A culpa é do elevador-Hiatus escrita por Maaka Evans


Capítulo 1
Se está lendo isso,espero que vá para o inferno


Notas iniciais do capítulo

É uma fic original né...espero que gostem...



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2/1/2020

Olá. Se você está lendo este diário, eu espero sinceramente que você vá para o inferno. Por quê?Por que isso aqui é um diário oras! D- I- Á- R- I- O! Minha propriedade particular entendeu? Agora, se você ainda estiver lendo isso, deve estar se perguntando “por quê essa garota escreve num diário e fala como se alguém estivesse lendo?”. Ah, isso é coisa da minha psicóloga. Ela acredita que se eu escrever a minha vida para uma pessoa inexistente ajudará na minha timidez. Sinceramente, não fique esperando coisas frufrus como “querido diário”, “beijos”, e outros blá blá blás.

Enfim. Meu nome é Melissa e meu sobrenome não te interessa. Eu tenho 13 anos e vou completar 14 em março. O ano novo acabou de passar e minha vida continua um tédio. Eu só tenho uma amiga, Nami, e ela está viajado. Ela tem os avós maternos japoneses, por isso o nome, mas elas não tem cara de oriental não viu? Bom, eu estou sozinha em casa, apenas com a companhia do meu cachorro. Meus pais trabalham na área de tecnologia, e no momento estão em uma conferência no Japão (junto com a família da Nami, que aproveitou pra visitar os parentes de lá).

Atualmente minha vida se resume em dormir, ler livros, assistir uns poucos animes, comer, ir ao banheiro, tomar banho, passear com meu cachorro e ocasionalmente ir ao mercado. Ah, e ir á psicóloga.

Hoje eu estava voltando do passeio com meu cachorro e encontrei um bilhete no elevador. O salão de festas está reservado por uns 20 dias até o dia 11/2. E, somando isso á valsa que eu tenho escutado vindo lá de baixo á mais ou menos três dias, acho que um dos meus vizinhos está fazendo 15 anos .Sim, vizinhO. Por mais que eu não saiba o nome ou nunca tenha conversado com um dos meus vizinhos, eu sei quem eles são fisicamente, e apenas um tem mais ou menos a minha idade. Eu já encontrei ele algumas vezes no elevador. Ele tem cabelos castanho escuro. É a única coisa que eu sei por que sempre que fico perto de alguém eu apenas olho para os meus pés.

É estranho um garoto fazer uma festa de 15 anos, não? O sonho dos meus pais era que eu tivesse uma festa, mas acho que é meio impossível visto a “enorme” quantidade de amigos que eu tenho. É sério, meus pais fazem de tudo para tentar diminuir a minha timidez. Eles até já tentaram fazer com que eu conhecesse pessoas pela internet! Fala sério! Que tipo de pais fazem isso? A maioria fica te dando sermão sobre como a internet é perigosa. E essa foi outra tentativa falha.

Ah sim, eu esqueci de dizer que a Nami é uma otome. Ela é realmente fanática. Tem diversas blusas, toucas, pelúcias, mangás, DVDs... ela até está me fazendo gostar um pouquinho...ou seja, eu fico no meu mundo imaginário dos livros e animes. Ah, é claro que meus pais também tentaram me convencer a ir em eventos de animes para conhecer gente nova. Até agora só fui duas vezes, e só para comprar algumas coisas.

Enfim... já tô de saco cheio de escrever. Vou ver anime.

3/1/2020

Eu sou uma negação. Tive que ir ao mercado hoje, comprei coisas básicas como leite, macarrão, doces, sorvete, suco e algumas frutas. Até aí tudo bem certo? O problema foi na hora de voltar pra casa.

Eu moro na cobertura no meu prédio. 7º andar. E eu sou uma preguiçosa. Eu não vou subir as escadas até lá principalmente se eu estiver com um peso a mais (compras, mochila, etc). Ou seja, chamei o elevador. Quando eu fui entrar um ser passou voando pela portaria pedindo para segurar a porta. Eu olhei para trás e o maldito simplesmente bateu em mim e me fez derrubar todas as compras dentro do elevador. ( Ah, sim, não se espante com os diálogos que eu colocarei aqui. Minha psicóloga também disse que é bom que eu escreva como se estivesse acontecendo nesse momento)

Eu respirei fundo e peguei minhas chaves. Rapidamente “destranquei” meu andar e apertei o botão ( sim, precisamos de chave até para fazer o elevador ir até o nosso andar). O garoto entrou depois e fez o mesmo enquanto eu me abaixei para pegar minhas coisas.

—Me desculpe. Precisa de ajuda? - ele me perguntou tocando meu ombro.

—Eu estou bem- disse baixo e tirando a mão dele.

—Tem certeza? Acho que você está doente pra estar falando tão baixo.

—Eu estou bem. - falei um pouco mais alto.

—Olha, eu posso te levar a um médico...

—Sabe como pode me deixar bem? CALE A BOCA E ME DEIXE EM PAZ E CUIDE DA SUA PRÓPRIA VIDA! - eu me virei e o encarei. Era o meu vizinho, do andar de baixo. Ah sim, eu descobri a cor dos olhos dele. São de um tipo de azul escuro. É bonito. Ah, não vem ao caso. Bem, e claro que eu esperava que ele ficasse bravo ou até com medo depois do meu ataque, mas ele apenas riu ( o que só serviu para me deixar com mais raiva ainda).

—Tudo bem gatinha do mato. Vou te deixar em paz. Até a próxima! - e saiu para o seu apartamento. Fala sério. Gatinha do mato? Não tenho culpa se sou tímida.

Depois disso o elevador terminou de subir e eu fui para o meu quarto. Peguei um moletom confortável no armário e fui tomar um banho gelado para esfriar a cabeça. Vesti meu amado moletom, peguei o diário e uma caneta e fui sentar na varanda. Ela tem uma barra de proteção e a ultima “linha” de proteção fica um pouco abaixo do meu joelho. Eu gosto de me sentar lá e usar a barra como mesa. É um bom lugar para desenhar, escrever... e observar as estrelas. Pois é. Agora estou escrevendo tudo isso á luz da lua, com as pernas balançando a sete andares do chão. Engraçado. Parece que estou sendo observada...


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Notas finais do capítulo

Obrigada por leer ^^ Leia também: Doce Azedo:http://fanfiction.com.br/historia/436656/Doce_azedo/ageconsent_okCampos de Punição:http://fanfiction.com.br/historia/450251/Campos_de_punicaoone-shot/



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