Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 54
Reminiscência parte 1: abrindo o limiar da vida e da morte!


Notas iniciais do capítulo

Não ames como os homens amam, não ames com amor, ame sem amor, ame sem querer, ame sem sentir, ame como se fosses outro, como se fosse amar sem esperar. Por não esperar tão separado do que ama, em ti, que não te inquiete. se amor leva À felicidade, se leva à morte, se te leva a algum destino, se te leva, ou se vai ele mesmo.( desconhecido)
Sua missão emana do mais profundo do seu ser, e será realizada se você desenvolver e transformar com coragem o seu interior, sua realidade e o seu mundo...e aprender a transcender através dos seus erros e dos seus atos no tempo e espaço. demonstrando conhecimento por meio dos desafios o que você é capaz de fazer. ( águia de luz)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481765/chapter/54

Yuè passara a noite em meditação com Tezcatlipoca se preparando para o dia seguinte, já Hikari era aterrorizada por algumas revelações dos próximos acontecimentos, além de continuar o restante da tradução do feitiço, enquanto Rei mesmo sabendo o que lhe ocorreria dormia tranquila em uma cama só sua, sem dividir com alguma irmã. Pela manhã as três mulheres se despendem da família hospitaleira, pedindo que ninguém as seguissem ou as espionassem, chegando ao local:

– Rei, querida você ainda pode recusar-se. – relata Yuè preocupada com a shinigami.

– De jeito algum retrocederei em minha decisão, sempre quis ter uma morte honrada e deixar minha marca na historia, mesmo que não retorne, se vocês conseguirem, para mim valerá a pena. – responde sorridente.

– Então se estás decididas, deite-se sobre o altar, podes gritar se quiseres. – ordena a alba.

– Imagine, eu Tsubaza Rei gritar? Por favor, não hesite pois serei forte. – responde acomodando-se no altar.

– Tsukishirou comece a entoar o cântico. – ordena Yuè.

– Estar bem, mas não sorria do meu arcaico. Anupu me ajude.

A morena começa a entoar as palavras em egípcio arcaico num estilo gregoriano, equipando=se quase uma mistura de lírico-erudito. Enquanto a feiticeira asteca ajoelha-se diante do altar, iniciando uma prece em anuhat e assim que o sol alcançou o ápice da abobada celeste e suas sombras esconderam-se abaixo de seus pés. A bruxa anuhat toma do seu cuchillo de obsidiana, segurando o cabo com ambas as mãos, acima de sua cabeça em direção ao peito de Rei, a shinigami fecha os olhos fortemente, respirando profundamente:

– Estou pronta, que meu corpo sirva de base do portal dos mundos e minha alma o pilar do limiar da vida e da morte! – fala shinigami em um ultimo ato de bravura.

– Que esta alma nos guie os reinos regidos pelo caos e pelas trevas. – Yuè acerta com toda a força o osso esterno da jovem, perfurando o delgado tórax, acertando a base do coração.

Rei estava com os olhos fechados e prendera a respiração, não gritou apenas emitiu um gemido abafado ao sentir o osso se quebrar e a carne romper, o material frio da faca ritualística lhe queimava por dentro, o desespero e medo durante o trajeto do cuchillo até o seu coração foram instantâneos, o coração acelerou seu ritmo quando faltou o ar, as intercursõess pulmonares desenfreadas galopavam em busca do oxigênio, degustando do sabor férrico salobro em sua boca, a dor irradiou-se pelo corpo como um choque elétrico. A visão, primeiro embaçou, depois escureceu, o brilho do meio-dia tornaram-se trevas, não sentia nada, nem ao menos o cheiro do liquido rubro encharcando sua roupa, a audição foi a ultima a deixa-la sob o doce canto de Tsukishirou, enquanto o frio e a escuridão eternos inundavam seu corpo e sua alma era lançada nos abismos do infinito.

Chiharu aprofunda ainda mais a lâmina, fazendo o sangue fluir, escorrendo pelo ventre moreno, descendo pelos flancos, caindo no altar, correndo pelas ranhuras na pedra, desenhando os símbolos da rocha, gotejando no cálice dourado, que estava abaixo da base pétrea, sendo que a água deste continuava cristalina e não transbordava, um dos lados da balança de Anupu posta ao lado do Cálice inclinou suavemente alguns milímetros e a ampulheta próxima a cabeça da shinigami. Deixou o tempo correr aos grãos da areia dourada.

– Este é o tempo que nós temos, lá não se contam dias, porém aqui serão vinte e um dias, sete para fazer a passagem, sete para confrontar Apsu e o prender e mais sete para retornarmos. – Avisa Chiharu seguindo para seu circulo.

Tsukishirou ainda enxugava as lágrimas por sua leal amiga, quando pergunta: - Yuè você tem certeza que aquele idiota, digo seu nobre companheiro compreendeu o que deixaste escrito e que chegará na hora certa? – pois você sabe muito bem que, assim que você se for, eu não poderei expressar nenhuma palavra.

– Esse, minha querida amiga se ele compreendeu é risco que correremos, contudo ele virá sim, não poderíamos envolver Juushirou-sama, pois jamais aceitaria ferira, e somente podem participar dest cerimônia àqueles ligados a nós.

.......

Ao receber a carta de Yuè, o nobre não termina de lê-la ficando possesso de raiva, se dirige para o 13º bantai:

– Onde estar aquela Tsukishirou seu velho demente?

– Bom dia Kuchiki taichou. O que você quer com ela? – franze o cenho.

– Se acalmem os dois, para que essa raiva sem motivos? – tenta aliviar a tensão o sorridente Comandante que fora visitar o amigo.

– Yuè sumira desde ontem pela manhã, a procurei sem sucesso e hoje recebi esta carta deixada por ela, leia e saberá o que eu quero com aquela petulante.

– guarde suas ofensas para seus pares Kuchiki, dá-me isso. – o meigo taichou lhe toma o papel, após lê: - Minha lua jamais faria isso e do mesmo jeito, ela partiu para Ugendou com Rei desde ontem, bem cedo. – responde irritado.

– Ao certo Yuè estar me pregando uma peça? Se aquela delinquente fizer mal à minha Yuè, considere um Ukitake a menos na Soul Society. Eu mesmo irei atrás delas. – elucida desaparecendo.

– Se você ousar tocar em um só fio encaracolado de minha pequena lua Byakuya, eu não responderei por mim. Volte aqui maldito. – Grita o doce taichou saindo atrás do nobre.

.............

Quando o sangue de Rei preenchera todas as ranhuras do altar, delineando os símbolos na base e tocando os círculos que representavam o cinturão de Órion, símbolo da tríade renegada, Yuè se ajoelhara em sua esfera, entregando Hantaa Mün para Hikari:

– Lembre-se que assim que eu expirar queime meu corpo com o Ketsune-bi midori, e assim que ele chegar entregue sua zampakutou para ele e não fale nada, ou eu e Rei ficaremos presas no reino de Apsu. Espero-te no portal.

Tsukishirou hesita, porém prossegue ao ser repreendido pelo olhar de Chiharu, a morena levanta o cabo de Hantaa Mün acima do seu ombro direito, posicionando o acúleo para baixo entre o indicador e médio da mão esquerda, acima da omoplata de Yuè. Com um movimento rápido, trespassara a lâmina pelo tórax da alba, penetrando desde a base cardíaca até o ápice, mostrando a acúleo da katana abaixo do seio esquerdo. Chiharu não gritou e nem gemeu, apenas tremeu perante a dor, esvaindo-se lentamente, tombando ao devagar., assim que sua zampakutou trincou, Hikari lançou no corpo moribundo o Ketsune-bi midori, incinerando o corpo espiritual da alba. Porém, quando o fogo tomara velocidade, a morena percebeu algo de errado no ventre de Yuè, uma alma lutava para não ser consumida, ela desespera-se:

– Maldita! Maldita! Como você pôde fazer isso comigo? Desgraçada! – grita caindo de joelhos, chorando desesperadamente: - porque não me disseste que estavas grávida? Uma alma inocente! Nenhuma alma vale mais que outra! Anupu, tu que olhas o reino dos vivos e dos mortos, que faz os corpos perdurar pela eternidade, tu que julgas as almas justas e injustas, me atende, eu suplico. Não deixe que este pequeno ser, puro e sem pecado pague pelos erros de sua geratriz negligente, ela não merece morrer e desaparecer no infinito do cosmo, tome essa alma para ti, antes que outro a afane de tuas vistas. Que ela atravesse o portal com sua mãe e na hora de retornar, tome essa alma o meu lugar, contudo a salve por tua benevolência. E se acaso for fêmea, torne-a tua por direito! Varão algum a tocará, a ti somente pertencerá.

A morena chorou amargamente, esperando resposta, o deus chacal a ouviu, lhe atendendo seu triste clamor. Hikari sentira duas oscilações transpor a membrana em sua direção, uma ela reconhecera ser do deus egípcio a outra supôs ser do deus asteca, porém o pequeno ser já havia feito sua escolha e foi com aquele aquém fora atribuído o clamor, Anupu a fez atravessar o portal, não junto, porém após sua mãe. Então o corpo de Yuè queimou rápido e assim que virou cinzas, as símbolos no chão, brilharam, o triângulo emanou uma cortina de energia lacrando toda sua área com paredes de luz translucidas. A morena levantou-se, enxugara suas lágrimas e conjurando Shinda no Sama, seguiu para o seu circulo de direito, murmurando palavras estranhas num dialeto desconhecido, sem suspeitar que elas estivessem sendo observado, todo o tempo.

O sol começava o seu lento caminhar no céu, desenhando as sombras aos poucos, a morena fica apreensiva, porém o nobre taichou chega nesse momento. Ele explana o lugar à procura de sua amada, vendo ao seu lado a katana da alba no seu resquício de poeira, seu coração estremece, seu aspecto apático toma lugar de pânico e desespero, fecha e abre os olhos varias vezes, sua amada estava morta. Leva o olhar agora tomado pela raiva e desejo de vingança, segue em direção de Tsukishirou, ajoelhada em sua esfera, ela levanta o rosto e lhe oferece Shinda no Sama, ele não a pega e desaparece do seu campo de visão.

Hikari o procura com o olhar, porém sente um choque na altura do pescoço, desfazendo-se em dormência por todo o corpo, não soube ao certo em que momento aconteceu, entretanto tudo escureceu à sua volta, tombando ao chão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

a morte para muitos é o fim de tudo, é mergulhar na imensidão de trevas e caos, para outros é liberdade de uma vida de sofrimentos e caminhar para o paraíso eterno, porém para alguns é somente a continuação de um longo caminhar, é a porta um outro mundo para uma nova missão. a morte é só o começo de outro destino e o inicio de um combate para a liberdade.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Órion! The Clan Hope Kuchiki" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.