Amor de Maroto escrita por Helena Prett


Capítulo 8
Passado


Notas iniciais do capítulo

Eu quase chorei de tanta alegria quando vi que o Nyah tinha voltado hahahaha

Esse capítulo ficou bem curtinho. Eu parei pra pensar sobre a fic e percebi que ela estava meio sem graça, muito parada, aí eu resolvi escrever uma narração sobre a festa no passado, pq, pra mim, fica mais legal do que só aparecer o nome do garoto nas primeiras linhas.

Eu queria agradecer a Julia Tonks pelos comentários, que são super fofos! Obrigada mesmo por comentar!

Bem, eu espero que gostem do capítulo e não fiquem decepcionados com o meu (exagerado) mistério. Depois que lerem, eu ficaria muito feliz se vocês comentassem, mesmo que fosse para falar que leram hahaha

Boa leitura!!



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Capítulo 8 - Passado

–Você deveria ir. Eu realmente gostaria de te conhecer melhor - David Brown disse, dando uma piscadela.

Ela tinha acabado de ser convidada por Armando Priggs para uma festa em seu dormitório naquele mesmo dia, depois da aula. O garoto, quando a convidou, estava acompanhado por seu amigo David Brown, que era, coincidentemente, o menino que ela estava curtindo. Já tinha falado com David várias vezes, porém não tinha tanta intimidade com o mesmo.

Carol segurou o pedaço de pergaminho que tinha recebido de Armando e foi para aula de poções, pensando na possibilidade de poder conhecer David melhor. Sonhou o caminho inteiro em conversas que poderia ter com ele, em assuntos que interessariam aos dois, para qual time de quadribol ele torcia e mais mil e uma coisas relacionadas ao grifinório.

–Carol?

O chamado de Anna a fez acordar de seus pensamentos. Já estava na frente da sala e nem tinha percebido.

–Carol? - Anna a chamou pela quarta vez, quase perdendo a paciência. - Terra chamando Carolina! Você está aí? - perguntou, passando a mão na frente do rosto da amiga.

–Ah, oi - respondeu, virando seu corpo para a morena. - Eu estava pensando em… umas coisas - disse, pegando o pedaço de pergaminho e mostrou-o para Anna e Lily. - Olha só, o Armando Priggs me convidou para uma festa no dormitório dele depois da aula. Vocês querem ir também?

–Armando? - Anna perguntou, tentando lembrar quem era. - Ah, Armando… - disse um tanto sem animação ao se recordar do moreno. - Bem, eu acho que não vou… Eu agradeço o convite, mas melhor eu não ir - ao ver que as amigas não entendiam porque ela recusara o convite, explicou. - Eu já fiquei com ele. Faz tempo, mas ele não gostou muito quando eu disse que foi só uma ficada e nada mais - ao terminar, sorriu meio sem graça. - Mas eu realmente espero que você se divirta!

–Lil? - Carol perguntou, esperando que a amiga pudesse ir com ela, porém a ruiva negou com a cabeça.

–Desculpa, Carolzinha, eu realmente queria te acompanhar, mas eu já marquei de sair com o… um amigo - desculpou-se.

–Que amigo, Lil? - Anna perguntou, ao ver que a amiga tentava esconder algo, só que Lily não sabia mentir ou ocultar algo, a não ser que fosse muito secreto.

A ruiva ficou corada, relutou, mas acabou contando que ia sair com um menino da Corvinal que já estava paquerando ela nas aulas havia um tempinho. As amigas ficaram orgulhosas e Lily disse que só não tinha contado antes porque não tinha certeza se ia dar certo e tudo mais. Elas iam bombardear a menina de perguntas, porém acabaram deixando para depois, uma vez que o Professor Slughorn chegou e começou a aula.

Ela passara o dia todo pensando em David Brown. Não parava de combinar roupas em sua mente, pensando qual seria mais apropriada para a ocasião, que deveria ser bonita, arrumada, porém simples.

Depois do jantar, Carol, Anna e Lily foram para o dormitório trocar de roupa. Lily ia se encontrar com o corvinal e Anna arranjara um encontro na aula, já que não queria ficar sozinha. As três começaram a se arrumar para seus respectivos compromissos, não demorando muito. Às oito horas, as grifinórias estavam prontas e saíram do dormitório para ir aos seus encontros e festa.

Carol tomou coragem e foi para o dormitório dos meninos, imaginando inúmeras cenas que poderiam acontecer. Ao entrar na ala masculina encontrou um pedaço de pergaminho pregado na parede com uma seta que indicava onde era o dormitório de Armando. Ela a seguiu, encontrando mais algumas pelo caminho.

Quanto mais perto ficava, mais barulho podia ouvir, ora de risadas ora de cantorias. Logo, quando viu a última placa, viu também um casal se beijando em um canto. Não, não eram um casal; um casal não se beijaria daquela maneira em público, tão intensamente e rapidamente, como se nunca mais fossem se ver. Provavelmente, tinham se conhecido na festa ou eram apenas ficantes. Carol os ignorou e fez menção de entrar, mas tinha algo neles que chamou sua atenção; algo nele que chamou sua atenção. Seus cabelos eram castanho claro; assim como os de um certo grifinório que vinha cativando sua atenção recentemente; assim como os de David.

Os pensamentos da loira estavam a mil nesse momento. Não podia acreditar que era ele. Não podia ser ele. Ela olhou novamente. Era ele. Não tinha como negar pra si mesma: o garoto que ela gostava e que alegou querer conhecê-la melhor estava aos beijos com outra menina. Carol deu meia volta e pensou em voltar par seu dormitório mas mudou de ideia. Por que não ficar? O que ela tinha a perder? Não iria deixar de aproveitar uma festa só por causa de um menino. Ela não podia ceder.

Carol arrumou o cabelo, ergueu a cabeça e entrou na festa, ignorando o fato de ter um ‘casal’ se beijando ao seu lado.

Lá dentro encontrou várias pessoas conhecidas, inclusive Armando, que lhe perguntou onde estava David.

–Ah, não sei. Não o vi ainda - Carol mentiu.

–Nossa, mas ele disse que queria falar com você hoje - disse, sem entender a situação. - Bem, vou ver se eu encontro ele. Aproveite a festa - com isso ele foi atrás do amigo.

Carol não sabia pra onde ia. Não tinha com quem falar. Ela andou um pouco e sentou em um sofá, que provavelmente era uma cama que tinha sido transfigurada. Ela olhava para o chão, vendo os pés apressados das pessoas indo e vindo, até que um par de pés parou em sua frente, fazendo com que ela levantasse seu olhar. Era Emily Richards, que logo estava acompanhada por Sara Nunes. As duas a encaravam, percebendo que Carol não tinha tido o melhor de seus dias.

–Você realmente não parece bem - Emily disse, sentando-se ao lado dela. - O que aconteceu?

Carol não deu detalhes, só disse que tinha encontrado o garoto que ela curtia aos beijos com outra, sendo que ele tinha falado com ela naquela mesma manhã, dizendo que queria conhecê-la melhor. Ao acabar, Sara estendeu uma garrafa com um líquido transparente na frente dela.

–Beba - ordenou, falando que ela merecia um pouco depois de tudo que tinha acontecido. - Acredite, vai melhorar muito o seu humor - assim, convenceu a loira de beber o que quer que estivesse dentro da garrafa.

O líquido parecia queimar sua garganta quando descia. Ela teve a sensação de que ia passar mal, mas alguns segundos depois se sentiu quente, muito quente. Sara ofereceu mais, e ela aceitou, sem ao menos saber o que era. Ao perguntar o que estava bebendo, Emily respondeu que era rum com maçã verde, uma bebida trouxa que elas tinham comprado no início do período letivo em um mercado, já que a família de uma delas era trouxa. Dois minutos depois, Carol já se sentia bem melhor e nem se importava mais para David.

–Você está se sentindo bem agora? - Emily perguntou. Como ela assentiu, as três foram dançar, encontrando mais e mais pessoas que conhecia ou não. Nada mais importava. Tudo estava tão divertido e tão vibrante que ela nem sentia o tempo passar, não sentia mais a tristeza que antes a atormentava e nem se importava mais com o que estaria por acontecer. Logo, ela foi se lembrando do que tinha acontecido quando chegou na festa, revendo novamente a cena em sua mente. Aparentemente, o efeito do álcool estava se dissipando, fazendo todos os problemas voltarem… junto com as suas emoções. Carol nem ligou, apenas continuou desfrutando da companhia de Emily, Sara e de mais algumas pessoas que tinha conhecido naquela noite, fingindo nunca ter visto David na vida.

Enquanto Carol conversava com as meninas sobre assuntos que apareciam, ela notou que um menino estava fitando-a, mas sempre que ela tentava identificar o rosto, ele virava o seu, impossibilitando que ela o visse. A menina deu de ombros.

–Desculpe - um menino alto, um tanto forte com cabelos negros falou, depois de esbarrar nela. - Sinto muito, - perdoou-se novamente - eu tropecei em alguma coisa e acabei esbarrando em você. Sinto muito mesmo.

–Não tem problema, não foi nada - a loira disse, arrumando o cabelo, jogando-o paro o lado. Ao levantar seu rosto o garoto retornou a falar.

–Desculpe, qual é o seu nome novamente?

–Eu não tinha dito meu nome - ela respondeu. - Mas eu sou Carolina, prazer - se introduziu. - E você é…?

–Sirius, - respondeu - meu nome é Sirius - completou a frase, pegando a mão pequena e delicada da menina, beijando-a em seguida, sem deixar de manter o contato visual. - E o prazer é todo meu - disse, ainda olhando em seus olhos. Algo nele agradava a menina, mas ela não sabia ao certo se era sua aparência, seu olhar ou apenas seu jeito cafajeste.

Logo, os dois desencadearam um diálogo, em qual falavam sobre as coisas mais variadas possíveis, como escola, quadribol, Hogsmeade, a aula chata do professor Binns… Enfim, muitos temas foram abordados.

–Ele sempre começa a falar sobre algo que o pai dele sempre dizia e nunca termina - Carol disse. - Ele sempre acaba dormindo, o que é meio irônico para um fantasma, porque ele tem todo o tempo do mundo para dormir - eles ainda falavam sobre Binns, que ensinava História da Magia.

–Eu acho que essa matéria tem tudo a ver com ele. Quer dizer, ele vivenciou toda a história! Nada mais justo do que ele mesmo contar para os alunos sobre os acontecimentos - com isso, os dois riram, e, ao pararem, se observaram silenciosamente. Nenhum dos dois falava, só se encaravam. Ninguém se sabe como ou por que isso aconteceu, mas Sirius acabou se aproximando de Carol, que cedeu, se aproximando devagar, fazendo seus lábios se encontrarem.

Eles começaram por um beijo leve e suave, com apenas um puxão ou outro de lábio. Após um curto período de tempo com movimentos calmos, o beijo ficou cada vez mais profundo, e agora ele passava suas mãos pela cintura e nuca dela, puxando-a mais para si. Carol mantinha suas mãos ora em seus ombros ora em seus cabelos, entrelaçando os dedos nas mechas negras do maroto, puxando-as com pouca força. Ela nem queria lembrar mais onde estava, tudo que importava agora era aquele momento, aquela sensação que nunca tinha sentido na vida; algo novo, porém surpreendentemente bom. Os amassos ficaram cada vez mais ousados, passando de apenas beijos na boca para carícias. Ao se separarem para respirar, Sirius começou a acariciar Carol, que sentiu sua boca quente percorrendo-lhe pescoço, causando vários arrepios em seu corpo inteiro; percorreu depois, dando alguns beijos, sua clavícula. Beijos foram depositados no local, e logo ela pôde sentir sua pele sendo puxada cada vez mais pela boca dele, o que causava uma sensação boa. Muito boa. As mãos de Sirius percorriam a coxa dela, de vez em quando indo para sua bunda, enquanto Carol tinha uma mão em sua nuca e outro em seu peitoral. Depois de vários beijos, um mais intenso que o outro, Carol que se separou, indo em direção ao pescoço do grifinório, fazendo a mesma coisa que ele tinha feito com ela, o que só o atiçou mais, pois quando suas bocas se encostaram novamente quase não se separaram mais. Os beijos estavam duradouros e muito intensos, mas Carol parou.

–Eu mordi você? - Sirius perguntou, achando a atitude dela estranha, uma vez que estavam tão envolvidos.

Carol tocou seus próprios lábios. O que tinha acabado de fazer? Onde estava com a cabeça?

–Eu… Eu sinto muito. Eu nem te conheço direito e já estava te beijando dessa maneira - ela disse, ainda assustada com seus atos. - Eu preciso ir - se levantou para ir embora, mas ele pegou sua mão, impedindo-a de se mexer.

–Por favor, fique - ele pediu.

–Eu não posso, sinto muito - se desculpou mais uma vez. Desvencilhando-se dele e, quando chegou na porta, olhou para trás podendo ver ele andando atrás dela pedindo para lhe esperar. Carol não o fez, apenas saiu.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente espero que tenham gostado e não queiram me matar por ter feito tanto mistério pra isso...
Por favor, comentem! Isso me inspira a escrever mais :)



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