I Wanna See You Be Brave escrita por Berryrb


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Como prometido.... espero que gostem...



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rachel pov

Depois de um sábado agitado e animador em Nova York eu queria muito conhecer o Central Park, afinal não poderia ser a nova moradora da Big Apple e não ir lá, então chamei o Noah pra ir comigo, e bem, ele não quis disse que estava cansado e descansaria um pouco mais e depois me ligaria pra ver onde eu estava e ele me encontraria lá, de início fiquei um pouco decepcionada, mas era compreensível, eu também estava cansada, só que minha animação era tanta que eu não permiti que meu cansaço prevalecesse, só que meu plano inicial era com meu irmão e eu não queria ir sozinha, teriam muitas famílias passeando pelo parque com seus cachorros e muitas crianças gritando e seus pais esbarrando em mim enquanto correm atrás de seus filhos. Estava pensando duas vezes se era realmente uma boa ideia ir.

N: o que ainda está fazendo ainda aqui? Não ia ao Central Park?

R: não sei se eu vou, não quero ir sozinha, vai ter muita gente lá e você sabe o quanto eu sou boa em lidar com as pessoas.

N: você disse que quer vida nova e isso seria um bom começo para sua mudança.

Nunca fui boa em me comunicar, nunca tive amigos ou realmente engatei uma conversa com alguém, as únicas pessoas que conversei até hoje foram meus pais e meu irmão e nunca em hipótese alguma quis sair sozinha, isso de ir a um lugar lotado com falatório e sem ninguém ao meu lado parecia o precipício.

O meu pensamento segue uma linha, como eu posso dizer, um tanto confusa, em uma hora eu estou bem e na outra completamente alterada e com medo, como agora.

R: mas eu nunca saí sozinha..

N: você vai ter que aprender um dia, não vai ser pra sempre que vamos poder te acompanhar você já pensou quando os nossos pais estiverem velhos e eu tiver a minha família?

R: sim várias vezes, eu já me acho um fardo, não preciso que você me lembrar isso a todo minuto ok.

N:você não é um fardo, é só que você precisa ser mais independente.

R: eu sou independente, só não gosto de ficar sozinha, eu tenho medo de que vocês me abandonem.

N: Rachel isso nunca vai acontecer, se alguém quisesse te abandonar, teria feito no primeiro momento de dificuldade.

R: mais vocês sempre acharam que eu iria melhorar e isso nunca aconteceu, eu só consigo viver bem, não é como se tudo tivesse desaparecido, e piorou um pouco com os anos, apesar de estar controlado eu acho que vocês olham pra mim e veem que não tem mais jeito.

N: Rachel... por favor, menos, nos nunca vamos te abandonar e apesar desse seu pensamento ser muito infantil, eu te entendo, você sempre vai ser a estrelinha do pai e do papai e minha irmã pentelha caçula, e ninguém ouse tentar tirar você da gente, por que em nenhum momento passou pela nossa cabeça de abandonar.

Ele disse me abraçando e afagando meu cabelo, eu suspirei um pouco aliviada, por mais que eu não conseguisse me sentir confiante em relação a isso, eu sabia que ele falava a verdade.

N: agora chega desse momento meloso e vamos ai Central Park.

R: você está cansado, podemos ir outro dia.

N: mas você quer ir hoje e você tem que aproveitar antes de começar suas aulas na faculdade.

R: eu não tinha pensado na hipótese de que eu vou ter que ir sozinha pra faculdade.

N: deixa pra pensar no dia que você tiver que ir, eu até poderia te acompanhar, mas começo a trabalhar em poucas semanas e vamos antes que eu desista e me convença que o meu colchão é mais convidativo.

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Noah pov

Fomos andando não sei se foi certo trazer Rachel pra cá, assim que saímos do nosso prédio ela grudou no braço e passou a olhar para o chão, eu me preocupo muito com ela, por ela não ser estável principalmente.

Rachel sempre foi frágil e complexa, ela odiava lugares cheios e não interagia com ninguém, a não ser comigo e com meus pais, pra mim é um absurdo ela ir pra faculdade, não o fato dela ser incapaz, pois ela não, ela é bem inteligente, o único problema é que as pessoas são maldosas e não hesitariam em machuca-la e só de pensar nessa hipótese sobe uma raiva tremenda.

Durante o percurso sentia que ela estava com a respiração irregular e ela cantarolava uma música qualquer baixa, quase como um sussurro, com certeza tentando não se concentrar em sua volta.

Por ser um pouco mais velho, sete anos pra ser mais preciso, eu lembro perfeitamente da jornada que foi até aqui, teve muitas vezes em que ela se trancava em um mundo só dela, onde ninguém entrava e para tirá-la de lá era muito complicado, parecia que ela não lhe ouvia, não entendia sua língua, e quando voltava era como se nada tivesse acontecido. Agora que ela parou de tomar a única coisa que a mantinha sã de seus atos, eu não sei se saberia o que fazer se algo acontecesse, eu amo muito a minha irmãzinha não sei se saberia viver sem ela, mas esses problemas delas às vezes me cansam, eu estaria sendo ingrato pedir pra que ela tomar aqueles remédios para não dar tanto problema? Para quem ouvisse de fora, talvez, mas para quem conhece, não. A única coisa que eu espero é que fique tudo bem.

Cheguei com Rachel ao parque por volta das duas horas da tarde, estava um friozinho gostoso nada que precisasse usar casaco se não quisesse, e um belo dia para piquenique , só que não tínhamos como fazer isso por enquanto, nossa casa precisaria estar arrumada primeiro.

Comprei dois hambúrgueres, batata frita e refrigerante para o almoço, não tínhamos comida nada até agora, pois acordamos tarde, sentamos perto de uma árvore distante do movimento e comemos em silêncio, logo que terminamos joguei os papéis no lixo, enquanto Rachel parecia encantada com as borboletas do parque enquanto bebia seu refrigerante.


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Notas finais do capítulo

Até amanha!