Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 51
Futuro do pretérito: a verdade por trás de tudo!


Notas iniciais do capítulo

Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou.
Nelson Mandela
Tenho a impressão de ter sido uma criança brincando à beira-mar, divertindo-me em descobrir uma pedrinha mais lisa ou uma concha mais bonita que as outras, enquanto o imenso oceano da verdade continua misterioso diante de meus olhos.
Isaac Newton
"Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar à dor para justificar nossa existência."
Martha Medeiros
Acredite nas pessoas... Naquelas que possuem algo mais... Aquelas que, às vezes, a gente confunde com anjos e outras divindades... Digo daquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes... Falo daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, tecendo elogios, que pedem desculpas com a simplicidade de uma criança...

Pessoas firmes... Verdadeiras, transparentes, amigas, ingênuas... Que com um sorriso, um beijos, um abraço, uma palavra de faz feliz... Aquelas que erram... Acertam... Não tem vergonha de dizer não sei... aquelas que sonham... Aquelas amigas... Aquelas que passam pela vida deixando sua marca, saudades, aquelas que fazem à diferença... Aquelas que vivem intensamente um grande amor...
Desconhecido



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O nobre taichou desperta zonzo e explana o local, ao julgar pela aridez, o aspecto inóspito e o anoitecer permanente, conclui que realmente chegaram à Zona de Penumbra do Hueco Mundo, pondo-se à procurar as duas mulheres que lhe acompanhavam. Caminha por alguns minutos entre rochas enormes, vendo ao longe um par de pés, analisou não ser de Tsukishirou, pois estes usavam os calçados do uniforme shinigami:

– Tsubaza Rei. – chama a shinigami sem aproximar-se.

– Há...ha..hai... Kuchiki taichou, onde estamos?! – responde levantando-se com dificuldade de cima de uma pedra: - ai...minha coluna! Uè! Onde estar a tenente? – analisa mirando em todas as direções.

– Levante-se sua incompetente e vá procurá-la. – ordena ríspido.

– Imediatamente taichou! – corre desesperadamente: ‘ a tenente tem toda razão de odia-lo, ele nunca irá mudar, não sei como Yuè-sama o atura?’ – ela empaca bruscamente: - eu, eu conheço este lugar!

Byakuya examinava o local do topo de uma colina, porém sua visão era dificultada por morros maiores, decidindo subir em outro mais alto, até ouvir escandalosos gritos o chamando:

– Taichouuuu... a encontrei, a encontrei! – gritava a shinigami a plenos pulmões.

Seguindo ao encontro de Rei, ele depara-se com uma cena nada agradável: a jovem Ukitake travava um combate com vários hollows, entre eles um arrankar:

– E porque não foi ajuda-la, incompetente. – elucida o nobre já descendo o morro.

– Mas o senhor disse... deixa para lá. Vai entender?! – resmunga a pobre shinigami. ‘ agora entendo o porquê de a tenente falar que nem se ele fosse o ultimo homem da terra e disso dependesse a sobrevivência da raça humana. Ô cara chato! O que tem de bonito e rico, tem de rude, tosco e arrogante!’ pensava rei com seus botões o seguindo em direção à luta.

O arrankar observava tudo de longe o desenrolar do combate, vendo que os três shinigamis levavam vantagem, pois até Rei que era estabanada e desajeitada, demonstrara-se eximia guerreira com sua shikai, quando enfim liquidaram o ultimo hollow, voltaram suas atenções para o líder do bando:

– Como vocês são presunçosos! Vem aqui três pingados e pensam que podem nos derrotar? Oh! Façam-me rir, que audácia! Embora confesse que você menina...-aponta para Tsukishirou-... me é familiar!

– Somos mais que suficientes para extermina-los. Considerem-se com sorte por serem derrotados por um taichou, uma fukutaichou e eu, uma shinigami de primeira classe! – anuncia Rei no seu momento Byakuya.

– Onde estar sua lidar, aquele a quem chamam se Sora-sama?- pergunta o nobre capitão se pondo a frente das duas moças.

– Hã?! Kuchiki taichou, eu sinto a presença do tomo sagrado, mas junto uma reiatsu terrível! – confessa ao taichou em tom de segredo.

– Então o que tu farás Ukitake? – indaga o nobre.

– me teleportar e pegar o tomo e com um dos cânticos primeros, derrubar esse lugar de angustia e sofrimento em memória de Órion.

– Vá, lhe daremos cobertura. – diz o nobre invocando um kidou.

– É tenente, eu e o taichou cuidaremos deles, porém tome muito cuidado com Sora-sama. – afirma a mais velha.

Byakuya avança e direção ao arrankar, que chama mais hollows, sendo seguido pela sua incansável subordinada: - Tsubaza cuide do hollows simples, o arrankar é meu. – ordena o nobre.

– Não precisa dizer mais nada taichou, será moleza. – responde a shinigami em seu momento Zaraki.

Tsukishirou surge em meio a um salão oval, prateado, com janela em vitrais apocalípticos, ao centro do enorme cômodo, uma mesa dourada onde jazia um inestimável grimorio com capa em couro e ouro,

– O bom filho à casa torna! Menina o que fazes aqui? Há muito tempo te tirei daqui para salva-la e a minha pequena Órion!

– Hã?! Você deve ser Sora-sama. – diz virando-se para a arrankar> - Sinto muito informar-lhe, mas Órion morreu há anos.

– Eu sei, mas você poderá trazê-la novamente, o nosso futuro existirá e eu terei minha criança outra vez.

– Casando-me com aquele arrogante? Jamais. Você é louca não é?

– Eu não sei a qual futuro tu falas, porém eu jamais me apaixonaria por aquele Kuchiki, somos totalmente diferentes. E sem contar que a alma de Órion estar aprisionada no reino do senhor das trevas, ou seja, nunca nascerá enquanto não for liberta. Contudo, aquele Kuchiki é... Graças ao Criador!... Casado com Yuè-chan.e eu... ai, ai, ai... Tenho outras coisas em mente! – suspira.

– Entendo! Então somente nos resta você. Sabe criança a tua deidade foi a transcritora dos Canticos Primeros, tanto que ela escreveu em um idioma morto e que somente Anupu pode lê, pelo que vejo você o domina bem, sendo a única capaz de lê os manuscritos divinos. O Mestre ficará muito feliz quando levarmos você.

– Espera. Você me salvou há alguns anos e agora quer me levar de volta para esse tal? – assusta-se a morena.

– o meu maior objetivo era manter minha criança viva, minha criança, filha daquele a quem eu amei mais do que tudo, mas fui desprezada por aquele idiota! Ele com certeza não se lembra, pois somente dá valor ao que lhe interessa. Sua esposa morrera devida há um feitiço lançado sobre aquela rata de rua, todavia aquilo não fora o suficiente, então jurei lhe tirar o que ele mais novamente. Então o conselho o pressionou a casar-se novamente para gerar um herdeiro, e como você era filha de Rukia, Kuchiki por nome.

– Por favor, não me diga que eu me apaixonei por aquele idiota arrogante? Não acredito que fiz isso comigo mesma. – descontrola-se a morena.

– Não, você não queria, pois nem o conhecia, sua mãe a criou no sekai, mas assim que o conselho descobriu sua existência, você foi trazida para a Soul Society com esse objetivo. Todavia você era bem travessa e fugira por duas vezes, numa dessas fugas, tu conheceste um homem muito generoso e se apaixonou. O líder egoísta ficara sabendo, matara o outro shinigami e casou-se com você, pois não aceitara o fato de ser rejeitado.

– Hã?! Agora entendo o porquê nunca fui com a cara dele, é raiva recolhida de outra vida. E Órion, como surgiu?

– Essa parte você nunca soube. Por tristeza, você decidiu seguir o teu destino, você teve um belo menino, o tão sonhado herdeiro e a minha princesinha, tão linda, tinha os olhos do pai. Ela sempre fora a cópia feminina do pai. Foi quando meu irmão descobriu sua ligação com os deuses pagãos e descobriu que sua descendência possuiria o seu dom, por ser igual ao pai, era sua favorita entre os filhos, ele a amou mais que tudo, e todas as coisas contribuíram. Eu queria o que ele mais amava e meu irmão o poder da menina, que seria o avatar do deus Apsu.

– Ai vocês tiraram uma criança de sua família por capricho? E mataram os seus pais?

– Não. Durante a invasão para sequestrar você e Órion, vi que ele te amava, porém você jamais retribuiu, para fazê-lo sofrer revelei a verdade sobre a morte do seu amado. Então você não o perdoou, e começaram a lutar, então aproveitamos esse fato e pegamos sua menina. Já sem outra razão de viver senão os teus filhos e com raiva dele, você se sacrifica para salvá-los. Retornam aos pedaços para casa, porém não desistimos, tentamos novamente, foi quando meu irmão descobriu o meu amor doentio e o matou também ao menino, deixando somente Órion. Vi nela minha salvação me apeguei a ela e a criei como minha, deixando de amá-lo e a amando mais que tudo, quando descobrir as partes obscuras dos planos de meu irmão e qual seria o destino da minha menina, a treinei secretamente e a ajudei fugir. Foi quando tudo mudou e você surgiu aqui, temendo o pior, a entreguei para meu bebê e a instruir como cuidar de você e garantir que ela nascesse novamente, mas deu tudo errado e o nosso futuro mudou e toda essa desgraça aconteceu.

– Você é louca, Órion nunca nascerá, pois não gosto do Kuchiki e a alma dela estar a mercê de Apsu, então desiste. E Yuè-chan é casada com aquele idiota, coitada dela.

– É verdade! Tem essa garota que veio do futuro atual e atrapalhou os meus planos, mudou o futuro que estava seguindo seu ritmo normal, desfez meu feitiço te libertando, e ainda tem aquele maldito Ukitake, deveria tê-lo matado quando tive oportunidade, é só me resta isso matá-los e tirá sua memória.

– Nunca deixarei que os toques, tua loucura termina aqui! – grita menina a atacando. – você me privou de viver nesta era, e manipulou a todos naquele futuro, eu jamais te perdoarei.

– Foi a forma de sempre possui uma carta na manga, do futuro que eu conheci poder existir, mas aquela garota maldita e aquele velho demente estragaram tudo. Os matarei e te deixarei sem nada, já que não posso ter Órion novamente, deixarei que meu irmão prossiga com seus planos, matarei seus pais e a tudo que você ama, então te entregarás à trevas e virá para o nosso lado. – narra a arrankar a enfrentando.

– Como dizem do lugar da onde vim, só por cima do meu cadáver! – enquanto distraia a hollow, Tsukishirou conjura seu chacal mensageiro, e este pega o tomo com os cantos Primeros e foge.

Byakuya estava para desferir o ultimo golpe no arrankar, quando é atingindo por algo, melhor dizendo alguém, a morena havia sido lançado contra ele por um terrível ataque de Sora, sendo lançados a vários metros de distancia. Rei ao ver o que sucedia, corre atrás dos seus superiores:

– Taichou, tenente me esperem, não me deixem aqui!

– Ukitake! O que fazes aqui fora, onde estar o tomo? – pergunta o nobre se levantando.

– Gomen nasai! Aquela velha insana é muito forte, mas ela me paga! – responde já de pé.

– Soldado, porque largaste a tua posição? – repreende a shinigami que se aproximava.

– Hum?! Não seria para recuarmos, vi os senhores correrem. – responde a pobre.

– Volte imediatamente, e repare se sou como você. – ordena Byakuya irritado.

– Si-sim taichou! – responde confusa.

– Ukitake, ao menos tu pegaste o tomo sagrado?

– Claro que sim, não sou nenhuma baka! Taichou quero que os mantenha ocupados aqui fora, com certeza Sora-sama sairá, eu retornarei e destruirei esse forte a qualquer custo.

– Irão notar tua ausência Ukitake.

– Não irão não! – sorri liberando sua shikai: - Sabaku no Mirãju. – teleportando-se novamente para o forte, deixando em seu lugar uma cópia refletida nas areias negras.

– Como meu doce Yuè e minha Criança, essa malcriada sempre me surpreende! Aquele senil é muito privilegiado! – diz o nobre em desvario, até: - mas o que é isso?

– Aaaaa.....taichou! – gritava Rei em sua direção: - So-So-Sora-samaaa...

O nobre levanta os orbes e vê a arrankar-líder vindo ao seu encontro, com seu tropel de hollows: - Essa mulher?! Então ela não morrera daquela vez, ela é a causa de tudo isso. – toma posição de luta.

– Não taichou, ela é apenas uma das causas, o líder é o Hollow Mestre. – responde a shinigami ao seu lado arfando, ele a ignora.

– Tsubaza, não devemos deixá-los se aproximarem da imagem da Ukitake!

– Nã-não é a tenente?! Estamos mortos!

Nesse momento surgem ao lado deles, três guerreiros chacais armados,

– Taichou o que são eles, mas miragens?

– Não, devem ser servos do deus Anupu, guerreiros a mando da Ukitake. Prepara-te shinigami e não corra. – o nobre já preparava-se para utilizar alguns kidous conjuntamente.

– Eu não irei correr, temos reforços! – sorria a shinigami.

Tsukishirou adentrava as partes mais profundas do forte, era tudo escuro e úmido, estava vazio, observara algo parecido com dormitórios, laboratórios e um imenso salão circular, que deduzira ser o centro do lugar, cheio de símbolos e recipientes esquisitos: - espero que o encanto tenha dado certo e os Anúbis tenham me ouvido. Duamoutef venha cá, menino! – o grande canídeo surge em sua frente com o tomo: - dá para a mamãe. Bom menino. – diz ela pegando os cânticos e folheando os papiros antigos: - sabe, eu sempre quis um bichinho, um cachorro para ser mais exata, porém meus pais nunca deixaram, a não ser um coelhinho cinza, eu o amava, mas vivia brigando com minha mãe por ele, ai papai matou o bichinho e o comeu, choramos por dias e brigamos com ele. Acho que esse aqui serve! – ela começa a recita-lo em uma língua morta, enquanto o combate seguia sangrento lá fora.

Byakuya e um Anúbis dedicaram em não deixar a arrankar se aproximar da miragem da morena, Sora o encarava com raiva: você era para estar morta.

– Mas não morri, saia da frente Kuchiki. Porque a protege, a não ser que... – ela descobre não passar de uma farsa: - onde estar aquele diabo de menina?

– Irás saber agora. – responde o nobre.

Algo acontece nesse momento, um barulho ensurdecedor ressoa por todo o local e logo o grande prédio começa a ruir, de dentro para fora, subitamente uma extensa nuvem de poeira e areia toma conta do lugar. Porém a nuvem torna-se um enorme tornado, este se divide ao meio, saltando de dentro um guerreiro Anúbis na versão feminina, sobre o corpo negro adereços egípcios como os que Anupu usava sobre a face um meio crânio canídeo branco lhe recobriam da glabela ao nariz, no busto um peitoral ósseo. A morena uivou alto e seus guerreiros avançaram impiedosos.

– Aquela peste nos enganou, Sora-sama. – diz um arrankar.

– Temos conta para acertar Sora-sama.

– Hoje não criança, mas não se preocupe nos veremos mais adiante! – relata a mesma desaparecendo.

– Eu irei te matar miserável! Nem que seja a ultima coisa que eu faça. Malditaaaa... – gritava Tsukishirou possessa.

Com raiva do acontecido, a morena aniquila os dois arrankar rapidamente, enquanto sobram para o nobre, Rei e os Anúbis, as classes baixas de hollows. Após o combate, eles se juntam a ela, o nobre a ficou admirando por alguns minutos.

– O que foi Kuchiki, te fiz algo de errado? – pergunta chateada já voltando ao normal.

– Não é nada, garota insolente, isso é o que eu ganho por me preocupar com pessoas feito você. Hump! – diz virando o rosto.

– Perdoe-me Byakuya-sama. Espero que esteja preparado para o nosso próximo passo, pois exigirá um grande sacrifício. – relata com os olhos marejados.

– Ukitake! O que queres dizer-me?

– Na hora certa, tu o saberás meu senhor. – responde despedindo os seus guerreiros, e avisando ao nobre e a Rei: - segurem-se, aproveitemos o embalo, pois estou evanescendo.

– Estamos reornando tenente? Para que parte, seria onde estão a nos aguardam e o taichou a espera, deve estar muito preocupado com a senhora.

– Hã?! Juu-sama?Todos nos aguardam?

– Tsubaza ninguém nos aguarda, pois ninguém sabe onde estamos ou quando retornaremos, não lhe tire a concentração.

– Todos.... ele, digo: Ritãn!

Eles desaparecem assim como Sora-sama, deixando um lugar inóspito e desolado parecendo um cemitério, ressurgindo no Gotei 13, onde alguns taichous e fukutaichous estavam reunidos, incluindo Yuè, num salão do 1º bantai, que discutem o súbito desaparecimento dos três, sem vestígios. Como segue a regra, o voo é excelente, porém o pouso uma desgraça. Rei é a primeira a se estatelar no chão, fazendo um enorme barulho, sobre ela cai o nobre, este já estava levantando-se, Tsukishirou desaba sobre ele, fazendo a de baixo gemer.

– por favor, saiam de cima de mim... – chorava a shinigami. Eles levantam-se, o nobre a puxa: -Arigatoo Kuchiki taichou.

– Ukitake estar tudo bem? Hum? Yuè?! – vira-se para a alba.

– Byakuaya-sama! – Yuè corria ao seu encontro.

Tsukishirou sai correndo para fora do esquadrão, ajoelhando-se na frente, leva ambas as mãos ao peito e se põe a chorar. Ukitake pergunta ao nobre o que ele a fez, este nada responde, porém Rei nega qualquer ato do nobre. O meigo taichou se aproxima dela:

– Querida! Querida! Minha lua o que aconteceu? – pergunta se ajoelhando do seu lado e pegando suas mãos.

Ela o olha com os olhos vermelhos e tristes, as lágrimas caiam feito cachoeira: - Juu-Juushirou-sama, eu descobriu coisas horríveis e não sei se devo contar, ela fugiu, eu não a matei, agora, agora você...eu, eu...

– Não gosto quando tu me tratas pelo nome minha lua. Se for do futuro que nunca existiu, é melhor ficar somente consigo, pois nunca acontecera, há coisas que eu sei, muitas não me agradam, mas eu nunca contei e detesto que um dia poderiam acontecer. Não penses que me agradou você e ele em missão juntos. – ele a olhava sério e leva uma mão ao rosto feminino.

– Nunca, nunca, se isso aconteceria, foi por obrigação, jamais por amor, Órion fora enganada por Sora, eu juro que a matarei um dia. Juu-sama, eu, eu tenho que saber me diga para que eu não sofra em vão, o senhor m...

Ela não terminou a pergunta, e bem ali, na frente de taichus e fukutaichous, de um bantai inteiro, ajoelhados no chão, sob um belo amanhecer, sem receio, sem cerimônia, sem medo e sem culpa, somente pelo mais belo gesto de prova de amor, o meigo taichou sela os lábios femininos trêmulos de medo e surpresa, porém aceitou com todo o carinho e felicidade. Enlaçou ele os braços na cintura delgada a trazendo para si, ela o envolveu pelo pescoço, deixando sumir o abraço sob as mechas brancas, não deram atenção por estarem sendo observados e muito menos em local público.

– Eu fiquei com medo de te perder, pensei que essa aventura incitaria o que aconteceu na era de Órion. Eu te amei desde a primeira vez que eu a vi no sekai me odiei imensamente por amar dessa forma aquela a quem quase criei como filha, eu jamais te comparei com ela, muito pelo contrario. – declara no final do beijo.

– Engraçado! Eu nunca disse nada por medo e vergonha, pois achava uma falta de respeito a minha e por todos dizerem que eu era semelhante à Órion, não queria ser amada por isso, quando o vi lá no parque, eu meio que voei, parecia estar flutuando.

– isso é uma forma dos jovens dizerem que se apaixonaram? Interessante, senhora Ukitake! Eu não brinquei ao dizer que aquela casa era tua, não era desse jeito que eu planejei, mas não aguentei a saudade, bastaram esses poucos dias para me deixarem loucos.

– pode-se dizer que sim, eu, eu, eu o amo muito e nem a seriedade dessa missão foi o suficiente para eu deixar de pensar em você a todo o momento. – fala vermelha:- Todos nos olham, não é Juu-sama? – pergunta ao se dar conta de onde estavam – abraça-o forte, escondendo o rosto no seu peito.

– Todavia não precisamos prestar contas a ninguém, venha. – diz ele a pegando ao colo e desaparecendo.

– Que romântico!- admirava Chiharu: - Uiii! Byakuya-sama?!

– Vamos logo, depois mando meu relatório, - explica apertando-a na cintura a deixando rubra.

– E suas prioridades, Bya-kun? – pergunta rubra.

– Tenho apenas uma. - beija-lhe o rosto, sumindo com ela em seguida.

Rei vendo que seus companheiros de missão, haviam partido, decidiu fazer o mesmo, antes que se voltassem os olhares para ela, sai correndo desesperadamente, gritando: - Juro que trago o meu relatório amanhã Comandante.

– onde estar àquela maldita shinigami? – chega Mayuri bravo.

– Volte Tsubaza Rei, vou considerar isso como deserção... Lá vai ela, Mayuri taichou ainda não esqueceu daquilo?

– Não, enquanto não me vingar, ela me paga, maldita. – vocifera.

– Comandante se até Kuchiki taichou, sempre controlado e dedicado ao trabalho foi embora, deixe a pobrezinha descansar por hoje, amanhã eles sabem que não poderão ignorar seu chamado. – Fala Ise. – então porque não falou nada a respeito da Senhorita Ukitake?

– Ela?! E irrita-la depois do que vimos? Para ela chamar o grande deus Anupu ou Yuè-sama com aquele outro? Não mesmo, amanhã resolveremos isso, ordenem que retornem as equipes de busca, os outros estão dispensados. – entra para o bantai muito satisfeito.


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Notas finais do capítulo

"Esse teu olhar
Quando encontra o meu
Fala de umas coisas que eu não posso acreditar...
Doce é sonhar, é pensar que você,
Gosta de mim, como eu de você...
Mas a ilusão,
Quando se desfaz,
Dói no coração de quem sonhou,
Sonhou demais...
Ah, se eu pudesse entender,
O que dizem os seus olhos."
Tom Jobim
A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.

Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.

Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.

Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.

Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
Desconhecido



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