Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli
Notas iniciais do capítulo
sabe aquele dia em que as coisas não saem como esperado?
Ária reapareceu das sombras em seu quarto, nesse momento, a senhora Yuè estava arrumando algumas coisas em seu closet, a velha senhora estava de costas para a porta. A alba, chega sorrateiramente:
— Booo!!!!! – grita a jovem tocando a velha criada.
— Aaaaa.... – Yui grita pulando sobre o monte de roupas dobradas, derrubando tudo: - A-A-Ária?! Sua desalmada!!! Queres matar-me?!! – gagueja a velha em lagrimas.
A Kuchiki gargalha sem parar: - gomen ni, Yui-baa-sama...não me contive...
— Como castigo, irás arrumar toda roupa sozinha. – ordena a senhora bufando.
— Mas...eu preciso falar com a nee-chan... – reluta a jovem
— Ela estar ‘em companhia de Byakuya-sama’, não querem ser perturbados, amanhã tu falas com ela, fique e arrume o que bagunçaste, irei mandar servi-lhe a janta. – elucida a criada séria.
— Droga!!! – esboça a alba sentando ao chão e pegando suas roupas.
Jibrail esboça um sorriso com suas presas afiadas: ‘é engraçado! Sendo elas senhoras desta casa, obedecerem sem pestanejar a velha criada!’ – refletia ao ver a cena: - os deuses não ficarão felizes com o que aconteceu hoje! – sussurrou para si.
.........
Byakuya desperta um pouco confuso, o céu ainda estava escuro, de um azul índigo, fazia frio, parecia ter chovido pela noite, porém não vira. Procura a jovem com quem partilhara o leito, encontrando rosto delicado sobre o seu abdome, lhe acariciou os rosto sonolento sob mechas negras despenteadas. O nobre se ajeitou na cama e aconchegou melhor a dama sobre si, Órion gemeu baixo e balbuciou qualquer coisa em relação a horas atrás, Byakuya sorriu, afagou as machas negras encaracoladas até que ele mesmo voltou a dormir.
.....
Nas profundezas do Departamento de Ciências e Tecnologias:
— ....fui claro, Miyoshi hashiseki? – interroga uma estranha criatura.
— Claro como água, Mayuri-sama! – responde uma jovem de aparência bastante conhecida, porém de cabelos verde-água e orbes vermelho, trazia uma estola que cobria-lhe o nariz e a boca. Como se quisesse esconder sua fisionomia.
— Nemo?
— Hai Mayuri-sama. – responde a séria tenente se pondo ao lado da oficial.
— Leve-a até o 13º bantai... – dar-lhes as costas, depois volta sua atenção às duas mulheres novamente: - E, Miyoshi...
— Sim, Mayuri-sama! – responde a jovem shinigami de longos caracóis verde.
— Dou-te permissão para eliminar qualquer um que tente impedir ou atrapalhar esta missão, sem piedade, sem hesitação. Podem ir agora – ordena o taichou.
— Hai, Mayuri-sama... – respondem as duas mulheres seguindo para a saída.
.......
No templo do deus Anupu:
— Mãe?! – chama Yuè.
— Eu sei, seu pai levou seus irmãos para Ugendou, deixe-os lá. São três distrações a menos para nós. Eu não sei onde estava com a cabeça para ter mais três filhos depois de você! – exclama Hikari com o Grimorium nas mãos.
— A senhora não tem medo que o papai desconfie de sua súbita mudança? – indaga Chiharu.
— E ele fará o quê?! Nada! Juushirou seria incapaz de ferir-me ou denunciar-me. E se o fizesse...além daquela ‘diaba Kuchiki’, não há neste lugar ou no sekai alguém para me confrontar. – responde a pequena taichou confiante, enquanto Yuè foi sentar-se junto a Rei e o Anúbis Hórus num canto da sala.
........
O Alvorecer surgia vagaroso no horizonte, pintando preguiçosamente de dourado e rosa o escuro céu do Seireitei, num descampado longe do 13º bantai, um preocupado taichou passeava, suas longas mechas prateadas dançavam sob as brumas orvalhas, grilos e cigarras ainda cantavam escondidas do frio da manhã. Ao longe ele avistou duas silhuetas esguias, seguiu ao seu encontro, ao aproximar-se, reconheceu Nemu, porém a outra, foi difícil descrever a sensação, jamais a tinha visto, no entanto, sentia como se já a conhecesse:
— Ohayo fukutaichou Nemu e...a senhorita? – indaga Ukitake observando a jovem da cabeças aos pés.
Vestia uma roupa semelhante a de Nemu, porém sobre o kimono a estola branca de florais rosas claro cobrindo-lhe do pescoço ao nariz, uma saia justa no meio das coxas, obe vermelha larga, sapatilhas vermelhas, os longos caracóis verde-água soltos, a pele pálida destacavam os grandes orbes rubros como sangue: - Miyoshi, Ukitake taichou, prazer em conhecê-lo. – responde de forma gélida.
— A nova transferida! Seja bem vinda, a esperava ansiosamente Miyoshi-san, Venha. – a cumprimenta o capitão sereno.
— Eu já vou indo Ukitake-taichou, deixo aos seus cuidados, alguém muito especial. – despede-se Nemu.
— Não se preocupe tenente Nemu, saberei cuidar muito bem dela! – diz Ukitake seguido para o campo dos pessegueiros, sempre fitando a jovem ao seu lado, que o olhava de canto de olho desconfiada.
— Senhor, o bantai não seria no caminho oposto? – pergunta a jovem.
— Sim, mas temos uma missão muito importante agora. – responde agora meio sério: - disseram-me que você poderia me levar até a zona de Penumbra no Hueco Mundo e rastrear um antigo objeto.
— E o farei, esse é meu dever junto ao senhor. – elucida.
— Então sigamos adiante, antes que clareie completamente. – ordena o meigo taichou.
.........
O sol raiava soberbo, Byakuya aconchega Órion delicadamente para o lado e levanta-se, não poderia se dar a esse luxo de ficar na cama até tarde, era taichou, era o líder de um poderoso Clã, mesmo se tratando de Órion, ele possuía responsabilidades, fez tudo silenciosamente, não a queria acordar, ao se aproximar da porta, retornou e lhe deu um leve selinho:
— Eu te amo Pequena! – afasta-se do seu leito e sai do quarto, seguiu em direção ao quarto de sua filha, Ária dormia tranquilamente, não a importunou. Andou para seu escritório, escreveu algo em um luxuoso papel e o guardou dentro de um livro que Órion estava lendo naquela semana, chamou sua guarda pessoal: - Vigiem Órion, levem-me quaisquer informações sobre ela, não a deixem vê-los ou perceber suas presenças!
— Hai Byakuya-sama! – responde o chefe da guarda.
Dizendo isto, o nobre segue para o rokubantai.
— o senhor sabe o que acontece toda vez que Byakuya-sama nos mandar vigiar aquela peste! Sempre vem confusão, sem contar que ela pode usar o teletransporte. – diz um dos guardas ao seu líder.
— Não o deixem imaginar que nos referimos à senhorita Órion dessa forma, ela é um...sempre nos dar trabalho e nos deixa em maus lençóis com Byakuya-sama! A menina é uma praga, aparece e desaparece em qualquer lugar, arruma confusão com outros shinigamis, até taichous, vive lutando com hollows e outros demônios. E ele nos chama de irresponsáveis por não conseguimos acompanha-la, que é somente uma criança! Nem a primeira Kuchiki Órion por ser tão temperamental nos dava tanto trabalho!! – desanima-se o chefe da guarda.
........
Uma mão procura alguém sob os lençóis, não encontrando, despertou assustada, virou-se e não viu ninguém: - Uê?! Onde estar By-sama? – levantou-se com um pouco de dificuldade: - Mas, que droga!!! – seguiu para o banheiro, sentiu algo estranho, farejou o ar, uma presença de alguém similar, se distanciava rapidamente, porém de grande poder. Vestiu-se rapidamente e saiu ao encontro do ser. Correu o mais depressa que pode, esbarrando em alguém:
— Aiii...desculpe-me senhor...eu...hã?! você?! – Surpreende-se a jovem levantando.
— Como sempre delicada feito um gorila e educada feito um chipanzé. – responde o outro sorrindo.
— Como ousas seu cretino!!! – esbraveja a jovem.
— Kuchiki Órion, tua irmã estar em casa? – indaga tentando disfarçar.
— Hakurei!!! Maldito, como ousas insultar-me depois de tudo que aconteceu?! – Órion grita.
— Não foi um insulto, foi um elogio! – sorri o grande homem: - o que eu disse!
— O que queres com minha irmã, cretino, ordinário, in...
— Senhorita Kuchiki?! Que boca mais suja! Xingar-me assim e logo de manhã?!- brinca o nobre.
— Não o estou xingando, Hakurei-dono, estou o elogiando também!!! – elucida Órion desvinando o olhar para o horizonte: - Desapareceu!!!
— O que desapareceu, Pimenta? – indaga homem fitando na mesma direção.
— Hã?! Nada não! Deixa-me ir, que estou atrasada. Shayonara Hakurei. – a morena segue correndo no sentido diferente.
— Mas?! O rokubantai é no sentido oposto! Essa estar aprontando e não me respondeu a pergunta. Será que devo preocupar-me? – refletia o nobre.
......
No oitava bantai...
— Órion?! Seu pai não imaginas que estás aqui, certo? – indaga a taichou surpresa com a visita.
— Não, se desconfiasse já estaria chegando, mas vim por um motivo. – responde a jovem.
— O que queres então? Acaso não tinhas cortados nossos laços? – retruca Hikari.
— A obaa sabe de tudo que entra ou sai do Seireitei? Estou certa disso. – indaga a jovem, sempre fitando o Anúbis atrás de si.
— Nem tudo, porque Criança?
— se a obaa sentiu mais cedo uma presença estranha e muito forte, se afastando rapidamente do Gotei 13? – Órion na esperança de obter alguma resposta.
— As únicas que senti e me perturbam, são você e aquele homem de nome Hakurei Mikaido. Fora isso, nem uma outra. Você acha que se houvesse algo nessa magnitude eu não saberia? – irrita-se Tsukishirou.
— Não falei isso, por isso vim perguntar-lhe por via das duvidas, e já que a obaa disse não sentir nada, quem sou eu para discordar! – responde a Kuchiki.
— Menina, às vezes você me assusta, com sua mudança de personalidade. Ora queres tu matar-me, ora vens aqui como se nada tivesse ocorrido entre nossas famílias. Corta nossos laços e depois os reata sem motivo aparente! – dita a capitã.
— Nunca desfizemos nossos laços obaa, apenas tivemos discordâncias de ideias, somente isso. Eu já irei, pois o otou não tolerar mais um minuto de atraso. Arigatoo, obaa. – Diz Órion saindo fitando o Anúbis de olhos prata: ‘Anupu?!’ pensou por um momento.
........
Na mansão Kuchiki:
— Hakurei-san!!! O senhor veio mesmo!!! – Ária sorrindo boba.
— Espero não estar incomodando, Pequena. – elucida o homem.
— Claro que não, muito pelo contrario, alias?! Veio vê-me, ou a nee-chan?
— Tua nee-chan, encontrei mais cedo, quase me atropelou, meu assunto aqui, é a senhorita!- esclarece o nobre.
— Verdade?! – a alba esboça um grande sorriso rubra.
........
— Abra o portão, é uma ordem! – grita Órion já se aproximava de um dos portões de saída do Seireitei, o mesmo em que a estranha presença desapareceu: - Acho que Hikari obaa já estar ficando senil, a reiatsu que senti era bem real e poderosa. Desculpe-me By-sama, mas tenho que averiguar. – já estava quase o adentrando, quando....
— Fechem o portão! Pensei que ficarias em casa descansando?– ordena uma voz masculina.
— Hããã?! By-By-sama?!!! – ela estremece, virando-se lentamente.
— Onde você pensava ir sem meu conhecimento e consentimento? – pergunta o nobre bravo.
— Quem, eu?! – tropeça nas palavras a jovem.
— Quando eu penso que tudo seguirá bem entre nós, você me decepciona! – Byakuya arqueia uma sombracelha irritado.
— Como o senhor soube? – indaga cabisbaixa a morena.
— Deixei homens te vigiando, pois já desconfiava de algo, e Hikari mandou-me recado sobre tua visita a ela. Vamos para casa agora. – o nobre vira-se pegando em seu ombro.
— Como eu pude esquecer-me daqueles malditos guardas!!! O senhor estar muito aborrecido comigo? – ‘ oh! Pergunta idiota, Órion, com esse silencio você quer o quê?! Agora eu nunca saberei de quem é essa reiatsu!!’
Byakuya apenas a olhos de canto, gélido, nada respondeu.
— Se eu pedir desculpas agora e implorar joelhos, vai reduzir meu castigo? E ‘ontem’ contara alguma coisa na redução do mesmo? – indaga a morena fazendo carinha de vitima.
— Não, muito pelo contrário, você é a senhora Kuchiki, futura líder do Clã, tu deves ser símbolo de obediência, dar exemplo, liderar quando eu não estiver por perto.... – falava o nobre seguindo na frente
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