Nothing Left To Say escrita por Rhiannon


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Sério, vcs não tem noção do qnto fiquei feliz qndo vi que já tinha passado dos 200 comentário e dos 100 leitores. Mesmo, galera, obrigada



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480920/chapter/18

Nico

Os lábios de Jason se encaixavam perfeitamente nos meus.

Tudo bem, isso soou meloso demais. Vamos apenas dizer que ele beija bem e que eu gostaria de passar muitas e muitas horas com ele.

– Ouviu isso? – Jason perguntou com a voz carregada de ansiedade. – Parece que tem alguém po... – ele parou subitamente prestando atenção em algo que eu não sabia dizer o que era.

Tudo o que ouvi foi o som dos pássaros voando ao longe e o vento balançando as árvores. Mas não acho que era a isso que ele se referia. Mordi seu lábio com certa força, como se fosse um castigo por ele ter interrompido o beijo.

– Ain – o loiro resmungou, ficando ereto e se distanciando de mim. Suas bochechas estavam levemente coradas, o que, admito, o deixava mais fofo que o normal.

Bufei irritado e me apoiei nos cotovelos, ficando sentado na lataria do carro. Não me lembro de como fomos parar ali. Quando saímos do lago estávamos completamente molhados e com frio, então tratamos logo de nos vestir, mas de uma maneira que eu não sei explicar, acabamos com ele me jogando em cima do carro e me beijando de uma forma que eu nunca vou esquecer.

– Hm. O que foi? – resmunguei encarando as costas de Jason. Ele vestia um jeans azul meio surrado, blusa branca e coturnos pretos. A jaqueta estava em sua mão direita, enquanto a esquerda, em cima dos olhos, parecia ajudá-lo a procurar alguma coisa entre as árvores do local. Observei que seu pescoço estava avermelhado na região onde eu havia lhe dado um chupão mais cedo, ainda quando estávamos com a água cobrindo nossos corpos. Pensar naquilo me fez estremecer.

Eu não sabia por que o tinha beijado, simplesmente me pareceu apropriado para o momento. Pergunto-me se fiz a coisa certa. Mas agora, tudo parece certo com ele.

– Eu ouvi alguma coisa. – disse me tirando de meus devaneios.

Vestindo apenas minha calça e o par de all star, apoiei meus pés no chão e fiquei de pé ao seu lado.

– Não tem nada ali. – falei encarando as árvores á uns metros a nossa frente.

– Ouvi algo ali. – repetiu pondo os braços ao lado do corpo e franzindo o cenho.

Olhei mais atentamente, o vendo continuava a balançar os arbustos e os galhos das árvores. Mais para a direita, estava a casa azul que provavelmente estava vazia, segundo Jason. Nada fora do normal para o que se esperava da natureza e de uma casa abandonada.

– É só vento. Ou um animal. Não tem nada de mais.

– Mas eu... – ele começou, se interrompendo – Ah, deixa pra lá, não deve ser nada. Eu devo ter imaginado. – mas continuou a encarar o mesmo lugar.

Suspirei, o observando, me pus a sua frente. Eu era mais baixo, então tive que erguer o olhar para encarar seus orbes azuis como o céu. Arqueei as sobrancelhas. Um sorriso brincou em seus lábios enquanto observava meu peito nu.

– Você precisa urgentemente de um bronzeado. – ele disse.

– Só de um bronzeado? – indaguei. – Eu preciso disso.

Ele abriu a boca para dizer qualquer coisa, mas o impedi, quebrando a distância entre nós e colando nossos lábios em um selinho demorado. Suas mãos foram até minhas costas e me puxaram para mais perto de si. Era quase como se ele quisesse buscar todo o contado possível entre nós, o que eu aprovava. Instintivamente, minhas mãos foram até sua nuca. Logo, sua língua pediu passagem e eu cedi, lembrando de tudo o que aconteceu desde que chegamos nesse lugar.

Nada de sexo no lago ou coisa parecida. O que surpreendeu até a mim mesmo. Eu era o tipo de cara que não ficava só nas preliminares, e sim o que partia logo pra ação. Mas com Jason a coisa foi diferente, nada rápido demais, mas também nem tão lento. Fora que eu sabia que ele nunca tinha feito isso com outro garoto, então seria sua primeira vez. E primeiras vezes têm que ser especiais, com pessoas especiais. O que não foi meu caso, se parasse pra pensar bem.

Jason me ergueu no ar e deu uma volta de 180° graus graciosamente enquanto me beijava. Ele me pôs no chão novamente e, ainda sem me soltar, disse:

– Você não me disse o que significa essa tatuagem.

– Por que... – comecei, arfando. – você acha que toda tatuagem precisa de um significado?

– Não acho. Mas a sua parece ter. – opinou. – Você não me parece do tipo de pessoa que faz algo só por fazer.

Afastei-me poucos centímetros dele, respirando profundamente, e passei o dedão pela tatuagem de três pássaros negros na clavícula.

– São corvos. Sabe o que significam? – indaguei.

– Normalmente estão ligados a morte.

Neguei com a cabeça em um gesto impaciente.

– Isso é o que todos pensam quando vêem um corvo; pensamentos negativos. Mas não é bem assim. – o encarei. Estalei a língua e continuei. – O corvo é um símbolo da mente, pensamento e sabedoria. Segundo a lenda nórdica do deus Odin, fora acompanhado por dois corvos: Hugin, que representava o poder do pensamento e busca ativa de informações, e Mugin, representavam a mente, e sua capacidade de intuir o significado ao invés de caça para ele. Odin enviava estes dois corvos a cada dia e, no final do dia, eles voltariam para Odin e contavam tudo o que tinham espiado. Inúmeras culturas apontam para o corvo como um prenúncio de segredos poderosos. Além disso, o corvo é um mensageiro também, então o seu trabalho é tanto manter como comunicar mistérios profundos.

Jason parecia impressionado.

– Então... você desenhou três pássaros na sua pele porque os acha interessante?

– Bem, tecnicamente não fui eu a desenhar. Mas tudo o que disse li em um lugar qualquer. São três, um para cada. Mamãe, Bianca e... Hazel. – sorri – Devia ter visto a cara do meu pai ao me encontrar com isso na pele, mas ele relaxou ao descobrir o significado.

– Posso imaginar. – respondeu. Em seguida me lançou um olhar questionador. – E o piercing no mamilo... ?

– Ah, isso foi um pouco mais difícil de ele aceitar. – falei rindo – Na verdade foi loucura do momento. Eu costumo fazer as coisas sem pensar nas consequências.

Me aproximei novamente dele e o beijei lentamente. Suas mãos foram até minhas costas e ficaram vagando por ali. Havia algo dentro de mim que eu não sabia dizer ao certo o que era. Não queria que aquele momento passasse nunca.

Ele me puxou para mais perto de si pelo cós de minha calça.

– Seu eu pudesse – ele murmurou com nossos lábios a poucos centímetros de distância. – congelaria o tempo aqui. Nós dois ficaríamos a eternidade nesse lago. Sozinhos.

Mordi o lábio inferior.

– Nós compartilhamos do mesmo sentimento. – falei com sinceridade.

Ele sorriu e me abraçou com carinho.

– Devíamos ir agora. – falou, com tristeza evidente na voz.

– Mas já? Ainda tem tempo.

– Você está tremendo de frio.

– Você pode me esquentar.

– Tem razão. Mas de qualquer jeito, precisamos ir.

– Nem escureceu ainda.

– Amanha é segunda, tem aula e...

– É mesmo, esqueci que você é o cara certinho e eu a má companhia. – me soltei de seu abraço, revirando os olhos, um pequeno sorriso saia de meus lábios. – Então vamos logo. – falei.

Dei as costas para ele, sem o esperar, sentindo seu olhar sobre mim, sorri ainda mais, depois franzi o cenho. Peguei minha blusa em cima da lataria do carro e a vesti, agradecendo pelo calor que ela proporcionava. Mas nada era tão bom quanto o calor de Jason Grace.

– Nós poderíamos voltar aqui qualquer dia desses – sugeri sem pensar realmente no assunto. Mas, quando as palavras saíram de minha boca, percebi que queria aquilo realmente.

Ele pareceu surpreso e ao mesmo tempo feliz com aquilo.

– É – concordou enquanto fechava a porta do carro. – Nós devíamos voltar aqui muitas e muitas vezes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei q vcs queriam lemon. Sorry T-T tá meio na cara oq vai acontecer agra, né? aslaksjalsk e eu qria dizer q talvez o próximo cap demore um pouco. Problemas pessoais. Mas vcs n tem nd a ver com isso