A Thousand Years escrita por Serena


Capítulo 26
Capitulo 25: Escolhas erradas guiadas pela Vingança


Notas iniciais do capítulo

Olha ai cap cheio de tretas,bora ler...



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 Capitulo 25: Escolhas erradas guiadas pela vingança

Anteriormente em ‘’A Thousand Years’’:

—Eu sinto muito atrapalhar._disse uma voz cheia de sarcasmo,vinda da porta._mas eu preciso falar com a minha filha._terminou a pessoa,me fazendo arregalar os olhos.

Virei minha cabeça na direção da porta de imediato,sentindo meu sangue gelar em minhas veias e passar a ser bombeado com mais força para o meu coração.

Não sei dizer,qual seria a minha expressão facial naquele momento.Mas poderia apostar, que estava a mais assustada e surpresa possível,como uma criança pega fazendo algo errado.

Meus olhos se encontraram com as orbes azuis,semelhantes as minhas.Que delineavam a face um pouco mais madura,e que já começava a ganhar as primeiras linhas de expressão,que anunciavam a chegada do envelhecimento.                                                                                                               

E tudo o que eu consegui distinguir das esferas cristalinas -que me analisavam com um olhar reprovador—fora que eu estava completamente ferrada.Minha respiração ficou presa dentro de minha garganta,e minha voz desapareceu.

Tentei formular qualquer tipo de pensamento coerente,fazendo minha mente borbulhar em busca de uma explicação logica para o que ela estavam vendo.Porem tudo o que eu consegui fazer,foi me encolher ante sua face seria e indiferente.

—Sera que podemos conversar a sós?

Assenti sentindo tudo ao redor girar,levantando-me em um rompante do colo de Klaus. Local onde eu ainda permanecia sentada,sob o olhar inquisidor da minha mãe.

Ele pareceu sair de seu estado de surpresa, mais rápido do que eu,erguendo-se com elegância da cadeira estofada.Levantando levemente sua cabeça,e fitando minha mãe com o semblante inexpressivo.

—Fique a vontade xerife._expôs despreocupadamente._estarei em meu quarto,resolvendo algumas coisas._finalizou virando-se para mim com um sorriso acolhedor.

Em seguida o vi  caminhar em direção a porta da biblioteca,que estava aberta,sendo parcialmente vedada por minha mãe,que se mantinha parada ali. 

 Vestida em seu uniforme de xerife,com a postura inflexível,braços cruzados na altura do peito.O rosto tenso,lábios fechados em linha reta,olhos semicerrados,e uma ruga de preocupação formada em sua testa.Com os olhos azuis pousados em cada movimento nosso.

—Fique bem,amor._verbalizou docemente ele,antes de sair da biblioteca.

Ao ouvir a porta de madeira ser fechada,toda a tensão do ar juntamente com o silencio esquisito que se instalara no ambiente me fizeram quase ir ao chão,de tamanho peso.

Evitei olhar para ela nos minutos seguintes,desde que havíamos ficado sozinhas.Preferia fitar qualquer coisa,qualquer mínimo detalhe.Do que ver a desaprovação em seus olhos.

Eu sabia que ela tinha ideia de quem era Klaus e os originais.Tinha absoluta certeza de que ela conhecia tudo sobre eles e sobre o mundo sobrenatural,mais do que eu.

No entanto,com tudo o que havia acontecido no ultimo mês,eu não havia parado para pensar em como ela reagiria ao saber de meu relacionamento conturbado com ele.

 Ao menos eu queria ter conversado antes com ela,exposto meus sentimentos,contado cada detalhe e como as coisas aconteceram.Mas agora,depois dela literalmente, ver nos dois nos agarrando,e eu sentada no colo dele,não havia muito mais o que dizer.

—Quando pretendia me contar?

Sua voz saiu um pouco mais alta do que costume, cheia de censura e magoa.Fazendo-me levantar minha cabeça e fita-la ,me sentindo culpada.

—Eu juro que iria te falar.

—Você percebe o que esta fazendo? Esta se envolvendo com um monstro.Um homem perverso que mata por prazer!

—Mãe eu sei o que dizem sobre Klaus,mas ele não é tão mau quanto gosta de demonstrar._afirmei na defensiva.

—Como pode ter tanta certeza disso,se mal o conhece?!_questionou-me incrédula.                                                  

Porem seus olhos se arregalaram ao ligar os pontos: Eu ter ficado desaparecida por mais de um mês,ter sido sequestrada por ele e ainda sim continuar viva.                                                     

Meus sumiços repentinos desde que havia voltado,a estranha mudança de Klaus para Mystic falls,meu comportamento esquisito.

—Esteve todo esse tempo com ele não é?_aquilo não era uma pergunta.

—Foi por isso que ele a trouxe de volta sem nenhum arranhão.Por estarem tendo um caso._ murmurou a ultima frase em tom baixo,mais para si mesma.

—Eu sinto muito.Sei que deveria ter te contado,mas aconteceram tantas coisas._gesticulei com os olhos turvos pelas lagrimas,que começavam a dar sinal de vida,deparando-me com os olhos de minha mãe, num estado semelhante ao meu.

—Como pôde Caroline?!Dormir com ele,deixar-se ser tocada por um ser tão cruel?!

Não consegui lhe responder..                                                            

Pois por mais que eu tentasse explicar,mesmo que eu fizesse um monologo inteiro detalhando minhas motivações para ter um relacionamento com Klaus,ela não iria compreender.

Minha mãe era puritana demais e odiava vampiros..                          

Para ela Klaus jamais poderia ser visto de outra forma,que não fosse morto com uma estaca em seu coração.

—Esta apaixonada por aquele infeliz._concluiu ante o meu silencio.

—Era isso o que você tinha pra falar comigo?Veio ate aqui para me criticar por minhas ações,como se nunca houvesse feito nada que eu não aprovasse?_perguntei sentindo-me ressentida diante de suas reações.

—Ele a colocou contra mim._riu sem humor.

—Não.Ele simplesmente foi sincero,mais sincero do que você e o papai foram a minha vida inteira._retruquei irônica,com os olhos marejados.

—Eu estou aqui porque sua avó veio me procurar,me contando algumas coisas confusas sobre linhagem e sangue envolvendo nossa família._disse direta,limpando os cantos de seus olhos com o dorso da mão.

—A minha avó esta morta._ressaltei,mesmo sabendo que ela se referia a sua verdadeira mãe,Charlotte.

—Eu sei que não a considera nada sua,muito menos eu.Mas ela me deixou bastante preocupada com a historia que me contou.Me deixou com muitas duvidas._começou meio tremula.

—E o que ela poderia ter de tão impactante para contar mãe?Não se pode esperar nada de bom dessa mulher.

—Desde que você voltou,não é mais a mesma.Me diz Caroline,a única coisa que mudou em você foi se apaixonar por Klaus Mikaelson,ou á algo mais que mudou enquanto você esteve longe?

Arregalei um pouco meus olhos,cruzando meus braços na minha frente,sentindo minha pulsação aumentar de modo considerável.

—D-Do que você esta falando?_ri nervosa,tentando disfarçar meu embaraço diante de sua pergunta.

—Eu sei que não vai me contar o que aconteceu neste um mês que esteve fora.Mas o seu silencio deixa claro,que apesar de tudo Charlotte esta certa.Por isso,te peço que vá falar com ela.

—O que?

—Sim.Ela disse que você esta correndo perigo de vida,e que era a única que poderia lhe ajudar a entender melhor tudo o que esta acontecendo com você.

Fitei-a assustada,sentindo me confusa com tanta informação.Ponderando se poderia haver algum fundo de verdade, por trás das palavras de Charlotte.

—Seja lá o que esteja havendo,saiba que mesmo não aprovando esse seu namoro com Klaus.Eu te amo,e tudo o que eu quero é que fique bem._havia mais lagrimas inundando seu rosto,assim como o meu._não importa o que aconteça,você sempre sera minha filha!

Emocionada corri em sua direção a abraçando,sentindo me ser apertada por seus braços,em uma abraço afetuoso cheio de saudades.

—Somente me prometa que vai tomar cuidado,o mundo deles não é como o nosso.

Assenti,ainda tendo meu rosto escondido em seu pescoço.Apreciando seus dedos percorrerem meus cabelos,acarinhando-me demoradamente.

Resoluta,afastei-me de seus braços depositando um beijo demorado em sua bochecha.Recebendo um lindo sorriso de volta,enquanto tocava seu rosto suavemente,limpando os poucos resquícios  de lagrimas que sobraram.

—Bom eu já vou,tenho que voltar pra delegacia.Te vejo em casa á noite?_ indagou com um sorriso amoroso.

—Claro.

—Ate mais tarde,querida._despediu-se me dando um beijo na testa,antes de se virar e voltar a traçar seu caminho para fora da biblioteca.

Me deixando sozinha naquele comodo imenso,com meus lábios esticados em um pequeno sorriso, sem mostrar os dentes.

Sentindo meu coração retumbar em meu interior com força,por ter a certeza de que por mais problemas e desavenças que pudessem existir em minha vida,sempre poderia contar com a minha mãe.

Me joguei na cadeira de Klaus,suspirando de alivio.Aproveitando dos últimos minutos que teria de tranquilidade,antes de encarar as novas questões que batiam de frente comigo.

Me perguntando,sem deixar de me sentir curiosa,o que diabos Charlotte poderia ter a me contar.Não podendo evitar,imaginar se talvez,seria ela quem teria todas as respostas sobre o quê eu realmente era..

(...)

Autora narrando:

Acho que não sirvo para transas casuais

Mas eu ainda preciso de amor porque sou apenas um homem

Estas noites nunca saem como o planejado

Não quero que você vá,vai segurar minha mão?

 

Oh,você não vai ficar comigo?

Porque você é tudo o que eu preciso

Isso não é amor,é fácil de enxergar

Mas,querida,fique comigo..

Um sussurro,quase inaudível ressoava pelo recinto moderno e masculino.O movimento da brisa leve e delicada da manhã,que inundava o quarto grande e espaçoso,composto de cores graves e escuras.

Ninguém havia se dado ao trabalho de notar,na noite que havia passado,porem naquele instante com os primeiros sinais do amanhecer.Quem quer que entrasse no vasto comodo poderia ver as duas portas da varanda abertas.

Dando espaço para um tênue e breve sopro matinal ecoar pelo ambiente.Acompanhado pela luz forte do sol que arrombava as áreas feitas de vidro da janela.

O pequeno vento balançava ligeiramente,o tecido de cor creme do lençol, que cobria o belo homem moreno de pele alva,aconchegado á um corpo pequeno feminino,que era apenas encoberto de sua nudez,por um misero pedaço de lençol.

Ambos os corpos unidos e entrelaçados, de um modo que quase não se dava para perceber quem estava abraçando o outro,se era ele ou ela.

Que estava virada de frente para ele,os dois corpos amontoados na mesma posição.                                                                                       

Duas silhuetas grudadas frente a frente.Os braços viris atados a cintura curvilínea.A única e quase mera diferença,era que por ser um pouco menor em sua estatura,a garota se encontrava com o rosto escondido no peito forte e desnudo do rapaz.Que tinha sua cabeça apoiada no travesseiro branco,e seu queixo descansando na cabeça da jovem.

Eles respiravam de vagar,de um jeito sereno e quase tranquilizador.Desfrutando de um sono bem-vindo e extremamente reconfortante.                                                                          

Com as pernas entrelaçadas nas dele,a garota ressonava baixinho.

Seu peito subindo e descendo lentamente,os lábios volumosos e rosados entreabertos,os cílios negros e compridos desenhando sua face bela.                                                                                          

A pele negra reluzente ante a luz do sol,ganhando um contraste magnifico de mistério e encantamento.

Ela se remexeu,ainda presa em seu sono maravilhosamente bom. Mexendo todo seu corpo,que se encontrava nu por baixo dos lençóis,assim como o do belo vampiro.

E então entreabriu sem pressa suas pálpebras,abrindo suas orbes verdes intensas,recebendo a luz e a beleza de um dia que prometia ser bem quente.

Porem logo estancou em seu lugar,os olhos esmeralda se arregalando brevemente,enquanto comtemplava a face do bonito moreno a sua frente.

—ai meu Deus. Não!!_exclamou alto,sem se conter.

Não podendo evitar o escândalo que sua voz fizera,nem seus movimentos despercebidos que a fizeram fugir dos braços do homem,indo parar do outro lado da cama.

Arrastando consigo o lençol creme,tentando enrola-lo aflitamente ao redor de seu corpo,no mesmo momento em que o rapaz acordava assustado.

Sentando-se de qualquer jeito na cama,com o rosto amaçado e os olhos apertados devido ao sono.Os cabelos negros e lisos bagunçados,deixando todo seu corpo exposto sem perceber.

—O que foi? O que houve? Por que de toda essa gritaria?_ murmurou confuso,fitando a garota nos fundo dos olhos.

—Sera que dá pra você se cobrir?

—Bonnie!

—Por favor,se cubra Kol!_ordenou a morena,virando seu rosto para o lado e tapando seus olhos com as mãos,esperando o vampiro se cobrir.

—Pronto.Agora dá pra me explicar por que você me acordou a essa hora da manha com todo esse tumulto?

—A gente...a gente fez...fez aquilo?_questionou ela tremula,com os olhos ainda arregalados.

—Sim fizemos,qual é o problema nisso?_gesticulou Kol,como se não fosse nada demais para ele.

—COMO ASSIM QUAL É O PROBLEMA?!

—Bon bon isso acontece diariamente entre as pessoas,sabia?_perguntou Kol de modo irônico.

 De repente toda vergonha e surpresa que dominavam a bruxa sumira,dando lugar a raiva.Bonnie fitou-o com os olhos semicerrados,enquanto apertava o tecido que cobria seu corpo com mais força.

—Você ainda faz piada, numa hora como essa?!

—Qual é Bonnie, vêm volta pra cama.Eu quero continuar dormindo com você._convidou batendo com a palma de sua mão no lugar ao seu lado,deitando se novamente.

Ficando agora de lado,com o braço recostado no colchão,segurando pacientemente o peso de sua cabeça.

Os olhos negros transformados em duas fendas cheias de malicia,observando a jovem bruxa com evidente desejo e diversão.

—Seu bastardo!Estou aqui surtando e você só consegue pensar com a cabeça de baixo?

Kol revirou as íris negras,completamente entediado com o chilique desnecessário da mulher.

—Não sei pra que tanto drama,não é como se eu tivesse te obrigado a fazer alguma coisa.

—Oh Deus!Você é um vampiro e eu sou uma bruxa._murmurou nervosa.

—Eu não tinha notado,Bennett.

—Estou falando serio Kol. Isso de se envolver com vampiros,não é pra mim.Eu sempre odiei vampiros e pretendo continuar odiando._explicou, gesticulando com as mãos de modo tremulo,apontando para os dois e a bagunça sobre os lençóis.

—Se eu bem me lembro,a maioria dos seus amigos são vampiros.

—Sim.Mas existe uma vasta diferença entre ter um amigo que é vampiro e ter um relacionamento com um._respondeu tensa.

—Ai Bonnie,não é como se eu estivesse lhe pedindo em casamento.         No máximo podemos ser amigos com benefícios,se você quiser._propôs ele sorrindo torto,fazendo a bruxa se irritar mais ainda com sua terrível mania de não levar nada a serio.

Super aborrecida Bonnie se levantou da cama em um rompante,tomando o cuidado de manter o lençol preso ao seu corpo,enquanto vasculhava o extenso quarto atrás de suas roupas.

Encontrando sua fantasia de anjo da noite anterior,perdida em partes pelo comodo.Não sabia dizer onde estava as asas,ou o tecido transparente que enfeitava seus braços como se fosse alças longas,que se iniciavam um pouco abaixo de seus ombros.

Porem logo achou o vestido branco tomara que caia jogado no chão,junto com algumas partes da fantasia que kol havia usado,e suas sandálias de salto alto brancas.

Agarrou o tecido com certa violência,passando a procurar sua calcinha de renda branca,que parecia não estar em lugar nenhum.

—Procurando por isso?!_perguntou Kol com um pequeno sorriso convencido.

Obrigando-a á se virar em sua direção,e fuzila-lo com o olhar.              

No entanto,ele não se abalou pelo olhar irritadiço da mulher,enquanto passava a brincar com a pequena peça de roupa intima,jogando-a pra cima e pegando no ar.                                          

Estando agora,deitado de barriga para cima na enorme cama.

—Me devolve,Kol!

—Tsc,tsc,tsc venha aqui buscar._ disse ele,balançando sua cabeça em tom de reprovação.

—Cretino!

Ignorando-o ela passou a caminhar em passos pesados ate o banheiro com o vestido em mãos.Entrou batendo a porta com força,ao mesmo tempo que jogava o lençol em algum canto,passando a vestir o vestido, mau-humorada.

Depois de ter o tecido fino e leve sobre sua silhueta,ela o ajeitou em seu corpo,começando a fitar sua própria imagem no espelho.

Tentando concertar seu cabelo que estava desordenado,e jogando um pouco de água em seus rosto,para livrar lhe de qualquer sinal de sono.

Bufou indignada,quando enfim constatou que estava tudo em ordem,rumando na direção do quarto.Onde Kol permanecia deitado sobre a cama,com um sorrisinho zombeteiro pendurado em seus lábios finos.

Novamente Bonnie fingiu não vê-lo,continuando seu caminho,atravessando o quarto e agarrando de qualquer jeito suas sandálias no chão.Em seguida passando a caminhar na direção da porta do quarto.

—Vai mesmo embora sem calcinha?_a voz irritantemente sedutora ecoou,quando seus dedos tocaram a maçaneta.

—Fica com ela de lembrança._foi tudo o que respondeu,mirando brevemente seus olhos nos do vampiro,para logo terminar de abrir a porta e sair.

—BONNIE!

Antes de sumir corredor adentro,pode ainda escuta-lo gritar seu nome,mas não estava afim de ficar para ouvi-lo.

Seus pensamentos se permutando com velocidade,as duvidas  e questionamentos tendo inicio.Sua própria consciência lhe gritava tentando entender ‘’Por que havia fugido? ‘’

Passou os dedos ansiosos por seus cabelos curtos,organizando algumas mechas que cobriam sua face.

Teria fugido por se ver desrespeitando um antigo lema de sua família:

Jamais se envolver com um vampiro?

Ela sabia bem que por mais que tal promessa feita á tanto tempo, fosse importante.Que não era a verdadeira causa de seu recente surto, ao saber que tinha dormido com Kol.

Aquilo não passara de um ataque de pânico.

Mal havia acabado de se descobrir sendo traída pelo rapaz,que lhe jurou amor para uma vida inteira,e de quem ela ainda gostava.

E então,em alguns poucos dias se via submergida em uma convivência estranha com um vampiro original,que despencara em sua vida,no intuito de salvar sua melhor amiga de um vampiro caçador sádico.

Um homem lindo,gentil,metido e brincalhão.Que havia estado ao seu lado nos últimos dias,se tornando alguém mais amigável aos seus olhos.                                                                                                  

Só que de repente,em um desses momentos de interação,ela se depara com ele nu ao seu lado em uma cama,percebendo que haviam dormido juntos.Quando tudo o que queria era se manter longe de relacionamentos..

Bonnie parou por alguns segundos,apoiando-se no corrimão da escada,a qual ainda estava na metade.Sentindo sua cabeça doer,e o ar lhe sufocar.

Como não havia percebido antes?Estava apreendendo a gostar de Kol...

Pouco a pouco,o moreno havia preenchido o vazio que Jeremy havia aberto em sua vida.Já nem se lembrava mais da dor da traição,ou mesmo sentia saudades do ex-namorado.

Mas aquilo era errado,não?Kol só via nela algum tipo de diversão,como o próprio havia dito: Uma espécie de amiga com benefícios.

Como pudera sair de um amor estupido para cair em algo que poderia ser ainda pior?

Concluiu ao chegar ao fim das grandes escadas,no entanto,não pode continuar qualquer linha de raciocínio ao avistar Klaus saindo da sala de star.

Um arrepio subiu por sua espinha ao ver um brilho vingativo nos olhos do loiro.Que ao nota-la,passou a lhe analisar cuidadosamente,aproximando-se sorrateiro.                                                                  

Ambos os braços atrás das costas,postura ereta,e uma expressão extremamente diabólica no rosto.

—Ora ora o que os bons ventos trouxeram para mim.Se não é a bruxinha Bennett,a ultima viva, pertencente a esta linhagem tão desprezível.

Ao ouvir tais palavras carregadas de ódio e desprezo lhes sendo direcionadas,Bonnie recuou um passo para trás.Olhando para o hibrido a sua frente com receio,mentalizando todos os feitiços de defesa que conhecia.

—O. que. você. quer?_ perguntou entredentes,pausando cada silaba de sua frase.

—Ah você não sabe?!_riu ele,fazendo uma pausa dramática._sua avó nunca lhe contou sobre o adorável feitiço que sua família jogou em mim, há cem anos?

A garota negou veemente,mantendo sua cabeça erguida,passando a fitar Klaus com raiva.

—Então deixe-me lhe contar.Sua antepassada Emily Bennett,juntamente com outros de sua linhagem se uniram á diversos inimigos meus,e me trancafiaram em uma cripta numa caverna.Usando um feitiço,que me fizera dissecar e ficar preso por cem anos.E que só poderia ser desfeito por uma bruxa Bennett.

—E o que toda esta historia tem a ver comigo?_questionou Bonnie,rindo de forma irônica.

Julgando-o maluco por estar lhe relatando aquelas coisas que haviam acontecido um século atrás,e que não tinham nada a ver com ela.

Pelo menos era isto que pensava.

—Você tem ideia do que é ficar aprisionado por dez décadas?Sem alimento.Sozinho e sem poder se quer se mexer direito?!

—Pelo o que eu sei,isso foi mais do que merecido._rebateu empinando seu queixo.

—Eu jurei que quando conseguisse me libertar daquela cripta. Iria fazer cada membro da sua linhagem imunda, sofrer as piores mortes possíveis._enunciou em um semblante compenetrado,com os olhos esmeraldas transluzindo de modo assassino.

Havia parado em frente a jovem para lhe contar aquela antiga e sórdida historia,mas agora seus pés se encaminham,passo a passo na direção da mesma.                                                              

Vagarosamente,de modo elegante em uma posse felina.Não havia mais um sorriso curvando-se nos belos lábios avermelhados de Klaus.Apenas uma linha rígida e reta.                                                                

E uma calma totalmente sem sentido em cada gesto seu.

Porem seus olhos o denunciavam.Confessando através de sua íris o ódio acumulado,guardado tão profundamente. E tão somente cultivado,que se tornara quase como que uma segunda pele.E que agora transbordava por cada osso e ligamento nervoso do hibrido,deixando-o terrivelmente assustador.

Mesmo sendo a mais corajosa das bruxas existentes,Bonnie não pode deixar de sentir seu coração palpitar em seu peito,e o sangue gelar em suas veias.

Enquanto dava passos desordenados para trás,ate se encostar numa das armações do suporte da escada.Sentindo suas costas bater no metal frio,em um alerta mudo de que não havia mais para onde correr.

De repente os lábios rosados e trêmulos começaram a recitar um feitiço protetor,com o olhar fixo em cada movimento do homem.Seu corpo tenso,seus músculos rígidos; no entanto seus olhos febris e determinados, cravados nele.

Klaus arfou quando o primeiro efeito do feitiço se materializou em seu sistema.Um baixo gemido de dor lhe escapou,quando suas duas mãos correram para sua cabeça.

Ambas segurando firmemente cada lateral,pressionando em busca de alivio; pela dor que começava a lhe atingir,esmagando seu cérebro como se fosse um punhado de nozes.

Sua cabeça latejava,pulsando por entre seus dedos com cada vez mais potência.                                                                   

Parecia que seus neurônios estavam sendo fritos dentro dele,tudo queimava e doía como a pior das queimaduras.

Seus passos cessaram,enquanto tentava controlar  a infernal ‘’dor de cabeça’’ que Bonnie estava lhe causando,de proposito com aquele feitiço.Nisso a cada segundo,a voz da mulher se tornava mais forte e decidida.                                          

Evocando o feitiço para barrar o hibrido,ressoando poderosa e destemida.

Todavia com um rosnado furioso,Klaus se pós a continuar seu trajeto; quebrando a distancia entre ambos.Sentindo cada membro seu retorcido em dor,e sua própria cabeça sendo comprimida como papel amassado.

Faltava somente um passo para que sua mão se encontrasse enrolada na garganta da garota,que começava a vacilar em seu murmúrio quando o viu continuar se aproximando, apesar da constante dor física.

E então obstinado,ele acabou com todo o espaço que coexistia entre ele e seu desejo insano de vingança.Enroscando seus dedos na garganta de Bonnie,em um movimento rápido de mais para os reflexos humanos.

—Eu prometi,extinguir da terra toda  a sua corja de bruxas mal-amadas.E aqui vai a resposta da sua pergunta,sobre o que você tem a ver com isso tudo._murmurou ele apertando sua mão ao redor do pescoço fino da mulher,sufocando-a de imediato.

Impedindo assim que qualquer feitiço fosse rogado.                                                                                                        

Assim como que, qualquer tipo de resquício de oxigênio adentrasse os pulmões dela.

—Você é a ultima viborazinha Bennett, que ainda existe.A mais insolente das contradições contra a minha existência.E eu não costumo perdoar.

Bonnie estremeceu diante das palavras ditas com todo aquele sombrio prazer.                                                 

Tendo seus olhos queimando,devido a falta de ar e as lagrimas.

—NIK!!

Ouviu alguém ao fundo gritar,porem suas forças a cada momento partiam mais para longe de seu corpo.Abandonando-a e fazendo seu ser ,aos poucos pender para a escuridão eterna,que se cedesse seria definitiva.

O loiro mantinha sua mão direita agarrada a garganta da bruxa,esmagando aquela frágil região com sua força sobrenatural.O olhos brilhando de satisfação ao ter sua tão esperada vingança.A cada milissegundo que assistia a garota se contorcer em seu aperto mortal,seus lábios se curvavam em um sorriso doentio.Que cada vez crescia mais, ao ver a pobre menina sofrendo,tendo seus minutos finais de vida.

—Largue-a nik.O que pensa que esta fazendo?

Esta era a voz de kol,que havia descido as escadas as pressas atrás de Bonnie.                                            

E se deparara com aquela cena horrenda,quando via a bela moça quase morta por seu irmão.

No mesmo segundo,ele havia se jogado em cima de Klaus,buscando de algum modo libertar Bonnie da palma constritora que era naquele instante, a mão do hibrido.Lembrava-lhe bem uma serpente ardilosa.

Ele sabia que se o loiro quisesse,poderia acabar com sua vida em meros segundos,ou simplesmente enfiar novamente a adaga de prata com o pó do carvalho branco, em seu coração.Mas aquilo não lhe preocupava naquele momento,apenas se importava com o bem-estar de Bonnie,nada mais.

Circundou seus braços, usando de toda a sua força, ao redor do pescoço de Klaus,em uma espécie de mata-leão desajeitado. Tentando de algum modo obriga-lo a liberar a mulher de seu enforcamento.

Mas o que ele poderia fazer contra o ser mais poderoso da terra?Kol não tinha muitas chances,muito menos a bela bruxa.

—Que barulheira é essa?_perguntou uma voz notadamente irritada.

Que surgia da entrada da mansão,especificamente vinda da biblioteca.

Bonnie?!_ um sussurro aflito ecoou,no segundo seguinte.                                        

Atravessando os lábios rosados que antes exigiam explicações.

Paralisando os dois homens,e fazendo a  jovem bruxa arregalar o máximo que podia os olhos verdes.

Aquela era a voz de Caroline...

Continua...


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