Órion! The Clan Hope Kuchiki escrita por Cieli


Capítulo 23
Saisho Kisu


Notas iniciais do capítulo

após sua primeira batalha, Órion decidi segui os caminhos do coração.



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Órion acorda sobressaltada, tentando reformular todo acontecido, tenta mexer-se, mas tem dificuldade, a respiração era dolorosa, então se lembrou dos ferimentos nas costas e da costela fraturada. Vira para o lado e vê à beira da cama agarrado a sua mão seu querido taichou, sorrir docemente:

– Ukitake taichou, gomenassai por agredi-lo, mas o senhor mereceu!

–Osokunate sumimasen! Sou eu que peço, não deveria tê-la deixado só tanto tempo, pensei que seria o melhor, te dar espaço, mas equivoquei-me, não acontecerá mais, eu prometo! – disse, aproximando-se ainda mais da menina, sentando na cama.

Órion senta no leito, notando que o definido tórax do capitão estava envolto em faixas, assim como o dela, devido a batalha, ficando vermelha vendo-o sem a parte de cima do uniforme:

– Você também se machucou! Desculpe, foi por minha causa. – abaixa o rosto.

– Não mais do que você, que se arriscou defendendo quem deveria protegê-la, por que, se faz parte da profissão deles? – interroga o capitão, querendo ver os motivos da menina.

– Eles iriam morrer, não possuem o corpo tão resistente feito o meu, os protegi porque eu quis e havia prometido a Rei, não deixar nada acontecer com eles, são pessoas boas que merecem viver. Por favor, não me deixe mais sozinha, eu fiquei sem chão com sua ausência, você é o meu porto seguro, eu, eu quero você!!! – finaliza chorando, enterrando o rosto no peito do taichou.

– Então sempre estarei ao teu lado, minha pequena Hana, não te deixarei mais! – diz beijando-lhe a cabeça. Abraçando-a fortemente. Não se dando conta que estavam sendo observados:

– Uê? Cadê o beijo?! – pergunta Yuuki, levando o cascudo de Nemu. – Aii!

– Cale a boca imbecil, não quebre o clima! – fala a séria fukutaichou, deixando a todos espantados.

– Muito bem, tenente Nemu, dar outro. – dizia Rei.

Ukitake inclinou o corpo para frente, buscando algo com as mãos, parando na cintura delgada, olhou o busto coberto pelas ataduras, que mostravam o tamanho dos delicados seios, levou uma das mãos até a nuca da menina emaranhando-a nos cachos dessa região. Órion levantou delicadamente a face, espalmando suas mãos no peitoral do capitão.

Entretanto havia alguns espectadores atrás da porta, sendo estas: Yuuki, Rei, Mayuri, Isane, os dois shinigamis que Órion salvou, Matsumoto e até mesmo Nemu. Era um caos, todos queriam ver, o que resultou que bem na hora, que a respiração de um já encontrava a do outro, a porta escancara deixando cair uma montanha de curiosos que foram fuzilados com um olhar assassino do taichou, atrapalhando assim o momento tão esperado:

–Uê! Ainda não vai rolar o beijo? – pergunta Yuuki emburrado. – tanto trabalho para nada!

– Eu disse que ainda não seria a hora, seus idiotas. – resmunga Rei. – Você, não Mayuri taichou, é só com eles! – sendo fitada pelo capitão.

– Eu devia matar todos vocês, até você Mayuri taichou, não esperava isso de sua parte! – exclama Ukitake.

– Tudo pela ciência, caro companheiro, imagine estudar todas as sensações causadas em uma jovem ao dar seu primeiro beijo. Pena que não trouxe uns aparelhos para isso, e além do mais, aqui não é muito romântico, não achas?

A menina se encolhe nos braços de Ukitake com vergonha, como fora tola, não sondando o lugar em busca de presenças espirituais.

– Órion-sama, nós queremos agradecer por nos proteger, não era obrigação sua, mas a senhora o fez, obrigado! – dizia os dois shinigamis em reverência à menina.

– Não precisam agradecer, descansem! – Órion, fecha os olhos por um instante e diz: - By-sama estar chegando, alguém o avisou?

– Não, ainda não havia ordenado ninguém para dar a noticia. – responde Ukitake.

Nesse instante entra Byakuya e Shunsui, o nobre não trazia cara de bons amores:

– Eis um dos motivos pelo qual não fazia gosto se tu seguires careira como shinigami, tu correste perigo lutando contra um hollow e arriscaste tua vida por esses imprestáveis que nem cumprem seus deveres de shinigamis.

– Byakuya-sama! Sabes muito bem que é esta a minha sina, é este o meu propósito, mesmo se não seguisse carreira no Gotei 13, querendo você ou não, lutaria do mesmo, sou a única capacitada para tal missão! – revela com ares de indiferença, levantando-se da cama com certa dificuldade, sendo ajudada por seu taichou.

– Órion, você ou fica aqui descansando ou irá para casa, estás machucada. – ordena o nobre.

– Eu tenho um relatório para fazer e estes ferimentos não são nada comparados a outros que carrego comigo, sendo que não quero ficar só naquela mansão, à noite eu volto e descanso. – diz pegando as haoris queimadas.

Byakuya engole seco seu orgulho, lembrando-se de quais feridas ela estava se referindo, apenas relata: - Yui chega amanhã e mandei chamar Arina-sama, para cuidarem de você!

– Então ficarei em casa amanhã, mas somente se meus amigos puderem ir me visitar ou ficarei no bantai. – exige a menina.

– essas criaturas em minha casa? – esbraveja o nobre.

– Então fico no esquadrão, onde todos são bem vindos, não é taichou! – sorrir para Ukitake que lhe retribui o gesto.

– Tudo bem, mas você não ponha o pé fora de casa até estar devidamente recuperada, aceito esses vermes por lá. – sucumbe o líder.

Órion se aproxima dele, levando a mão ao seu rosto acaricia seu queixo, encara-o e diz:

– quando irás entender que a vida é mais que rótulos? Que os maiores tesouros da vida estão nas mais humildes embalagens? E que a felicidade está nos símplices gestos e nas coisas mais singelas da vida. Espero que um dia saia do seu casulo By-sama e quebre esse orgulho gélido. Mas aconteça o que acontecer, eu sempre estarei ao teu lado. – elucida baixando o rosto e seguindo até à porta. – Vamos querido taichou, temos trabalho a fazer! – sorrir para o outro que já demonstrava ciúmes.

– Kuchiki taichou, brevemente o procurarei para tratar de assuntos de nosso interesse e para nossas famílias. – relata Ukitake seguindo para a saída do quarto.

– Nossa! Essas haoris não servem nem para panos de chão, mas não se preocupem amanhã enviarei outras para os dois, sendo que para lady Órion será de seda pura azul celeste, como recomendação de Kuchiki taichou. – fala evitando a pergunta do nobre sobre qual o assunto a ser tratado.

– Não se preocupe Kuchiki taichou, a levarei para casa mais tarde, aliás, é minha prioridade cuidar e zelar por sua segurança, ela ficará bem, tem ótimos amigos. – Ukitake diz isso apontando para os shinigamis presentes que apenas assistiam.

O nobre reavalia a frase dita pelo capitão, mas quando quis argumentar algo a respeito o outro já havia desaparecido com a menina ao colo, sendo seguido pelos outros, o deixando só, apenas em companhia de Shunsui e Isane.

– Comandante o que será que ele quis dizer com isso? – pergunta o nobre.

– Ah! Isso é fácil, Kuchiki taichou, ela é fukutaichou dele agora, faz parte do seu Bantai, a pessoa em quem mais confia lá, sabes tu como ele trata seus subordinados, sendo que a menina recebe treinamento especial, então necessita de cuidados extras, pois é uma Kuchiki, não fora assim que você exigiu?

– Foi, mas tem algo nas entrelinhas que não conseguir captar ainda, verei isso mais tarde, preciso voltar ao meu esquadrão. – diz o nobre saindo.

– Comandante, é o que estou pensando? Ukitake taichou e a menina Órion estão...? – pergunta Isane.

– Ainda não, mas espero que resolvam logo esse problema, pois ela tem uma grande responsabilidade em suas mãos. ‘ é tão cheio de si, que não dá valor as coisas mais importantes a sua volta, como é tolo! Talvez quando abrir os olhos seja tarde demais!’

Órion concluiu a metade de seu relatório por volta da tarde, ainda faltava o restante que precisava das anotações de Mayuri com seus equipamentos, este não quis libera-los até concluir suas pesquisas, porém Rei se prontificou de pegá-las, nem que precisasse colar nele. Decidindo caminhar até o riacho para apreciar o pôr do sol, A menina sorriu imaginando a cena dos dois, pois a shinigami era bem insistente.

– Estas sorrindo, posso saber o motivo? – pergunta Ukitake usando apenas o uniforme de shinigami, de braços dados a ela.

– Estou imaginando a Rei importunando Mayuri taichou para entregar suas anotações, ela é bem insistente quando quer! – responde a morena.

– Quando tempo você acha que ele aguenta, sem pensar em matá-la? Argumenta o taichou acariciando o rosto dela deixando-a corada.

– T- talvez três dias, mas avisei a ele que não fizesse nada com ela ou teria que se haver comigo, não o perdoaria, deu-me sua palavra que não a machucaria. Ela vai grudar nele como cola, imagine a situação? Mayuri à beira de um ataque de nervos por causa dela pedindo as anotações. – sorrir ao imaginar a cena.

Chegando à beira do riacho, o crepúsculo tingia de vermelho e dourado o horizonte levando consigo o dia, já ao leste a lua nascia cedo trazendo a noite sonolenta em seus braços, os lírios e narcisos exalavam seu adocicado aroma, enquanto grilos e vaga-lumes faziam festa em volta da água. Ukitake levantou delicadamente o belo rosto da menina, inclinando-se um pouco para equiparar a distância dos seus lábios aos carnudos escarlates entreabertos, aproximou-se lentamente, transformando aquele momento em sonho.

– Vai ser agora, é agora! – sussurrava uma voz entre os arbustos.

– Cale-se ou nos ouvirão seu idiota! – censurava outra.

A menina sentiu o coração palpitar quando sentiu sua respiração a apenas uns centímetros da sua, suas pernas estremeceram assim que o homem enlaçou os braços em sua cintura, aproximando os seus corpos e só assim tocar-lhe os lábios com a mesma doçura que o colibri beija a flor desejada e intensidade que a terra sedenta absorve a chuva. Órion elevou os braços aos seus ombros intensificando ainda mais o beijo, dando passagem para o taichou apertar ainda mais o abraço, enquanto sua língua pedia passagem para desbravar a pequena boca feminina que cedeu sem medo ou culpa.

– que interessante! Isso dará uma boa pesquisa pessoal! Sorriu baixinho alguém escondido numa arvore.

– Que lindo, até que fim! – exclamava outra voz grudada na primeira.

– Quando você vai me soltar?

– Quando me der uma copia de suas anotações, taichou.

– Eu não entregarei, são minhas.

– então eu não largarei do seu pé, o senhor decide. – Diz Rei apertando os braços em volta do louco taichou.

– Nossa! Isso é que é um beijo demorado, quanto amor! Hum?! Isane?

– Matsumoto?! Eu não poderia perder isso!

– Ninguém queria querida, tem mais gente aqui do que planta ou pedra. – dizia a loira apontando para vários lugares.

Enquanto isso voltando aos pombinhos:

– No- nossaa, p-para al-alquém c-com uma doença respiratória você tem muito fôlego, mais um pouco eu ficaria inconsciente! – dizia a menina arfando.

– Deixa de manha, Pequena, venha cá. – o capitão a puxa novamente para si e simplesmente diz: - Aishiteru! – lhe selando os lábios outra vez.


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Notas finais do capítulo

um lugar especial, para uma momento mágico, assistido por muitos espectadores, o que reserva o destino para esse casal e quanto tempo demorará para um certo nobre abrir os olhos?



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