narrador pov

Rachel acordou mais calma, ela estava com os braços e as pernas presos na maca, agora já em um quarto, ela olhava em volta tentando reconhecer onde estava, ainda um pouco desnorteada, o efeito do sedativo estava passando, Rachel um pouco grogue ainda, um tanto quanto lerda.

Ela acordava lentamente e ouvi vozes estranhas conversando a distância , para ela pareciam de duas mulheres, ela não tinha certeza, ela queria seus pais e seus pais e seu irmão, ela tenta levantar e vê que esta presa, ela volta a entrar em pânico e começa a gritar, Santana, Quinn e Noah correm até a cama para cama a pequena, quando ela vê o irmão ela se acalma um pouco e ele percebe que ela está com lágrimas nos olhos.

Com a testa já suturada devidamente, Quinn teve o cuidado de pedir a um cirurgião plástico fizesse tal procedimento, pois não queria uma futura cicatriz na testa de Rachel. Ela tenta se levantar novamente, como se alguma tivesse mudado, e tenta implorar pra o irmão tira-la de lá.

R: Noah me tira daqui – ela diz ainda meio grogue se enrolando um pouco nas palavras- eu quero ir pra casa.

N: não posso agora Rach, você vai fazer alguns exames ainda.

R: eu não preciso..

N: você precisa!

R: por quê?

Pergunta a menina começando a ficar com a voz embargada.

N: olha os seus braços.. – no momento que ela olhou começou a chorar lembrando-se do acontecido.

Quinn e Santana observavam a cena, esta anotava tudo que estava acontecendo com rachel desde da primeira palavra ate a última crise de choro.

R: eu não quero ficar amarrada, está me incomodando.

N: isso é só por medida de segurança.

R: eu prometo que não vou fazer nada

N: não Rachel, me ouve pelo menos uma vez.

Rachel abaixou os olhos, eles estavam tristes.

Quinn resolveu intervir

Q: olá senhorita Berry, eu sou a doutora Quinn Fabray e essa é a doutora Santana Lopez, nós que estamos cuidando de você.

R: oi...

S: você quer me falar sobre o que aconteceu?

R: pra que? Vocês já devem saber e eu provavelmente já sou assunto por aí.

S: eu queria ouvir de você, não costumo confiar em fofocas dos outros.

R: eu surtei porque parei de tomar os remédios.

A explicação saiu em quase um sussurro, se Santana não estivesse próximo a cama ela não teria ouvido, isso era certo devido a cara de interrogação dos outros dois no quarto.

S: só isso?

R: sim!

S: você não gosta de conversar não é?

R: não

S: mas nos teremos e muito, vou tentar as coisas mais fáceis pra você, eu prometo. Então bem, eu sou psicóloga, pretende fazer faculdade de que?

R: pretendia fazer de fotografia

S: porque pretendia?

R: você realmente acha que eu tenho condições? Eu estou amarrada, porque vocês estão com medo do que eu possa fazer contra vocês

S: isso não é verdade.

R: então é por quê?

Todos ficaram em silêncio, passando os olhos entre eles para ver se alguém teria uma reação ou uma resposta.

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Santana fez sua avaliação e entregou a Quinn já que ela era a médica responsável. Rachel ficaria em observação até o dia seguinte e já não estava mais amarrada e agora devidamente medicada, parecia, quase, outra pessoa. Ela foi encaminhada para Santana, que seria a psicóloga que acompanharia Rachel na Big Apple.

Quinn pov

Já são por volta de duas horas da manhã e tive que estender minha estadia no hospital, tudo bem que eu poderia ir pra casa, mas gostaria que fosse eu a dar alta à Rachel. Eu só me pegava pensando como alguém tão novo pode ser tão pessimista em relação a vida, ela não acreditava nela, não acreditava que um dia ela teria uma vida independente ou mesmo que poderia ir a faculdade no qual se escreveu, eu sei que ela já passou por muita coisa pelo o pouco que ouvi do Noah, mas ela é tão bonita e tão nova, embora parecesse arredia em relação a nos, eram “muitas” pessoas em volta dela.

Ela tem um olhar doce, vejo um pouco de esperança em seus olhos, como se aqueles olhos chocolates pedissem socorro.

Resolvi passar no quarto dela, para ver como ela estava, esperava que os dois tivessem dormindo, eu estava equivocada, somente o irmão dela dormia, Rachel estava deitada com uma cara pensativa e olhava para televisão desligada.

Olhei para o sofá era uma cena engraçada se não fosse pela situação, Noah estava todo encolhido no sofá do quarto, eu não entendia como Rachel era tão pequena e magrinha, podia ser confundida com uma criança e irmão dela era grande e musculoso, eles tinham o rosto muito parecido, eu acho que eles não eram americanos, eles pareciam ter um sotaque meio europeu, apesar do nariz judeu inconfundível dos irmãos Berry.

Q: boa noite, como se sente?

Disse entrando devagar.

R: boa noite, eu estou bem agora, um pouco cansada, mas não consigo dormir.

Q: se importa de eu ficar aqui enquanto você manda seu irmão pra casa, ele parece bem cansado e seria bom ele descansar, e também acho que ele é um pouco grande para aquele sofá.

Ela me deu um sorrisinho de lado e em seguida respondeu.

R: ele pegou toda a minha altura, e não tem problema de você ficar aqui, pode mandar ele pra casa.

Q: tem certeza?

R: tenho

Fui devagar e chamei o Noah.

Q: Noah, Noah..

N: hmmm..

Q: você pode ir pra casa descansar, eu vou ficar com a Rachel aqui.

N: não, tudo bem, eu estou bem aqui e a Rachel não gosta de ficar com estranhos.

R: Noah, tudo bem, pode ir, você parece péssimo e você estava todo espremido naquele sofá, eu fico com a D. Fabray.

N: mas Rachel...

R: é serio Noah, eu estou bem e qualquer coisa eu estou no hospital, relaxa e vai pra casa dormir.

N: Ok, mas daqui a pouco eu estou de volta.

R: claro você não é maluco pra não voltar

Ela disse rindo e Noah foi beijar sua cabeça e saiu pedindo pra qualquer coisa ligar.