Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 81
Miyoshi/ Desencontros!


Notas iniciais do capítulo

sabe aquele dia em que as coisas não saem como esperado?





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Ária reapareceu das sombras em seu quarto, nesse momento, a senhora Yuè estava arrumando algumas coisas em seu closet, a velha senhora estava de costas para a porta. A alba, chega sorrateiramente:

— Booo!!!!! – grita a jovem tocando a velha criada.

— Aaaaa.... – Yui grita pulando sobre o monte de roupas dobradas, derrubando tudo: - A-A-Ária?! Sua desalmada!!! Queres matar-me?!! – gagueja a velha em lagrimas.

A Kuchiki gargalha sem parar: - gomen ni, Yui-baa-sama...não me contive...

— Como castigo, irás arrumar toda roupa sozinha. – ordena a senhora bufando.

— Mas...eu preciso falar com a nee-chan... – reluta a jovem

— Ela estar ‘em companhia de Byakuya-sama’, não querem ser perturbados, amanhã tu falas com ela, fique e arrume o que bagunçaste, irei mandar servi-lhe a janta. – elucida a criada séria.

— Droga!!! – esboça a alba sentando ao chão e pegando suas roupas.

Jibrail esboça um sorriso com suas presas afiadas: ‘é engraçado! Sendo elas senhoras desta casa, obedecerem sem pestanejar a velha criada!’ – refletia ao ver a cena: - os deuses não ficarão felizes com o que aconteceu hoje! – sussurrou para si.

.........

Byakuya desperta um pouco confuso, o céu ainda estava escuro, de um azul índigo, fazia frio, parecia ter chovido pela noite, porém não vira. Procura a jovem com quem partilhara o leito, encontrando rosto delicado sobre o seu abdome, lhe acariciou os rosto sonolento sob mechas negras despenteadas. O nobre se ajeitou na cama e aconchegou melhor a dama sobre si, Órion gemeu baixo e balbuciou qualquer coisa em relação a horas atrás, Byakuya sorriu, afagou as machas negras encaracoladas até que ele mesmo voltou a dormir.

.....

Nas profundezas do Departamento de Ciências e Tecnologias:

— ....fui claro, Miyoshi hashiseki? – interroga uma estranha criatura.

— Claro como água, Mayuri-sama! – responde uma jovem de aparência bastante conhecida, porém de cabelos verde-água e orbes vermelho, trazia uma estola que cobria-lhe o nariz e a boca. Como se quisesse esconder sua fisionomia.

— Nemo?

— Hai Mayuri-sama. – responde a séria tenente se pondo ao lado da oficial.

— Leve-a até o 13º bantai... – dar-lhes as costas, depois volta sua atenção às duas mulheres novamente: - E, Miyoshi...

— Sim, Mayuri-sama! – responde a jovem shinigami de longos caracóis verde.

— Dou-te permissão para eliminar qualquer um que tente impedir ou atrapalhar esta missão, sem piedade, sem hesitação. Podem ir agora – ordena o taichou.

— Hai, Mayuri-sama... – respondem as duas mulheres seguindo para a saída.

.......

No templo do deus Anupu:

— Mãe?! – chama Yuè.

— Eu sei, seu pai levou seus irmãos para Ugendou, deixe-os lá. São três distrações a menos para nós. Eu não sei onde estava com a cabeça para ter mais três filhos depois de você! – exclama Hikari com o Grimorium nas mãos.

— A senhora não tem medo que o papai desconfie de sua súbita mudança? – indaga Chiharu.

— E ele fará o quê?! Nada! Juushirou seria incapaz de ferir-me ou denunciar-me. E se o fizesse...além daquela ‘diaba Kuchiki’, não há neste lugar ou no sekai alguém para me confrontar. – responde a pequena taichou confiante, enquanto Yuè foi sentar-se junto a Rei e o Anúbis Hórus num canto da sala.

........

O Alvorecer surgia vagaroso no horizonte, pintando preguiçosamente de dourado e rosa o escuro céu do Seireitei, num descampado longe do 13º bantai, um preocupado taichou passeava, suas longas mechas prateadas dançavam sob as brumas orvalhas, grilos e cigarras ainda cantavam escondidas do frio da manhã. Ao longe ele avistou duas silhuetas esguias, seguiu ao seu encontro, ao aproximar-se, reconheceu Nemu, porém a outra, foi difícil descrever a sensação, jamais a tinha visto, no entanto, sentia como se já a conhecesse:

— Ohayo fukutaichou Nemu e...a senhorita? – indaga Ukitake observando a jovem da cabeças aos pés.

Vestia uma roupa semelhante a de Nemu, porém sobre o kimono a estola branca de florais rosas claro cobrindo-lhe do pescoço ao nariz, uma saia justa no meio das coxas, obe vermelha larga, sapatilhas vermelhas, os longos caracóis verde-água soltos, a pele pálida destacavam os grandes orbes rubros como sangue: - Miyoshi, Ukitake taichou, prazer em conhecê-lo. – responde de forma gélida.

— A nova transferida! Seja bem vinda, a esperava ansiosamente Miyoshi-san, Venha. – a cumprimenta o capitão sereno.

— Eu já vou indo Ukitake-taichou, deixo aos seus cuidados, alguém muito especial. – despede-se Nemu.

— Não se preocupe tenente Nemu, saberei cuidar muito bem dela! – diz Ukitake seguido para o campo dos pessegueiros, sempre fitando a jovem ao seu lado, que o olhava de canto de olho desconfiada.

— Senhor, o bantai não seria no caminho oposto? – pergunta a jovem.

— Sim, mas temos uma missão muito importante agora. – responde agora meio sério: - disseram-me que você poderia me levar até a zona de Penumbra no Hueco Mundo e rastrear um antigo objeto.

— E o farei, esse é meu dever junto ao senhor. – elucida.

— Então sigamos adiante, antes que clareie completamente. – ordena o meigo taichou.

.........

O sol raiava soberbo, Byakuya aconchega Órion delicadamente para o lado e levanta-se, não poderia se dar a esse luxo de ficar na cama até tarde, era taichou, era o líder de um poderoso Clã, mesmo se tratando de Órion, ele possuía responsabilidades, fez tudo silenciosamente, não a queria acordar, ao se aproximar da porta, retornou e lhe deu um leve selinho:

— Eu te amo Pequena! – afasta-se do seu leito e sai do quarto, seguiu em direção ao quarto de sua filha, Ária dormia tranquilamente, não a importunou. Andou para seu escritório, escreveu algo em um luxuoso papel e o guardou dentro de um livro que Órion estava lendo naquela semana, chamou sua guarda pessoal: - Vigiem Órion, levem-me quaisquer informações sobre ela, não a deixem vê-los ou perceber suas presenças!

— Hai Byakuya-sama! – responde o chefe da guarda.

Dizendo isto, o nobre segue para o rokubantai.

— o senhor sabe o que acontece toda vez que Byakuya-sama nos mandar vigiar aquela peste! Sempre vem confusão, sem contar que ela pode usar o teletransporte. – diz um dos guardas ao seu líder.

— Não o deixem imaginar que nos referimos à senhorita Órion dessa forma, ela é um...sempre nos dar trabalho e nos deixa em maus lençóis com Byakuya-sama! A menina é uma praga, aparece e desaparece em qualquer lugar, arruma confusão com outros shinigamis, até taichous, vive lutando com hollows e outros demônios. E ele nos chama de irresponsáveis por não conseguimos acompanha-la, que é somente uma criança! Nem a primeira Kuchiki Órion por ser tão temperamental nos dava tanto trabalho!! – desanima-se o chefe da guarda.

........

Uma mão procura alguém sob os lençóis, não encontrando, despertou assustada, virou-se e não viu ninguém: - Uê?! Onde estar By-sama? – levantou-se com um pouco de dificuldade: - Mas, que droga!!! – seguiu para o banheiro, sentiu algo estranho, farejou o ar, uma presença de alguém similar, se distanciava rapidamente, porém de grande poder. Vestiu-se rapidamente e saiu ao encontro do ser. Correu o mais depressa que pode, esbarrando em alguém:

— Aiii...desculpe-me senhor...eu...hã?! você?! – Surpreende-se a jovem levantando.

— Como sempre delicada feito um gorila e educada feito um chipanzé. – responde o outro sorrindo.

— Como ousas seu cretino!!! – esbraveja a jovem.

— Kuchiki Órion, tua irmã estar em casa? – indaga tentando disfarçar.

— Hakurei!!! Maldito, como ousas insultar-me depois de tudo que aconteceu?! – Órion grita.

— Não foi um insulto, foi um elogio! – sorri o grande homem: - o que eu disse!

— O que queres com minha irmã, cretino, ordinário, in...

— Senhorita Kuchiki?! Que boca mais suja! Xingar-me assim e logo de manhã?!- brinca o nobre.

— Não o estou xingando, Hakurei-dono, estou o elogiando também!!! – elucida Órion desvinando o olhar para o horizonte: - Desapareceu!!!

— O que desapareceu, Pimenta? – indaga homem fitando na mesma direção.

— Hã?! Nada não! Deixa-me ir, que estou atrasada. Shayonara Hakurei. – a morena segue correndo no sentido diferente.

— Mas?! O rokubantai é no sentido oposto! Essa estar aprontando e não me respondeu a pergunta. Será que devo preocupar-me? – refletia o nobre.

......

No oitava bantai...

— Órion?! Seu pai não imaginas que estás aqui, certo? – indaga a taichou surpresa com a visita.

— Não, se desconfiasse já estaria chegando, mas vim por um motivo. – responde a jovem.

— O que queres então? Acaso não tinhas cortados nossos laços? – retruca Hikari.

— A obaa sabe de tudo que entra ou sai do Seireitei? Estou certa disso. – indaga a jovem, sempre fitando o Anúbis atrás de si.

— Nem tudo, porque Criança?

— se a obaa sentiu mais cedo uma presença estranha e muito forte, se afastando rapidamente do Gotei 13? – Órion na esperança de obter alguma resposta.

— As únicas que senti e me perturbam, são você e aquele homem de nome Hakurei Mikaido. Fora isso, nem uma outra. Você acha que se houvesse algo nessa magnitude eu não saberia? – irrita-se Tsukishirou.

— Não falei isso, por isso vim perguntar-lhe por via das duvidas, e já que a obaa disse não sentir nada, quem sou eu para discordar! – responde a Kuchiki.

— Menina, às vezes você me assusta, com sua mudança de personalidade. Ora queres tu matar-me, ora vens aqui como se nada tivesse ocorrido entre nossas famílias. Corta nossos laços e depois os reata sem motivo aparente! – dita a capitã.

— Nunca desfizemos nossos laços obaa, apenas tivemos discordâncias de ideias, somente isso. Eu já irei, pois o otou não tolerar mais um minuto de atraso. Arigatoo, obaa. – Diz Órion saindo fitando o Anúbis de olhos prata: ‘Anupu?!’ pensou por um momento.

........

Na mansão Kuchiki:

— Hakurei-san!!! O senhor veio mesmo!!! – Ária sorrindo boba.

— Espero não estar incomodando, Pequena. – elucida o homem.

— Claro que não, muito pelo contrario, alias?! Veio vê-me, ou a nee-chan?

— Tua nee-chan, encontrei mais cedo, quase me atropelou, meu assunto aqui, é a senhorita!- esclarece o nobre.

— Verdade?! – a alba esboça um grande sorriso rubra.

........

— Abra o portão, é uma ordem! – grita Órion já se aproximava de um dos portões de saída do Seireitei, o mesmo em que a estranha presença desapareceu: - Acho que Hikari obaa já estar ficando senil, a reiatsu que senti era bem real e poderosa. Desculpe-me By-sama, mas tenho que averiguar. – já estava quase o adentrando, quando....

— Fechem o portão! Pensei que ficarias em casa descansando?– ordena uma voz masculina.

— Hããã?! By-By-sama?!!! – ela estremece, virando-se lentamente.

— Onde você pensava ir sem meu conhecimento e consentimento? – pergunta o nobre bravo.

— Quem, eu?! – tropeça nas palavras a jovem.

— Quando eu penso que tudo seguirá bem entre nós, você me decepciona! – Byakuya arqueia uma sombracelha irritado.

— Como o senhor soube? – indaga cabisbaixa a morena.

— Deixei homens te vigiando, pois já desconfiava de algo, e Hikari mandou-me recado sobre tua visita a ela. Vamos para casa agora. – o nobre vira-se pegando em seu ombro.

— Como eu pude esquecer-me daqueles malditos guardas!!! O senhor estar muito aborrecido comigo? – ‘ oh! Pergunta idiota, Órion, com esse silencio você quer o quê?! Agora eu nunca saberei de quem é essa reiatsu!!’

Byakuya apenas a olhos de canto, gélido, nada respondeu.

— Se eu pedir desculpas agora e implorar joelhos, vai reduzir meu castigo? E ‘ontem’ contara alguma coisa na redução do mesmo? – indaga a morena fazendo carinha de vitima.

— Não, muito pelo contrário, você é a senhora Kuchiki, futura líder do Clã, tu deves ser símbolo de obediência, dar exemplo, liderar quando eu não estiver por perto.... – falava o nobre seguindo na frente


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