POV Percy

Primeiro dia de aula no internato. Até legalzinho. Ver os amigos e tal. As gostosas...

– ... hein Percy? - pergunta Max, e é claro que eu não ouvi nada.

– É sim! Agora me explica o que. - Digo tirando meu cabelo do rosto.

– Perguntei - disse Max olhando pros meninos - Qual vai ser a aposta desse mês. E se eu e os meninos poderíamos escolher.

– É claro que não - disse agora, prestando mais atenção na conversa. Isso é uma coisa que me interessa.

– O que foi Percy? - disse Darius, qualquer dia eu ainda pego esse moleque na frente da escola - Ta apaixonadinho? Depois acaba igual ao Jason e ... -instantaneamente pulei em cima dele. Max e Keven devem ter me tirado de cima dele

– Nunca - digo completamente fora de mim. Quem ele pensa que é pra falar do Jason? - Fale mal do Jason, na minha frente. Ouviu? - digo mais calmo - Podem escolher.

– O que? - pergunta Max como se fosse um cachorrinho ganhando seu biscoito.

– Pode escolher a aposta desse mês - digo deitando na grama, com as mãos atrás da cabeça, ouvindo eles escolherem qual a menina eu vou pegar por mera diversão. Credo! Aposta desse mês sai mais bonito.

– Pode ser a Livia...

– Não. Muito fácil. Tem que ser outra tipo...

– Ela!

– Pode ser.

– Ele jamais vai pegar ela. - Disse Darius dando risada. Isso chamou minha atenção. Sentei e perguntei.

– E aí? Quem vai ser?

– Annabeth Chase. Eu. Du-vi-do -Disse o Max morrendo de rir. Procurei-a por alguns segundos pelo campus e a achei. Usava uma calça jeans rasgada e surrada, uma blusinha qualquer e um pequeno suéter com botões. E, claro, aquele maldito boné do Yankees horrível. Estávamos todos encarando ela, e como ela não é nenhuma idiota reparou e saiu encarando. Foi encarando, encarando, encarando, sem olhar pra frente e acabou tendo um bom encontrão com a árvore. O boné do Yankees caiu de sua cabeça, mostrando seus cachos loiros presos em um rabo de cavalo até as costas.Os livros de sua bolsa todos espalhados no chão.

– É aqui que eu entro - sussurro e vou ajudar ela, no momento em que uma maçã cai de sua cabeça. Os moleques começam a rir um pouco mais alto e eu me seguro pra não fazer o mesmo. Continuo caminhando em sua direção e me ajoelho ao seu lado enquanto ela rapidamente pega seu boné e coloca de volta na cabeça.Ela fica mais bonita sem. Quer dizer, não que ela seja bonita... Não que ela seja feia. Ah! deixa quieto.

– Precisa de ajuda? -pergunto enquanto ela põe a maçã de lado e começa a arrumar seus livros.

– Parece que eu preciso? - Diz ela totalmente seca. Acho que ela não gosta de mim.

– Sinceramente? - pergunto pegando um livro qualquer e entregado pra ela. Me surpreendo quando reparo que já é o último.

– Sinceramente - Afirma ela me lançado um pequeno sorriso, de agradecimento, enquanto coloca a maçã em minha boca. ESSA DESAFORADA COLOCOU A MAÇÃ QUE CAIU NELA EM MINHA BOCA! Escuto os meninos dando risada mais alto do que antes e ela sussurra um obrigada e vai falar com seus amigos, me deixando ali. Pensando na minha estratégia pra fazê-la se apaixonar por mim.

***

Vou até a diretoria e digo ao diretor que minha mãe disse que eu estou muito ruim na escola e que preciso de reforço. Ele disse que depois das aulas ele poderia me colocar em aulas particulares, mas não era esse meu objetivo. Pedi que me colocasse na mesma sala de Annabeth Chase. E é claro que ele sabe quem ela é. Ela já ganhou mais de mil campeonatos pra escola. Ele concordou e colocou todos s meus horários junto om os dela. Corri pra sala já que o sinal já tinha tocado, faz no mínimo uns 14 minutos. Cheguei na sala e fui direto falar com a professora. Dou uma enrolada e mostro os papeis que o diretor mandou entregar. Ela faz algumas perguntas e eu as respondo educadamente. No final da conversa esta toda a sala olhando diretamente pra mim. Sou demais.

– Hm, Annabeth? - A professora se dirige a ela arrumando seus óculos. Ela tira os olhos de seu livro e reparo que ela não tava nem aí pra mim aqui na frente.

– Sim? - ela pergunta gentilmente pra professora. A professora solta um suspiro e continua.

– Percy está precisando de ajuda em todas as matérias e ele pediu que você o ajudasse. Você pode? - Ela olha pra mim, pra professora e pra mim de novo. A professora contrai os lábios e ela concorda. Pego uma carteira e me sento ao lado dela. Ela me explica o básico, que eu já sei e apenas concordo. Ela me olha estranho e depois levanta uma sobrancelha pra mim. O sinal toca e ela arruma suas coisas. Sigo ela até seu armário. Pega seu jaleco e torna a trancá-lo. Se vira pra mim e reparo em seus olhos. Cinzas.

– Cadê seu jaleco? - ela me pergunta. Dou de ombros.

– No meu armário.- Ela revira os olhos e exclama:

– Por Zeus! Vá buscá-lo! - Por Zeus? Quem é que fala Por Zeus? Essa menina tem alguns problemas na cabeça.

***

Pegamos meu jaleco e fomos pra aula de química. A amiga de Annabeth está acenando pra ela e Annie vai até ela. Digo, Annabeth vai até ela. Mas seu amigo Grover senta-se ao lado da amiga dela e aponta pra mim. Ela gira no calcanhar e olha pra mim. Solta um suspiro e se senta ao meu lado. Começo com o meu trabalho.

– Quer sair comigo amanhã? - pergunto batendo a lapiseira no caderno.Ela pega uma mecha do cabelo preso e começa a enrolar no dedo.

– Ah! Sei lá... Não!-Diz ela imitando minha peguete, a Rachel. E isso me pega totalmente de surpresa. Ninguém nunca me diz não.

– Todas as meninas desse colégio querem sair comigo. Por que você não? - Ela solta uma gargalhada muito estranha pra uma menina e diz.

– Correção: todas as meninas burras desse colégio querem sair com você. Eu não saio porquê eu tenho o mínimo de cérebro. - Ok, isso doeu. E fez todas as meninas da sala olharem igual a uma assassina pra ela. E quando o professor entra na sala, adivinha:

– Toma Jackson. - Ela solta uma risadinha e o professor começa a aula. Ele falou sobre umas substâncias e é claro que eu não prestei atenção. Alguns minutos depois ele pediu pra colocar os óculos e as luvas. Annabeth faz o dela em meio segundo enquanto eu nem sei oque fazer. E vou colocando alguma coisa com alguma coisa e deu um treco que parecia uma lava. Annabeth escreveu alguma coisa no caderno e se virou pra mim. Viu oque eu tinha feito e arregalou os olhos, olha pra mim e diz:

– Professor? - ele não olha - Professor? - nada dele olhar, ela ta ficando nervosa e eu com medo - PROFESSOR?! BELEZA TODO MUNDO PRO CHÃO! - em uma fração de segundo todos veem a cagada que eu fiz e se jogam no chão. Menos ela. Sem ela eu não ganho aposta. É esse pensamento que me faz pular em cima dela quando o negócio explode. 1, 2, 3 minutos e nada acontece. Até que ela se irrita.

– Você pode fazer a proeza de sair de cima de mim? - ela diz e eu saio de cima dela. E, eu juro por Deus que não sei oque aconteceu e tudo ficou muito colorido e... bonito. Fiquei um bom tempo olhando pro que eu fiz e nm prestei atenção quando o professor disse:

– ... nota A.