Octachel - O Impossível Acontece escrita por Ahelin, Miss Jackson


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Como vão, bolinhos da Terra?
Estão gostando da fic?

Estou aqui pra postar mais um POV Octavian e alegrar o seu dia kkkkkkkkkk
Espero que gostem.
—Larissa.



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Eu me sentei atrás de um amontoado de pedras que, segundo Rachel, era o Punho de Zeus. Parecia mais um monte de excrementos de elefante do que um punho, mas eu não ia dizer nada, lógico. Sempre soube que tanto em sua personalidade romana quanto na grega o deus do céu nunca teve muito bom humor.

Minha primeira medida depois que a ruiva tinha ido embora foi procurar por meu ursinho. Ridículo, eu sei, mas mesmo assim é a única coisa que eu posso chamar de minha. Me parece que não vou mais ter que rasgar pelúcias, pensei. Acho bem justo ficar com isso.

Pensando um pouco, entendi o quanto a ruiva tinha se arriscado pra me ajudar. Ruiva, claro. Não é porque a chamei de Rachel uma vez que tenho que continuar chamando.

A caverna dela fica aqui perto, pelo menos foi o que ela disse. Santo Febo, ela mora numa caverna?

Procurei-a com os olhos, ainda sentado. Ela tinha me mandado esperar, e eu estava esperando. Depois de alguns minutos, consegui vê-la correndo na minha direção como uma doida.

- Isso está bom? - Perguntou, ofegante, estendendo algumas frutas que tinha nas mãos. Maçã, banana, laranja, pêra.

- Como assim, não tem nenhuma uva? - Brinquei, mas acho que ela levou a sério, porque revirou os olhos.

- Oh, me desculpe por vir tão rápido preocupada que morresse de fome e não ter me lembrado de trazer uvas. - O rosto dela ficou vermelho enquanto ela falava. Me lembro de ouvir que ruivas ficam vermelhas com muita facilidade, principalmente quando estão com raiva.

- Era brincadeira. Eu agradeço de verdade.

Minhas palavras pareceram pegá-la de surpresa. Rachel piscou algumas vezes, como se tentasse aceitar o que eu tinha dito, abriu a boca e fechou novamente.

- Disponha. - Respondeu, por fim. Não deixei de notar que ela estava mais corada que antes, só não consegui entender motivo disso agora. - E, hum, coma direito. - Acrescentou, recobrando a confiança. - Você está com aparência de quem tem anorexia. E não saia daqui em hipótese alguma.

- Como quiser, ruiva. - Falei, e ela sorriu. Era a primeira vez que eu via Rachel sorrir de verdade.

*****

Naquele mesmo dia, depois que me certifiquei de que todos estavam comendo no refeitório, acabei desobedecendo as ordens de Rachel e saí para ver alguma coisa. Ficar sentado atrás de um monte de pedras estava me deixando maluco.

Andando pela floresta, pude ver muitas dríades. Elas não me deram nenhuma atenção, o que me fez concluir que o alerta de busca não incluía os espíritos da natureza.

Percebi também sombras de monstros que nem tentei identificar. Apenas me afastei o máximo possível e continuei a caminhada. Já estava bem escuro quando resolvi retornar.

A ruiva estava sentada no lugar em que tinha me deixado, e parecia zangada. Quase teve um ataque quando me viu.

- Onde você estava? - Perguntou entre os dentes. - Pensei que tinha fugido! Ou, sei lá, que tinha atacado um campista e feito ele de refém!

Dei uma gargalhada sarcástica.

- Nesse estado? - Ironizei. - Eu já me cansei de fugir, obrigado. E, na minha atual situação, tenho que admitir que até um filho de Vênus me derrubaria. E, ei, vamos lá. - Levantei as mãos na altura dos ombros, onde ela pudesse ver. - Você me ajudou. Eu tenho um mínimo de decência para reconhecer isso.

Pela segunda vez, a deixei sem palavras. Consegui deixar Rachel Elizabeth Dare sem palavras, pensei. Duas vezes. Vou ganhar o prêmio Nobel.

- Bom... - Suspirou. - Tem razão, me desculpe. Em todo caso, se quisesse um refém, nada te impediria de me prender. - Ela deu de ombros como se fosse uma coisa óbvia.

- Eu? Prender você? Acho que não. Corre o boato de que você parou um titã... - Tentei lembrar o nome certo. - Cronos. Sozinha. Mas essa não é a melhor parte. Você fez isso jogando nele uma escova de cabelo azul.

Ela riu com vontade.

- Nas palavras do Percy, foi mais ou menos isso.

Não deixei transparecer o quanto aquele nome me irritava. Não é hora para surtos psicóticos, Octavian.

Depois disso, Rachel me passou um cantil de néctar. Disse que eu estava parecendo um fantasma e foi seguindo rumo à mesma direção para a qual tinha ido antes. Me ajeitei nas pedras do melhor jeito que consegui e fechei os olhos. Mas lembrei de uma coisa que os fez abrir de novo.

- Até mais, ruiva! - Falei, alto o suficiente para que ela ouvisse mas não a ponto de acordar alguém.

- Não é justo! - Ela gritou de volta. - Não tem a menor graça te chamar de loiro aguado.

- Então vai ter que se acostumar com isso. - Quase pude senti-la sorrindo quando deu as costas e continuou a andar. Fechei os olhos novamente e adormeci logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Tentei escrever mais.
O que acharam? Comentem!
Beijos :*

—Larissa.