Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 48
Desavenças: no limiar do orgulho


Notas iniciais do capítulo

A discórdia almoça com a abundância, janta com a pobreza, ceia com a miséria, e dorme com a morte.
Benjamim Franklin
“E quantas machucados eu gerei? Quanta discórdia eu causei? Quanta conturbação, a minha presença, fez? Falo demais do que já fizeram comigo. E não falo do que fiz por aí. Dos corações que parti. Dos sentimentos que não correspondi. Dos machucados que fiz. Já pensou nisso? Já pensou que você pode ser o “sofrimento” de tal pessoa? Não, né? Só sabe pensar em si. E acho que nisso, eu erro todo dia. E as desculpas que pedi? Será que mudaram algo? Lógico que não. Talvez o monstro que sempre me perseguiu foi o da culpa. Infelizmente, não posso agradar a todos. Em todas as vezes que tentei, não deu. Sempre machuquei alguém. Então, hoje, peço desculpas a mim. Por tudo que tenho omitido, por tudo que deixei de viver e dizer. E sinceramente? Eu me desculpo. É hora de cura. Chega de imperfeição. Melhorarei. Serei o remédio de quem precisa. E a alegria de quem me ama. E de quem me odeia também. Serei tudo que nunca fui. Mas que sempre quis ser. Mas com um intuito: Ser quem eu sou.”
Lara Hipólito
Às vezes, apaziguar a discórdia significa abdicar-se do direito de igualdade.
Claudemir da Silva



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Quando Byakuya saiu do quarto onde Chiharu estava se recuperando, encontrou-se com Tsukishirou em dos corredores, ela estava encostada em uma parede de cabeça baixa, parecendo triste, fazia alguns dias que ele queria saber o motivo do duelo dela com Yuè, já que a mesma nada lhe participava e para piorar a situação era daquela família, de certo que deixara Chiharu bem debilitada, mesmo a garota aparentando satisfação com o resultado deprimente do seu estado, decidindo ir seguir até onde a morena estava:

– O que fazes aqui, Ukitake?

– Creio que minha vida não lhe diga respeito, meu senhor. – responde de cabeça baixa.

– Não me faças repetir a pergunta, por qual motivo aquele duelo, acaso tu vieste terminar o que começaste?

– Meu senhor nem o sei quem tu és, deixa-me só, por favor? – responde sem olha-lo.

– Hump! Como assim não me conheces? De certo fato mostra tua origem, pois somente alguém de classe baixa não reconhece nobres quando os veem, pois não é de seu cotidiano. – elucida de forma arrogante.

– O que queres dizer-me com isso? Acaso tenho obrigação de conhecer idiotas como você? Não me importa se és nobre ou até o rei da Soul Society, para mim não faz a menor diferença, de sua nobreza quero distância. – agora o fitava com raiva: - Hã! Você?! – assusta-se a compara-lo com as características que Yuè lhe dera. – agora compreendo a arrogância e falta de respeito somente poderia vim de você Byakuya. - fala com desprezo.

– Menina petulante, tu como ousas tratar-me assim? Bem nota-se tua falta de educação. – fala com seu jeito gélido, contendo a raiva.

– educação quem não o teve fora você, achas para que eu viesse liquidar Yuè? Esse não é o meu perfil, porém, creio eu que faz mais a teu predicado. Agora me dá licença, que o ar aqui estar insuportável, Kuchiki. – diz de fazendo cara de náuseas.

– Ukitake, tu ainda não me respondeste, é uma falta de censo não responder uma pergunta a ti feita. – fala o nobre de cenho fechado, pois jamais encontrara alguém que fizesse pouco caso dele.

– Assim como um Kuchiki não deve satisfações a ninguém, tampouco devo eu a um. Queres saber, é uma perda de tempo dialogar com vocês, que acham que o mundo gira em sua volta. – elucida dando de costas.

– Ukitake! – fala entre dente bravo.

– Ukitake Tsukishirou, se te convém saber agora passar bem Kuchiki Byakuya, é um desprazer conhecê-lo. – diz seguindo até outro quarto e entrando.

Byakuya ficara a ver navio, não estava acreditando no desrespeito daquele pingo de gente, que nem de família nobre era, muito pelo contrario, pertencia àquela família que tanto odiava. Os telespectadores que assistiam a tudo, quase não acreditaram em que seus olhos presenciaram, a menina fizera o inalterável nobre, o conceituado capitão perder seu aspecto gélido e inexpressivo em duas frases que eles trocaram, trata-lo mal e ainda sair viva.

– Kuchiki taichou? – alguém o chamava.

– O que foi. – responde ríspido ainda se recuperando do acontecido.

– Não se irrite com Tsuki-san, ela estar assim devido o estado do meu amigo que passou mal e estar aqui se recuperando. – responde Kyouraku.

– Essa família não serve nem para morrer, são desprezíveis e somente dão trabalho. – responde retornando para onde estava Yuè. ‘ Isso não ficará assim, fui confrontado em meio a subalternos! Essa menina terá o que merece. ’

......

– O que aconteceu querida? – pergunta Juushirou.

– Hã! Você acordou como estar se sentindo? – senta ao lado do capitão sorrindo.

– Bem, querida. Mas o que aconteceu lá fora para você estar tão chateada?

– Agora entendo o porquê de você não gostar dos Kuchikis, aquele Byakuya é insuportável, pois veio tomar satisfações do meu duelo com Yuè.

– Creio que não seja somente isso, para você estar nesse estado, conte-me agora mesmo. – ordena o capitão serio.

..........

– Meu senhor, deixe que isso seja um assunto meu, não a importune, por favor. – dizia Chiharu após sondar os pensamentos do nobre.

– Eu não a importunei, apenas fiz uma pergunta e ela agiu dessa forma comigo, é muito mal educada, mostra a diferença de classe que há entra nós. Somente poderia vim dessa família insignificante. – responde o nobre irritado.

Yuè baixou o olhar, ficara triste ao ouvir o nobre falar aquilo: - meu senhor pensa isso mesmo dessa família?

– Claro que sim, até hoje não entendo o que Órion vira naquele idiota, se já o desprezava, depois de conhecer essa menina malcriada, odeio ainda mais tais pessoas. – responde Byakuya sem atentar para a expressão da menina. – Pedirei sua alta e chamarei o médico da família para trata-la em casa, não quero ficar sobre o mesmo teto que aqueles dois seres de baixa estirpe.

Chiharu ficara ainda mais triste: ‘agora entendo o porquê de ela não suporta-lo no meu tempo. Mas por causa de quem essa rixa começou? Será pela causa de Órion ou minha?’. Yuè refletia decepcionada com o nobre enquanto era observada pela criada, que já desconfiava de algo.

........

– Capitão amanhã há uma reunião com todos os bantais, e já que o senhor estar doente, quem o representará. E caso o senhor esqueça, oficiais não podem irrrr.... – sorria o loiro aliviado.

– Tsukishirou, querida.

– Sim, já sei, queres que eu o ajude a escolher um fukutaichou? Eu ajudo, farei uma analise minuciosa, embora já tenha alguém em mente. – apresentou a menina alegre, olhando o loiro que tremia em sua frente.

– Ahhhh.... por favor taichou, eu não, eu não... sou muito jovem para morrer, ainda nem encontrei uma mulher para casar e ter filhos, bote um daqueles dois, deixe que morram. – choraminga o loiro.

– Não se preocupe, você apenas auxiliará Tsukishirou em minha ausência por esses dias, ensina-lhe os assuntos dessa reunião e a acompanhe, ela me substituirá essa semana, depois verei isso com mais calma.

– Mas, o que eu te fiz Juu-sama? O senhor me odeia, fiz algo errado?

– Capitão o senhor é mau, coitada de Tsuki-san.

– Deixe de bobagem, isso é historias para assusta-los, preciso de alguém de confiança para a iniciação dos novatos e controlar aqueles dois.

– Isso é verdade, quando o senhor não estar, eles vivem querendo mandar, porém desistiram do cargo a muito tempo. Eu a ajudarei tenente temporária, talvez essa praga não lhe pegue, já que é apenas uma substituta e não tenente oficial..

– Será Yuuki-san, mas confesso que estou com medo dessa historia ser verdadeira. – falava a menina segurando as próprias mãos.

– Querida, não acredite nisso, você é muito inteligente para crê nessas bobagens. Qualquer coisa eu estarei aqui e durante a reunião, evite contato com o Kuchiki. – elucidava Ukitake beijando-lhe a testa, enquanto o loiro fica ofendido ao ouvir aquilo. – Yuuki, você sabe qual providência tomar.

– Sim senhor eu sei, mas não idiota não. Vamos Tenente temporário.

– Então o Kuchiki poderá ir? ‘ interessante, talvez eu possa quebrar aquele orgulho nobre, e mostrar-lhe quem somos de verdade!’Você vai ficar bem, sozinho? E se precisares de alguma coisa?

– Vá querida, não se preocupe, sempre tem gente aqui no quarto, estarei bem.

Quando ambos chegam no 13 º bantai, uma rotineira discussão percorria por horas, Kiyone Kotetsu e Sentarou Kotsubak debatiam quem ficaria no comando do bantai até o retorno de capitão, sendo assistidos pelos subordinados:

– Nenhum dos dois ficará no comando, a melhor alternativa a ambos será finalizar essa balburdia. – ordena a morena entrando nesse momento.

– Oh! Menina, você dar as ordens quando o capitão está aqui, e já que ele não se encontra você é somente mais um shinigami. – responde Kiyone.

– Kotetsu é melhor medir tuas palavras. – avisa o loiro.

– Por quê? Ela só é uma bonequinha de capitão, parece que é moda agora, todo capitão que se preze tem que ter uma. Você acha que só porque derrotou a princesinha Kuchiki é mais forte que todos? Você, assim como a Kuchiki não passam de riquinhas que sempre arrumam um bobo para fazerem todos os seus caprichos, são somente de enfeite, são totalmente diferente de Órion. – responde a shinigami.

Uma veia pulsa na testa da morena, ‘agora ela havia passado dos limites, tudo bem que ela nunca se agradou de mim, mas eu não tolerarei isso, ainda, mas ela me comparando com as outras!’: - Agora chega, para que você me entenda, descerei ao teu nível, sua infame arrogante, que você não vai com a minha pessoa, eu entendo, isso não passa de inveja, eu não tenho culpa se você é desse jeito, nunca vai ter um marido, pois seu jeito tosco põe todos para correr, agora me faltar com respeito e falar-me isso como se me conhecesse, eu não aceitarei! você nem imagina quem eu sou ou serei, contudo se quiseres resolver isso da tua maneira eu aceito.

– Oh! Bonequinha volte para casa, para suas lições de etiqueta e aulas de dança, eu não quero machucá-la, porém se insistires.

– Pois eu insisto shinigami, farei você engoli até os dentes além dessas palavras.

– Tsuki-san deixe essa desmiolada para lá, não releve o que ela fala. – reluta o loiro.

– Agora é tarde demais. Se eu desisti, estarei me rebaixando a esse tipo de gente, ela precisa aprender que manda. – responde a morena juntando as mãos.

– Ah! Agora você vai rezar menininha? Deveria ter pensado nisso antes. – insistia a outra.

Tsukishirou abre as mãos, dando forma à sua zampakutou: - Hora do seu julgamento, Shinda no Sama, suukouna oshioki to toraiaru!

– Não pode ser! Você possui zampakutou e shikai! – assusta-se a outra.

– Parabéns! Você foi premiada com uma passagem de ida para o inferno, jigoku no gekido ! – cita a morena com os olhos em brasa.

Enquanto a shinigami era envolvida por um redemoinho de fogo, que a arrancavam gritos insanos de dor, os outros se afastaram com medo.

– Tsuki-san, acho que ela já aprendeu, perdoe essa tonta, lembre-se o capitão não ficará nada satisfeito que a senhora matou essa idiota logo no seu primeiro dia como tenente. – debatia Yuuki.

– Tenente! – assustam-se os outros em uníssono.

– Hã! É verdade, meu Deus, como fui irresponsável, deixar-me enfurecer por uma mente diminuta como essa! Logo eu que possuo a zampakutou da justiça e da tolerância? Uma dama agir assim de forma desenfreada! – depois de voltar a si, a morena cessa o ataque.

– Alguém leva a tostadinha para o hospital. Todos voltem aos seus afazeres. Rei e Kida peguem o nosso símbolo de fukutaichou. – ordena o loiro.

– A haori azul? – perguntam as duas subordinadas.

– Mas é claro, Tsuki-san é uma dama, não ficaria bem usar aquele emblema. – responde o loiro.

– Muito obrigada Yuuki-san, você é um amor. – responde a morena seguindo delicadamente para o escritório, enquanto loiro sorri bobo e corado.

– Se engraça por ela e você terá que prestar contas com um senhor de cabelos prateados. – insinua-lhe Sentarou ao ouvido fazendo-o gelar.

Tsukishirou sentou-se cerimonialmente na cadeira do capitão, suspirando e corada, alisando carinhosamente os apoios do móvel, sorriu boba, fechando os olhos absorveu o cheiro incrustado na poltrona, corou violentamente e levou ambas as mãos ao rosto: ‘o que estar acontecendo comigo? Meu Pai! Devo tirar isso da minha mente, tenho uma missão, devo manter o respeito e a discrição, o que ele pensará de mim se souber? Deus me livre! Melhor dizendo, agora duas!’

– Desculpe-nos interrompê-la em seus devaneios tenente, mas lhe trouxemos isto. – diz Rei mostrando-lhe a haori.

– Queee?! Eu terei que usar isso? Mas por quê?

– Pelo menos amanhã durante a reunião, a menos que a senhora queira usar o...

– Tudo bem, eu usarei isso amanhã, não é tão feio quanto aquilo, não combina comigo, também é somente por uma semana.

– Somente uma semana, por quê? – pergunta Kida.

– Porque é o tempo que Juushirou-sama precisa para se recuperar, agora vamos aos assuntos do bantai.

........

No outro dia:

– Bem falta um representante do 13º bantai, quem será que meu amigo enviará? – perguntava-se Shunsui ao ver todos os outros presentes.

– Acho que não virá ninguém, pois esta reunião não se destina a oficiais. – fala Matsumoto entediada.

– É melhor começarmos logo Comandante, pois já estamos atrasados. – relata Ise.

– Tudo bem, depois eu falarei pessoalmente com Ukitake... – Shunsui é interrompido.

– Sumimasen... – diz uma foz ofegante -... gomen nasai, gomen nasai pela demora! Ohayou gozaimasu! - entra Tsukishirou arfando.

Todos olham espantados para a menina, pois não era conhecida de alguns.

– Tsukishirou-sama?! Você representará o 13º bantai? Mas sinto informa-la que esta reunião é somente para...

– Tenente! A senhora esqueceu sua haoriiii – diz Yuuki chegando cansado. – Perdoe-me a todos, eu não queria entrar aqui, mas a tenente não me deixou escolha. Como corre! Até parece uma....

Ele não termina de falar, pois a morena o repreende com o olhar, ele sabia que ela detestava comparações. O loiro sai assim que entrega a dita haori, enquanto ela segue para o referido lugar, sendo o foco das atenções:

– Ohayou mais uma vez, eu me chamo Ukitake Tsukishirou e no momento represento o 13º bantai na posição de fukutaichou, então todos os assuntos inerentes às funções do esquadrão serão tratados comigo até Juushirou-sama retornar, muito obrigada e podemos começar a solenidade.

– Nossa! Ele não me disse nada ontem. – elucida Shunsui.

– Foi uma questão de emergência e é temporário, eu tenho assuntos mais importantes para cuidar. – responde sorrindo docemente.

– Como fazer compras e viagens! – relata uma voz fazendo graça.

– Também são inerentes no dia-a-dia de uma dama...Você?! Agora entendo o porquê de a atmosfera estar tão carregada! – incita a menina ao ver o nobre.

– Você não é digna dessa haori. Vejo que Ukitake além de doente estar demente também. - responde o nobre.

– Desde quando os assuntos do 13º bantai te dizem respeito Kuchiki? É, realmente ele devia estar passando por insanidade patológica quando desposara aquela Kuchiki, pois somente loucos casam com gente de sua família. – rebate a menina deixando o outro irritado.

– É por isso que adoro essa menina, faz o meu tipo! – elogiava Zaraki.

– Muito interessante! ‘essa menina tem as mesmas feições daquelas shinigamis e esse olhar lembrar-me alguém’. – analisava Mayuri.

– Hehe! Vamos deixar as rivalidades familiares de lado e iniciarmos a reunião em paz. – tentava Shunsui amenizar a tensão.

A reunião prosseguira tensa, todos muito nervosos, Byakuya e Tsukishirou trocavam olhares mortais, pareciam que iriam se enfrentar a qualquer hora, o nobre de feições serenas e apaticas, agora carregava uma feição nada amigável, enquanto a menina de sorriso doce e olhar meigo estava de cenho fechado, sempre encarando o nobre. Já Zaraki assistia aquela implicância muito feliz. A reunião terminou, porém a implicância não, seguindo a condições extremas.

– Agora chega menina insolente, foi isso que aprendeste com aquele capitão senil, a me irritar e a suja este mundo com suas existências insignificantes? – retruca o nobre perdendo a compostura.

– Respeite Juushirou-sama, você de nobre somente possui o status, por dentro não passa de um ser podre e deplorável, vazio e oco. Sua irmã estava certa em fugir de você, ou então ela também se transformaria nesse ser horrível que você é Byakuya.

– Você não conhece minha vida, não sabe nada sobre mim. – explode o nobre possesso.

– Sei o suficiente para dizer que tenho pena de você, principalmente das pessoas que te cercam que sempre morrem ou então fogem para não obterem esse triste destino que é permanecer ao teu lado.

– Eu estive mediando todas as afrontas até agora, contudo não tolerarei mais nenhum falta de respeito, embora não me rebaixarei ao teu nível, menina arrogante e desprezível.

– Isso é uma forma é uma forma ‘nobre’ de dizer que estas com medo de me enfrentar? – diz fazendo gesto.

– Eu não luto com mulheres, principalmente crianças tolas como você, a qual eu já percebi que não obteve nenhum tipo de educação. Ou talvez sua família não tivesse condições dar-te estudo ou você não passa de uma garota-problema.

– o que insinuas com isso? – irritou-se a garota: - já sei, dizendo isso você quer que todos acreditem que és honrado, porém não passas de um covarde, Byakuya. – grita a morena brava.

– Chegaaa... – diz o nobre avançando sobre a menina.

Se Tsukishirou não fosse veloz, teria sido atingida, contudo evocara sua katana rapidamente, recebendo a investida do nobre louco de raiva, a garota chocou-se contra o chão inúmeras vezes até entender que não tinha vantagem alguma se usasse força física. Desviando-se agora dos ataques corpo a corpo. Mas temia três coisas: o shumpo o qual ele era mestre, sua habilidade em hadous e sua maestria com sua bankai:

‘ será que não fui um tanto suicida, desafiar um taichou do nível dele? Se Juu-sama souber, vai me matar! Mas eu não posso voltar atrás agora, senão como ficaria a minha dignidade e o nome da família Ukitake, a honra do meu ai, ai, ai, taichou? Não, não desistirei. Prometi a mim mesma que superaria qualquer Kuchiki ou outro shinigami, nem que me custe à vida!’

Ela estava certa, Byakuya mostrou-se mestre em kidous, acertando-a todas as vezes que lançava um, até o de numero baixo, era terrível por ele. O nobre líder reparou que a menina possuía grande resistência, o que lhe seria um problema e que fora bem treinada, seu temor era se ela desperta-se sua deidade e a surpresa de sua zampakutou, a qual não conhecia ainda.

Ele se aproximou sem ela perceber, acertando-lhe a região epigástrica com o cabo de Sembozakura, lançando em seguida um byakuray de forte intensidade, lançando-a para longe. Tsukishirou levantou-se cambaleante, cuspindo sangue, de sua testa escorreu o liquido rubro e quente, sorriu ao limpar a boca com um dos pulsos, retirou a haori e a camisa do uniforme, ficando somente de calça e o top que usava por debaixo, segurou firme o cabo de sua zampakutou e liberou sua shikai, lançando as chamadas pragas egípcias, sendo que o nobre de todas escapou a não ser o rio de sangue que o corroeu uma parte da roupa e feriu sua perna direita.

Yuuki vendo que aquilo não acabaria bem seguira para o 4º bantai para avisar Ukitake, enquanto Shunsui tentava intervir sem êxito algum, pois um lutava pela sua dignidade e o outro pelo orgulho. Byakuya lançou um hadou de alto nível, a menina usara a miragem, lhe atacando em seguida com a ruína do inferno lhe causando algumas queimaduras. Nesse momento Yuè tentava chegar onde o confronto se desencadeava. O nobre a prendera com um bakudou forte, novamente a menina livra-se com sua técnica de teleportação. O Kuchiki então mostrar sua bankai, logo revoavam pelo lugar milhares de pétalas de sakuras, a garota tentou desviar-se inúmeras vezes, porém parou quando sentiu o estomago doer e começou a vomitar sangue, não teve chance de fugir, sentiu a potência das sakuras, jazendo no chão.

– Isto a ensinará a nossa superioridade, o quanto estamos distantes. – diz o nobre orgulhoso, porém:

– Nã-não pen-se que terminou comigo. Realmente é um ataque bem bonitinho com todas essas pétalas, mas confesso que gosto mais de lírios, orquídea e rosas, vermelhas de preferência. – diz a menina após cuspir um coagulo e levantando-se com o corpo violentamente escoriado e sagrando.

– Tenho que admitir, tu és uma excelente oponente, és bem resistente, porém fraca, como imaginava. – responde o nobre.

– Agora que sei como funciona essa técnica, é a minha vez, talvez dê certo!: - a morena mesmo tremula eleva sua reiatsu rapidamente, mostrando o quão era violenta, soltando sua zampakutou: - Shinda no Sama, ban-kai! – como sua shikai a lâmina desfaz-se em areia, caindo no solo.

Byakuya olha para todos os lados, porém nada acontecia, cansou de esperar e resolveu atacar, tendo uma surpresa, várias lanças de cristal de rocha lhe bloquearam, se não fosse o shumpo e sua experiência de longa data, não teria desviado, contudo algumas lhe feriram o antebraço esquerdo e o flanco direito. Simulou avançar, mas assim que o fez inúmeras lanças se formaram à sua frente, não o deixando prosseguir, então tentou ir por cima, tão somente um redemoinho de areia se fez em volta da menina e assim que ela gesticulou com as mãos, o tornado o atacou, tentou desviar-se, mas viu-se rodeado de algo que parecia magma, prendendo-o numa esfera escaldante, explodindo em seguida.

O nobre cai inerte no solo, com varias queimaduras, mas levanta em seguida, tremulo, sorriu, algo extremamente raro, nesse momento concluiu que a morena controlava todos os estágios de terra, podendo-a transformar no que quisesse, preparando o segundo estado de sua bankai. Tsukishirou ofegava, ora a vista embaçava ora tudo girava, estava preparando-se para receber o ataque, pois tinha certeza que não conseguiria desviar-se ou confronta-lo, Byakuya atacou mais uma vez, porém a menina repete a façanha de sua bankai, bloqueando o ataque inimigo com um muro de rochas. Com um gesto das mãos as rochas desfazem-se em pó circulando à sua volta, ela sorria embora fraca e ferida, o orgulho falava mais alto.

O nobre ficara ainda mais possesso, não estava acreditando que aquele projeto de gente o tinha desafiado e resistira aos primeiros níveis de sua bankai, aprendendo a utilizar a sua ao observa-lo. Então decidira ir mais além, somente usando aquele estagio com jurou de morte, não teria escolha, pois kidous pareciam não surtirem efeito e ela se livrava de qualquer aprisionamento. Tão logo uma aréola de anjo e asas de reiatsu pairava à sua volta, avançou em direção da morena.

Tsukishirou aumentou sua reiatsu e preparava-se para o que poderia ser seu ultimo duelo, o pó de areia em torno de si brilhara em tons metálicos e mais rápidos, formavam algo: - Matsugo no Aganai... Juushirou-sama! – desvia sua atenção para o seu taichou.

– Tsukishirou! – grita o meigo capitão.

– Byakuya-sama pareee... – chega Chiharu nesse momento.

Era tarde, a morena não teve escapatória, ouviu-se apenas os gritos. Quando o nobre percebe a presença de Yuè nota seu olhar de desespero e decepção. Juushirou corre onde agora jazia Tsukishirou imóvel e sangrando, ele a pega nos braços, Isane que já estava no local inicia os primeiros socorros. Quando Ukitake olha para o nobre com raiva e Yuè se aproxima dele:

– I-is-so ain-da não terminou, se eu me for, você também – diz Tsukishirou se pondo de pé e evocando sua katana.

– Querida! Não se esforce...

Shinda no sama, hontai no kõkan!

O moreno parece asfixiar caindo nos braços da alba e salivando sangue com o corpo totalmente escoriado, enquanto Tsukishirou apenas alguns arranhões e as queimaduras que fizera no nobre capitão, com sua técnica ela troca seu estado critico com Byakuya que nesse momento desfalecia nos braços de Yuè. Deixando a todos perplexos, até a própria Chiharu que jamais soubera de tão encantamento.


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Notas finais do capítulo

Em todos os lugares sempre haverá desavenças, reconciliações, alegrias e tristezas.
Você encontrara pessoas que tentarão de tudo para te derrubar e também achara aquelas que farão o impossível para te ajudar.
O que ira te fazer diferente não será sua roupa de marca, ou seu status diante da sociedade, mas sim o seu caráter.
Não importa onde você esteja sempre haverá pessoas que irão gostar de você pelo que você é, e outras te odiarão pelo mesmo motivo...
O que te tornará especial é a maneira como você encara a situação, se você ama a Deus, você sabe que Ele habita dentro do coração de cada um de nós, mesmo que esteja adormecido em muitos desses corações, você sabe que Ele ainda esta ali e o respeita, Você compreende perfeitamente que o seu silencio não e motivo de fraqueza ou falta de resposta, mas sim a sua maneira de respeitar a Deus.
Vanessa Machado
Quanto vale a vida ?
— Não te entregues as primeiras desavenças, nem se exalte por pequenas falhas, estamos vulneráveis, e por sua vez, destinados ao caminho que irá nos ensinar, aquilo que realmente sentimos dificuldades de aprender. Veja que até a dor, ensina, faça por opção, aprender com a prática do amor, que faz as mais extraordinárias mudanças. És dono do seu intimo, alimente-o com o melhor.
Leonardo Barreto



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