- Henry! - eu gritei pelo o quarto mais ele não apareceu.

- Henry! - grite mais uma vez. Eu estava me desesperando; primeiro vem Nouva com aquele papo estranho, e agora Henry some.

  Sentei na cama e fiquei chamando ele, olhando a caixa jogada no chão, os mil anjos que tinham no teto do quarto... Houve uma batida na porta e eu dei um pulo na cama.

- Trixz, Nouva disse que queria falar comigo. - Henry disse entrando no quarto. Meu peito explodiu misturando a dor com a felicidade de vê-lo, eu corri e abracei ele.

- Trixz. - ele sussurrou. - Cuidado... Não quero que você sinta dor. - ele disse noss separando.

Eu sentei na cama e ele fez o mesmo se acomodando ao meu lado.

- O que queria falar comigo? - ele perguntou após algum tempo.

- Quem são os superiores?

- Superiores são os únicos que podem dar ordens para mandar na princesa, no caso, Nouva. - ele disse.

- Se tem uma princesa, tem de ter um rei e uma rainha. - eu disse confusa.

- É, mas como os superiores condenam o amor eles mataram todos. -ele disse olhando para baixo.

- Como se mata um morto? - perguntei sendo sarcástica.

- Não brinque com isso. - ele advertiu.

- Desculpe. - disse.

- Tudo bem. Não sei exatamente como eles fazem isso, mas só os superiores são capazes de tal tarefa. - falou ele - Bom, vejo que Nouva deu a você um presente. - ele disse olhando a caixa.

- É um só um vestido preto... Ela disse que quer eu use hoje. - eu disse.

-Eu preferia o vermelho, mas... - disse ele aparentemente distante, resolvi que deveria ignorar.

- Nouva disse uma coisa sobre a dor que me chamou atenção. - falei olhando para o chão, me sentido insegura.

- O que mais ela lhe contou? - ele perguntou.

- Ela falou que a dor, é um tipo de castigo para quem ama. - eu disse, e vi ele sorrindo. - Você esta rindo de minha desgraça?

- Não, é que eu estou muito feliz agora. Você sente essa dor, quando está perto de mim, certo? - eu assenti o que o fez abrir um sorriso maior, se isso é possível.

- Bom, queria que não fosse assim. - vi seu sorriso sumir no mesmo segundo. - Não é isso, o caso é que você disse que não queria se apaixonar por ninguém, depois de Cindy, e...

- Esquece o que lhe disse sobre Cindy, eu pensei que nunca poderia me apaixonar por alguém depois dela, mas  eu me enganei. Agora eu sei por que fiz você fazer aquilo, era porque eu queria ter você... Sei que foi um egoísmo gigante da minha parte, me perdoe. - ele disse.

- Esta tudo bem, mas como foi que eu morri? - eu perguntei.

- Já que realmente deseja saber, você estava andando naquela ponte e eu te chamei. Você me olhou e cveio em minha direção, e eu fiz que você se afogasse. - ele disse olhando para baixo, envergonhado.

- Hey! Tudo bem, agora não tem mais volta e eu não quero mais voltar, de qualquer forma.  - ele voltou a sorrir. - Quando essa dor vai passar? - perguntei olhando-o pela primeira vez nos seus olhos.

- Eu não sei, estou tentando encontrar uma forma. - falou retribuindo o olhar. - Se eu fosse você iria começar a me arrumar.

- Esta bem. - disse me levantando.

- Não esta esquecendo de nada? - ele perguntou olhando com cara de dó.

- Eu te amo. - disse.

- Eu também te amo. - ele disse, eu não conseguiria resistir e não queria saber da dor naquele momento. Me aproximei dele e lhe dei um beijo, não foi um grande beijo, mais foi na medida.