Salvação escrita por LSalvatore


Capítulo 1
Prólogo




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Elena Gilbert

Eles estão as levando para a maldita sala, aquela em que as pessoas entram e não saem. Dizem que vamos para um lugar melhor, que quem entra naquele lugar é levado para algum outro campo, um onde nós poderemos ser felizes. Mas eu não acredito, não acredito em uma maldita palavra que saí da boca desses nazistas desgraçados. Sempre levam pessoas mais velhas ou que ficam doentes e não tem nenhuma utilidade para eles. Eu não posso ter certeza do que acontece lá dentro, mas suponho que quem entra lá, não saí, ao menos não com vida.

-Nana! –Eu a abraço chorando. Não podem levá-la.

-Minha querida, eu vou ficar bem. –Ela tenta me acalmar.

-Eu não confio neles. –Choro ainda mais. Nana é minha vó, a única família que tenho, fui criada por ela e nos trouxeram juntas para esse lugar que costumam chamar de campo de concentração. Levaram todas as nossas riquezas e nos prenderam aqui com centenas de outras mulheres e crianças.

-Quero que me prometa algo minha jovem. –Nana me encara.

-Qualquer coisa! –Respondo com convicção.

-Se eu não voltar, prometa que ficará bem sem mim. Você é bela, jovem e forte, ainda tem muito para viver. Tudo isso vai acabar, eu sei que vai. Quero que me prometa que não vai desistir, que vai sobreviver tudo isso.

-Mas Nana...

-Olhe para si mesma Elena! Você tem 17 anos, é jovem e tem mais fibra do que todas essas outras mulheres aqui. Sabe o que eu vejo quando te olho? Vejo coragem e revolução. Desde criança sempre foi uma garota diferente não é? Sempre quis melhorar as coisas ao seu redor, nunca aceitou nada em que não acreditava. Quero que continue sendo aquela criança, não aceite nada que te imponham. Dê esperança para todas essas crianças e mulheres aqui, elas não têm mais nada em que acreditar, elas precisam de você Elena. Precisam de fé. Prometa que dará o seu melhor.

-Eu prometo Nana, prometo!

Minha visão está embaçada de tantas lágrimas enquanto um soldado a leva para longe de minha visão. Sei que nunca mais a verei e isso dói demais.

Faço-me a promessa de que vou honrar o nome de minha avó e de que sempre odiarei cada um desses malditos soldados nazistas. Nenhum deles merece perdão, todos são iguais, todos assassinos! Vou vingar Nana.


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