Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 98
Caminho para o monte Hakurei


Notas iniciais do capítulo

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Fernando Teixeira de Andrade

Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e escarpados. E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir.

Khalil Gibra



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— Órion! Iremos retornar para casa agora mesmo. – impõe o nobre Kuchiki gélido.

— By-sama, não poderemos retornar ainda. Haviam guerreiros Anúbis zumbis, depois apareceram os guerreiros de Tezcatlipoca, e o alvo deles, eram apenas eu e Ha-kun. – responde Órion ao lado do nobre.

— Você disse Tezcatlipoca?!!!! – impressiona-se o taichou agora pálido.

— Você é surdo, Byakuya-dono?! Aquele maldito deus, a quem tua segunda esposa servia como avatar, a bruxa asteca. Ele quer matar tua princesinha aqui. – fala Hakurei com ares de enfado, encarando a pequena Kuchiki.

— Não me leve a palavra, maldito. Vocês devem ter se enganando! Para Tezcatlipoca estar nesta época, Yuè, também deveria estar aqui também. E se ela estivesse aqui, já teria me procurado e ter ido conhecer suas filhas. – Responde o nobre absorto.

— Pois eu senti a essência de um deus, depois apareceram os Anúbis-zumbis, logo após chegaram os guerreiros astecas, e tentaram matar a mim e Hakurei-sama. – Órion olha o semblante de Byakuya, parecia aéreo: - Você ainda gosta dela? – indaga se irritando ao contemplar o semblante do pai. - Se ela te amasse não haveria partido e deixado By-sama com duas filhas pequenas. – Grita Órion batendo o mimoso pé no chão.

— Hãã...?! Você ainda ama sua esposa fujona Bya-kun?! – indaga a pequena deusa com grandes olhos rubis marejados, o encarando. Byakuya desperta do seu transe: - Órion, não diga asneiras, claro que...que...não sinto nada por ela, somente achei fantasioso demais o seu duvidoso retorno. – Gagueja o nobre, buscando os olhos de Tansui no Hana, que agora lhe dera as costas: - pequena deusa?!

— Tudo o que o Éden lhe havia tirado, creio que já há retornado novamente, não é verdade, Bya-kun?! – revela a jovem deusa sem encara-lo, se encostando no braço de Hakurei: - Mika-chan, dá-me tua alabada, sendo Tezcatlipoca o deus a quem a família Hakurei serviu por tanto tempo. Então ela de nada ajudará em batalha. – fala a pequena deusa sentando-se sobre um tronco caído, tomando em suas mãos a arma do nobre de olhos azuis. Passa a palma de sua mão pelo fio da alabada, a banhando com seu sangue: - Agora nee-chan, banhe-a com teu miasma. – revela, entregando a arma para a Kuchiki.

Órion pega a grande lamina, evoca sua mão direita em estado Hollow, e passa a palma da mão pelo fio da lâmina, a banhando com um liquido viscoso e negro: - pronto nee-chan. - Depois entregou a alabada novamente para a pequena deusa.

Que declama um cântico estranho, que mais parecia sibilos e assobios, batendo com a lâmina três vezes ao chão, esta brilha e absorve todo o sangue e miasma que estava sobre ela: - Pronto! Agora está arma estar apta para ferir e matar qualquer um que se nos oponha, Mika-kun, todo e qualquer inimigo deve ser eliminado. – ordena a pequena deusa, fitando Byakuya seriamente.

— O que eu fiz de errado? – indaga o nobre sem nada entender.

Órion se aproxima do nobre e sorri: - alguém estar em sérios apuros!!! Ah?! E antes que eu me esqueça, se a sua amada desertora, como é mesmo o nome dela, ah?! Sim, Yuè, ainda estiver por aqui, ella es una mujer muerta! – avisa a Kuchiki bem próximo do ouvido do seu amado otou.

— Faça como quiser, minha pequena criança. – Responde o taichou gélido: - mas o que aconteceu com a pequena deusa?!

— Homens?!! Hump?! – faz Órion seguindo Tansui no Hana e Hakurei que já caminhavam longe.

Tansui no Hana seguia logo atrás de Órion que estava em sua forma hollow, que caminhava à frente de todos rastreando as pegadas dos guerreiros astecas, durante algumas horas. Mas, empacou abruptamente, emanou reiatsu, farejou o ar em todas as direções.

— Que se passa Kuchiki, congestionou o nariz ou perdeu a direção dos nossos oponentes? – indaga Hakurei parando ao seu lado e farejando o ar.

— Desapareceram, Ha-Kun! Não há vestígios deles em nenhuma direção, parecem que desapareceram aqui. – Responde a jovem Kuchiki sentando-se no chão chateada: - Nee-chan, é com você agora. – fala olhando para Tansui que encarava Byakuya friamente, enquanto este arqueia uma sobrancelha irritado com as atitudes incompreensíveis da moça.

— Foi um erro tê-lo trazido até aqui. – elucida a pequena deusa, já fazendo movimentos circulares com seu báculo sagrado: - enviar-te-ei para casa. – Revela levantando o cajado para batê-lo no chão.

— Não ouse. – ordena o nobre em seu tom gélido, tirando do kimono um relicário em forma de concha, decorado com lápis-lazúli e coralina, rodeado com contas de alabastro, na ponta do cordão uma lasca de rubi. Quando Byakuya abriu o delicado objeto uma escama azul-cobalto brilhava: - Não achas que viria eu encontrar-te dependendo apenas do meu poder de shinigami, ficando a mercê de tuas ordens, pequena deusa?

— Co-como conseguiste isto, então fora isto que usaste para me invocar, lá na floresta?! – indaga Tansui no Hana espantada. -  Meu pai falou que este relicário desapareceu do seu templo na Suméria há milhares de anos. – revela a jovem deusa, abaixando o rosto.

— Todo aquele que for portador deste relicário, será coberto pelas asas de Apsu, tendo domínio sobre seus servos, essa é a palavra dele. Seu pai ainda vive, então, até você deve obedecer a esta ordem, não como seus servos, mas ainda assim, a obedecerá. – fala Byakuya.

— O que está acontecendo com você...hããã...?!!! – gesticula Órion levando ambas as mãos à sua boca, se aproximando de Tansui, arregalando bem os orbes glaucos ao notar a mão de Byakuya. – A-a-a Benção de Apsu!!!

— Está sob a proteção do Clã há gerações, passando de líder para líder. Cometi um grande erro com Órion, na primeira vez que minha criança veio a mim, mas tem dado certo com Órion Shouri. Era isto que Hikari sempre quis encontrar. – revela o nobre guardando o relicário novamente.

— Como você pode By-sama?! Isso é injusto, quer me controlar com, com isso?! É cruel. – grita a jovem Kuchiki, batendo o pé no chão.

— Recomponha-se Órion, eu jurei a mim mesmo que se algum dia tivesse a chance de tê-las ao meu lado novamente, faria qualquer coisa para protege-las, eu não irei perder mais nenhumas de vocês. – fala o líder em sei gélido: - agora continuemos. – diz o nobre se pondo à frente dos demais, quando foi puxado bruscamente por Hakurei, que o livra de receber um ataque da jovem deusa: - mas o quê....

— Preste atenção seu tolo, você acabou de enfurecer uma deusa. – berra o nobre de mechas cinzas: - ainda mais... deusa...enamor... – Hakurei empaca nas palavras.

— Acalme-se nee-chan... – grita Órion tentando segurar Tansui no Hana: - eu...também não gostei da ideia, mas tente relevar essa decisão! Ele já sofreu demais por minha causa.

— Seu egoísta, idiota, insolente, eu não tolerarei um desaforo desses. Um humano, um shinigami, um reles filho de Adão me dando ordens, eu, um ser supremo!!! – esbraveja Tansui.

— Tansui no Hana... – fala Órion a encarando séria, sussurrando apenas para a pequena deusa ouvir: - ou você se acalma, ou revelarei a este ‘reles filho de Adão’, o que você foi capaz de sacrificar por ele.

— Você não faria isto... – a jovem deusa faz sua grande reiatsu desaparecer e retorna ao seu estado de alma, levando uma mão ao ombro esquerdo, deixando uma lagrima rolar: - ele não compreende, que somente queremos protege-lo?

— Ele sabe muito bem disso, e por tudo que já passou, teme nos perder, novamente. Aceite, por enquanto...depois achamos um jeito de tirar a Benção de Apsu de suas mãos. – sorri Órion.

— Ária?! – fala Tansui num repente.- O que foi ?! o que tem a nee-chan Ária? – assusta-se Órion.

— Devo ir, tome conta de Mika-kun e desse teimoso, que você chama de otou-chan. – fala a jovem deusa, com desdém: - quando retornar, te informo. – elucida desaparecendo dos braços de Órion.

......... 

Na mansão dos Kuchikis: 

— Você estar se sentindo melhor, nee-chan: - indaga Órion Shouri, passando uma das mãos na testa da irmã mais velha.

— Sim, nee-chan, não se preocupe, estou melhor. – responde a alba relaxando em suas almofadas e sorrindo para a irmã mais nova.

— Eu já havia desabituado desses quadros teus. Não era para isso acontecer mais, já que Anupu estar selado. – resmunga Órion Shouri, abraçando sua irmã.

— Deveras não foi nada, apenas algo que talvez não me fez bem! Não se preocupe. – responde Ária sorrindo.

— Minha pequena Órion Shouri, me faz um favor? – pergunta a velha criada, adentrando o quarto com uma bandeja prateada nas mãos.

— Mas agora?! Quero ficar com a nee-chan... – retruca a jovem Kuchiki fazendo bico.

— Pois é para ela mesma. Traga-me folhas de pessegueiros silvestres, as mesmas, que você trazia quando criança. Ária sempre se sentia melhor após tomar o chá dessas folhas. – sorri a doce senhora se pondo ao lado da cama.

— Ah?! Já que é isso! Irei buscar agora mesmo. Já volto nee-chan, não demorarei muito. – responde a morena com um sorriso no rosto saindo do quarto.

— Agora que ela já foi, você pode me dizer toda a verdade Ária!  - interroga a velha criada a encarando.

— Do que a senhora estar falando, senhora Yui?!- indaga Ária sem nada entender.

— Eu te conheço como a palma da minha mão, o que você fez menina? – Yui ficava séria: - eu somente poderei ajudar-te se me contar como isso aconteceu. – fala Yui a encarando.

— Mas do que a senhora estar falando senhora Yui?! – desespera-se a alba.

— Deixa que explico tudo, Ária-san. – fala Tansui no Hana surgindo ao seu lado: - Não se pode enganar ou esconder algo de uma pessoa tão sábia! Não é verdade senhora YUI. – sorri a jovem deusa para a criada.

— Mi-minha senhora... – gagueja a Yui.

— Hana-sama?! O que estar acontecendo comigo?! – desespera-se Ária.

 .........

— Querida, para onde foi Tansui no Hana? – indaga Byakuya caminhando ao lado de Órion.

— Eu pensei que eu fosse o motivo de tua vinda otou-san! Mas enganei-me profundamente. Tua única preocupação é com a pequena deusa. Nem de Shouri você fala mais. – elucida Órion, sem encará-lo.

— Não é isso que você estar pensando, é que, que, ela ficou muito brava comigo. – responde o nobre tropeçando nas palavras: - e Tansui no Hana já deixou claro qual será o destino de Shouri, então, não adiante criar expectativas aonde não existem. Por um lado, eu sempre soube que Shouri, iria embora algum dia, mesmo sabendo que sofreria com isso, eu tentei... – o nobre fala baixando o rosto.

— Me desculpas By-sama, não queria tocar em um assunto tão íntimo teu, gomen nasai. – Pede a jovem abraçando seu pai.

— Não se preocupe, mesmo que todas partam. Eu sei que ainda terei você ao meu lado. – revela o nobre abraçando forte a jovem.

— Não esqueça da nee-chan Ária. Agora sigamos para o monte Hakurei, Hana-chan nos encontrará mais adiante. – sorri a morena.    


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Notas finais do capítulo

E por onde andei, por onde passei e o que vivi, me tornaram hoje uma mulher madura, verdadeira e que aconselha quem precisa. Hoje não sou mais frágil, pelo contrário, sou tão forte que eu mesma tenho orgulho de falar, eu cresci.

Mirlene Gonçalves

E por onde andei, por onde passei e o que vivi, me tornaram hoje uma mulher madura, verdadeira e que aconselha quem precisa. Hoje não sou mais frágil, pelo contrário, sou tão forte que eu mesma tenho orgulho de falar, eu cresci.

Mirlene Gonçalves



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