Narrador pov

Rachel estava enorme com oito meses de gravidez, os gêmeos estavam para nascer a qualquer momento, Quinn e Rachel estavam fazendo mais um dos tradicionais almoços em família, na verdade Judy e Hiram estavam na cozinha, Rachel estava sentada com os pés para cima, o final de gravidez estava com os pés inchados e estava extremamente cansada, a morena mal conseguia subir as escadas.

Beth brincava com Sophie no chão, Brittany, olhava as mesmas, Santana estava com Quinn no escritório e Rachel queria saber o porque, mas estava cansada demais para isso, Kitty estava com Noah Junior no colo, parecia que Noah tinha sossegada a outra três homens estavam conversando, Russel e Leroy estavam conversando ao fundo.

Quinn voltou com Santana do escritório, as duas estavam com uma cara nada boa, Rachel olhou para esposa pedindo uma explicação, Quinn só negou com a cabeça indo em direção a Kitty para pegar o menino.

Judy voltou chamando Quinn e Santana para ajudar a colocar a mesa, Kitty percebeu que o clima não estava muito entre ela e levantou indo no lugar da loira mais velha, fazendo Judy perceber que tinha algo errado com a situação.

Rachel levantou e foi sentar ao lado de Quinn.

R: vai me contar qual foi o motivo do estresse entre você e Santana?

Q: nada demais, só a Santana sendo ela mesmo, não se preocupe meu amor.

Quinn deitou o menino no colo e Rachel começou a passar a mão no pouco cabelo castanho claro da criança.

Q: não vejo a hora de ser os nossos..

R: eu não vejo a hora deles nascer, eu sinto que posso explodir, minhas costas doem e fico cansada o tempo todo.

Q: eu sei meu amor, falta pouco..

R: acha que eles vão nascer bem?

Q: eu tenho certeza Rach, você está sendo perfeita com eles, e nossa menininha está crescendo e já está fora do peso de risco, o que acha de Hannah?

R: eu gosto, mas não muito, acho pouco comum..

Q: eu gosto de Kiara, mas não é judeu, estão fora de questão..

R: é um nome muito bonito, eu acho que podemos pensar..

Q: eu acho lindo..

R: você quer Kiara?

Q: só se você quiser...

R: então Kiara, Ethan e Beth?

Q: sim, soa perfeita para mim, apesar de eu ter gostado de Hannah, mas deixa para o próximo.

R: Q, não somos coelhos, três é um numero bom...

Q: depois conversamos sobre isso... quer anunciar o nome dos bebês?

R: sim...

Judy chamou para almoçar, Quinn colocou o pequeno Noah no carrinho e foi até a mesa de jantar que tinha uma extensão improvisada. Sentaram todos na mesa e Santana e Quinn estavam evitando a outra o máximo, estavam almoçando calmamente quando o assunto trabalho surgiu, era comum esse assunto, mas hoje seria um assunto problemático. Começaram os mais velhos falando, como administravam o tempo de trabalho e o tempo em família e Judy comentou que graças a Rachel, Quinn trabalhava menos.

Russ: eu até hoje eu não sei porque minha Lucy trabalhava igual uma louca, agora que diminuiu um pouco.

Q: pai eu sou formada e gosto de trabalhar na minha área.

Russ: eu sei Lucy, você podia ficar só com os pacientes mais importantes.. você não precisava nem trabalhar se não quisesse, a maior parte das nossas empresas serão só suas e da Rachel.

Rachel remexia desconfortável na cadeira, não gostava muito de quando falavam do trabalho de Quinn, ela sabia que Quinn amava a medicina.

Q: pai já falamos sobre isso, não é um assunto para se discutir enquanto comemos.

S: é Quinn você deveria ouvir seu pai e parar de vez de “trabalhar”

Santana falou com o veneno escorrendo e fazendo aspas com mãos na palavra trabalho.

Q: cala a boca Santana!

R: Quinn!

Q: Quinn não, Rach! Essa vadia quer se meter onde não deve.

S: me meter onde não devo? Eu só faço meu trabalho de forma descente, diferente de você, parece que comprou diploma e olha que eu não duvido muito de que isso tenha acontecido, sinceramente Fabray eu já bem melhores em relação a isso, é capaz da Beth ser mais capacitada assim.

Q: serio Santana? Eu fui informada com a primeira e me formei antes do tempo previsto e tendo que cuidar de uma criança e depois de passar por uma gravidez nem um pouco fácil, tem certeza que sou eu que sou incapacitada?

J: meninas chega!

Rachel respirava pausadamente, ela detestava gritos, seus remédios não faziam tanto efeito assim, ainda mais que eram em menor dosagem a algum tempo, e ninguém parecia se dar conta disso, Quinn e Santana estavam aos gritos, assustando a todos a sua volta, não era fora do comum elas brigarem uma com a outra, mas aquilo já passava dos limites.

J: alguém pode me falar o que está acontecendo?

Q: ela quer controlar meu trabalho, o modo como eu lido com meus pacientes.

S: você está sendo incompetente, aquele garoto vai morrer por sua culpa.

Q: você não sabe do que está falando, você nem ao menos tem o direito de opinar no meu trabalho.

S: você pode largar um pouco a merda do seu ego e ouvir a razão, você sabe oq eu tem que ser feito.

Q: você seria essa razão? É a vida de uma pessoa que está em jogo, não meu ego.

S: não Quinn, você não está se importando, seu ego não permite isso.

Q: eu não vou abrir a cabeça de uma criança sem necessidade, não é como se ele tivesse um zíper, ele pode ter sequelas.

Rachel estava com as mãos no ouvido e respirando devagar, as lágrimas desciam dos seus olhos e ninguém parecia ver que a morena estava prestes a explodir.

S: você tem que operar!

Q: ele está em tratamento, não há necessidade de algo tão invasivo se o tratamento faz efeito.

S: ele vai morrer!

Q: não vai! Cuide de seus pacientes e eu cuido dos meus e antes que você fale eu sei muito bem o que eu estou fazendo!

Os gritos deixavam Rachel cada vez mais nervosa, Noah olhou para a irmã e a pegou pelo braço fazendo ela se levantar e entrou com ela na primeira porta aberta que encontrou. Quinn não percebeu, Brittany pegou as crianças e subiu, Judy tentava controlar as duas, junto com Russel e Leroy e Hiram foi atrás de Rachel.

Rachel estava no chão do escritório de Quinn, estava encolhida com as mãos no ouvido enquanto chorava, Noah estava ao seu lado, segurando a cabeça da irmã com uma mão enquanto a abraçava com outra, segurava as pernas da morena com a própria perna para que não dobrasse e pressionasse a barriga, Hiram entrou no escritório um pouco receoso, e se deparou com uma cena um tanto familiar, porém agora era mais desesperador. Rachel estava grávida e no final da gravidez.

Hiram estava completamente perdido, aquela não era a sua casa, ele não sabia onde estavam os remédios da filha, ou mesmo aonde começar a procurar naquela casa enorme, ele pediu um pouco de calma a Noah e foi atrás de Brittany, devido a ter uma intimidade maior com as meninas de viria saber aonde estavam e também, era a única longe daquela confusão. Ele entrou no quarto onde a loira estava e viu que Sophie dormia e Brittany tinha Beth no colo e a menina estava chorando.

H: Brittany aonde Quinn e Rachel guardam os remédios?

Beth levantou a cabeça e encarou Hiram, que se amaldiçou por ter feito a pergunta tão direta.

Beth: cadê minha mami?

H: ela só está com pouco de dor de cabeça e pediu pra eu pegar um remédio pra ela.

Beth: eu quero ir com você.

B: não pode Beth, não agora.... Hiram ver se tem do banheiro das meninas e se não tiver tem no armário do escritório que fica trancado.

Hiram agradeceu e saiu e foi ao outro quarto e pegou três vidrinhos que tinham no banheiro e desceu, foi na cozinha e os outros não estavam à vista, nem ouvia as vozes de ninguém, pegou um copo de água na cozinha e voltou para onde Rachel estava.

Rachel parecia pior, agora ela estava agitada, tentava se soltar a todo custo, Noah estava se cansando e desesperado por a irmã está fazendo tanta força, ele pensou em soltar, mas talvez pudesse ser pior. Kitty mantinha o filho longe já que o bebê chorava e não queria irritar mais Rachel.

Hiram se aproximou da filha desesperado, ele tentou dar o remédio a Rachel, mas sem sucesso, Noah tentava levantar a irmã com cuidado e quando conseguiu a única coisa que pode ser ouvida foi o grito de Rachel, um grito agoniado e dolorido, fazendo a morena voltar ao chão e ser amparada por Hiram.