A magia de Madoka escrita por DragonsDaughter


Capítulo 12
Capítulo 11: O último sinal


Notas iniciais do capítulo

Eu finalmente voltei a escrever depois de bastante tempo, e não deixarei essa história sem fim. É um tanto triste você dedicar o seu tempo em algo, e não haver feedback. Saber que a sua história é boa, e que as pessoas prefiram ler qualquer outra coisa genérica e sem conteúdo a não ser casais apaixonados, é sim, muito triste. Porém, não é triste para mim. É triste para vocês, que perderão o fim maravilhoso que essa história possui.



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POV Akemi.

— Viajante do tempo, Akemi Homura. — Kyuubey me saldou. — Para ser capaz de reescrever o passado, você tem atravessado múltiplas dimensões paralelas. Em busca do final que você desejou, você tem viajado repetidamente entre dimensões do mês passado, certo? Sua existência respondeu uma pergunta. Por que Madoka possui um incrível talento para ser uma Garota Mágica? Agora, uma hipótese aceitável pode ser proposta. O potencial para ser uma Garota Mágica é determinado pela quantidade de ‘’causa e efeito’’ carregado. Uma rainha de um país, ou um messias não seriam dúvidas. Mas, para Madoka que cresceu com uma vida extremamente normal, é difícil entender porquê tal enorme linha de ‘’causa e efeito’’ está concentrado com ela. Mas... — A criatura fez uma pausa. — Ei, Akemi?! Poderia ser que Madoka se tornou uma poderosa Garota Mágica por causa da sua constante repetição do tempo.

Franzi o cenho. Ele estava certo.

— De fato. A causa é você! — Ele voltou a afirmar. — Especificamente, pode ser dito que é um efeito colateral da sua magia.

— O que você quer dizer? — Perguntei, curiosa.

— Há apenas uma razão pela qual você volta no tempo. E é para a segurança da Madoka. Pelo mesmo objetivo e razão, no curso de volta no tempo incontáveis vezes, você poderia ter provavelmente retorcido incontáveis mundos paralelos, em um espiral. Com a Madoka como o seu eixo central. Se isso for verdade, então as linhas de causa e efeito das impossibilidades de retornar mundos paralelos ao equilíbrio, estão todos amarrados a Madoka, o eixo do tempo. Por isso, o imprecendente índice de poder mágico dela é imenso. O tempo que você repete, cicla todas as linhas de ‘’causa e efeito’’ repetidamente. E todos eles estão amarrados à Madoka. Tudo tem levado à situação atual. — Ele me olhou tão profundamente, que pude me ver nadar em seus imensos olhos vermelhos. — Parabéns, Akemi. Você fez da Madoka a mais forte Garota Mágica que já existiu.

POV Madoka.

Era um dia chuvoso. Tudo estava escuro, inclusive, eu mesma. O céu era negro, e o ar, pesado. Não havia felicidade, nem vida. No telejornal local, o repórter dava informações sobre mais um caso de desaparecimento de uma amiga que se fora.

— “Desaparecida desde o dia 12, a secundarista Katherine C., teve seu corpo encontrado em um hotel na cidade hoje. Pela localização do corpo não demonstrar nenhum sinal de luta, a polícia está investigando tanto o incidente quanto a causa da morte. A seguir, é o boletim meteorológico.”

— “Hoje, os ventos do Noroeste vão gradualmente ficar mais fortes. Chuvas cairão sobre todo o país, menos na região Sudeste...”

— Bem vinda de volta. — Minha mãe me cumprimentou assim que me viu.

Ela retirou as gotículas de água que pairavam sobre meu ombro, com um tapa. Guardei meu guarda-chuva e retirei meus sapatos. Meus pés cansados.

— Ei, Madoka. — Ela dirigiu-se a mim novamente. — Sobre a Katherine... Você realmente não sabe de nada?

— Não. — Respondi. E me dirigi ao meu quarto.

Estava tão cansada.

— Katherine e Sakura estão ambas mortas. — Falei para o alto.

— Contudo, não é completamente inesperado. — Kyuubey apareceu. — Foi prenunciado muito tempo atrás.

— Você está tentando dizer que não importa? — Perguntei. — Mesmo que elas tenha morrido por sua causa?

A criatura suspirou, e girou a cabeça.

— Por exemplo, você sente simpatia por animais de fazenda? E o processo que percorrem para se tornarem a sua comida?

De repente, minha mente foi invadida por imagens de animais mortos em matadouros.

— Pare! — Gritei.

— Esse tipo de raciocínio é muito irracional. Se você sente que a cena só foi cruel agora, então você não viu isso pelo que realmente é. Eles foram escolhidos para serem comidos pelos humanos, e em troca, são protegidos da competição de sobrevivência. Reproduzindo sem uma seleção natural. Vacas, porcos ou frangos. Comparados a outros animais selvagens, seus sucessos reprodutivos como uma espécie é incrível. Não queremos todos viver em um ambiente ideal de sobrevivência mútua?

— Você está implicando que a lógica é a mesma?

— Você pode também dizer isso, comparado aos meios que humanos tratam animais de fazenda, estivemos tratando vocês muito ambiguamente. Não importa como você olhe, nós só fizemos negócios depois de confirmar que vocês são organismos inteligentes. Você não crê em mim? — Ele perguntou. — Então deixarei você ver um pouco mais.

E mais uma vez, a minha mente fora invadida por imagens.

— A história diz que o incubador e os humanos andaram juntos. Temos memórias da pré-história, de quando começamos a interferir com sua civilização. Fazendo contratos entre incontáveis garotas e incubadores. Realizando seus desejos, elas então caíam em desespero. Começando com uma bênção, terminando com uma maldição. Até agora, incontáveis Garotas Mágicas repetiram esse ciclo interminável. Isso também trouxe muitos pontos de mudanças na história. Pessoas que traziam a sociedade uma nova etapa.

— Já chega, pare! ­— Implorei com lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Todas acreditaram em você. Claramente acreditando em você, mas apenas pra serem traídas.

— Nós não as traímos. — Kyuubey retrucou. — Você poderia dizer que isso foram apenas seus próprios desejos. Todos os desejos que não se encaixam dentro dos limites da razão, dá à luz a algum tipo de distorção. E desde aquele dia, é simplesmente racional prosseguir com a pior conclusão. Se você quer chamar esse tipo de inevitável conclusão, de traição, então, o desejo em si, foi um engano. Mas, eu não diria que é idiotice. Por causa de seus sacrifícios, é verdade que o desenvolvimento da história humana foi empurrado um pouco para frente. Assim, em troca das lágrimas derramadas no passado, vocês têm suas vidas agora. Se você pode, corretamente, estar ciente desse fato, como você pode tratar esses destinos de algumas pessoas diferentemente?

— Eu estive sempre olhando por elas. Você não tem nenhuma simpatia? Você já tentou entender o quão doloroso é pra todo mundo?

— Se pudéssemos entender isso, então, não teríamos percorrido todo o caminho até esse planeta. Na estrela da nossa civilização, emoções são um fenômeno extremamente raro e considerado uma doença mental. É por isso que ficamos surpresos quando encontramos vocês, humanos. Um mundo onde cada indivíduo tem seu próprio acervo de emoções, e ainda vivem em harmonia... Nós nunca sequer imaginamos tal coisa.

— Se... Você nunca tivesse vindo à esse planeta...

— Pode ser que vocês todos ainda estivessem nus e vivendo em cavernas.

POV Sandra (mãe da Madoka).

O bar da rua principal era um dos meus lugares favoritos, onde eu procurava esclarecer coisas, e pensar nos problemas que teria de enfrentar. Dessa vez, minha mente estava apenas concentrada em resolver uma única coisa.

— É difícil. — a professora da oitava série da escola da Madoka suspirou. — Dizer adeus a uma estudante assim. Que doloroso. Sem saber exatamente o que aconteceu é ainda mais difícil... Há uma estudante do terceiro ano também desaparecida. Cada membro do corpo docente estava comovido.

— É verdade que ninguém sabe de nada?

— Katherine parece ter tido alguns problemas românticos envolvendo uma colega de classe. Aquela criança era muito impactada também. Normalmente, isso terminaria se transformando em meras memórias agridoces, mas, na verdade, se tornou isso. — A professora estava devastada. Era perceptível em seus olhos. — A polícia está planejando fechar a investigação, por concluírem que a morte dela foi de fraqueza depois de fugir de casa. Eles não tem qualquer pista afinal. — Decepcionada, ela virou-se. — E a Madoka, como está?

Olhei para a minha bebida.

— Eu não sei. — Confessei. — Meus instintos dizem que ela deve saber algo, mas eu não consigo dizer se ela está mentindo também. Essa é a primeira vez que eu não consigo ver através do coração dela. Que fracasso eu sou. E ela é a minha própria filha... Eu senti que ela estava agindo muito estranho recentemente. Ela pode estar carregando algum tipo de fardo sozinha. Não importa o quão eu espere, ela nunca vem pra falar comigo sobre isso. Eu sempre senti que ela contava muito comigo.

— Crianças nessa idade... Vão, de repente, se tornarem adultos. Embora seja um choque para os pais... — Ela sorriu. — Você só pode acreditar nela. Agora a Madoka só precisa de tempo para separar apropriadamente os seus sentimentos. Você tem que esperar pacientemente.

— Não ser capaz de fazer nada, é doloroso. — Retruquei.

— Você não pode ter sempre o que quer, Sandra.

POV Madoka.

Fui até a casa da Akemi. O diálogo que tive com Kyuubey me deixou preocupada. As Garotas Mágicas tinham o único propósito de fornecer energia para o planeta deles, e depois, se transformarem em nada. Sem sentimentos, sem corações partidos, e sem luto. Elas eram apenas marionetes descartáveis. E, embora Akemi me assustasse e parecer ser mais uma inimiga do que uma amiga, ela merecia algum tipo de preocupação. De demonstração de carinho.

— Posso entrar? — Perguntei ao bater na porta e ela imediatamente ser aberta.

Ela estava tão fria, mais do que o normal. Também pensativa, mais do que o normal. Akemi era uma escultura que não demonstrava emoções, mas, de alguma forma, eu conseguia ver o que se passava com ela.

— Essa é a Noite de Walpurgis. — Falei, olhando para as imagens que estavam coladas em um imenso quadro de estratégias. — Sakura falou sobre isso. Para eliminar uma bruxa que uma pessoa sozinha não poderia derrotar, ela deveria lutar junto com você. Você estava se preparando aqui todo esse tempo, não é? A cidade vai estar em perigo?

— Ela é diferente das bruxas comuns. Essa não tem a necessidade de se proteger dentro de barreiras. Ela só tem que se materializar uma vez, e milhares de pessoas serão sacrificadas. Já que humanos não podem vê-la também, vão equivocadamente pensar que o dano é causado por um terremoto, tornado, ou qualquer outro desastre natural.

— Então ela precisa ser parada urgentemente, não é? — Akemi me olhou. — Katherine também se fora. A única Garota Mágica que pode lutar com ela é você. Então...

— Serei o suficiente, sozinha. — Ela me interrompeu agressivamente. — Mesmo sem a Katherine, ou até mesmo a Sakura, eu serei capaz de derrotar a Walpurgis... Sozinha. A ajuda da Sakura não era algo que eu realmente precisava. Estava apenas inflando o seu ego.

— Verdade? — Perguntei. — Como? — Insisti. — Eu quero mesmo acreditar em você. Não quero pensar que você é uma mentirosa. Mas não parece que será tão simples. Eu não consigo acreditar que as suas palavras são a verdade.

Houve um grande silêncio, e a única coisa que eu conseguia fazer era chorar. Eu já estava cansada de tudo. Tanto luto, tanta dor. Estava cansada de ser tão inútil. Eu precisava agir. Precisa ajudar de alguma forma. Eu precisava deixar de ser. Deixar de ser ‘’ a outra mulher’’.

— Como posso mostrar à você os meus verdadeiros sentimentos? — Ela também chorava. — Porque... Eu sou... Eu e a Madoka somos... Pessoas que vivem em tempo diferentes. — Ela correu na minha direção, e me abraçou. Um abraço muito forte, de quem não lhe deixaria partir nunca. — Eu sou uma pessoa do futuro. Encontrei a Madoka, de novo, de novo e de novo. E também assisti você morrer, de novo, de novo e de novo. Como posso te salvar? Como posso mudar o destino? Eu procurei essas respostas voltando no tempo. De novo e de novo. Me desculpe! É mesmo ridículo, não é? É revoltante, não é? Pra você, eu sou só uma estudante transferida que você mal tem conhecido por um mês. Mas, pra mim... Pra mim, você é... Quanto mais eu volto, mais distorcido o tempo que eu e você passamos juntas, se torna. Os sentimentos são distorcidos também, e nossas conversas vão gradualmente se tornando impossíveis de entender. Eu estive, provavelmente, perdida por tanto tempo... Pra salvar você! Esse foi o meu desejo final! E agora, é o único caminho que resta. Está tudo bem que você não entenda. Está tudo bem que eu não possa fazer você entender nada. Mas, mesmo assim, por favor... Me deixe te proteger!

POV Madoka II.

Os amigos do meu pai que trabalhavam em uma estação onde era previsto desastres meteorológicos estavam impacientes, e eu pude ouvir a conversa pelo telefone.

“As nuvens de trovão estão se chocando, se reunindo, e girando com um poder chocante. É claramente uma premonição de um tufão. Emita os avisos de desastre imediatamente!”

Corremos para o abrigo e lá ficamos. Muitas pessoas da cidade também estavam lá para se proteger. O céu era de um negro jamais visto antes. Todos estavam assustados. Uns rezavam e outros apenas tomavam calmantes para dormir e não ter que ver todo o desastre causado pela fúria da Noite de Walpurgis, que para eles, nada mais era do que a força da natureza.

— Passando a noite fora, acampando! — Meu irmãozinho exclamou, tentando ao máximo não errar a pronúncia de nenhuma palavra.

— Isso mesmo! Hoje é um acampamento com todo mundo. — Meu pai disse.

Levantei-me.

— O que foi, Madoka? — Perguntou papai.

— Eu só vou ao banheiro. — Respondi.

Caminhei até a varanda do abrigo, onde Kyuubey me esperava.

— Akemi disse que seria capaz de vencer sozinha. É verdade?

— Mesmo que eu fosse dizer não, você acreditaria em mim? — Ele perguntou. — Nesse momento, palavras são sem sentido. Você deve só assistir como as coisas vão acabar. Contra a Noite de Walpurgis, quão longe Akemi irá?

— Por que ela luta e arrisca tudo?

— Porque ela ainda busca a esperança! — Respondeu. — Quando ela for derrotada, também desistirá desse eixo do tempo, e continuará lutando sozinha. Não importa quantas vezes, ela se recusa a desistir. Portanto, repete esse ciclo sem sentido e sem fim. Pra ela, parar é equivalente a desistir. Quando ela perceber que qualquer coisa que ela faça é sem sentido... Quando ela perceber com certeza que qualquer coisa que ela faça não pode mudar o seu destino, Akemi cairá em desespero e se tornará uma Grief Seed. Ela entende isso. Portanto, não cabe à ela afinal. Independente, se ela ganhar ou não, a sua única opção é lutar.

— Enquanto ela acreditar que há esperança, ela não pode ser salva?

— Certo! Assim como todas as antigas Garotas Mágicas. Madoka, você viu isso também.

Comecei a chorar. Isso não estava certo.

Porém lembrei que não podia. Não havia tempo para isso. Akemi estava só e precisava da minha ajuda.

Sequei as minhas lágrimas e andei para fora, convicta.

Até que algo puxou o meu braço. Era a minha mãe.

— Onde você vai?

— Mamãe! — Exclamei, surpresa. — Eu vou salvar uma amiga.

— Deixe isso para os bombeiros! Expectadores não devem interferir.

— EU TENHO QUE IR! — Gritei com toda a força, soltando-me do seu aperto forte.

Ela me bateu na face.

— Sua vida não pertence só a você! — Ela disse. — Fazer esse tipo de coisa imprudente vai...

— Eu sei! — Eu a interrompi bravamente. — Eu entendo isso bem. Eu amo os meus pais e o meu irmão. Eu sei o quanto se importam comigo. Eu sei que não posso me jogar fora. Mas essa é a diferença! Por todos serem importantes, todos devem ser protegidos! É por isso que eu tenho um lugar onde definitivamente devo ir.

— Você não pode me dizer o por quê? — Perguntou-me.

Fiz que não com a cabeça.

— Então me leve com você. — Pediu-me.

— Não! Sem chance. Você deve ficar com eles. Não os deixe preocupados. — Exclamei. — Mamãe, você não disse que me criou para ser uma boa garota? Não mentir e não fazer coisas ruins. Você ainda pode confiar em mim agora, como fez antes. Você ainda pode acreditar que o que eu estou fazendo é certo.

Ela levantou o braço para me puxar, mas depois, o abaixou.

— Você definitivamente não está fazendo nada estúpido? Ou sendo enganada por alguém?

Fiz que não com a cabeça novamente.

E então, ela deu um empurrão de leve nas minhas costas, que me fez descer dois degraus.

— Obrigada, Mamãe.

E corri.

POV Akemi.

— Está aqui! — Falei para mim mesma.

A Noite de Walpurgis, a bruxa mais poderosa estava vindo em minha direção.

— Dessa vez... Você não vai escapar.

Eu tinha várias bazucas comigo. Carreguei todas, e atirei. Parava o tempo a cada tiro. E depois, fazia-o voltar, atingindo o alvo, sem dar chance de escapatórias. Mas isso não era suficiente, e eu sabia disso.

Continuei com os tiros, até levar a bruxa ao local onde havia enchido tudo com as mais potentes superbombas que roubei do exército do país. Quando ela encostou em uma delas, todas foram ativadas, explodindo e jogando toda e qualquer matéria para cima.

Joguei-me na água do rio, onde havia escondido um canhão. E atirei. Atingindo-a em cheio.

Parei para me posicionar, e esperei até que a fumaça cessasse.

Ela ainda estava de pé, cheia de vida.

Atirou-me prédios, como se fossem feitos de vento.

— Se isso continuar a avançar... — Olhei para a cidade — Preciso parar o seu avanço.

A bruxa agora se transformara em uma energia. Rodeada de prédios. Ela tentou me atingir diversas vezes, e eu desviei de todas.

Ela era muito rápida e forte. Eu conseguia desviar da maioria dos seus ataques, e usar a força e meu escudo para me proteger de outros, mas eu estava perdendo.

Eu sabia que, no fundo, eu não tinha sequer uma chance contra ela. Inúmeras vezes voltei para o mesmo confronto, e inúmeras vezes eu perdi. Não desistiria, não agora. Madoka precisava de mim.

Atirei com toda a minha força em direção da Walpurgis, mas toda a minha força não fazia efeito algum nela.

A bruxa voltou a me atacar, e eu a desviar. Mas na última, não consegui, e fui derrubada. Um bloco de concreto enorme esmagava o meu pé, me impossibilitando de me mover. Sangue escorria para todos os lados.

— Por que? Por que eu não consigo derrota-la, não importa quantas vezes eu tente? — Me preparei para entrar em uma nova linha do tempo. — Toda vez que eu voltar, o fardo da Madoka irá aumentar. No fim, as coisas que eu faço ainda são...

Me joguei com toda a força no chão, ficando deitada. Deixei que as lágrimas saíssem pelo menos dessa vez. Minha pedra da alma agora estava sendo consumida pelo negro do desespero. Negro do medo. Negro da dúvida.

Eu apenas não queria que a minha amiga morresse. Por que tudo tinha que ser assim tão difícil?

Fechei os meus olhos, me entregando a qualquer futuro que a vida tinha me planejado.

Até que alguém segurou em minhas mãos.

— Está tudo bem. Está tudo bem, Akemi.

— Madoka...

Ela estava tão segura de si, tão cheia de vida. Nunca a tinha visto dessa forma. Kyuubey a fazia companhia.

— Madoka, não... Poderia ser....?

— Akemi! — Ela sussurrou o meu nome. — Me desculpe! — E sorriu.

Todas as minhas voltas no tempo nos levavam aquele local.

— Kyuubey! — Madoka gritou! — Eu estou pronta.


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Notas finais do capítulo

Penúltimo capítulo. Espero que (os poucos que acompanham) gostem.



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