O garoto da Casa ao lado escrita por MihChan


Capítulo 23
Preparada?... Acho que não


Notas iniciais do capítulo

~Yo
Vim o mais rápido que pude c: Percebi que vocês ficaram ansiosas... Sei que querem treta u-u Espero que não fiquem decepcionadas e que eu consiga cumprir suas expectativas *w* Eu chorei escrevendo esse capítulo T~T Acho que estou muito emotiva ;-;
Arigatou Dessa! Por favoritar a fic. Apareça nos comentário viu? Quero saber o que está achando *u* Agradeço também as lindas que comentaram o capítulo anterior



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/482215/chapter/23

Sempre achei que eu estivesse preparada para tudo isso, sabe... Tipo, eu sempre disse que era apenas questão de tempo até o Haru cansar de mim... Mas eu realmente pensei, depois do que todos disseram, que eu podia estar errada e que ele gostava pra valer de mim... Terei errado? Eu estava certa! Era apenas questão de tempo realmente! O “eu te amo” a algumas horas atrás não serviu de nada? É o que parece...

Autora PVO on

Natsume e Otani vinham andando de mãos dadas pelo corredor. A azulada reclamava um pouco do namorado, tê-la trocado por um video game. Chegaram a sala e pararam atrás de Hiromi que olhava pra frente imóvel, e Sakura que a olhava preocupada. O casal dirigiu seu olhar pra frente, e no mesmo momento ficaram sem reação.

Hiromi piscou algumas vezes, e finalmente uma solitária lágrima caiu de seus olhos. Seu corpo todo estremeceu, quando Haru a olhou assustado e estava prestes a se aproximar dela. Ela empurrou Natsume e Otani, e saiu correndo passando no meio dos dois.

Haru parecia desesperado e gritava o nome da namorada... Ou seria melhor dizer “ex-namorada”?

Minutos mais cedo:

Haru PVO on

Eu e Maya ficamos com a limpeza da sala que usamos. Ryou já tinha levado os gatos com a ajuda dos amigos de Tomoya e Kyou. Fui até o quartinho do zelador, e peguei o que usaríamos para limpar aquela bagunça.

Estava realmente bangunçado... E tenho certeza que minha mãe vai me matar, quando souber que suas cortinas foram rasgadas... *medo*

Voltei para a sala e Maya dobrava os panos das mesas, e os empilhava em uma das cadeiras.

– Bom trabalho! – sorri. Ela me fitou e corou.

Droga! Sempre faço coisa errada! Eu tenho que lembrar que qualquer coisa que sair da minha boca, ela pode interpretar de um jeito diferente do que eu quis dizer.

– A-Arigatou. – respondeu sem me encarar.

Ficamos em silêncio. Comecei a pegar as mesas e coloca-las umas em cima das outras, e igualmente com as cadeiras. Maya se dirigiu para trás do balcão e começou a guardar o que tinha sobrado dos alimentos e jogar fora alguns também.

– Haru-kun... – começou e a encarei – Eu sei que fui rejeitada... Mas... Mas eu não desisti de você. – me fitou.

– Eh? – sorri sem graça – Tenho certeza que encontará alguém muito melhor que eu e...

– Eu quero você... Haru-kun! – ela saiu detrás do balcão e se aproximou.

– Maya... – ela parecia estar viajando – Sabe que eu tenho namorada. – dei um passo pra trás – Eu não quero fazer isso! – falei mais firme.

Ela parou e ficou surpresa por míseros segundos.

– Claro! – falou. Tinha uma certa ironia em seu tom de voz.

Voltamos a fazer as coisas em completo silêncio. Eu não vou puxar assunto dessa vez...

Maya PVO on

Rejeitada duas vezes... Isso é tão frustrante! Ainda não consigo entender o que aquela projeto-de-gente, pode ter de tão especial! Eu sou mais bonita e conheço o Haru a muito mais tempo... Eu conheço mais ele, do que ele mesmo. Quer dizer, conhecia. Até a Hiromi aparecer...

Continuei a fazer tudo em silêncio. O clima ficou muito pesado depois do que aconteceu. Não o encarei em nenhum momento e também não percebi o Haru me encarar.

Eu não posso desistir assim! Eu quero o Haru pra mim! Eu tenho esse direito!

– Haru-kun... – comecei mais fui interrompida por vozes. Hiromi e Sakura... Droga!

Haru olhou em direção a porta com um sorriso radiante, antes mesmo de ver a Hiromi. Meu sangue ferveu. Me aproximei dele em passos firmes, e o puxei pela pequena gravata, para um beijo.

Foi nesse momento, que elas entraram na sala.

Autora PVO on

Haru olhava com os olhos arregalados em direção a porta. Maya tinha uma expressão surpresa e um pouco feliz.

Haru ameaçou correr atrás da Hiromi, mas foi impedido por Maya que segurou seu braço.

– Haru! Esqueça ela! – a loira berrou.

– Me larga! – ele parecia alterado, mas a loira não o soltou.

– O que ela tem que eu não tenho? Você tem que ser meu! – ela gritou e algumas lágrimas rolaram.

– Para de ser possessiva! – ele forçou o braço e ela soltou – Eu nunca te enxerguei muito mais que uma amiga! – gritou e Maya agora não continha mais o choro.

– Mas... eu... – ela tentou.

– Maya... – Natsume a olhou como se pedisse pra ela parar.

Maya fitou Haru e percebeu que o mesmo estava desesperado. Ele correu até a porta, parou e olhou nas duas direções e seguiu na direção que achou que Hiromi havia seguido.

Hiromi PVO on

Eu sou tão fraca! Tão idota! Eu sou um fracasso total! Toda vez que dou um passo pra frente, o destino me faz voltar uns dez para trás.

Fui até a biblioteca da escola, poderia até passar a noite ali. Ninguém liga muito para ela, provavelmente nem saberiam que eu estaria qui. Me sentei perto de uma das prateleiras mais esquecidas do cômodo. Eu não sentia vontade de chorar. A cena do beijo me dava nojo! Eu tinha vontade de voltar no tempo, e quando minha avó me dissesse que eu voltaria a frequentar a escola, eu faria de tudo para não acontecer. Eu nunca quis conhecer ninguém. Eu estava bem com meus mangás e animes no meu quarto.

Lembrei que minha vida andou pra frente quando conheci o Haru... Por causa dele eu fiz amigos, e um vazio que existia dentro de mim foi preenchido. Isso é tão chato! Parece até um filme de romance bobo! E como todos é tediante.

Só então me veio a vontade de chorar. Ele tinha mesmo mentido pra mim? Realmente, eu não queria acreditar... Comecei a soluçar muito auto. Me calei quando ouvi alguns passos, e me espremi contra a parede.

– Hiromi...? – levantei meu olhar e vi Tomoya. De certa forma, ouvi a voz do loiro me deu uma sensação de conforto, e sem pensar muito bem no que eu estava fazendo, me levantei e o abracei, chorando mais ainda.

Ele demorou um pouco para retribuir o abraço. Talvez se assustou com o meu ato, mas no momento o que eu mais precisava, era de ombro amigo.

Haru PVO on

Fui até o jardim atrás da escola, e nada da Hiromi. No jardim da frente, nada. Passei nas portas de todas as salas do térreo, no pátio, então subi para o primeiro andar. Passei em todas as salas, e já estava entrando em pânico. Entrei na biblioteca. O ultimo lugar em que ela poderia estar. Ouvi autos soluços. Alguém estava chorando. Poderia ser ela? Mas haviam duas silhuetas. Se for ela, parece que não está sozinha.

Autora PVO on

Haru andou até conseguir ver, atrás de altas prateleiras, Hiromi abraçada a Tomoya. Ele se irritou. Aquele loiro desgraçado não esperou um só minuto.

– O que acha que está fazendo, seu desgraçado? – Haru berrou para o loiro o empurrando, fazendo-o largar Hiromi.

– O que acha que está fazendo você! – Tomoya disse bravo. – Como acha que ela está se sentindo agora? – ele cuspiu as palavras.

Haru fitou Hiromi. Ela estava sem reação, mas ele sabia que ela já havia chorado bastante. Haru ficou sem expressão por alguns segundos e depois dirigiu um soco a Tomoya.

– Pare de falar como se fosse perito nisso! – disse.

– Você é idiota, seu imbecil? – Tomoya disse enquanto dava outro soco em Haru – Ela está sofrendo nesse momento!

Hiromi levou umas das mãos a boca assustada, mas não tinha forças e nem estava sã, para mandá-los calarem a boca.

– E você acha que eu não estou? – deu um soco no estômago de Tomoya e ele gemeu de dor.

– Isso tudo é culpa sua! – Tomoya juntou todo a sua força, e deu um soco em Haru que o fez cair no chão – Você não tem o direito de dizer que está sofrendo! – o loiro disse ofegante.

Haru estava caído no chão, e com as palavras do irmão mais velho, levou uma das mãos até o rosto, cobrindo seus olhos e algumas lágrimas foram vistas saindo de sus olhos.

Hiromi PVO on

O que está acontecendo aqui? O que ele está fazendo? Porque não me deixa em paz?

– Baixinha... – Haru começou ainda na mesma posição – Posso conversar com você... a sós? – terminou.

Pensei um pouco. Não tenho vontade de conversar com ele, mas quero muito saber o que ele tem a dizer. No fundo eu sei... que tudo o que eu quero ouvir, é que foi um mal entendido...

– Hum. – respondi com um aceno de cabeça e olhei na direção de Tomoya, e ele entendeu que poderia ir.

Tomoya saiu da biblioteca e depois de alguns segundo, Haru levantou e se aproximou um pouco mais de mim. Eu olhava em seus olhos atentamente.

– Gomen. – ele abaixou a cabeça.

– Eh? – fiquei confusa. É só isso que tem a dizer?

– Eu fui um idiota! Desde o começo, eu fiz tudo errado. Eu sou o culpado por tudo que está passando.

– Haru... – ele parecia estar falando o que realmente estava sentindo.

Achei que ele diria que tinha sido culpa da Maya, e que eramos para fingir que nada disso tinha acontecido. Era isso que eu esperava ouvir...

– Eu quis sempre te proteger... mas o que eu mais fiz, foi te fazer chorar. – riu sem ânimo – Não culpo ninguém, porque a culpa é toda minha. Eu não mereço... a garota maravilhosa que você é! – sorriu gentilmente. Lágrimas começaram a rolar novamente do meus olhos.

– O que você quer dizer com isso? – perguntei um pouco insegura.

– Eu vou sair da sua vida... Eu realmente não tenho o direito de estar ao seu lado. – virou de costas e foi andando.

Fiquei sem expressão até vê-lo sumir da biblioteca. Aquilo estava realmente acontecendo? Terminamos? De verdade? Eu sei que provavelmente, outra garota em meu lugar, terminaria antes mesmo de ouvir algumas explicação... Mas... Eu acho que... Eu acho que eu o amo de verdade! Não! Eu tenho absoluta certeza!

–--H---

Já fazem quatro semanas desde o ocorrido. Exatamente um mês. O tempo passou rápido... Nos primeiros dias, nos nos encontrávamos só na escola, nos olhávamos e desviávamos o olhar rapidamente. A uns dois dias atrás, começamos a nos cumprimentar. Parece que estamos progredindo... Grande bosta! Eu me sinto no fundo do poço...

– Ohayo! – entrei na sala e sorri forçado.

– Ohayo! – responderam animados.

Me dirigi até meu lugar mantendo o olhar fixo ao chão, já que Haru senta atrás de mim, e ele já estava lá. Eu comecei a sair mais tarde de casa, e a até chegar atrasada, só para não cruzar caminho com ele.

– Vamos todos para a quadra minna! Se troquem que hoje será vôlei, e será garotos contra garotas. – Yano-sensei anunciou e todos começaram a sair.

Fomos para o vestiário. Não me troquei e fiz questão de não jogar. Disse ao Yano-sensei, que estava com muita dor na cabeça, o que não era uma total mentira...

– Tem certeza? –Yumi perguntou com um ar preocupado.

– Hai! – sorri forçado para convencê-las que estava bem.

– Quer que eu fiquemos com você? – Sakura e Mao perguntaram.

– Não precisa se preocupar! – disse.

– Okay. – Natsume sorriu para mim e seguiram para a quadra.

Sentei no banco dentro do vestiário e abracei meus joelhos. Eu ainda estou processando tudo que aconteceu. Maya nem me dirige mais o olhar e nem a Haru também. O clima anda muito estranho e o silêncio entre nós me faz ficar depressiva. Só me restam memórias definitivamente?

Autora PVO on

– Hiromi fracassada, hu? – Hiromi ouviu a voz enjoada da loira.

– Achei que estaria jogando. – disse seca.

– Não é só você que tem o direito de ficar sem fazer nada! – Maya falou sarcástica.

A baixinha apoiou a cabeça nos joelhos, tentando não se abalar pelas palavras da loira irritante que estava a as gente.

– Então você deixou mesmo o caminho livre pra mim? – Maya disse com um sorriso.

– Nani? – Hiromi levantou o olhar.

– Haru está todo deprimido e sentimental nesse momento. Tenho certeza que se eu fizer um charminho, ele cai na minha. – ela sorriu e piscou o olho convencida.

– Faça o que quiser, baka! – Hiromi falou. E até num tom um pouco infantil.

Maya bufou em protesto. Parece que a tentativa de provocar a Hiromi que ela tinha em mente, não estava funcionando. O que ela faria agora?

– Então eu posso roubá-lo pra mim? – perguntou.

– Você não estará roubando nada. Eu não tenho mais nada com ele! – Hiromi falou curta e grossa, se levantando e indo em direção a saída. Não queria ficar ouvido as bobagens que saiam da boca da Maya.

– Você é uma babaca! – Maya berrou e Hiromi parou bruscamente a poucos metros dela. – Você não tem coragem nem de pagar com e mesma moeda! Não consegue nem me olhar nos olhos! Você é fraca!

Maya se surpreendeu com um tapa na cara. Hiromi bufava a sua frente. Ela levou uma das mãos ao rosto, onde ardia e sorriu.

– Fraca! – outro tapa de Hiromi. – Fraca! – outro tapa. Maya cambaleava pra trás, mas não tirava o sorriso do rosto – Fraca! – Hiromi fechou os punhos e deferiu um soco a Maya, que gemeu de dor e caiu sentada no chão.

– Porque continua sorrindo, sua idiota? – Hiromi berrou – Você acha que eu sou fraca? Eu continuo aguentando tudo isso, sem te dar a surra que você realmente merecia! – ela limpou as lágrimas ríspida. Hiromi virou-se para sair do vestiário.

– Espere...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Espero que sim :3 Sei que esse teve bastante "mimimi" mas fazer o que, né? Foi preciso XD
Ei minna-san, vamos fazer uma votação? Por favor comentem se querem que a Sakura fique com o Eriol, Yue ou nenhum dos dois... Obrigada desde já! E comentem o que acharam, o que precisa ser melhorado, qualquer coisa o/
~Ja ne



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O garoto da Casa ao lado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.