Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 38
Yuè Chiharu: Dizendo adeus à razão!


Notas iniciais do capítulo

Solitário, triste e um longo sofrimento, este era o dia a dia do nobre, o remorso e a culpa martelavam sua mente, além de uma data nada feliz que se aproximava. Contudo com a chegada da misteriosa dama, sua vida parecia mudar repentinamente, o nobre experimentou novamente o amor de forma súbita e irracional, qual será a ligação da Lua das Mil Primavera com o nobre e quais segredos ela trás consigo. o nobre recebe uma dádiva dos céus, o que ele fará agora? Na vida Às vezes as coisas acontecem de maneira súbita e fugaz, mas é melhor amar e ter perdido, do que nunca ter amado, ou se arrepender por por ter feito algo, do que nunca fazer e se culpar a vida toda. pois certas oportunidades da vida surgem tão rápido que não temos tempo de raciocinar.



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Byakuya não soube ao certo quando foi tomado pelo sono, mas dormiu ali mesmo ao lado da bela donzela, temia acordar e não acha-la mais. Os raios solares adentravam pelas janelas, o vento frio balançava as cortinas, enquanto os passarinhos gorjeavam nos galhos das arvores. O nobre desperto sobressaltado teria sido um sonho? Vira para o lado e vê a sua dama da noite lá, dormindo feito um anjo, levantou-se e ficou ao longe a admirando, vendo que ela não despertaria naquele momento, mandou as criadas preparar um excelente café da manhã, sendo que Yui tomou a frente de tudo, antes do seu senhor ordenar, sendo aprovada pelo mesmo, os outros criados não entenderam o que estava ocorrendo.

Byakuya já estava com a roupa de capitão e a fitava ao lado da cama, quando a pequena dama começou a se mexer, se espreguiçando, então vira de bruços e levantando a cabeça, abre os olhos lentamente, olhando para o lado oposto em que o líder estava:

– Hã?! Como eu vim parar aqui? Eu pensei que havia viajado para o passado? Seria um sonho? Claro que fora um sonho, senão como veria meu amado Bya.... Hã? Pensei que havia falado para senhora Yui trocar essas cort...

O nobre fica estático esperando ela terminar a frase, seria dele mesmo quem ela se referia? Não conhecia mais ninguém com aquele prefixo no nome, ficando na expectativa, mas a menina não termina a locução.

– Mas o que é isto? – diz ela virando-se velozmente, levando a mão a sua espada e em um piscar de olhos, ressoa pelo aposento um tilintar de lâminas.

Byakuya quase fora pego desprevenido e tentava afastar da sua garganta o acúleo da katana da menina, se assustou com a velocidade dos seus reflexos. Porém assim que a prateada lhe reconhece o olhar, fixando os glaucos nos orbes plúmbeos, a garota entra em transe, deixando cair a lâmina ao chão, o nobre desarma Sembozakura e fixa-se no doce olhar, vendo ternura e harmonia. De repente, os misteriosos orbes glaucos brilham de lágrimas que começam a rolar pela face delicada, e com um pulo inesperado, a menina enlaça os braços no pescoço do nobre, chorando, o capitão fica sem ação, mas apenas retribui o gesto, enlaçando a cintura delgada, apertando-a delicadamente, sentindo o doce aroma que ela emanava. Quando enfim se deu conta dos seus atos a donzela o larga vorazmente se afastando, mas o nobre não soltou o abraço.

– Solte-me senhor meu, por favor? O que pensas estar fazendo? – agonia-se ela.

– Talvez o mesmo que você fez antes. Agora me responda quem é você senhorita?

– Porque me trouxe para cá, o que quer de mim? Não eras para estar lá, não eras para me vê! – tenta soltar-se em vão.

– Porque não? – interroga o nobre agora mais curioso.

– É, é, eu não quis dizer isso, somente não esperava encontrar Bya-kun, digo Byakuya-sama nas adjacências do 13° bantai e ainda mais uma hora daquelas. – enrola-se nas próprias palavras, levando as mãos À boca depois do que falou.

– Como me conheces, se não falamos nada ontem, e não te discorri o meu nome ainda? Agora queira dizer-me sua graça?

– Eu falei o seu nome?! Enrolei-me agora, botei tudo a perder, não acredito que fiz uma insanidade dessas! – desespera-se totalmente.

– A primeira atitude a tomares, é dizer-me o teu nome, depois me contar como me conheces, e falar toda a verdade, sem esconder nada. – fala autoritário.

– Talvez se meu senhor me por no chão primeiro. – diz amuada e de braços encruzados. – eu já fiz besteiras mesmo, não tenho como remediar o meu erro. – ressalta se dando por vencida.

O nobre a solta, agora satisfeito, pondo-a delicadamente no chão. A garota se aproxima da cama e senta-se, tirando a haori e a estola com todo cuidado e carinho, retirou as luvas e embainhou sua katana a pondo de lado. O nobre estranhou que ela não tinha constrangimento em sua frente, notando a sua liberdade perante ele, observara bem um colar que carregava no pescoço, sorriu, não tinha mais duvidas da ligação que tinham, se os anos de treino e solidão, além do autocontrole não dessem resultados, teria demonstrado a imensa alegria com sua descoberta, contudo resolveu esperar mais um pouco para ter não equívocos, aguardando ela revelar o seu parentesco e sua história. A garota levanta a face e seus belos olhos brilhavam de felicidade ao contemplá-lo, ali à sua frente, inabalável, imponente e majestoso. Começou:

– Eu, eu me chamo Yuè Chiharu e vim para este tempo em missão. Como posso dizer... Talvez tentar concertar e terminar a missão em que Órion falhou.

O nobre sente uma pontada no coração ao ouvi-la pronunciar o nome da morena, como sempre elas somente aparecem para alguma missão suicida, para evitar a ruína do futuro, sem ao menos darem-se um pouco de valor, belíssimas, poderosas e cheias de mistério, tanto segredo envolvido em suas vindas para o passado que estes acabam por leva-las embora. Mas esta se lembrava de sua origem e do que realmente veio fazer, de certo modo não a perderia e muito menos a deixaria só;

– Pela sua haori, tu pertences ao meu Clã e tem parentesco comigo, em que grau e a estola como a conseguiste? Sendo que o teu nome faz jus À sua pessoa!

– Isso eu não direi, somente revelarei que o conheço muito bem, fazemos parte da mesma família e que meu pai tem certa atração por nomes de lua ou branco. – irrita-se fazendo bico.

– Tudo bem, não importa se não me dizeres, tão logo terei a resposta, embora já desconfie qual é nossa ligação Kuchiki Yuè Chiharu, e para que tu não cometas o mesmo erro de Órion, não sairás de perto de mim, virás comigo.

– Para o 6° bantai?! Mas porque, eu pedi fol... digo não sou shinigami, e eu queria muito investigar...

– Me engana! Se não fosses shinigami não terias uma zampakutou, e pelo que pude ver sabes utilizar muito bem o shumpo, pois quase me pega desprevenido. Se tu tens aquela estola, é porque em algum momento tomaste o meu lugar na liderança da família e consequentemente assumiste o 6° bantai, estou certo? – a fitava irônico.

– Eu não gosto de lembrar-me disso!! – diz baixando os olhos tristes.

O nobre imaginou a dor que a menina sentia. Sentou junto a ela, levando a mão ao seu rosto e fitando os belos glaucos, deixando-a vermelha, diz: - deves ter sofrido muito com minha partida, eu imagino, mas creio que não foi em vão! Não se preocupe, eu estou aqui e te prometo que não irei embora, não te deixarei só novamente.

– Pro-promete mesmo? Se tivesses me deixado ajudar-te, eu não o perderia, se não fosse esse teu orgulho insano, sem motivo eu não teria ficado... – relata chorando.

– Prometo se não for para te perder ou deixa-la sofrendo, eu prometo que você não me perderá mais. – o nobre ouvindo aquela confissão conclui suas análises e para testa-la, aproxima ainda mais o rosto da garota, inclinando-se um pouco, levando um polegar até os lábios escarlates os entreabrindo,

Yuè se ver dividida, aceitaria aquele beijo e revelaria parte do futuro, arriscando sua missão e a segurança do Clã, ou se entregaria àquele tão desejado beijo, que reinavam em seus sonhos, que tão sentira falta, deixando claro o que um seria para o outro, sem receios e medos? Mas ele não poderia amar assim, talvez somente suspeitasse ou estaria brincando com ela, com certeza ele vigiou todo o seu sono, ele nem a conhecia. Desistiu e tentou virar o rosto evitando aquele beijo, porém o nobre deteve seu gesto.

Byakuya sentiu desde quando a vira experimentou algo especial, por isso fora par aquele lugar, havia um presente do destino esperando por ele, e como sempre, ele fora enviado do futuro. Concluiu ao vê-la que se voltasse a amar novamente seria por uma mulher como aquela, para que ela assumisse a liderança do Clã e ascendesse ao 6° bantai, casou-se com ele. Então não deveria ter receio ou culpa, mesmo ainda não a conhecendo, se ela o evitasse mais uma vez respeitaria sua vontade, mesmo desejoso de tocar-lhe os lábios e provar-lhe o sabor, não precisava de pressa, não queria assusta-la.

Mas Chiharu não evitou, ela consentiu e levantou a face esperando os seus lábios, sentiu o hálito doce, a respiração ofegante, o coração disparado da Alba à sua frente, não havia volta, a queria, a desejava desde o primeiro momento que encontrou aqueles imaculados glaucos sob a luz do luar, com aromas de lírios, sakura e jasmins. Sentia-se culpado por fazê-la sofrer, mesmo antes do tempo chegado, não poderia deixar aquilo acontecer, seria forte, ficaria mais forte e recusaria o seu orgulho se necessário. Não deveria deixa-la só, uma mulher como aquela, dona de uma beleza fora do comum, meiga, doce, amável e guerreira acima de tudo, era sua e esperaria a vida toda por ela. O que sentiu por Órion era parecido com amor paterno, nada mais que isso. Contudo, Yuè despertou nele no primeiro momento algo adormecido há muito tempo, um sentimento que nunca mais pensara sentir, havia se fechado para aquilo, se enterrado vivo, como sua menina falara. Agora estava ali, amando loucamente, alguém que acabara de conhecer, de um jeito até meio irracional para o seu perfil, porém era amor verdadeiro, e ao que ela deixou evadir-se era para toda a vida.

Os lábios em cena de câmera lenta, finalmente tocaram-se, o nobre estremeceu, algo se quebrou dentro de si e o desejo somente aumentou, as mãos desceram para a delgada cintura, a trazendo mais próxima do seu corpo. Sentira todo o amor reprimido de sua donzela, e a sede com que pedia e o abraçava, quanto tempo ela ficara sem ele, sem o seu amor, noites em claras e mal dormidas, saudades do seu cotidiano junto, das noites intimas. Sua língua pediu passagem, ela concedeu levando suas pequenas mãos em sua nuca. Ele a apertou mais contra seu corpo, intensificou o osculo, dando adeus à razão, deixando-se guiar pelo coração a muito esquecido e retraído, este pulsou forte no peito e rápido. As mãos desceram até as largas ancas, comprimindo aquela parte, presenciaram os mamilos da fêmea ficarem rígidos e a suave pele se arrepiar. Ficou louco, mas precisava se segurar. Mesmo casados um dia, ela ainda precisava se acostumar a ele novamente, necessitava de tempo e do seu espaço. Percebeu a mais nova interromper o beijo, buscava ar, separou os seus lábios dos doces femininos, a fitou docemente, ela arfava inspirando forte, sorriu, ‘Kuchiki Byakuya cedeu ao coração, cedeu aos encantos de uma raríssima e bela mulher À primeira vista, sem medo ou receio, amou verdadeiramente, desistiu da opressora razão, aquela dama era sua e não aceitaria perde-la nunca’,

– Isso não deveria acontecer, não fora para isso que vim para cá!

– Se arrependeste então, pelo que pude notar, somos casados, é normal em um matrimonio. – fala acariciando o rosto.

– Mas, ainda não somos casados, nem nasci ainda... droga! Mais uma vez falei o que não devia, viu? Isso tudo é culpa tua, você sempre me deixa assim, desconcertada! – diz, dando pulinhos de raiva.

– Que bela descoberta! Saber que você jamais me esconderá algo é muito bom! – o nobre sorriu ao contemplar aquele piti da futura nobre esposa, tinha atração por mulheres de porte pequeno, eram mais fofas, delicadas, meigas e bonitas, ainda mais aquela, que mais parecia um anjo, com aquela pele alva, as longas madeixas prateadas, as suntuosas curvas e os olhos de cor exótica, de uma pureza incomum, quem seria louco de não ama-la À primeira vista? Não existia ninguém, e era sua somente.

– Tudo bem! agora é tarde para voltar atrás! Terei que contar com tua ajuda! Agora posso tomar um banho? E em que quarto eu ficarei esse tempo? – interroga com uma carinha de desprezo.

– Kuchiki Yuè Chiharu, este nome não te diz nada? Seu quarto é o meu e conheces bem o banheiro, ao menos que requeira minha presença! – insinua o nobre.

– Hã! Co-como?! – a menina fica rubra, como ele podia dizer aquilo dessa forma? Deveras sempre fora direto, não tinha floreios nas palavras, era romântico, carinhoso e muito atencioso, mas sempre direto, pensou um pouco, não queria ficar longe dele, já fazia muito tempo que não o tinha, talvez sua presença ali, não mudasse o futuro, mas queria muito acha-lo lá quando retornasse, porém sem ter certeza disso, não rejeitaria outra oportunidade de estar perto do seu grande amor, não sabia dizer-lhe não, bem como ele nada lhe negara. – como queira, porém somente ficarei aqui, se desfazer aquele altar, eu nunca me importei com fotos, mas não concordo com essa adoração, quando casamos nunca vi nem quadro dela no quarto. – impõe virando o rosto para uma das janelas.

Byakuya fechou o cenho, ela impôs uma condição, se recusasse Yuè sairia da sua vida e talvez jamais a conhecesse, e não queria perdê-la, amou sua falecida esposa mais que tudo no mundo, e agora a vida lhe dava nova oportunidade, Órion sempre falara que esse dia chegaria, porém ele nunca acreditou. Quando chegou, acontecera de maneira tão súbita, mas tão sublime, quando menos esperava, aconteceu e não poderia perder, mesmo que fugaz, aproveitaria e enfrentaria tudo se precisasse. Mesmo sabendo que se aproximava o aniversário da morte de Hisana, cedeu: – tudo bem, querida! Assim que voltarmos não o encontrará mais aqui, mas prometa-me que não fará nada sem eu saber ou sem meu consentimento, quero a mesma confiança e fidelidade de quando casarmos.

– Fazia tempos que não ouvia isso! Saiba que jamais fora diferente, Byakuya-sama, sempre fui tua confidente, embora isto não devesse estar acontecendo. É tudo tão surreal, não foi isso que imaginei ao vim para cá. Eu nunca pensei que te veria novamente, contudo prometi a mim mesma que se tivesse outra oportunidade, te amaria ainda mais do que amei antes!

– E por isso, não quero te perder, mesmo quando chegar sua hora de ir, eu esperarei pacientemente por você. Creio que quando nos conhecemos não fora muito diferente! – abraça a jovem.

– Não de sua parte, porém eu, tímida, medrosa, insegura, não sabia como corresponder, e quando nos compromissamos você me disse que foi amor à primeira vista, como agora, e eu sempre apaixonada! Eu decidir chegar ali, no bosque do 13° bantai, por saber que meu senhor jamais andaria por ali, ainda mais àquela hora. Pois eu sabia que não me controlaria se um dia o visse novamente! – revela com lagrimas nos olhos.

– E olha como o destino brinca conosco! Realmente não me agrada andar naquelas imediações, porém resolvi fazê-lo ontem e não me arrependo de nada. – beija-lhe novamente, deixando fluir todo amor reprimido durante anos e poderia ofertá-lo para aquela pequena dama.

– Mas e o que dirás aos outros? E o Clã? Como explicar minha chegada ou minha origem? – interroga-o curiosa.

– Não devemos explicações a ninguém minha menina, eu já não me importo com mais nada além de você! – dá-lhe um selinho.

Ela fica boba, era o seu querido Bya-kun, era o mesmo, com as outras pessoas era de um jeito, mas com ela era carinhoso e amável, sempre quis conhecê-lo antes, e agora tinha a prova, ele nunca mudara, continuava sendo o seu amado. Agora entendia o porquê de continuar apaixonada, mesmo depois de sua partida, jamais amaria outro além dele. Fora para o banheiro, nesse momento Yui entra trazendo roupas e nota a felicidade do seu senhor.

– Yui, reúna todos os criados, quero que conheçam a dona da casa! – avisa ríspido.

A velha criada arregala os olhos em interrogação, estava confusa: - como assim Byakuya-sama?

– Entendo tua incredulidade, mas ela será futuramente a minha esposa daqui a alguns anos.

– Verdade! – grita a criada alegre. – perdão, perdão Byakuya-sama!

Durante o desjejum, os criados olhavam incrédulos a jovem dama ao lado do seu senhor, que aparentava extrema satisfação cada vez que voltava o olhar para ela, acontecera de forma tão rápida e inacreditável, não sabiam de sua procedência nem como chegara, apenas lhe fora apresentada como senhora e deveriam cumprir suas ordens durante sua estadia na mansão, entretanto demonstrava benevolência, temperança e humildade, além da grande beleza. Enquanto a velha criada sorria de tamanha emoção, o seu senhor havia encontrado o amor, tais como as palavras de Órion, e assim como ela, veio do futuro.


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Notas finais do capítulo

Byakuya deu espaço ao coração, se doou para o amor e deu adeus À razão, não queria perder a nova chance que a vida lhe oferecia, mesmo quebrando suas promessas, o que importava era manter sua futura esposa ao seu lado a todo custo, não queria mais ficar só e não queria perdê-la. mas porque Yuè veio completar a missão em que Órion falhou? afinal o que aconteceu com a morena que é recordada de maneira tão nostálgica?



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