendo todo.- Bem Plue,você vai me fazer companhia para achar o que precisamos. Está pronto marujo?

–Plue!- ele se tremeu todo e colocou a mão em forma de continência. Ri,e nos pusemos a pensar o que poderia significar aqueles versos.

–Ahá! Olha Plu-kun!-apontei para a imagem- talvez esta seja a árvore! O nome é...-fui interrompida por um grito.

–AAAAAHHHHH!!!!!!!-o grito era da Yuki-san. Mas dês de quando ela grita?!

Subi as escadas em direção a enfermaria e encontrei a porta escancarada e aos seus pés tinha um rapaz estranho,acho que seu nome é...hum...Warren! Isso Warren! Mas eles está com um enorme hematoma na testa. Olhei para dentro do quarto e vi a Yuki-san acordada e toda corada. Que fofa que ela fica! Fui entrar no quarto mas tive que me desviar de toda a bagunça presente no chão. Acho que sei o que aconteceu...

–Yuki-san,você bateu no Warren-san porque ele veio lhe dar comida,certo?

–Hum?-ela parecia ter saído de um devaneio-a sim foi isso mesmo... Como você descobriu?!

–Bem,tem uma bandeja e comida espalhada pelo chão. O Warren-san está caído no chão,você estava dormindo em repouso,e de acordo com as prescrições médicas,está no horário de você se alimentar.

–A claro,faz sentido.-ela já mostrava sinais de se recompor e voltar a sua fria maneira. Mas uma de dor passou pelo seu rosto.- aconteceu não foi?

–Sim.-mais cedo ou mais tarde teríamos que falar a ela sobre isso.

–Me explique minha atual situação.

–A magia da escolhida se manifestou em você como já fora explicado que ocorreria,nada fora dos padrões. Mas ocorreu um incidente que acho que ninguém previa: você durante o processo recitou uma espécie de profecia. Na verdade,tenho para mim que está seja a profecia a qual o Rei nunca quis nos contar,mas o mais importante no momento é desvendar seus versos. Todas nós já estamos desempenhando este papel,então pode relaxar.-um minimo sorriso adornou a face dela,o que me encheu de felicidade.

–Suponho que enquanto me arrumo você possa me contar onde pararam nosso avanços.-assenti e expliquei sobre a profecia e a árvore que encontrei e ao termino,ela já estava arrumada.

–Claritas...bem sabemos o que fazer. Vamos ao hotel e partiremos amanhã ainda pelo manhã.

–Certo!

Seguimos escada abaixo e explicamos que a Yukkino já se sentia melhor e que voltaria logo. Após a descoberta de quem era a maga escolhida eu não precisava esconder minhas emoções,já a Yukkino...ela ainda estava presa a esse tormento. Seguimos o caminho sem pressa,acho que mais do que nunca ela deveria estar com uma imensa pressão em cima dela,no entanto graças a nossa lenta caminhada e as explicações de mais cedo,chegamos mais tarde do que o usual na hotelaria.

Ao entrar no quarto nos deparamos com uma Lucy dormindo a sono solto,um sorriso brincava em seus lábios. Na escrivaninha do quarto vários livros estavam abertos e rabiscados,mas o que sugou minha atenção foi o mapa desenhado em um caderno,no centro da mesa. Observei mais de perto e tomei um choque,ao mesmo tempo em que percebia o quão incrível é minha amiga: ela tinha achado a mesma árvore que eu,e foi além disso,ela achou um meio de chegar até ela.

–A Lucy é mesmo incrível...-Yukkino disse melancólica.-vamos dormir.

Ela se dirigiu ao banheiro e fiquei esperando ela sair. Eis que a surgi um vulto que abri a porta com tudo,e a fecha fazendo um ruído,'considerável',para não dizer ensurdecedor!

–Quem está ai?- a Yuki-san gritou do banheiro.

–E-está t-tudo b-be-bem!-era a Alexia. Ela arfava mas sorria de orelha a orelha. A Yukkino só emitiu um 'hum',e continuou seu banho.

–Posso saber o que te deixou mais animada que o normal?-a encarei. Ela estava deitada na cama olhando para o teto,sorrindo como uma louca e seu olhar vagava por memórias. Como sei disso? Posso ser muito tímida,mas sempre tive facilidade para 'ler' as pessoas.

–A...não foi nada demais...-seu cabelo estava todo bagunçado,suas roupas MUITO amassadas,e seus lábios vermelhos e inchados. Corei com a ideia que me ocorreu.

–Você...você fez...v-vo-você f-fez...-minha mente entrou em curto.

–NÃO!-ela gritou ainda mais vermelha que eu- mas...cheguei perto...-ela se manteve corada,e eu apaguei de tanta vergonha.

Alguém está balançando meus ombros. Meus olhos preguiçosos se abriram lentamente e vi a Yukkino me olhando séria.

–AH!-me lembrei o porque de ter desmaiado e voltei a ficar vermelha.-Quanto tempo...

–Nem 5 minutos.-Alexia falhou me olhando com seus sorrisos.

Fui tomar banho e quando voltei a Alexia chamou todas nós para esclarecer o ocorrido. Ela acordou até a pobre da Lucy,que relutou muito,mas ouviu tudo o que tinha para ser ouvido. Ficamos felizes,cada uma a sua maneira,e pusemos os planos para o dia seguinte em ordem para enfim descansarmos,minha cabeça mal tocou o travesseiro e me vi perdida em sonhos...com um em particular...

.

.

.

.

.

.

.

.

.

–AAHH!!-levantei ofegante e exasperada da cama. Suor frio escorria pelo meu rosto e meus músculos queimavam com a lembrança do meu sonho. Para ser sincera,o sonho que antes estava tão vívido e próximo,deixou apenas uma névoa,rastros do medo e terror que senti.

–Tudo bem Mei-chan?-Lucy me amparou imediatamente. Seus olhos chocolates eram protetores e confortáveis,ela daria uma ótima mãe no futuro...se houver futuro.

–Tudo...eu só tive a sensação de estar caindo da cama e me assustei.-sorri para completar minha mentira,e não só ela como as outras aceitaram. Poderíamos voltar a dormir mas estava próximo do horária em que acordaríamos e seguimos com a rotina.

A silhueta da guilda se mostrava no horizonte,até por fim a alcançarmos. A guilda estava calma,mas foi nessa calmaria que olhares incriminadores foram trocados: Lucy olhou bem disfarçadamente para Natsu-san que sorriu malicioso,e logo interromperam seus contato,já Alexia...ela é MUITO discreta. Ela olhou fixamente em Freed e ele retribuiu,e pensei que eles iam se agarrar na frente de todos...ou quem sabe mais...ui fico arrepiada só de pensar nisso! O olhar deles parou um tempo depois...ou pelo menos acho... Seguimos ainda em direção ao balcão da guilda e nos deparamos com Mirajane-san,que com um imenso sorriso nos disse oi.

–Mira-chan estamos indo para uma 'missão',e passei para me despedir e dizer que volto logo.-a notícia foi um balde de água fria em todos e percebi Natsu se engasgar com a bebida que tomava. De canto de olho,vi uma carranca nada amigável se formar em seu rosto,e Freed não ficou muito para trás.

–Lu-chan você não pode ir sozinha! E se você machucar! Você é tão novinha!- Levy-san deu uma de mão super protetora e Lucy ficou meio sem jeito com a reação dela.

–Sim,concordo plenamente.-Erza-san havia mesmo levado esse argumento a sério,e tinha os braços cruzados no peito.

–Bem eu posso ir com a Luce!-Natsu berrou. Ele parecia inocente ao fazer esse pedido,como um bom amigo,mas nos seus olho brilhavam outras vontades.

–Não Natsu,eu vou- Erza deu um passo a frente e quando o slayer ia reclamar recebeu um olhar tão mortal que se calou,ficando emburrado.

Sabe,se eu tivesse que escolher entrar para uma guilda ficaria com a Fairy Tail. Eles parecem uma grande família,sempre se apoiando,e felizes uns com os outros,aposto que minha mãe amaria este lugar. Minha mãe. Que coisa estranha de se falar afinal eu nunca tive uma mãe de verdade...A única pessoa que me acolheu foi uma moça que morreu um pouco antes de eu completar 15 anos. E quando ela morreu,me contou que não era minha mãe. Mas isso não vem ao caso... Quando enfim sai do meu devaneio percebi que Lucy estava se despedindo de todos. Ela até abraçou Natsu que lhe disse algo no ouvido que fez corar fervorosamente. Já Alexia disse que ia sair um pouco e nos esperaria na estação. Mas assim que ela saiu Freed se retirou. Sabe,acho que ai tem coisa...MUITA coisa.

Depois que todos se despediram da Lucy,mesmo essa dizendo que iria voltar e insistindo que nada disso era necessário,seguimos até a estação,mas uma coisa me incomodava:como raios iriamos colocar a montanha de malas que Erza carregava em um 'carrinho' dentro do trem. Fiquei espantada quando ela veio com aquele monte de malas,e mais ainda por ver ela puxando aquilo. Isso é horripilante! Depois de nos acomodarmos e acomodarmos as malas da rainha das fadas,pudemos apreciar a vista,ou foi o que eu fiz as meninas ficaram discutindo sobre o missão e colocaram Erza a par da situação e qual era nosso objetivo. Eu deveria prestar atenção nestas instruções mas um sentimento de angustia estava me sufocando. Tentei olhar a paisagem ao meu redor:várias colinas cobertas de campos floridos e árvores dos mais variados tipos despontavam no horizonte,o que me fez desejar ter trazido meu estojo de tinta e meu cavalete,esta paisagem daria uma ótima pintura. Mesmo com a sensação incomoda,fiquei mais sonolenta,estava quase pegando no sono quando um grito agudo me trouxe para a realidade. Umas 4 cabines atrás de nós uma mulher estava gritando histérica,e o choro de um bebê acompanhou o coro horrendo. Os pelos da minha nuca se arrepiaram e tive a impressão que já tinha visto esta cena,mas aonde? As meninas levantaram e puxamos o capuz sobre nosso rosto e Erza apenas reequipou uma espada. Era para irmos devagar analisando a situação,mas meus instintos gritavam 'corra' e foi só o que eu fiz. Disparei para a cabine,e mesmo não sendo boa com luta corpo a corpo,dei um chute na porta quebrando a mesma,e foi quando o sucumbi ao terror. Umas das 'sombras' estava segurando uma mulher pelo pescoço e no chão um bebê esperneava. A moça estava pálida e sei por que: o monstro estava sugando sua alma pouco a pouco,mas no momento que eu abri a porta ele a jogou no chão onde ela se estatelou sem vida,e minha mente entrou em colapso. Eu deixei a mulher morrer...uma criança vai ficar sem mãe por minha causa...uma sombra esta mais forte por minha causa...Lágrimas salgadas percorrera minha face e não pudi mover nenhum músculo,cai sobre meus joelhos enquanto meu corpo tremia descontroladamente. A sombra se aproximava mas esse é o menor dos meus problemas,na verdade me sinto a pior pessoa do mundo e morrer não iria ser tão ruim...

Um assobio alto foi ouvido na cabine e uma espada atingiu o monstro no coração em seguida um feitiço destruiu por completo aquele ser. Meus ombros foram segurados e vi Lucy me reconfortando,já Yukkino examinava a moça e constatou que ela de fato estava morta,me causando mais remorso. Foi quando olhei para o bebê que estava no chão ainda chorando,e senti uma vontade de me redimir e também de confortar o bebê. Recobrando aos poucos meus sentidos e minha consciência peguei a criança do chão aninhando-a em meus braços enquanto me balançava de um lado para o outro. Isso me trouxe a memória da minha mãe ninando uma criança na casa em que trabalhava. Fui tirada dos meus devaneios por Lucy,que abraçou meus ombros e me levou de volta para nossa cabine.

O resto da viagem foi soturno e quando desembarcamos na cidade,fomos a delegacia explicar o ocorrido. Por alguma razão desconhecida os parentes mais próximos do garotinho,cujo nome era Edan moravam muito longe,e quando pedidos para ficar com o garoto não quiseram. Antes que pudesse conter minhas palavras pedi para ficar com o garoto,e o mais estranho foi que aceitaram,afinal já sou maior de idade. Sai um pouco mais feliz da delegacia do que quando entrei,mas não foi só eu. As meninas,e até mesmo a Yukkino que ainda estava com a magia,ficaram animadas com o menino. Ele era até parecido comigo:tinha cabelos ruivos,mas seus olhos eram azuis,e estavam quase sempre fechados. Vez por outra soltava um sorriso banguela nos fazendo cair na gargalhada,com este imprevisto tivemos que comprar coisas como roupas,comida e tudo que o bebê poderia precisar neste momento.

Estávamos saindo de uma loja quando Yuki-san começou a se curvar e gemer de dor. Fiquei apreensiva e segurei Edan mais próximo ao meu corpo,e Yukkino brilhou com uma magia muito forte para em seguida sair flutuando em uma velocidade 'considerável'. Seguimos ela por toda a cidade,mesmo com as compras,mas hesitamos:Yuki-san entrou na suposta floresta onde se encontrava e árvore mística. Pensei em continuar,mas as meninas disseram ser mais seguro eu ficar e cuidar do menininho. Pensei em segui-las mas elas insistiram e por fim cedi.

Ali parada na entrada da floresta enquanto as via sumir,senti que algo grande estava para ocorrer.

–Que as estrelas lhes guiem- como se entendesse Edan abriu os olhos.

Ela' POV.

–Espero ter ajudado- falei sentindo os grilhões de ferro nos meus pulsos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor pessoinhas,não se esqueçam de comentar,me auxilia muuuuuito saber o que vocês estão achando da fic,é apenas com esse feedback que eu sei em que pontos melhorar! De qualquer forma,obrigado por lerem!! Mil bjks e até!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I will save the world for us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.