Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 60
Retorno/ O que os deuses escondem?


Notas iniciais do capítulo

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos... A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as malharas do ódio... e tem-nos feito marchar a passos de gansos para a miséria e morticínio. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz a abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos, nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco, Mas do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida seria de violência e tudo será perdido. ( o ultimo discurso, o grande ditador - Charlie Chaplin) - o caminho da vida.



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Yuè e Mayuri não conseguiram achar uma forma de trazer Hikari, chegando o fogo do sagrado candelabro se apagar, ficando ela muito triste e desanimada, e isto segundo Isane não era bom ao seu estado já que contava agora com cinco meses de gestação, preocupando assim o nobre líder, que ainda estava abalado com a demora de Hikari e o que diria à Rukia se ela não retornasse. Enquanto Juushirou em seu estado mais melancólico decide visitar a pequena vila que outrora a morena ajudara, sendo guiado por sua fiel Rei, que não o deixava por nada.

Byakuya estava passeando por um dos bosques pertencentes ao Rokubantai, quando repentinamente sente um vulto passar por ele muito rápido, decide o seguir o que não foi tarefa fácil, já que mesmo utilizando o shumpo, não conseguira alcançar a ser, pondo-se a persegui-lo somente. Após um tempo considerável, o nobre se vê em Ugendou, diante dos resquícios do santuário de areia, ele assustou-se, porém aproximou-se do lugar e somente após isso reconhecem a quem ele perseguia.

Ele nota o grande canídeo negro sentado ao lado dos vestígios de um dos círculos, julgando a posição, analisou ser o que pertencia a Hikari, ele o chama:

– Duamoutef?!

O chacal apenas vira o rosto para ele e se põe a observar o circulo, Byakuya o acompanhou neste esperar, e lentamente surge um pequeno redemoinho de areia, o nobre pasma com a cena, seguidamente este dar forma à Shinda no Sama, o capitão ficara perplexo, porém muito feliz ao reconhecer a zampakutou. Enquanto isso Duamoutef a pega e se põe a correr novamente, o Kuchiki não pensou duas vezes e se pôs a segui-lo. Saindo rapidamente dos limites da Sereitei, o nobre não entendera logo à principio o porque daquilo, mas após observar bem o canídeo, vira que o mesmo podia criar distorções no tempo-espaço e assim viajar mais rápido entre os lugares, como o nobre estava na mesma velocidade, transpassava as fissuras com o chacal.

........

Na mansão Yuè repousava no jardim, debaixo de uma cerejeira, consultando seu espelho de obsidiana enquanto Arina e Yui foram lhe preparar algo para comer, ela somente não pulou de alegria porque não pôde, ao ser revelado Shinda no Sama intacta e Duamoutef correndo, aquilo representava o retorno de Tsukishirou. Chiharu agora tranquila e feliz decide explanar o futuro de suas crianças, porém:

– Vejo, você minha pequena Ária, um tipo de reiatsu bem especial, calma, suave, será que o grande Anupu te concedeu o dom da cura? Agora vejo meu bebê, Órion, com o mesmo poder avassalador, decidida, forte e orgulhosa como o pai. Porém, vejo as duas até certa idade, depois surge em meio a vocês um deus, qual será deles? Uma fica ao lado do seu pai, a outra desaparece com o divino?! – Yuè deixa o espelho cair, não compreendeu aquela visão: - eu não quero perder nenhuma de vocês, que deus cruel, mas qual seria deles? – chora a menina ardentemente: - será que os deuses nos escondem algo?

......

– Mamãe, tem uns shinigamis ai na vila e um deles parece com aquela moça que veio junto com ela.

– Graças ao Criador, minhas preces foram ouvidas, agora ela receberá os cuidados que necessita! Vá chama-los querido.

– Sim mamãe.

....

– Então esta é a vila que minha lua ajudou! É bem pequena mesmo!

– Sabe taichou, parece que as coisas aqui mudaram um pouco!

– Como assim Rei? Parece-me bem pobre, porém as pessoas parecem tão felizes!

– É isso, antes as pessoas eram bem tristes aparentavam sofrimento e as casinhas eram remendadas com pedaços de coisas, agora elas parecem felizes e reconstruiu sua vila, principalmente esta parte que era a mais miserável.

– Rei, uma arvore não nasce uma arvore, antes disso ela é semente e precisa de um solo propicio e água, alguém que cuide dela para ela crescer, as pessoas são assim também.

– Sugoi! Isso foi tão profundo, mas não entendi taichou!

– Rei, às vezes as pessoas só precisam de um pouco de esperança, alguém que através de pequenos gestos e mostre que se interessa por elas e que elas são especiais, para que elas criem confianças em si mesmas e mudem suas vidas, e Tsukishirou sabia muito bem disso, talvez elas só precisavam de um pouco de compaixão e que nem todos os shinigamis são iguais, que existem pessoas puras e boas que se interessam pelo próximo.

– Ah! Agora compreendo de onde a tenente tirava aquelas coisas, ela aprendeu com senhor! Ela falou algo com esse mesmo sentido.

Nesse momento chega vagarosamente um menino receoso perto deles, Juushirou nota:

– Ohayo pequeno! Podemos ajudá-lo? – indaga sorridente.

– Eu acho que já vi baixinho! – diz Rei tentando lembrar-se.

– A, a minha mãe...quer falar com os senhores.

– Como assim criança, ela precisa de ajuda? – interroga o taichou.

– Ela não, mas, mas a moça bonita que veio com a senhora naquele dia lembra?

– Hããã?! É isso era você mesmo... você fala da tenente?!

– Minha lua?! Onde criança, onde ela estar?! – pergunta Ukitake segurando o menino pelos ombros atônito.

– Ela estar lá em casa, venha comigo. – convida o menino sendo carregado por Juushirou, que não andava, corria.: - não senhor, minha casa é por ali. – aponta.

Após alguns segundos, literalmente depois, Ukitake entra afoito no casebre sem cerimônias e chegando ao cômodo que servia de quarto, desaba em lágrimas se jogando sobre a morena que dormia profundamente em um velho futon no chão batido, sem ao menos prestar atenção na dona da casa:

– Mi-minha amada! Nunca mais repita isso, mata-me primeiro. – diz a acomodando em seus braços.

– É um milagre! Sabia que o grande Anupu ouviria as minhas preces! Vivas, vivas, agora cumprirei minha promessa.

– O senhor, o que é para ela? – pergunta a mãe do menino.

– Hãã?! Gomen nasai, minha senhora por entrar assim em sua residência, é que não suportei a alegria, me chamo Ukitake Juushirou, taichou do 13º bantai e...

– ... e namorado, futuro marido de Ukitake Tsukishirou, tenente do 13º bantai e avatar do grande deus Anupu. – responde Rei: - prazer senhora... me perdoe, mas eu esqueci o seu nome. – elucida sem graça.

– me chamo Amiazaki Yoshihana, muito prazer, o senhor deve se considerar com sorte por ter alguém como Tsukishirou-sama, ela é muito boa e chamou pelo senhor o tempo todo, deu para perceber que ela o ama muito. Realmente o senhor da montanha zela pelos seus.

– Como assim, quem esse senhor da montanha e há quanto tempo minha amada estar com vocês?

– Faz duas semanas que a encontramos na floresta, havia uma grande força a acompanhando e agora que os senhores falaram do grande Anupu, deveria ser ele a proteger, esse é um dos nomes que minha obaa atribuía a ele.

– então a senhora conhece a historia da Tríade renegada? – pergunta Rei com o bebê ao colo.

– Essa historia vinha passando a gerações na minha família, Anupu, o deus chacal da justiça; Tezcatlipoca, o deus jaguar da razão e Apsu, o deus sumério, antes deus das águas e da conservação, hoje, é um deus corrupto e de trevas. Àquela que controlar esse deus, estar sujeita a um grande destino, também a um enorme sacrifício. O deus que servir lealmente ao seu avatar, será libertado de seu castiço e receberá uma recompensa, dizia minha obaa.

– Nossa! Minha Yuè não me dissera isso, talvez nem a mesma saiba dessa parte. –elucida pensativo com a morena ao colo.

– Juu...Juu-sama! É você mesmo? – pergunta Tsukishirou meio grogue ao despertar.

– Minha menina, como eu te amo! Nunca mais faça isso novamente, você prometeu que jamais me deixaria só.

– É você mesmo! E irei cumprir minha promessa meu amor.... – ela vira o rosto para as duas mulheres: - senhora Amiazaki, Rei? – pergunta confusa.

– Então você se lembra, descanse menina, acho que vocês necessitam ficar à sós. – diz Yoshihana puxando Rei.

– Oi tenente, estou tão feliz, mas a senhora Yoshihana tem razão, depois conversamos. – segue a dona da casa.

.......

Byakuya e Duamoutef já se aproximavam da Montanha da Neblina, quando o grande chacal para bruscamente e olha para trás, rosnando, o nobre não entende, pois não sentia presença espiritual de ninguém:

– O que foi mensageiro, não há ninguém aqui senão nós.

O mensageiro o empurra com a cabeça para prosseguir e começam a correr novamente em direção à vila.

.......

– Kuchiki fêmea saia daqui e proteja-se!

– Até parece que irei obedecer, sinto muito taichou, mas somente vocês não seguirão vencer esses hollows. Vejam, eles não são comuns, devem ser modificados.

– Isso vai ser bom, lá vem outra remeça. –grita Zaraki sorridente.

– Hantaa Mün, bankai! – Chiharu flutuou graciosamente a alguns metros do chão e sua reiatsu estendeu sua bankai por um raio de meio quilometro, paralisando os vários hollows a sua frente, as seis esferas giravam à sua volta, ela escolhe uma: - mangetsu no shi!

– Kuchiki você acabou com todos, sua convencida! – diz Zaraki irritado, pois a alba liquidara todos os hollows.

A gestante pousa delicadamente, já caminhando para junto dos dois capitães, muito orgulhosa quando:

– Kuchiki fêmea, espero que você tenha bastante energia para reutilizar sua bankai, pois iremos precisar de tudo que tivermos ao nosso dispor. – analisa Mayuri olhando o horizonte, eles estavam em um descampado próximo ao 12º bantai.

– Hã?! Porque Mayuri taichou? – indaga receosa.

– Veja docinho, muito mais, hoje vai ser um dia daqueles. – sorrir insanamente Zaraki.

– mas?! O que será que eles querem aqui?! – se expressa a alba já preparando-se para outra bankai.

– Eu não estou a fim de perguntar, docinho e creio que eles não irão responder. - vamos nessa, os maiores são meus.

– Espera Zaraki taichou.

– Por um momento imaginei que tu correrias atrás dele Kuchiki fêmea.

– Que ideia Mayuri taichou, eu por acaso estou em condições de correr? – mostra a barriga bem saliente.

.......

Byakuya chega à vila arfando, o chacal era bem veloz, seguindo ele para o pequeno casebre, Rei estava À porta quando o avista:

– Kuchiki taichou, o senhor aqui? Duamoutef! Meu fofinho! Você voltou! – ela pula sobre o animal. – espera, essa não é a zampakutou da tenente?

– É sim, o que fazes aqui Tsubaza, onde estar Tsukishirou?- ‘ ela é louca? O animal transpira crueldade e ela chama fofinho?!’ – refletia o nobre.

– Como o senhor sabe que ela voltou?

– O nobre chacal é prova disso, agora onde ela estar?

– Lá dentro com Ukitake taichou, por quê?

Byakuya pede permissão à dona da casa, que concede, sendo seguido pelo chacal e por Rei, a morena enfeza o rosto quando o ver:

– É bom te ver novamente Tsukishirou, porém precisamos retornar à Sereitei imediatamente.

– Bom dia Kuchiki taichou o que fazes aqui? – fala Juushirou nada alegre.

– Duamoutef! Venha cá garoto. O que você veio fazer aqui Kuchiki? – pergunta a morena brava.

– Eu sei que tua vontade é de matar-me, depois você faz isso e é um direito seu, porém...

– Tenente, taichous a Sereitei foi invadida. – entra Rei assustada.

– Como você sabe disso Tsubaza? – todos a olham espantados.

– Foi Duamoutef que disse, Kuchiki taichou tem razão temos que voltar.

– É, Rei como você? Você o compreende? – pergunta Hikari alarmada.

– Ué! Não é assim que a senhora fala com ele, na língua dele?

– Não, eu leio seus pensamentos, mas isso não importa agora, temos que retornar.

– Querida, você não pode teleportar-nos e estamos a dias da Sereitei.

– Duamoutef, ele pode criar passagens, aliás, foi assim que você chegou, não foi Kuchiki? – fala Hikari pegando Shinda no Sama.

– É verdade, mas assim que isso tudo passar, teremos muito que conversarmos meigosan. – responde o nobre irônico.

– Hã?! Quem falou isso para você?


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Notas finais do capítulo

...às vezes as pessoas só precisam de um pouco de esperança, alguém que através de pequenos gestos e mostre que se interessa por elas e que elas são especiais, para que elas criem confianças em si mesmas e mudem suas vidas, e Tsukishirou sabia muito bem disso, talvez elas só precisavam de um pouco de compaixão e que nem todos os shinigamis são iguais, que existem pessoas puras e boas que se interessam pelo próximo.

por que a Sereitei estar sendo atacada e o que a visão de Yuri quer dizer?



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