Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 29
Simple, We'll Live Happily Ever After


Notas iniciais do capítulo

Capítulo final :'(
Espero que gostem, eu adorei escrever esta história *-*
Obrigada a todos os que comentaram e seguiram esta história significa muito para mim.
Espero que gostem!



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Quatro anos depois

Nem acredito que o tempo passou tão rápido, Noah teria hoje a sua grande festa de aniversário e mal podia esperar pela sua cara de felicidade em ver os seus avós maternos e os seus tios emprestados, Elena e Ryan, que viriam de New York passar este fim-de-semana connosco na casa dos pais de Damon, outros avós babados.

– Ma, Pa! – ouvi Noah chamar com a sua voz de criança e sotaque um pouco mais britânico do que americano. – Acodem, tá na hora. – dizia enquanto pulava na nossa cama fazendo Damon resmungar um pouquinho mas ao mesmo tempo sorrir com este pestinha.

– A mamã e o papá já vão. – respondi sentando-me na cama.

– Xim, temos dir vixitar os vóvós. – dizia ele todo animado sentando-se em cima de mim.

– Vamos então tomar um banho e arranjar as coisas. – sorri fazendo cócegas no meu filho que se riu da forma mais amorosa de sempre. – Volto já. – sussurrei para Damon que ainda tentava aproveitar a cama.

– Ok. – apenas disse com um pequeno sorriso.

Levantei-me da cama indo atrás de Noah que tal como o pai era super enérgico, não parava quieto um minuto mas ao fim do dia podiamos ter descanso pois ele estava exausto e dormia a noite inteira. Entrei no quarto de banho com o Noah ao colo e este logo pediu espuma no banho, abri a água e coloquei um pouco do seu gel de banho na mesma para fazer alguma espuma, quando estava no ponto coloquei Noah dentro da banheira e comecei a brincar com ele e com os seus barquinhos enquanto lhe tentava dar banho.

– Xou um pirata, arrgh. – dizia ele quando o cobri com o seu robe pós banho e ficou com o olho direito tapado.

– Vamos então vestir-nos capitão. – afirmei pegando nele ao colo, caminhando até ao seu quartinho, onde o pousei na cama. Escolhi uns jeans escuros, uma t-shirt branca e por cima vesti um polo de malha às riscas que lhe ficava mesmo bem, parecia uma miniatura do pai excepto os caracóis do cabelo que eram como os meus. Calcei-lhe umas vans e finalizei assim o aniversariante.

– Tou co fominha. – disse coçando o olho.

– Já vamos papar. – disse e ambos saimos do quarto em direcção à cozinha, onde lhe preparei leite com os seus cereais favoritos e fiz café para mim e para o Damon. Assim que este saiu do quarto já estava preparado e de banho tomado, aproveitei e pedi que tomasse conta de Noah para eu ir arranjar-me também. Assim que tomei banho, passei um creme hidratante no corpo e vesti a roupa interior escolhendo de seguida a roupa, uns jeans pretos justos, botins, uma blusa e um blazer. Logo depois voltei para a sala e vi Damon com Noah no sofá a tirarem fotos, uma paixão que ambos partilhavam. Sorri com a cena e deixei-os estar aproveitando para fazer as malas para a viagem.

– Love, já está tudo pronto? – perguntou-me Damon entrando no quarto a ajeitar o cabelo que já estava um pouco grande.

– Sim, ia chamar-te mesmo agora. – sorri rodeando-o com os braços no pescoço.

– Então vamos levar estas malas para o carro. – sorriu depositando um beijo suave nos meus lábios. – Perfeita. – afirmou formando um sorriso suave no rosto enquanto me observava com as suas esferas azuis fazendo-me sorrir também antes de nos afastarmos e levarmos as malas.

Após colocar o cinto no Noah que ia na cadeirinha atrás, sentei-me no lado do passageiro e coloquei eu o cinto, virando-me para o meu filho que me havia chamado para me entregar um dos seus peluches. Agradeci-lhe e fiz o peluche dar-lhe muitos beijinhos por mim, o que o fez rir à gargalhada com as cócegas, confesso sou uma mãe babada e nada podia mudar isso. Damon abriu a porta do seu lado e sentou-se perguntando a Noah se estava preparado para a aventura e assim logo deu ínicio à viagem que demoraria pouco mais do que duas horas. A viagem ia calma e o dia estava magnífico apesar de já nos encontrarmos em pleno Outubro, o sol radiava e apesar de ser fraco ainda aquecia um pouco, a brisa fresca que se fazia sentir é que denunciava o Outono. Olhava pela janela quando sinto a mão de Damon repousar sobre a minha perna, automaticamente olhei para ele esboçando um sorriso e acariciei os seus cabelos um pouco mais compridos mas que lhe davam um ar sexy na mesma.

– O Noah já está a dormir. – disse-me após olhar pelo retrovisor.

– Está a carregar energias para a festa. – sorri.

– Vai ser óptimo rever toda a gente. – afirmou olhando-me nos olhos por breves momentos.

– Não podia concordar mais. – disse aproveitando o resto da viagem para observar o arvoredo que nos rodeava e as vistas sobre as casas de campo tipicamente inglesas.

Alguns momentos depois, reconheci a estrada por onde entravamos e vi ao longe o meu sogro na sua cadeira no jardim a ler o jornal de negócios, mal nos viu levantou-se e abriu um sorriso imenso.

– Pensava que iam demorar mais um pouco. – disse-me ajudando com as malas. – Já vi que o meu neto favorito ainda dorme.

– É melhor levá-lo até ao quarto. – afirmei tentando não acordar Noah enquanto o tirava do carro e pegava nele ao colo.

Entrei na casa que já me era familiar e após cumprimentar Beth que nos tinha ouvido a conversar subi as escadas até ao quarto onde Noah ficava quando passava alguns fins-de-semana com os avós. Pousei-o lentamente na cama e este apenas apertou o seu peluche junto dele, tapei-o com um cobertor e deixei a porta encostada antes de ir ter com Damon à sala.

– Está a dormir que nem um anjo. – afirmei abraçando-o de lado.

– Quando os convidados chegarem para o almoço eu vou acordá-lo. – sorriu beijando-me o alto da cabeça.

– Rachel o que acha da decoração para o aniversariante? – perguntou-me Beth enquanto entrava na sala.

– Ainda não vi. – admiti.

– Então venha daí. – disse esticando-me a mão.

– Vai lá, vais adorar. – disse-me Damon.

Caminhei com Beth até a uma sala maior onde se faziam as festas, quer de Natal ou de Ano Novo e juntavamos a família toda, isto de ano a ano porque também o faziamos em New York. Quando passei a porta reparei nos vários balões pendurados pela parede e havia até um arco deles onde tinha uma faixa a dizer “Happy 4th Birthday Noah”, a mesa estava recheada de bolos, bolinhos, biscoitos entre muitas outras coisas, havia uma parede que tinha um amontoado de presentes e a porta que dava para o jardim de trás permitiu-me ver a casa da árvore de Noah também ela decorada.

– Está perfeito, agradeço-lhe imenso por todo este trabalho. – disse sincera.

– Ora essa, fiz com todo o prazer já sabe que adoro planear eventos e festas. – disse sorridente.

*

Já passava das quatro da tarde, os convidados já se encontravam todos presentes, Noah já corria com Jamie o seu fiel amigo pelos jardins em busca do tesouro perdido dos piratas, Elena e Ryan falavam alegremente com Danielle e Michael, os meus pais riam enquando conversavam com Robert, tudo se encontrava perfeito.

– Estás muito pensativa. – ouvi Damon dizer enquanto me abraçava por trás.

– Estava a ver como a nossa vida é perfeita. – sorri.

– Sabes quem também é perfeita? – questionou-me virando-me de frente para ele.

– Eu? – sorri.

– Não, puff. Aquela mousse de chocolate que não para de me provocar. – brincou.

– Tonto. – disse batendo-lhe sem força alguma no ombro enquanto me ria.

– Um tonto que te ama mais do que tudo. – afirmou beijando-me levemente. – Mas agora vou te trocar por uma deliciosa tigela daquela mousse. – disse rindo-se e piscando-me o olho enquanto caminhava até à mesa da comida.Fiquei apenas a sorrir e sentei-me no sofá enquanto bebia o meu sumo.

– Nunca vi o meu filho tão feliz como quando ele está contigo. – ouvi Beth dizer após se sentar a meu lado.

– Faço de tudo para o ver feliz. – admiti.

– Sabe, eu sei que não fui uma sogra muito carinhosa no início... Digamos que sou uma mãe galinha e odeio que o Damon sofra, você percebe isso, certo?

– Claro, eu também sou com o Noah apesar de não parecer neste momento tenho-o debaixo de olho. – disse fazendo-a gargalhar.

– Nem sei como lhe agradecer por ter entrado nas nossas vidas.

– Não precisa, eu é que devia agradecer por ter o filho que tem.

– Que é que a minha querida mãe e mulher tanto falam? – perguntou Damon pregando-nos um pequeno susto quando se apoiou atrás de nós no sofá.

– Conversa de mulheres. – respondeu Beth rindo.

– Ma poxo abir os pexentes? – questionou Noah com os olhinhos a brilhar.

– Claro que podes. – afirmei acariciando a sua face. Ele logo correu para a grande torre de presentes e fez a questão de chamar todos à atenção para o que se ia passar fazendo os convidados rirem-se e prestarem atenção. Noah rasgou o papel de embrulho de uma caixinha e ficou maravilhado com os legos que se encontravam lá dentro, uma das suas perdições, depois abriu outra e outra apresentando sempre um sorriso enorme quando via o que era. Até que Damon lhe entregou uma caixa muito especial e o ajudou a abrir o embrulho sem estragar, quando Noah viu que era uma máquina fotográfica instantânea desatou a agradecer e a pedir ao pai que o ensinasse como se tirava fotografias. Ficaram entretidos a tirar fotos a todos os convidados, as quais lhes entregavam como uma lembrança eu apenas sorria por ter tudo aquilo pelo qual desejei nos piores momentos da minha vida.

*

A noite já se instalara à algums horas atrás, após Noah bufar as velas do seu bolo a grande maioria dos convidados começaram a ir-se embora, apenas ficou a família e os meus melhores amigos. Encontrava-me sentada no alpendre do jardim das traseiras com uma manta à minha volta, pois a noite estava fria demais, e bebia uma chávena de chá que havia preparado.

– Hey. – ouvi Elena sussurrar aparecendo por detrás da porta.– Que fazes aqui sozinha?

– Nada, estava só a apreciar o silêncio da noite. – sorri. – O Ryan?

– Ele está com o Damon e com o Michael a ver um jogo qualquer na televisão. – informou. – A Danielle está com os meninos a desenhar.

– Senta-te. – disse abrindo um lugar a meu lado debaixo da manta.

– Obrigada, Rachel tenho que te contar uma coisa. – dizia apreensiva.

– Força. – sorri.

– Hum, o Ryan e eu estamos à espera de bebé... mais concretamente uma menina.

– Vou ser tia?! – perguntei entusiasmada.

– Sim. – disse antes de eu abraça-la e felicita-la.

– Desculpa não ter dito nada antes, mas tu sabes como sou supersticiosa e decidi esperar pelos três meses para te dizer com certezas que estava tudo bem.

– Ora não tens de pedir desculpa, eu percebo totalmente. Estou muito feliz por ti amiga. – disse encostando a cabeça no seu ombro.

– Obrigada. – agradeceu sorrindo antes de sermos interrompidas por Danielle.

– Incomodo? – perguntou.

– Claro que não. – ambas dissemos.

– Prefiro este grupo, até os mais pequeninos ficaram agarrados ao jogo. Sentia-me excluída lá dentro. – desabafou num tom engraçado.

– Homens. – disse revirando os olhos. – A Elena vai juntar-se ao grupo das mamãs. – informei.

– Oh meu deus, parabéns querida! – exclamou Dani, que já era mamã há dois anos mas por via adoptiva, uma vez que adoptara Jamie tomando assim a posição de mãe oficialmente, visto que sentimentalmente já era à muito mais tempo.

– Obrigada, agora vocês as duas podem começar a comprar roupinhas e pensar em nomes, e já sabem que se vos ligar a chorar ou a rir imenso são as hormonas e não da bebida. – disse Elena fazendo-nos rir à gargalhada, o que pelos vistos chamou à atenção dos rapazes que logo vieram participar da conversa, isto tudo porque o jogo havia acabado.

As horas iam passando e o sono começava a apertar, Danielle e Michael aproveitaram o facto de irem deitar Jamie, para eles próprios irem descansar, assim como Elena e Ryan que se encontravam exaustos da viagem de avião.

– Eu vou deitar o Noah. – informei Damon que se encontrava na cozinha a lavar um copo que havia sujado.

– Ok, já lá vou ter. – disse sorridente.

Peguei em Noah ao colo enquanto este dizia a todo o custo que ainda não tinha sono, mas as pestanas cada vez ficavam mais pesadas e a meio da viagem até ao quarto já este dormia. Despi-lhe a roupa gentilmente e vesti o seu pijama mais quentinho, deitando-o na cama de seguida com os cobertores por cima.

– Dorme bem meu pequeno. – disse beijando-lhe o rosto.

– Já está a dormir? – ouvi Damon sussurrar enquanto entrava no quarto.

– Hoje foi um dia em cheio. – respondi levantando-me para fechar as cortinas.

– Até amanhã filhote. – dizia Damon carinhosamente enquanto afagava os caracóis de Noah. – Vamos dormir? -

– Sim, bem preciso. – afirmei dando a mão a Damon que me acompanhou até ao quarto.

Abri a mala de viagem e retirei o meu pijama umas calças em flanela com um xadrez vermelho e uma camisola fina mas de manga comprida preta, despi-me normalmente e vesti a roupa para dormir, enquanto Damon lavava os dentes no quarto de banho privado.

– Reconheço essa camisola de algum lugar. – insinuou quando entrei na pequena divisão.

– Não sei do que falas. – disse inocentemente enquanto colocava a pasta na escova.

– Sei. – disse fazendo-me um olhar através do espelho que me fez rir.

– Já sabes que as tuas camisolas são mais confortáveis. – argumentei após concluir a lavagem dos dentes.

– Hum hum, e agora com qual é que vou dormir? – questionou após vestir as calças.

– Por mim podes ficar mesmo assim. – disse como se nada se passasse.

– Eu sei o que tu queres, sua atrevida. – acusou num tom brincalhão mas ao mesmo tempo sensual e sentou-se a meu lado.

– E o que é que eu quero? – provoquei.

– Não posso revelar. – disse provocador enquanto me observava atentamente e mexia numa mecha do meu cabelo.

– Misterioso, mas eu amo isso em ti. – afirmei sorrindo.

– Também te amo senhorita Hall. – sussurrou antes de encostar os seus lábios aos meus num beijo arrebatador. Sorri e deixei-me envolver nos seus braços que logo me aconchegaram no seu peito desnudo, onde repousei a cabeça enquanto nos cobria com o lençol e cobertores. Damon apagou as luzes deixando apenas o luar iluminar o quarto, algo que eu adorava principalmente numa noite de lua cheia como a de hoje. Apenas ouvia a sua respiração e o bater do coração que me acalmava e fazia sentir segura, um sentimento que à alguns anos atrás duvidava voltar a sentir. Agora casada com um filho que amo mais que tudo no mundo e uma família que estava sempre presente mesmo que à distância, sentia que a felicidade que sentia nessa altura a nada se comparava ao que podia viver e experenciar neste momento. Damon com o seu toque charmoso, os seus olhos pelos quais me perdia a cada olhar e seu sorriso que me derretia toda a hora que o via conseguiu fazer-me acreditar que o romance existe, assim como o amor verdadeiro. Tudo por aquilo que vivi durante anos a nada se comparava pelo que eu vivia agora. Noah que teve um início sofrido logo me conquistou à primeira batida do seu coração que presenciei na sala da Dr. Jenkins, o anjo que conseguiu salvar o meu filho. Hoje, nesta noite fria de Outubro sei que sou uma mulher, mas não uma mulher com m minúsculo mas sim maiúsculo, porque todas as vivências que tive assim me tornaram, não sou mais uma rapariga de New York, a quem Damon chamava “The New Yorker girl”, mas sim uma Mulher lutadora, apaixonada e corajosa.

– Em que pensas tanto? – perguntou-me Damon acordando-me dos meus pensamentos.

– No passado e no futuro. – admiti. – Como achas que vai ser daqui em diante? – questionei olhando-o encostada à cabeceira da cama.

– Simples, viveremos felizes para sempre. – afirmou gesticulando com as suas sobrancelhas antes de formar um sorriso no rosto que automaticamente abriu um sorriso de orelha a orelha em mim também.

Quando era criança não acreditava que os finais felizes podiam ocorrer na vida real, mas hoje posso garantir que mesmo não sendo um final serei feliz cada dia, cada momento, cada hora, cada minuto em que estiver rodeada daqueles e daquelas que me amam.

The End


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