Lovesick escrita por Mary Anne Snow


Capítulo 14
Friends, Lovers and Work


Notas iniciais do capítulo

Olá Olá!
Obrigada a quem comentou!
Mais um capítulo! Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481746/chapter/14

Passaram-se dois meses, a primavera finalmente chegou junto com ela trouxe o tempo ameno e a chuva começava a ser mais rara. Damon e eu estávamos cada vez mais unidos, o pessoal do hospital já sabia da nossa relação, Danielle e eu construímos um amizade quase igual à de Elena e cada vez saiamos mais juntas, principalmente quando tinha folga de noite juntamente com ela e Damon não.

Encontrava-me no meu gabinete no portátil enquanto não tinha nenhum paciente ou alguma urgência, quando recebo uma chamada via Skype de Elena.

– Hey El! – exclamei acenando-lhe.

– Rachel preciso urgentemente de ti. – disse e só aí reparei que se encontrava com os olhos vermelhos e um ar de quem esteve a chorar durante horas.

– O que se passou?

– O Ryan, tenho quase a certeza que me anda a trair! – exclamou derramando-se em lágrimas.

– O quê? Isso é impossível, ele só tem olhos para ti.

– Ele... está sempre a fazer as noites e quando não faz... bem... não há romance nenhum... está sempre cansado... – disse entre soluços.

– Elena isso não significa que te trai! Pode apenas estar ocupado demais com o trabalho. Tem calma.

– Rach, eu confrontei-o e ele negou, mas foi tão feia a discussão. Ele saiu de casa e disse que ia ficar uns tempos fora... em casa do Peter...

– Calma querida.

– Rach eu não aguento estar aqui sozinha..

– El sabes o que deves fazer? Vir aqui a Londres! Espairecias, colocavas tudo no lugar e voltavas depois na segunda-feira para aí.

– Quatro dias em Londres contigo? Acho que tens razão! Preciso de sair daqui.

– Óptimo, vais ficar boa num instante!

Falei mais uns minutos com Elena que começava a ficar entusiasmada com a ideia de me vir visitar e esquecer por uns momentos Ryan. Depois encaminhei-me até à cantina onde iria jantar, Damon esperava por mim numa mesa ainda que estivesse de folga hoje.

– Não precisavas de ter vindo aqui. – sorri.

– Vim aqui entregar uns papéis ao Edwards e decidi ficar para o jantar assim também aproveito e dou-te boleia até casa. – afirmou sorrindo.

– Adorei a ideia. – sorri e ambos começamos a comer. – Ahm é verdade a minha amiga Elena vem cá, pelos vistos teve uma crise com o meu melhor amigo e precisa de espairecer as ideias.

– Óptimo! – exclamou contendo-se depois de ver o meu ar de confusão. – Quer dizer não o facto de ela se ter chateado com o teu amigo, mas pelo menos assim tenho um motivo para vires dormir a minha casa. – explicou sorrindo de lado.

– Tu és do piorio. – brinquei.

– Mas tu gostas, love. – provocou.

Assim que terminei a minha refeição deixei Damon com o Dr. Edwards e encaminhei-me à minha “inspecção” pelos doentes enquanto fazia tempo para que o turno acabasse. Havia um pouco de tudo desde meningites, pernas partidas ou até mesmo recuperações pós cirúrgicas, assim que acabei a ronda fui até ao meu gabinete onde retirei a bata e vesti um blusão, sendo interrompida por Damon que abriu a porta perguntando se estava pronta.

– Sim estou. – ambos caminhamos lado a lado com as nossas mãos dadas até ao parque de estacionamento onde apenas vi a sua mota e não o carro. – Damon, ahm o carro?

– Vá lá, não te zangues mas achei que estava uma noite tão boa podiamos ir dar um voltinha até à praia.

– Eu não me zango, apenas tenho pavor a motas. – sussurrei.

– Confia em mim, ok? – disse olhando-me nos olhos e eu assenti. – Além disso podes sempre agarrar-te a mim cada vez que tiveres medo. – disse piscando o olho de forma malandra.

– Com esse bónus de que estamos à espera? – brinquei colocando o capacete assim como Damon, que logo montou a mota chamando-me para fazer o mesmo, com receio lá o fiz e enlacei a sua cintura com os meus braços, segundos depois o meu namorado dá início à marcha da mota acelerando, o que me fez apertar os meus braços e encostar a cabeça o mais próximo dele.

Desta vez Damon conduzia com mais velocidade e em questão de minutos estávamos em frente ao passadiço do nosso primeiro encontro, estacionou a mota e ambos saímos da mesma.

– Então foi assim tão mau? – perguntou ajeitando o cabelo com um sorriso na cara.

– A princípio sim, mas depois até gostei. – admiti.

– Vês eu disse-te que conduzia excelentemente. – gabou-se.

– Trengo. – disse batendo-lhe suavemente no braço antes de iniciar uma corrida até à areia, onde me descalcei.

– Apanhei-te. – ouvi-o dizer-me ao ouvido enquanto me agarrava pela cintura.

– Eu deixei que me apanhasses. – provoquei mordendo levemente o seu lábio antes de o beijar. – Obrigada.

– Porquê? – questionou.

– Pela companhia ao jantar, por me trazeres aqui depois de um dia stressante e por seres quem és. – sorri.

– Não tens de quê. – disse sorrindo antes de me voltar a beijar de forma ternurenta.

*

Faltavam cinco minutos para as nove da manhã, encontrava-me no aeroporto onde esperava por Elena antes de iniciar o meu turno, Damon emprestara-me o seu carro e devo dizer que fiquei-lhe imensamente grata, pois conhecendo bem Elena como eu conhecia sabia que ela traria um monte de malas.

– Rach! Ahh. Que saudades! – exclamou assim que me avistou.

– Ainda bem que vieste. – disse abraçando-a.

– Obrigada por me receberes e convidares. – agradeceu, caminhamos em direcção ao carro onde guardei as suas malas, que tal como previra era imensas, e depois seguimos caminho até minha casa.

– Uau, é mesmo lindo este apartamento! – elogiou assim que entramos em minha casa.

– Obrigada, também o adorei à primeira vez que aqui entrei. – sorri.

– Ora também com um vizinho como o Damon era impossível resistir. – brincou. – Quando é que o vou conhecer estou farta de o ver apenas por fotos?

– Logo à noite provavelmente, ahm eu daqui a pouco tenho que ir trabalhar...

– Não te preocupes, estou a morrer de sono. Eu fico por aqui a descansar.

– Ok, o gelado de chocolate está no frigorífico e o vinho na garrafeira. – avisei indicando os lugares dos “antidepressivos” de Elena.

– És a melhor. – sorriu.

– Até logo, qualquer coisa não hesites em ligar-me.

– Fica descansada. – afirmou.

Sai de casa e dirigi-me até ao hospital onde me aguardavam alguns pacientes para mais um dia de trabalho.

*

Faltavam apenas dez minutos para as nove da noite quando cheguei a casa, procurava a chave na carteira quando ouvi a voz de Damon e uma risada de Elena dentro do meu apartamento, abri a porta e vi-os aos dois sentados no sofá com a televisão acesa a ver um jogo de futebol inglês, assim que me viram sorriram e eu fiz a mesma coisa.

– Parece que já conheces a minha melhor amiga. – afirmei.

– Yep, fizemos o jantar só estávamos à tua espera para comer. – disse caminhando até mim e dando-me um leve beijo.

– Ei, estou aqui e deprimida, vá controlem-se. – brincou a minha amiga enquanto ia até à mesa de jantar.

– Hum lasanha, vais adorar El.

– Acredita eu estava ali a controlar-me para não a devorar enquanto ele a fazia. – disse fazendo-nos rir.

Cada uma retirou um bocado do manjar de Damon para o prato enquanto o meu namorado servia-nos de vinho, começamos a comer com uma conversa ligeira e muitas gargalhadas pelo meio.

Assim que acabei de concluir a refeição com um maravilhoso gelado de chocolate fiz questão de lavar a loiça ainda que Damon se tenha oferecido, Elena acompanhou-me enquanto carregava os pratos até ao balcão.

– Ele é perfeito Rach. Ele é o tal? – perguntou.

– Sim é perfeito. Ainda é cedo para saber isso, mas posso afirmar que nem o Sam me fez sentir assim. – sorri.

– Fico tão contente por ti amiga. – disse abraçando-me.

– E eu vou ficar contente por ti quando fizeres as pazes com o Ryan. – disse, deixando de lado o facto de ele me ter ligado e dito o motivo pelo qual andava estranho e distante.

– Dá-me mais dois dias e quando voltar eu prometo que faço isso. – pediu.

– Goloooooo!!! – gritou Damon na sala fazendo-nos lembrar que ele se encontrava a alguns metros de nós.

Após concluir a minha tarefa sentei-me ao lado de Damon e de Elena e assisti ao jogo que estava a terminar, era algo que nunca me imaginara fazer mas sinceramente começava a adorar fazê-lo.

– É verdade Elena disse que não se importa nada com o facto de dormires comigo em minha casa... – sussurrou no meu ouvido.

– Contaste-lhe? – questionei baixinho.

– Sabia que não ias perguntar, assim adiantei o trabalho. – disse sorrindo de lado.

– Shhh, quero ver o final do jogo! – exclamou Elena.

– Desculpa. – ambos dissemos.

Era meia-noite quando todos nos despedimos, Elena ficou com o meu quarto de enquanto eu pegava no meu pijama disse-me para aproveitar bem a noite, típico da minha amiga. Despedi-me dela e Damon fez o mesmo saindo comigo para a sua casa, onde me encheu de beijos mal entramos.

– Autch. – disse sorrindo após ir contra a estante da sala enquanto percorria o caminho até ai quarto de Damon de costas com ele a beijar-me o pescoço.

– Desculpa. – pediu sorrindo de lado depois de me guiar até à sua cama, onde me deitou suavemente depositando leves beijos no meu pescoço até aos meus lábios.

Acabamos por nos entregar a uma noite cheia de amor e desejo à mistura, ambos demonstrávamos aquilo que sentíamos a cada toque, a cada beijo, a cada olhar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lovesick" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.