Lovesick escrita por Mary Anne Snow
Notas iniciais do capítulo
Olá Olá!
Obrigada a quem comentou!
Mais um capítulo! Espero que gostem!
Passaram-se dois meses, a primavera finalmente chegou junto com ela trouxe o tempo ameno e a chuva começava a ser mais rara. Damon e eu estávamos cada vez mais unidos, o pessoal do hospital já sabia da nossa relação, Danielle e eu construímos um amizade quase igual à de Elena e cada vez saiamos mais juntas, principalmente quando tinha folga de noite juntamente com ela e Damon não.
Encontrava-me no meu gabinete no portátil enquanto não tinha nenhum paciente ou alguma urgência, quando recebo uma chamada via Skype de Elena.
– Hey El! – exclamei acenando-lhe.
– Rachel preciso urgentemente de ti. – disse e só aí reparei que se encontrava com os olhos vermelhos e um ar de quem esteve a chorar durante horas.
– O que se passou?
– O Ryan, tenho quase a certeza que me anda a trair! – exclamou derramando-se em lágrimas.
– O quê? Isso é impossível, ele só tem olhos para ti.
– Ele... está sempre a fazer as noites e quando não faz... bem... não há romance nenhum... está sempre cansado... – disse entre soluços.
– Elena isso não significa que te trai! Pode apenas estar ocupado demais com o trabalho. Tem calma.
– Rach, eu confrontei-o e ele negou, mas foi tão feia a discussão. Ele saiu de casa e disse que ia ficar uns tempos fora... em casa do Peter...
– Calma querida.
– Rach eu não aguento estar aqui sozinha..
– El sabes o que deves fazer? Vir aqui a Londres! Espairecias, colocavas tudo no lugar e voltavas depois na segunda-feira para aí.
– Quatro dias em Londres contigo? Acho que tens razão! Preciso de sair daqui.
– Óptimo, vais ficar boa num instante!
Falei mais uns minutos com Elena que começava a ficar entusiasmada com a ideia de me vir visitar e esquecer por uns momentos Ryan. Depois encaminhei-me até à cantina onde iria jantar, Damon esperava por mim numa mesa ainda que estivesse de folga hoje.
– Não precisavas de ter vindo aqui. – sorri.
– Vim aqui entregar uns papéis ao Edwards e decidi ficar para o jantar assim também aproveito e dou-te boleia até casa. – afirmou sorrindo.
– Adorei a ideia. – sorri e ambos começamos a comer. – Ahm é verdade a minha amiga Elena vem cá, pelos vistos teve uma crise com o meu melhor amigo e precisa de espairecer as ideias.
– Óptimo! – exclamou contendo-se depois de ver o meu ar de confusão. – Quer dizer não o facto de ela se ter chateado com o teu amigo, mas pelo menos assim tenho um motivo para vires dormir a minha casa. – explicou sorrindo de lado.
– Tu és do piorio. – brinquei.
– Mas tu gostas, love. – provocou.
Assim que terminei a minha refeição deixei Damon com o Dr. Edwards e encaminhei-me à minha “inspecção” pelos doentes enquanto fazia tempo para que o turno acabasse. Havia um pouco de tudo desde meningites, pernas partidas ou até mesmo recuperações pós cirúrgicas, assim que acabei a ronda fui até ao meu gabinete onde retirei a bata e vesti um blusão, sendo interrompida por Damon que abriu a porta perguntando se estava pronta.
– Sim estou. – ambos caminhamos lado a lado com as nossas mãos dadas até ao parque de estacionamento onde apenas vi a sua mota e não o carro. – Damon, ahm o carro?
– Vá lá, não te zangues mas achei que estava uma noite tão boa podiamos ir dar um voltinha até à praia.
– Eu não me zango, apenas tenho pavor a motas. – sussurrei.
– Confia em mim, ok? – disse olhando-me nos olhos e eu assenti. – Além disso podes sempre agarrar-te a mim cada vez que tiveres medo. – disse piscando o olho de forma malandra.
– Com esse bónus de que estamos à espera? – brinquei colocando o capacete assim como Damon, que logo montou a mota chamando-me para fazer o mesmo, com receio lá o fiz e enlacei a sua cintura com os meus braços, segundos depois o meu namorado dá início à marcha da mota acelerando, o que me fez apertar os meus braços e encostar a cabeça o mais próximo dele.
Desta vez Damon conduzia com mais velocidade e em questão de minutos estávamos em frente ao passadiço do nosso primeiro encontro, estacionou a mota e ambos saímos da mesma.
– Então foi assim tão mau? – perguntou ajeitando o cabelo com um sorriso na cara.
– A princípio sim, mas depois até gostei. – admiti.
– Vês eu disse-te que conduzia excelentemente. – gabou-se.
– Trengo. – disse batendo-lhe suavemente no braço antes de iniciar uma corrida até à areia, onde me descalcei.
– Apanhei-te. – ouvi-o dizer-me ao ouvido enquanto me agarrava pela cintura.
– Eu deixei que me apanhasses. – provoquei mordendo levemente o seu lábio antes de o beijar. – Obrigada.
– Porquê? – questionou.
– Pela companhia ao jantar, por me trazeres aqui depois de um dia stressante e por seres quem és. – sorri.
– Não tens de quê. – disse sorrindo antes de me voltar a beijar de forma ternurenta.
*
Faltavam cinco minutos para as nove da manhã, encontrava-me no aeroporto onde esperava por Elena antes de iniciar o meu turno, Damon emprestara-me o seu carro e devo dizer que fiquei-lhe imensamente grata, pois conhecendo bem Elena como eu conhecia sabia que ela traria um monte de malas.
– Rach! Ahh. Que saudades! – exclamou assim que me avistou.
– Ainda bem que vieste. – disse abraçando-a.
– Obrigada por me receberes e convidares. – agradeceu, caminhamos em direcção ao carro onde guardei as suas malas, que tal como previra era imensas, e depois seguimos caminho até minha casa.
– Uau, é mesmo lindo este apartamento! – elogiou assim que entramos em minha casa.
– Obrigada, também o adorei à primeira vez que aqui entrei. – sorri.
– Ora também com um vizinho como o Damon era impossível resistir. – brincou. – Quando é que o vou conhecer estou farta de o ver apenas por fotos?
– Logo à noite provavelmente, ahm eu daqui a pouco tenho que ir trabalhar...
– Não te preocupes, estou a morrer de sono. Eu fico por aqui a descansar.
– Ok, o gelado de chocolate está no frigorífico e o vinho na garrafeira. – avisei indicando os lugares dos “antidepressivos” de Elena.
– És a melhor. – sorriu.
– Até logo, qualquer coisa não hesites em ligar-me.
– Fica descansada. – afirmou.
Sai de casa e dirigi-me até ao hospital onde me aguardavam alguns pacientes para mais um dia de trabalho.
*
Faltavam apenas dez minutos para as nove da noite quando cheguei a casa, procurava a chave na carteira quando ouvi a voz de Damon e uma risada de Elena dentro do meu apartamento, abri a porta e vi-os aos dois sentados no sofá com a televisão acesa a ver um jogo de futebol inglês, assim que me viram sorriram e eu fiz a mesma coisa.
– Parece que já conheces a minha melhor amiga. – afirmei.
– Yep, fizemos o jantar só estávamos à tua espera para comer. – disse caminhando até mim e dando-me um leve beijo.
– Ei, estou aqui e deprimida, vá controlem-se. – brincou a minha amiga enquanto ia até à mesa de jantar.
– Hum lasanha, vais adorar El.
– Acredita eu estava ali a controlar-me para não a devorar enquanto ele a fazia. – disse fazendo-nos rir.
Cada uma retirou um bocado do manjar de Damon para o prato enquanto o meu namorado servia-nos de vinho, começamos a comer com uma conversa ligeira e muitas gargalhadas pelo meio.
Assim que acabei de concluir a refeição com um maravilhoso gelado de chocolate fiz questão de lavar a loiça ainda que Damon se tenha oferecido, Elena acompanhou-me enquanto carregava os pratos até ao balcão.
– Ele é perfeito Rach. Ele é o tal? – perguntou.
– Sim é perfeito. Ainda é cedo para saber isso, mas posso afirmar que nem o Sam me fez sentir assim. – sorri.
– Fico tão contente por ti amiga. – disse abraçando-me.
– E eu vou ficar contente por ti quando fizeres as pazes com o Ryan. – disse, deixando de lado o facto de ele me ter ligado e dito o motivo pelo qual andava estranho e distante.
– Dá-me mais dois dias e quando voltar eu prometo que faço isso. – pediu.
– Goloooooo!!! – gritou Damon na sala fazendo-nos lembrar que ele se encontrava a alguns metros de nós.
Após concluir a minha tarefa sentei-me ao lado de Damon e de Elena e assisti ao jogo que estava a terminar, era algo que nunca me imaginara fazer mas sinceramente começava a adorar fazê-lo.
– É verdade Elena disse que não se importa nada com o facto de dormires comigo em minha casa... – sussurrou no meu ouvido.
– Contaste-lhe? – questionei baixinho.
– Sabia que não ias perguntar, assim adiantei o trabalho. – disse sorrindo de lado.
– Shhh, quero ver o final do jogo! – exclamou Elena.
– Desculpa. – ambos dissemos.
Era meia-noite quando todos nos despedimos, Elena ficou com o meu quarto de enquanto eu pegava no meu pijama disse-me para aproveitar bem a noite, típico da minha amiga. Despedi-me dela e Damon fez o mesmo saindo comigo para a sua casa, onde me encheu de beijos mal entramos.
– Autch. – disse sorrindo após ir contra a estante da sala enquanto percorria o caminho até ai quarto de Damon de costas com ele a beijar-me o pescoço.
– Desculpa. – pediu sorrindo de lado depois de me guiar até à sua cama, onde me deitou suavemente depositando leves beijos no meu pescoço até aos meus lábios.
Acabamos por nos entregar a uma noite cheia de amor e desejo à mistura, ambos demonstrávamos aquilo que sentíamos a cada toque, a cada beijo, a cada olhar.
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