Why I have to say Goodbye? escrita por Kethy


Capítulo 1
Adeus...


Notas iniciais do capítulo

Bem essa Fic nem deveria estar sendo postada. Eu não sei ainda se vou continuar ou se isso será apenas uma One. Bem ela é inteiramente do livro "Como quebrar a maldição de um dragão" Da serie "Como treinar seu dragão" Ela foi escrita para meu querido King, mas será postada como presente para Mary.
Bem Enjoy



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Corria colina abaixo tropeçando na neve fofa, que forrava o chão como se fosse o próprio, a mesma afundava sob meus pés. Mesmo naquela noite escura eu já podia ver a cabana, Toothless(Banguela) ressonava baixinho dentro de meu casaco. Mesmo com roupas grossas o frio era cortante, zumbia em meus ouvidos o vento vindo da floresta. Cheguei perto da pequena cabana, parando de correr, apoiei as mãos nos joelhos arfando.

Minha respiração descompassada era abafada pelo vento, as mechas ruivas caiam sobre meus olhos, por vezes eu as soprava. Senti algo em meu ombro e olhei, era a mão enluvada de meu amigo FishLegs(Perna-de-peixe). Ele estava tão agasalhado que parecia ter o dobro do tamanho – sendo que esse é um garotinho raquítico e baixo. – com cabelos sempre emaranhados e óculos para seu estrabismo.

Éramos amigos acho que desde sempre, na maior parte do tempo estávamos juntos, mesmo com a desaprovação do meu pai. Stoico, o imenso, líder dos Hooligans Cabeludos, alegava que ele era estranho. Também dissera que eu deveria ser amigo de Snotlout Jorgenson (Melequento). O único problema nisso era que eu e meu primo, bem nos não nos suportávamos, mas eu não diria isso. E perder o brilho de expectativa de meu pai? Péssima idéia.

-Podemos ser pegos! – rosnou FishLegs em um sussurro.

-Não vamos ser pegos. – disse eu me endireitando. – Eles dormem feito pedra na aldeia, e também os dragões estão hibernando.

-Mais ainda assim. – sibilou ele.

-Se nos pegarem diremos que fomos pescar. – eu disse voltando a andar.

-Eu e você? Pescando? No meio da noite? – indagou ele.

A idéia parecia realmente irreal.

-Pare de reclamar, vai ser divertido. – segurei sua mão enluvada e seu rosto adquiriu um tom rosado.

Conclui que o vento queimava seu rosto, não deveríamos continuar ali.

-Vamos entrar.

O puxei até a porta de madeira escura e enorme, que brilhava a luz da lua. Sorri para o maior que tentou fazer o mesmo, mas acabou como um sorriso preocupado. Empurrei a porta que rangeu e crepitou com minha ação, as dobradiças deviam ter congelado. Entramos sorrateiramente para não acordar os Dragões-de-trenó-dentes-de-sabre. A luz do fogo tremeluzia na ultima área vazia.

Fomos até lá bem devagar passando pelas grandes criaturas brancas, FishLegs apertou minha mão de leve. Ele geralmente ficava nervoso ali, chegamos e lá estava ele. O moreno de olhos castanhos claros, sorriso brincalhão que eu amava, e que fazia FishLegs revirar os olhos. Sorri e ele indicou o chão a sua frente, tive que puxar ele para que se sentasse, quem era o moreno na nossa frente?

Jack Frost.

Vínhamos aqui toda sexta feira desde que conhecemos Jack, ele nos convidara, morava em uma aldeia pequena um pouco longe de Berk.

~~FlashBackOn~~

Estávamos na aula de “Como amedrontar forasteiros”, bem o pai de Jack foi meu forasteiro na suposta *Aula prática* de Gobber(Bocão). Claro que eu não me sai nada bem, na verdade o pai dele caiu na gargalhada, dizendo que era um insulto eu “amedrontá-lo”. Voltando a pé para nossa aldeia, como castigo por eu e FishLegs termos sido um completo desastre. Não nevava ou ventava, mas sim estava incrivelmente frio.

Ouvi uma risada mais a frente e pensei por um momento que poderia ser Snotlout, mas de repente ele, Jack, apareceu na nossa frente. O moreno nos encarou por alguns segundos, pude sentir meu amigo me puxando para trás, pensei em pegar minha espada, mas ele estava desarmado.

“Vocês com certeza são os menores vikings do mundo.” Disse ele rindo após.

“Você também não é lá grande coisa.” Rebati e ele riu.

Puxei FishLegs pela mão voltando a andar, queria ir para casa.

“Ficou irritado?” Indagou ele.

“Vá embora!” Rosnei.

“Mas acontece que eu não quero.” Disse rindo e pelo que parecia nos seguindo. “Saibam que eu também não sou um bom viking.”

Me virei para encara-lo, ainda estava irritado, já não bastava ter me dado mal na aula.

“Mentira!” Eu disse.

“Esquece Hic, vamos logo.” Chamou FishLegs me puxando.

“Eu estou dizendo a verdade! Aqui.” Ele puxou um papel do bolso e me entregou. Boletim? Sim era isso. Suas notas eram melhores que as minha, mesmo assim eram péssimas. Devolvi. “Acredita em mim agora?” indagou ele guardando o papel.

“Sou Hiccup.” Estendi a mão e ele apertou.

“Sou Jack, mas Hiccup não é o herdeiro dos Hooligans?” Indagou ele, me encolhi.

“Sim sou eu.” Eu disse e indiquei meu amigo. “Este é FishLegs.” Se cumprimentaram.

“Eu também sou herdeiro.” Disse ele e olhou para trás por cima do ombro. “ Mas eu não queria ser."

~~FlashBackOff~~

Desde então nos tornamos amigos, mas só nos víamos todas as sextas, mesmo assim eu amava ver Jack. FishLegs tinha um pouco de aversão a ele. Nós vínhamos aqui para contar historias, ou só deitar e ouvi o crepitar do fogo, o ressonar dos dragões. Jack sempre ficava agitado, quando era minha vez de contar algo, eu até gostava. Sua preferida segundo ele, era a de como eu escapei do forte romano.

Sempre dizia que gostaria de conhecer Camicazi, naquele final de semana seria o Dia de Freya – dia em que se comemora o fim do inverno – As ladras do pântano foram convidadas, assim como as pessoas da vila de Jack. Se ele ficou com uma euforia épica com essa noticia? Com certeza. Naquela noite ele nos contou sobre sua caçado por um alce, e também que iria patinar com a irmã.

No fim da historia FishLegs já estava dormindo, sobre a palha, Jack riu.

-Eu tenho uma surpresa para você Hic. – disse ele.

Ele assoviou e um dragão azul como se fosse feito de gelo, desceu das vigas do teto e pousou em seu ombro. Ele era bem grande comparado a Toothless, e era lindo como uma escultura de gelo, eu nunca havia ouvido falar sobre aquele dragão.

-Este é Furacão de Gelo. – disse Jack alisando o animal.

-Eu preferia apenas Furacão. – sibilou o dragão.

-Mas Furacão de Gelo é bem legal. – disse eu em dragonês.

-O que? – indagou Jack.

-Ah, um sem asa que fala nossa língua. – disse o dragão. – Isso é bem incomum.

-Você estava falando com ele? – assenti me encolhendo. – Você fala a língua deles, isso é incrível!

Senti minhas bochechas esquentarem.

-Você precisa me ensinar! – exasperou ele. Assenti.

-Acho melhor ir para casa. – eu disse abraçando minhas pernas.

O dragão, Furacão de Gelo voou e desapareceu na sombra do teto. Jack sorriu para mim e se sentou ao meu lado, ele elevou as mãos e retirou meu elmo. Eu até pensei seriamente em protestar, mas ele passou a brincar com mechas de meu cabelo. Meu rosto ferveu e eu rezava para Thor que ele não percebesse.

-Adoro seu cabelo. – disse ele me encarando com um sorriso doce. –Também adoro quando você fica rosa.

Eu devia estar pior que as asas de Toothless, ele soltou meus cabelos e se aproximou. Engoli em seco, e então ele me beijou, nos lábios. Se afastou e suas bochechas estavam vermelhas também. Eu me encontrava hiperventilando, talvez eu acordasse e descobrisse que era tudo um sonho.

-D-desculpe. – ele gaguejou desviando o olhar.

Respirei fundo ainda confuso, segurei seu queixo o fazendo olhar para mim.

-Podemos... Fazer outra vez? – indaguei.

Ele parecia surpreso em um primeiro momento, mas sorriu e selou nossos lábios, estavam um pouco rachados por causa do frio, mas eu não me importava. Era calmo e um tanto inexperiente por parte de mim, mas eu já perdia um pouco o fôlego. Senti sua mão em minha cintura, ele me soltou e sorriu. Retribui o sorriso com um nervoso, desviei o olhar, meu rosto fervia. Mas eu estava feliz.

-Acho que passei a amar seus lábios também. – disse ele.

-Somos homens. – eu disse e ele franziu o cenho. - Eu nunca vi dois homens assim.

-É, eu também não. – ele passou a mão pelos cabelos. – Ei, quer ser o primeiro comigo?

O encarei sorrindo, aquilo fora uma declaração? Eu só tinha certeza de que amava Jack, não sei bem quando comecei a vê-lo assim, mas depois deste beijo eu o queria para mim.

-O que nossos pais diriam? – indaguei. Ele segurou minha mão.

-Eles não precisam saber, se você não quiser, ninguém precisa saber. – ele disse. Sorri e o beijei.

-Serei o primeiro com você. – eu disse e o abracei. – Eu te amo.

-Eu te amo mais.

...

-Até o Festival! – disse acenando para o moreno que se afastava.

-Até lá. – disse e adentrou a floresta.

“Teria sido diferente se eu soubesse que era a ultima vez?”

~”~

Ele não apareceu no festival, na verdade ninguém de sua vila apareceu, ninguém pareceu notar. Mas eu estava mais preocupado com FishLegs ele estava mal, até insultou Stoico, ou seja, meu pai. O levei até o velho enrugado que anunciou sua Vorpentite, que é causada por uma picada de Vorpente Venenosa. Naquele mesmo dia eu sai em busca do antídoto, com Camicazi.

Batata era o antídoto para Vorpentite, não conseguimos o antídoto, mas na verdade FishLegs não tinha isso. Eu tinha. No ultimo instante eu consegui me salvar. Fiquei feliz por, bem estar vivo, mas logo isso passou quando me lembrei de Jack. Resolvi ir até sua vila, FishLegs me acompanhou até lá. Encontramos Emma a irmã menor de Jack, cada palavra fazia meu coração se despedaçar.

“Eu e Jack fomos patinar, o gelo cedeu e Jack caiu...” Ela começou a chorar. “Ele não sobreviveu.”

Ela saiu correndo e eu cai de joelhos, as lágrimas desciam descontroladas e eu tinha certeza que tinha uma expressão de pânico. Não podia ser verdade, Jack não podia estar morto, não. Ele disse que viria, disse que ficaria comigo, ele não podia mentir. Olhei para cima, o céu cinza da manha, minha visão estava turva.

Eu só queria que alguém me dissesse que era mentira, que tudo não passava de uma brincadeira de mal gosto. Que ele estaria no estábulo na sexta, que diria que me ama, que me abraçaria e diria que tudo estava bem. Mas era eu quem estava mentindo. Jack se foi e não vai voltar, nunca mais.

Ele não vai estar naquele estábulo, ele não vai me abraçar, não vai dizer que me ama e também não vai me beijar. Por que não está tudo bem.

Me levantei e sai correndo sem rumo, ignorando os gritos de meu amigo que ficará para trás.

Se ele se foi, por que não me levou junto...?

Eu não quero mais viver se não for ao seu lado...

Eu queria poder te odiar agora...

Isso machuca muito Jack...

Por que tem que doer tanto...?


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Notas finais do capítulo

Bem espero que tenham gostado bjs



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