O garoto da Casa ao lado escrita por MihChan


Capítulo 30
Especial: Hiromi after story


Notas iniciais do capítulo

~Yo
Olha eu aqui! quase não cumpri meu prazo, mas até meia noite ainda é hoje então tá valendo. Eu já li todos os comentários que me mandaram e amei cada um *u* Só vou postar esse capítulo e vou correr pra responder cada uma que me mandou comentários tão lindos! Sério, eu amei! E ainda mais, que algumas de vocês quase choraram ;v; Gentee! Eu realmente amei estar com vocês enquanto escrevia essa história e LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Boa leitura e espero que gostem ~>



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482215/chapter/30

(Sim, a autora dessa história é uma plagiadora e não tem criatividade para pensar em títulos melhores!)

Hiromi e Haru desceram do vagão de metrô no centro comercial da cidade, que era a estação mais perto de casa, mas não foram diretamente para a mesma. Resolveram ir para a escola primeiro e esclarecer que tudo havia dado certo, e que ela estaria com seus amigos de novo.

Foram em silêncio pelo caminho, apenas de mãos dadas. Estava um clima incrivelmente estranho. Talvez por terem passados um tempo considerável afastados, a vergonha de ambos estivesse por ali.

Chegaram à escola e Hiromi sentiu uma enorme vontade de chorar. Pensara que não veria aquele local mais nem tão cedo e agora estava ali e o melhor com o garoto que a tinha feito conhecer tantos sentimentos novos, nem todos tão bons, mas todos com um certo valor.

– Haru! – ela chamou sua tenção e pulou para um abraço, que Haru retribuiu confuso. Se separaram e ela sorriu com algumas lágrimas nos olhos.

– Não chore. – ele disse fazendo uma expressão de maduro e desviando o olhar e fazendo bico, ao ver que agora a garota ria de seu ato.

O sinal da escola soou indicando que as aulas haviam acabado. Hiromi se escondeu atrás de Haru e ficou esperando que seus amigos viessem de encontro à ele.

Natsume e Tomoya foram os primeiros a avistar Haru, e fizeram expressões de dar medo ao não verem Hiromi com ele. Foram correndo até ele e Natsume já se preparava para espancá-lo.

– Onde está a Mi-chan? – Yumi perguntou chorosa, parando na frente de Haru e o salvando da sua provável morte.

– Bom... – ele sorriu envergonhado passando uma das mãos na nuca.

Olhou por cima do ombro sorrateiramente para Hiromi, como se pedisse para ela aparecer logo antes que ele fosse espancado até a morte. Natsume estava à ponto de comê-lo vivo.

Quando todos já estavam ali perguntando loucamente onde ela estava, Hiromi saiu de fininho de trás de namorado e se colocou ao lado dele sem dizer nenhuma palavra e sorrindo de orelha a orelha.

– Mi-chan? – Natsume foi a primeira a soar e arregalar os olhos – Mi-chan!!! – todos pularam nela e a abraçaram.

Depois de quase morrer sufocada, Hiromi conseguiu acalmar todos os seus amigos e conversar com eles como pessoas civilizadas. Como já sabem, com toda a certeza, eles perguntaram como eles tinham se acertado e eles contaram omitindo algumas coisas, como o pedido de casamento.

Foram todos caminhando em direção à praça perto da casa de Haru e antiga casa de Hiromi, conversando animadamente e comemorando por Hiromi poder ficar com eles. Teriam mais dois anos pela frente que estariam juntos.

– E como você vai ficar por aqui, Mi-chan? – Mao perguntou, enquanto caminhava ao lado de Hiromi.

– Boa pergunta. – ela sorriu amarelo.

– Você podia ser emancipada como eu. – Otani se intrometeu.

– Cabeção, ela ainda não tem 16 anos completos. – Natsume ralhou.

– E nem eu. – o ruivo argumentou.

– Você deve ter e nem sabe. – a azulada disse dando de ombros.

– Eh? – Otani a encarou – Está dizendo que eu tenho cara de velho? – indignou-se.

– Se a carapuça serviu. – Natsume cruzou os braços e deu língua, travessa.

– Ora, sua...!

Todos riam com gotas por estarem acostumados com aquilo. Aqueles dois nem pareciam namorados realmente. Hiromi estava radiante. Tudo continuaria como antes.

Assim que chegaram à esquina da rua da antiga casa da garota, a mesma sentiu um frio na barriga. Agora sim ela teria de pensar aonde e como ficaria por aqui.

–... – Hiromi parou e começou a roer as unhas, nervosa.

– Está tudo bem? – Haru perguntou parando mais a frente e sorrindo pra a namorada.

– Não está! – choramingou o encarando e ele riu.

– O que houve? – Yue perguntou parando também.

– ... – Hiromi estava perplexa.

– Mi-chan? – Sakura se aproximou e balançou à mão na altura do seu rosto.

– Acho que ela precisa ser reiniciada! – Otani disse com cara de tédio.

– Ele não é um vídeo-game, baka! – Yumi ralhou.

– Ei Menina! – Natsume chacoalhou a baixinha que tinha o olhar fitado no horizonte.

Maya fez uma semblante pensativo e uma lâmpada se acendeu em sua cabeça. Ela se aproximou de Haru e sussurrou em seu ouvido, fazendo o mesmo corar e a encarar não acreditando que ela dissera aquilo.

– Isso é e-embaraçoso! – Haru disse agitando as mãos no ar, enquanto todos os encaravam confusos.

– Vai logo, seu molenga! – a loira o empurrou na direção da garota que agora estava agachada e com uma aura melancólica ao seu redor.

Haru encarou a garota e sorriu amarelo. Ela era realmente infantil e por isso ele sentia tanta vontade de protegê-la. Encarou Maya novamente que piscou o olho sorrindo.

– Eu não posso fazer isso na frente de todos! – berrou e despertou Hiromi de seu momento dramático.

– É só um beijo! – a loira bufou em protesto.

Os outros abafaram o riso, enquanto viam Maya e Haru discutirem sobre ele dar ou não um beijo em Hiromi.

– Eu quero minha mãe, Haru! – Hiromi se agarrou à cintura do garoto, chorosa. Ele corou um pouco e a abraçou meio sem jeito.

– Awn! – os olhos de Yumi brilharam.

Haru entrelaçou seus dedos nos de Hiromi a encorajando ao o que quer que ela estivesse com medo. A baixinha o encarou e o garoto a deu um dos melhores sorrisos encorajadores que a fez sorrir também, e começaram a andar em direção a casa dele.

O sorriso a fez esquecer o porquê de a poucos minutos antes estar tão nervosa, mas quando começaram a se aproximar da antiga casa laranja-abobora de Hiromi, a mesma surtou novamente.

– Como? Onde? Eu sou louca! Fazer isso sem pensar primeiro. Meus avós são loucos. Agora eu vou ficar na rua e... – falava sem dar pausas enquanto todos riam, e Haru a puxava.

A porta da casa de Haru abriu-se bruscamente e uma Kagome chorosa saltou em cima da pobre garota que calou a boca, assustada.

– Ainda bem que você voltou! – ela chorava rios de lágrimas e seu filho tentava acalma-la.

Se despediram dos amigos sorridentes e entraram, já sabendo o interrogatório que teriam. Sentaram no sofá da sala, e como previsto antes, Kagome exigiu que contassem à ela como tinham se resolvido detalhe por detalhe. Hiromi e Haru contaram tudo que acharam necessário, enquanto ela acariciava o gato amarelo em seus braços.

Quando terminaram, a garota contou sua situação e Kagome não deu tanta importância assim, apenas sorriu travessa e começou a fazer suspense.

– E agora Hiromi-chan? – levou as mãos até a boca fingindo estar preocupada e assustada – Você pode ser presa, ou levada para um orfanato, ou pior...

Hiromi se encontrava tremendo agarrada em uma almofada, Haru encarava sua mãe com reprovação e segurava o riso por a garota estar levando aquilo tão a sério.

– Bom... – a mulher sorriu triunfante – Seus avós já me ligaram e conversaram comigo. – sorriu.

– Eh? – a garota se acalmou um pouco e encarou Kagome esperando uma explicação.

– Hã? – Haru fez o mesmo.

– Ai, crianças! – a mulher suspirou derrotada - Eles disseram: - ela pigarreou antes de continuar e simulou uma conversa ao telefone - “Hiromi está realmente apaixonada. Não poderíamos fazer algo tão cruel com nossa única neta. Tenho certeza que Haru é um garoto ótimo e que cuidará bem dela, então já sabem o que fazer!” – sorriu de orelha a orelha, mas uma certa baixinha conhecida também por sua lerdeza, estava esperando alguém explicar as entre-linhas.

Hiromi encarou Haru e o mesmo estava corado ao extremo e seus olhos giravam nas órbitas.

– Oe! – ela o chacoalhou enquanto Kagome abafava o riso – O que houve? – Hiromi o encarou intensamente e ele se despertou do transe.

– Bom... – Haru encarou a mãe, que sorriu indicando que prosseguisse – Eles querem realmente que nos casemos.

– Eeeeh? – agora quem estava extremamente corada era Hiromi.

– Ah! – a mãe de Haru girou o dedo indicador no ar – E eles disseram também: “Esperamos um neto!”

– Eu vou desmaiar! – Hiromi disse, mais vermelha que um tomate.

Depois de várias piadinhas de Kagome sobre serem muito inocentes e ingênuos, que não conseguiriam viver sobre o mesmo teto e nem dar netos pra ela, eles resolveram falar à sério sobre aquilo.

Falar era fácil, mas fazer era o difícil. Eles ainda nem estavam no segundo ano do ensino médio, como poderiam se casar assim do nada? Bom, não era tão do nada, mas era uma situação que precisava ser pensada direito.

– Isso é s-sério? – Haru perguntou fervendo de tão vermelho.

– Não, não! – Kagome mostrou a língua – É claro que é sério! Não foi você que a pediu em casamento?

– Eh? – soaram confusos.

Não tinham contado a ninguém sobre esse pedido de casamento no aeroporto... Como ela sabia?

– Seus avós são bem bisbilhoteiros. – esclareceu e riram amarelo.

Claro que eles estavam atrás da porta de embarque assistindo tudo, as escondidas. Isso era a cara deles. Como eles não poderiam ter pensado nisso?

– Então! – Kagome se levantou decidida – Vamos preparar esse casamento!

– Sim, Kagome-san! – bateram continência.

~*~

– Vocês vão se casar?! – os olhos de todos da sala brilharam.

– Bom... – Hiromi afirmou com uma aceno de cabeça, desviando o olhar – Não é um casamento e sim um noivado. O passo de uma casamento ainda é muito grande para nós.

– Quando acabarmos os estudos, quem sabe? – apertou a mão da namorada e ela sorriu concordando.

– Ah~ - um colega suspirou – Haru é tão sortudo! – completou.

– Temos que comemorar! – Yumi anunciou.

– Hai! – todos berraram animados.

– Não, não! – Natsume cruzou os braços – Calma aí.

Natsume barrou todos os incheridos que queriam ir junto. No final, só foi a turma típica: Hiromi, Haru, Yumi, Sakura, Mao, Eriol, Yue, Otani, Luka, Natsume, Maya, a não ser por Tomoya que não era tão “típico” assim.

Depois que todas as aulas terminaram, para comemorar o noivado de Hiromi e Haru, resolveram ir ao karaokê. Aquele que trazia boas lembranças e outras nem tanto, mas olhar pra frente é o que Hiromi tinha em mente. Nada do passado a impediria de fazer o que queria. Talvez tudo que aconteceu tenha a deixado um pouquinho mais forte em relação a essas coisas.

Sentaram-se em uma mesa e Hiromi encarou Yue e Mao que nos últimos dias não desgrudavam. A aproximação deles era muito, muito, muito suspeita, já que Mao já tinha se confessado e não tinha sido rejeitada.

A garota riu travessa quando alguns pensamentos rondaram à sua mente. Apoiou o queixo nas mãos e fez uma cara de preocupação.

– Moa-chan! – choramingou atraindo os olhares de todos – Como vai o coração? – perguntou e a garota corou.

– Ora, q-que pergunta... – disse nervosamente – Ó-ótimo! – completou.

Yue também estava corado, mas com certeza ele conseguia esconder seu nervosismos muito melhor que Mao. Mas isso só fazia suspeitarem mais ainda. Se a pergunta foi direcionada à Mao, porque Yue estava vermelho?

Quase ninguém pode ter percebido, mas Mao olhou de esguelha para Yue e corou mais ainda, e isso não passou despercebido por uma detalhista chamada Endo Yumi.

– Hu? – soou travessa piscando o olho para Hiromi e indicando que estava entrando na brincadeira – Então o que houve para seu coração estar ótimo? – entrelaçou os dedos sobre a mesa.

– Vinhemos aqui pra cantar, certo? – Yue se intrometeu.

– Shiu! – Natsume ordenou – Queremos ouvir a resposta. – e encarou Mao.

Todos a encaravam agora. Ela escorregou pelo banco acochoado, tentado esconder seu rosto na altura da mesa para que assim não arrancassem dela aquela confissão.

– Yue! – Tomoya o encarou com uma expressão extremamente entendiada – Tem como oficializar logo esse namoro?

O garoto deixou o óculos cair de seu rosto, e agora estava violentamente corado. Olhou para Mao que estava delirando de tão quente que seu rosto se encontrava, e murmurava algumas coisas.

– Vamos cantar! – Yue disse se levantando e pegando um dos microfones, tentando se livrar daquilo.

– Nada disso! – Haru o puxou pelo braço, fazendo-o se sentar novamente.

O encararam intensamente. Ele suava e olhava de esguelha para Mao que mantinha seus olhos fechados com força e o rosto muito corado. O presidente suspirou encarando a garota e sorrindo, colocando seus óculos novamente e fazendo sua famosa pose que faz o óculos brilhar.

– Hai, hai! Creio que me pegaram. – sorriu – Sim, nós estamos em um relacionamento.

– Eh?! – Mao se levantou bruscamente e encarou o garoto – Desde quando? – perguntou.

– Desde agora! – pegou na mão da garota e a beijou gentilmente – Suzuki Mao, aceita ser minha namorada? – sorriu meigamente.

– Awn! – todos estavam maravilhados, menos Tomoya que achava mais interessante o copo com o logo do karaokê.

– Hai! – Mao pulou nele o abraçando, muito emocionada.

~*~

Uma, duas, três semanas. Um mês inteiro já estava para completar, que Hiromi estava ali. Estava morando com Haru e sua mãe. Mesmo depois noivassem, não iriam morar sozinhos ou algo do gênero. Por serem novos e por a casa ser grande, não haveria problema. E afinal, era só um noivado por enquanto.

O Noivado. Já estava quase pronto e o dia se aproximava. Seria no final das férias de verão, o que queria dizer eu já voltariam para a escola como noivos.

Quanto mais Hiromi pensava sobre isso, mas ela ficava nervosa. Ela estava insegura. Nunca se imaginou noivando, ainda mais com 15 anos. Tendo responsabilidades tão nova... Se já estava nervosa assim por um noivado, imaginava como seria no dia do casamento. Ela bateria as botas ao acordar pela manhã do dia. Apesar de tudo, ela estava disposta a fazer aquilo para estar com a pessoa amada, Nakamura Haru.

Hiromi não era a única pessoa nervosa. Haru estava trabalhando agora, com todas as suas habilidades em prática. Seria o que chamamos de “pau para toda obra”. Hiromi fazia alguns bicos como cuidar de crianças nos finais de semana, passeava com cachorros durante a manhã e garçonete no fim da tarde. Estavam se esforçando para que aquilo tudo desse certo e parecia estar indo bem. Não iam ficar vivendo as custas de Kagome, apesar de ela ter dito que não precisavam se preocupar.

Os avós de Hiromi estavam muito ansiosos. Viriam à Hokkaido para aquele noivado e piravam só de imaginar um neto, o que deixava Hiromi atordoada. Ela escrevia para eles toda semana, além de falar pelo telefone. Eles faziam questão de saber como a neta estava, o que deixava Hiromi muito feliz.

Estavam Hiromi, Yumi, Natsume, Mao, Sakura e Luka na cozinha tratando dos preparativos finais para a celebração. Não seria nada grande, à pedido de Hiromi. Ela queria uma coisa mais reservada, para as pessoas mais próximas dela. Nada que chamasse muita atenção, só por estar noivando com Haru, era algo extremamente maravilhoso.

– Rosas brancas, Mi-chan? – Sakura perguntou.

– Eu acho que queria alguma flor azul... – respondeu pensativa e Sakura tratou de providenciar.

– E o vestido, já escolheu? – Mao perguntou.

– Não precisa de nada tão grande, já que será uma coisa pequena. – respondeu sorridente.

– Chamará somente os mais chegados? – Natsume perguntou enquanto escrevia alguns nomes em um caderno.

– Ah sim, onegai shimasu! – sorriu.

– Acho que poderia ser este! – Maya apareceu na cozinha com uma vestido branco que ia até um pouco abaixo dos joelhos, com a cintura marcada e mangas longas de rendas.

– Que lindo! – Yumi exclamou, sonhadora.

– Vai ficar lindo em você. – Luka sorriu para a baixinha que corou.

– Eu vou tirar muitas, muitas e muitas fotos! - a albina se exaltou e começou a rir histericamente.

Ela vestiu o vestido e apareceu na cozinha para que todas as garotas pudessem vê-la e darem suas opiniões.

Kagome estava orgulhosa e segurava suas lágrimas. O vestido fora outrora seu, quando pensara que chegaria a se casar com o pai de Haru, mas o como o mesmo sumiu e nunca mais deu notícias o vestido foi esquecido.

– Ficou lindo! – agora a mulher chorava.

– C-calma, Kagome-san! – Hiromi tentava acalmá-la enquanto as garotas riam.

Depois de conseguirem acalmá-la, fizeram os ajustes necessários para que o vestido servisse do modo certo em Hiromi.

– Cheguei! – ouviram a porta ser aberta e a voz de Haru soar pela casa.

As garotas se encararam amedrontadas. Natsume se levantou da mesa correndo rapidamente para sala. Haru parou e fez cara de espantado ao ver a azulada o encarando com os cílios serrados.

– Eu disse para Otani te levar para o apartamento dele. – falou confusa. - Aquele cabelo de fogo irresponsável.

– Hã, sim, mas... Eu tinha que tomar um banho, trocar de roupa e ver a minha futura noiva. – sorriu e uma garota na cozinha quase teve um ataque cardíaco, de tão rápido que seu coração bateu.

– Não pode vê-la agora! Dá azar se você ver ela com o vestido antes do casamento! – Mao apareceu e disse.

– Claro, claro! Mas isso é um noivado e não um casamento. – Haru disse dando de ombros.

Todas as outras garotas vieram da cozinha e o encararam com olhar de reprovação. Talvez não fosse a hora certa para piadinhas. Ele estaria encrencado se dissesse mais alguma coisa babaca.

– Posso beber água pelo menos? – disse já se dirigindo à cozinha.

– NÃO! – todas gritaram.

.

.

.

– Ótimo! – murmurou sentado no pequeno muro de sua casa – Fui expulso da minha própria casa. – sorriu. Colocou um dos pés no muro e apoiou o rosto no joelho – Como será que ela ficou? ~cora~

~*~

– O grande dia! – Kagome anunciou abrindo a porta do quarto de Hiromi e a acordando.

Ela estava usando o quarto de hospedes, mas todas as suas coisas tinham sido transferidas para o mesmo.

– Eu acho que eu vou vomitar, Kagome-san! – disse se levantando e correndo para o banheiro.

Kagome a seguiu sorrindo de orelha a orelha. Chegou no banheiro e a viu colocar pra fora a comida do dia anterior. Hiromi se sentou no chão e respirou meio ofegante.

– Nervosa? – Kagome perguntou.

Hiromi a encarou e antes que pudesse responder, teve outra forte vontade de vomitar.

– Acho que isso é um sim. – a mulher adivinhou.

– Bom dia! – Haru apareceu na porta do banheiro, radiante – Hoje é um dia muito especial, certo? – perguntou à sua namorada, que o encarou e se sentiu mais nervosa ainda e se virou para vomitar novamente – Essa não era a reação que eu esperava... – sorriu amarelo massageando a nuca.

– Ela está nervosa e tem todo motivo do mundo para isso. – Kagome disse – Agora trate de ir para casa do Otani-chan! Só quero o senhor aqui na hora marcada! – ordenou.

– Hai! – o garoto bateu continência, afagou os cabelos de Hiromi e desceu as escadas correndo.

Depois de Kagome dar um calmante a Hiromi, ele conseguiu ver seu mundo parar no lugar, já que antes ele girava loucamente e ela se sentia enjoada.

As garotas já haviam chegado com grande bolsas e extremamente animadas. Hiromi contou o ocorrido quando elas perguntaram como tinha sido o começo da manhã. Maya, travessa e conhecendo a personalidade de Hiromi, começou a fazer comentários desnecessários sobre seus enjoos.

– Se eu não visse que dormem em quartos separados, diria que está grávida.

Hiromi a olhou incrédula, fazendo-a rir e deu um tapa de leve em seu braço.

– É c-claro que n-não! – ela respondeu muito corada fazendo todos rirem.

Sakura cuidou do cabelo junto de Yumi, Natsume e Maya cuidaram das unhas, Mao e Kagome cuidaram de fazer os ajustes finais no vestido e Luka de uma maquiagem básica. Pode até não parecer, mas a garota-pirulito fez um ótimo trabalho como maquiadora.

Hiromi estava pronta e agora não estava mais nervosa, estava muito, muito, muito feliz.

...

– Cara, você está dando um grande passo hoje! E eu estou feliz por ter ajudado em toda essa história. E estou especialmente feliz por eu ser o seu melhor amigo e ter honrado esse cargo.

Um certo ruivo fazia dramatização, enquanto Haru tentava dar um jeito nos cabelos rebeldes por natureza. Tomoya jogava xadrez com Yue na mesa de centro da casa de Otani, e Eriol tentava inutilmente ajudar Haru com seu cabelo.

– Todos nós vamos presenciar uma grande passo na sua vida... – ruivo continuava.

– Cala a boca, cara! – Eriol disse começando a rir.

– Que? Eu estou declarando minha felicidade e-

– Hai, hai. – Tomoya o cortou – Faça isso no dia do casamento e não no noivado, certo?

– Vocês são tão chatos! – choramingou.

Depois de conseguirem se arrumar, desceram e começaram a andar pelas ruas. A casa de Otani era perto da de Haru então iriam andando mesmo. Todos vestiam blusas sociais e calça jeans, com exceção de Haru, a sua era um jeans mais formal e a blusa social estava com alguns cotões desabotoados e revelavam uma blusa vermelha por dentro.

– Cara. Não precisa ficar nervoso! – Otani se aproximou de Haru.

– Mas eu não estou! – falou sorridente.

– É claro que está! – Eriol disse superior.

– É um passo importante! Todos estamos nervosos por você. – Tomoya sorriu.

– Mas eu não-

– Não se preocupe! – Yue se pronunciou – Daremos todo apoio possível.

Haru ficou confuso. Seus amigos pareciam estar mais nervosos que ele. Para falar a verdade, ele não estava nem um pouco nervoso. Tinha certeza do que estava fazendo e do que queria.

Já era fim de tarde e o sol estava pintado de laranja e roxo, uma paisagem linda. No quintal da casa de Haru estavam todos que tinham sido convidados: Ryou; os avós de Hiromi; Kyou; os pais da Natsume e seu irmãozinho, Hideki; Ryu, Koharu, Tanaka e Sophia –e seu namorado-, que eram os professores mais próximos; as amigas de Hiromi; os garotos; Haru e Kagome.

O jardim da casa de Haru era lindo, e tinham escolhido fazer um tipo de jantar ali, por aquele ser um lugar muito especial: fora o lugar do pedido de namoro.

Todos conversavam animadamente, quando Kagome abriu a porta e Hiromi surgiu com o vestido branco e com um buquê de flores violetas. Como num sonho, como num casamento.

Ela correu entregando o buquê ao pequeno Hideki, que sorriu e seguiu para Haru, pulando nos braços do mesmo.

– Você está linda. – o garoto disse à ela.

– Igualmente! – corou.

Comeram, conversaram, fizeram jogos e danças estranhas. Eles eram jovens e aquela pequena reunião seria muito animada se dependesse deles.

Quando já era noite, Haru pediu atenção de todos e tirou uma pequena caixinha aveludada na cor azul escuro, de seu bolso e se ajoelhou na frente de Hiromi.

– Primeiramente: Eu te amo! – todos soltaram suspiros e a garota corou sorrindo – Agradeço por não ter desistido de mim. Por depois de tantas das minhas mancadas, você ter permanecido ao meu lado. Por eu querer que você me odiasse e mesmo assim você não conseguiu fazê-lo. – ele colocou o anel no dedo de Hiromi e se levantou – Obrigado por ser essa garota maravilhosa, que me deu vários puxões de orelha e me fez perceber que eu preciso de você pra viver! – Hiromi chorava agora – Tomara que esse choro seja de felicidade... – brincou.

– Claro que é! – ela o puxou para um beijo, pela gola da camisa e todos bateram palmas.

Depois de vários “parabéns”, “felicidades” e “tudo de bom”, as pessoas foram se dispersando e se despedindo.

Haru se sentou encostado a árvore do quintal, já tinha colocado uma casaco pois o tempo esfriava. Hiromi sentou no vão entre suas pernas e se encostou em seu peitoral. Ela começou a rir do nada.

– O que foi? – perguntou confuso, enquanto apoiava o queixo na cabeça da garota.

– As coisas que você disse naquela hora... – riu de novo – Foram tão constrangedoras!

– Ora! – fez-se de irritado – Mas v-você g-gostou. – fez bico.

– Eu amei! – levantou o rosto dando um beijo na bochecha de Haru.

Suspirou e ergueu a mão com o anel e o encarou sorrindo, satisfeita. Haru pegou em sua mão e enquanto encarava o anel, sorriu igualmente.

– Que esse seja o primeiro de muitos passos que daremos juntos. – falou.

– Hai!!! – a garota exclamou empolgada.

.

.

.

~EXTRA: Definição dos personagens, por Shimizu Hideki.

~Hideki~

Sempre achei que eu devia ter um destaque nessa história por ser uma criança tão amável. Dei um toque para a autora e ela me concedeu meu pedido, por isso estou aqui com vocês antes que essa fic acabe eu não tenha meus momento por direito. Sem mais enrolação, vamos logo ao que interessa.

Shimizu Natsume: Tinha que começar pela monstra da minha irmã, porque é isso que ela é: uma monstra sem coração... Certo, certo. As vezes ela é legal e me paga um sorvete, mas na maioria das vezes ela só sabe me irritar. Não que eu também não faça isso, mas ninguém precisa saber.

Natsume: Eu te irrito porque irmãos mais velhos servem para isso! ~risada maligna~

Ei! Cai fora! Esse é o meu momento!

Continuando...

Tamura Otani: Apesar de ser o namorado da monstra da minha irmã, ele é um garoto super legal, o que me faz pensar o que ele viu na minha irmã. Tipo, ela não tem nada de interessante... mas enfim, voltamos ao Otani-nii. Ele é um cara muito legal e eu gosto que ele seja meu cunhado. –mas tenho pena dele, por minha irmã ser a Natsume.

Nakamura Haru: Bom, eu não o conheço muito bem mas o pouco de tempo que passei com ele foi legal, apesar de ele ser irritante. Digamos que ele é um chata-legal. E o melhor de tudo, ele namora e agora é noivo de uma das garotas mais amáveis que eu conheço: Mi-nee. Ele é muito sortudo!

Endo Yumi: Essa albina é muito barulhenta, mas é muito legal e bonita. Lembro-me de minha irmã ter me levado para ficar com ela uma vez, e lembro-me também de ter passado a tarde toda me vestindo com diferentes trajes que ela tinha em casa. Ela daria uma ótima estilista.

Suzuki Mao: Representante de turma. Tem um ar de garota responsável e é mesmo. Mao-tan mora bem perto da minha casa e apesar de não parecer, eu sou muito próximo dela. Vejo ela todas as manhãs antes de ir pra escola. Eu adoro quando ela diz: “Se eu fosse da sua idade, com certeza ia querê-lo como meu namorado!”

Takagui Sakura: Essa sim é uma garota completamente diferente da minha irmã! Eu nunca, nunca, nunca mesmo a vi nervosa, ou chutando e quebrando as coisas, ou espancando as pessoas como a Nat-nee-chan faz as vezes. Ela é linda e eu me lembro de no dia que eu fui ficar com Yumi, ela estava lá e sempre me dizia estar lindo com cada roupa que a albina me vestia. Não querendo me entregar, mas a garota que eu disse para Mi-nee que queria conquistar era ela... Mas ela tem namorado agora. A vida é cruel!

Daidouji Eriol: O meu rival no amor! Eu não sei o que a minha linda Sakura viu nesse garoto... Mas, vamos ao que eu acho dele: absolutamente nada. Eu nem o conheço direito, mas o conheci na reunião de noivado da Mi-nee e me desculpem, mas minha primeira impressão dele foi: baka.

Watanabe Yue: Eu quero ser como ele quando crescer! Ele é um cara digno de se espelhar! Maduro, responsável, bonito... Deve ter muitas garotas aos seus pés e o mais incrível: ele é o presidente do conselho estudantil. Eu com certeza vou procurá-lo para umas dicas. E conseguiu desencalhar a Mao-tan, o que é digno de alguém de bom coração.

Mao: O que quis dizer com isso?!

Nada, nada! Eu sou só uma criança. Não leve tão a sério o que eu falo...

Ikeda Tomoya: Tomoya-san é um cara quieto. Não consegui conversar muito com ele. era só ele me encarar com seu olhar sombrio que eu perdia toda e qualquer coragem de me aproximar dele. Acho que ele não gosta muito de crianças. ou somente é o jeito dele...

Asumi Hiromi: É a última pessoa que vou comentar sobre, mas não a menos importante. Ela foi muito atenciosa comigo e eu gostei muito dela. E agora, ela cuida de mim todas as vezes que minha irmã não pode. Ela virou minha babá oficial e eu já a amo. Ela me leva para passear e me trata com muito carinho, como a mamãe. Creio que ela será uma ótima mãe. E o melhor de tudo é que ela cai nas minhas manipulações. Como na vez que eu estava com preguiça de ir a escola e disse a ela que estava com dor de barriga, fiz cara de cachorrinho que caiu da mudança e ela acreditou na hora.

Hiromi: Hi-kun, isso é muito feio! Não vou mais cair nisso!

Ops! Acho que falei demais.

Yoshi! Eu finalmente tive meu momento. Podem aplaudir. Eu sei que eu sou uma garoto, lindo amável e-

Autora: Certo, certo. Chega rapazinho! Está na hora de parar de falar bobagens. É isso! Espero que lembrem dessa história com muito carinho, como todos nós vamos lembrar de vocês!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Comentem, comentem *w* Eu quero muito seu comentários lindo e maravilhosos.
Gostaram do pequeno Extra do Hideki-kun? Ele é uma criança realmente amável, não? :v
Então, pra quem quiser me acompanhar em outra fic aqui está o link:
http://fanfiction.com.br/historia/547690/Sorry_to_You/
Vai seguir o mesmo estilo dessa. Alguma de vocês perguntaram se eu faria outra fic como essa então aqui está. Se quiserem me dar mais uma chance e seguir as minhas histórias e babaquices, sintam-se livres.
E, ah, eu realmente amo vocês ;u; ~chora~
~Ja ne. (Porque eu espero que me acompanhem na outra fic.)