Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 7
Destination: Love


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!
Espero que gostem!
Não vou dar spoiler, mas acho que o título e a imagem diem tudo!
*-*



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Encontrava-me na mesa à espera que a sobremesa fosse servida enquanto via a actuação da banda que tocava uma música calma, algumas pessoas dançavam em frente ao palco enquanto outras jogavam poker angariando fundos para o hospital.

– Desculpa a demora. – ouvi Damon dizer enquanto se sentava na cadeira ao meu lado.

– Não tem problema. Está tudo bem?

– Claro! Onde está a Donna? – perguntou enquanto bebericava o sumo.

– Ahm acho que foi dançar com o marido. – afirmei.

– Então de que estamos à espera? – perguntou limpando a boca com o guardanapo , levantando-se de seguida e esticando a mão na minha direção. – Concede-me esta dança? – disse sorrindo de lado.

– Com todo o gosto. – sorri colocando a minha mão sobre a dele.

Ambos nos dirigimos até à pista de dança e senti logo a sua mão repousar na minha cintura enquanto a outra segurava firmemente a minha mão que não se encontrava no seu ombro. Segundos depois começamos a dançar ao ritmo da música com o olhar preso um no outro entre meios sorrisos e pequenas palavras trocadas.

Enquanto dançava com Damon relembrei-me da minha primeira saída com o Sam, já tinha passado muito tempo.

4 anos antes

– Anda lá, vamos dançar Rachel. Precisas de libertar esse stress dos exames. – disse Sam puxando-me pela mão até à pista de dança do bar onde nos encontravamos.

– Eu não sei dançar, a sério. – menti olhando para o chão, realmente eu sabia dançar e muito bem ou eu não tivesse frequentado o ballet em criança.

– Não faz mal eu ensino-te. – disse confiante enquanto me segurava na cintura mostrando-me os passos que devia fazer, senti-me mal por lhe mentir mas ao mesmo tempo aquele gesto foi tão fofo que acabou por me conquistar mais um pouco.

Actualmente

–Então o que estas a achar da festa? – perguntou-me acordando-me dos pensamentos acerca do passado.

– Bem é muito diferente das que costumava ir em NY. Digamos que tem um certo requinte. – sorri.

– A companhia também ajuda não é verdade? – afirmou enquanto me piscava o olho.

– Convencido hã? Mas sim a companhia também ajuda. – admiti.

– Eu sabia. – sorriu. – E não minha cara amiga eu não sou convencido, apenas realista love. – brincou.

O sotaque carregado dele ao dizer love sem dúvida mexeu comigo, tudo bem sejamos realistas Damon é lindo, tem aquele sotaque que nos arrepia a espinha e o olhar dele bem deixa-nos completamente loucas. Mas o que é que eu estou pra ‘qui a pensar? Ai ai dona Rachel!

– Bem agora que a música acabou, vou aproveitar e doar algum dinheiro, volto já. – disse inventando uma desculpa para sair dali antes que fizesse algo que me arrependeria mais tarde.

– Ok, aproveito e vou comer qualquer coisa. – disse sem ter a certeza de que eu tinha ouvido, pois eu já caminhava em direção ao balcão de doações.

Olhei para trás e reparei que Damon já não me olhava mais e dirigi-me ao toilet, fiquei parada uns segundos a olhar o meu reflexo no espelho, porque razão receava tanto virar a página? Sam fez o mesmo ainda namoravamos, porque raio eu não consigo? Sai dos meus pensamentos assim que a porta se abriu e um grupo de mulheres entrou conversando alegremente entre si. Decidi deixar de ser medrosa e deixar-me levar pelo destino como costumava fazer na faculdade e sai dali para fora indo para a mesa de poker onde estavam Dr.Edwards e Damon com alguns colegas a jogar.

– Vai entrar no jogo e ajudar-me a ganhar ao meu caro colega Damon, dr. Rachel? – perguntou-me Edwards que vestia um belo fato cinza e uma camisa branca.

– Adoraria, mas aviso que sou uma péssima jogadora.

Assim que recebi as minhas fichas e as minhas cartas o jogo começou e durou umas longas horas diverti-me e fiquei a conhecer alguns colegas melhor, afinal iria ficar aqui por tempo indeterminado e precisava de alguns amigos para além de Damon.

– Aqui tens o teu casaco. – ouvi aquela voz dizer.

– Obrigada. – agradeci sorrindo enquanto me vestia. – Não precisavas vir embora também. – disse após sairmos do hotel em direção ao carro.

– Não te ia deixar vir sozinha e muito menos andares de transportes à noite sem companhia. – explicou.

– De qualquer maneira obrigada. – afirmei.

Mal entramos no carro e colocamos os cintos Damon carregou no acelerador e guiou calmamente pelas ruas de Londres. O céu estava limpo e podia-se ver algumas estrelas a brilhar, sem dúvida uma noite rara em pleno Inverno.

– Chegamos. – avisou-me quebrando o silêncio instalado.

– Obrigada pela companhia e pela boleia. – disse após subir o último degrau em frente à minha porta.

– De nada sempre às ordens. – sorriu. – Quando voltas de New York?

– No próximo ano, ou seja dia 1 de janeiro aqui estarei de novo. – sorri.

– Vai ser uma semana sem poder encomendar comida para a tua casa, bolas. – disse fazendo-me rir.

– Trengo, tu cozinhas bem . Vê se começas a cozinhar mais e encomendar menos. – brinquei.

– É, o que tu queres é comer à borla em minha casa. – disse entrando na brincadeira.

– Claro, fica tão mais barato. – ri juntamente com ele.

– Agora a sério, espero que te divirtas e voltes logo. – afirmou.

– Só para teres pizza acabadinha de chegar quando chegares a casa do hospital, tu és incrível. – acusei fazendo-o rir.

– Bolas pensava que tinha conseguido disfarçar. – disse sorrindo de lado.

– Nada me escapa. – brinquei.

– Estou a ver.. – falou e deparei-me com a fraca distância a que nos encontravamos assim como duas esferas azuis que me encaravam analisando cada reação minha.

Vá calma Rachel, já fizeram isto na outra noite. É só um beijo de boa noite. Tentei mentalizar-me para o que estava prestes a ocorrer e simplesmente encostei os meus lábios aos dele, mas enganei-me ao pensar que apenas seria um breve bater de lábios pois logo senti os meus se entreabrirem e receberem um beijo digno de cinema. Sentia o meu coração aos pulos como à muito não acontecia, desliguei completamente o meu lado racional e apertei ligeiramente as minhas mãos na sua nuca enquanto era puxada para perto dele.

Acabamos por nos separar um pouco ofegantes e com as nossas testas encostadas e um sorriso cúmplice na boca.

– Ahm acho melhor deixar-te entrar, amanhã tens malas para fazer e uma viagem pela frente. – disse com a voz um pouco rouca.

– Isso nem cinco minutos e fica pronto. – sorri.

– Isso é um convite? – disse erguendo a sobrancelha e eu apenas acenei puxando-o comigo para dentro do meu apartamento, onde logo senti os seus lábios nos meus enquanto nos dirigiamos para o quarto aos tropeções e dando risadas. Vejam só quem voltou, a Rachel espontânea e sem medo de arriscar! Sorri para mim mesma e satisfeita por ter superado o mau olhado que o Sam me colocara em cima e o medo de voltar a sair com alguém.

*

Damon dormia profundamente ao meu lado com o lençol apenas a cobrir-lhe da cintura para baixo e com umas finas madeixas a cairem-lhe sobre os olhos. Sorri e levantei-me da cama caminhando diretamente para o quarto de banho onde tomei um duche e vesti uma roupa confortável.

Fui até à cozinha e preparei o meu pequeno-almoço enquanto me entretinha com a música que passava na televisão, até sentir um braço rodear-me e um beijo no ombro que estava descoberto devido à camisola ser larga.

– Bom dia. – ouvi a sua voz rouca perto do meu ouvido. – Dormiste bem?

– Hey, sim muito bem. Café? – perguntei rodando sobre os seus braços e ficando de frente para Damon que se encontrava de calças e com a camisa no ombro.

– Sim, obrigada.

– De nada. – disse entregando-lhe uma chávena.

– Ah é verdade, a Elena ligou queria confirmar as horas da tua chegada a New York. – informou-me.

– Como assim?

– Estava a dormir e acordei com o som de um telemóvel e pensava que era o meu por isso atendi e afinal era o teu. – disse sorrindo.

– Ah ok, não tem problema. – sorri, mas por dentro comecei a imaginar o questionário que iria ter quando aterrasse. – Eu depois ligo-lhe.

Acabamos por comer o pequeno-almoço e conversamos mais um pouco até que Damon foi para o hospital e eu preparei as malas para a minha viagem a casa dentro de algumas horas. As saudades apertavam sempre que me lembrava da família, amigos e todos os meus lugares favoritos.

*

Caminhava no aeroporto de Heathrow à procura do balcão do check-in com uma mala e uma necessaire assim como a carteira.

– Boa tarde, reservei um bilhete de ida e volta para New York.

– Boa tarde, o seu nome por favor. – questionou a rapriga que me atendia.

– Rachel Hayes. – afirmei.

– Aqui está o bilhete, o portão de embarque é o 5 e o voo parte daqui a meia-hora. Obrigada pela preferência e boa viagem. – disse alegremente.

– Obrigada. – sorri e caminhei em direção à zona de embarque onde me sentei num banco enquanto esperava pela chamada.

– Rachel! – ouvi o meu nome ser chamado e virei-me para trás na direção da voz deparando-me com um Damon de capacete na mão e o seu blusão de couro habitual.

– Que fazes aqui? Pensei que estavas a fazer o turno da tarde. – perguntei surpresa pela sua presença.

– Digamos que vim fazer uma pausa e tomar um café. Não queria despedir-me daquele jeito.

– Não ia levar a mal, eu percebo que tu tens que trabalhar. – sorri.

– Eu sei que sim, mesmo assim Eu precisava de me despedir como deve ser... – disse sorrindo enquanto me acariciava a face antes mesmo de me beijar em pleno aeroporto. – Desculpa, mas não me sais do pensamento desde que foste jantar em minha casa e ontem viciei-me completamente e tu és a culpada.

– Damon, eu não sei o que dizer.

Os passageiros do voo com destino a New York, por favor dirijam-se ao portão 5.

Não precisas de dizer nada. Estarei à tua espera aqui no dia 1. Agora vai antes que percas o avião. – disse beijando-me uma última vez.

– Fico à espera dessa boleia. – sorri. – Bye. – e caminhei estranhamente feliz com o sucedido e entreguei o meu bilhete, entrando logo depois no avião onde me sentei no lugar marcado que iria ser a minha cama nas próximas nove horas de voo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam desta despedida? :P



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